O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta segunda-feira que São Paulo não tem mais nenhum foco ativo de incêndio. Até o final da noite de domingo, o Estado ainda tinha seis pontos.
“Nós fizemos o reconhecimento agora pela manhã e os focos que remanesciam em Pedregulho, Paulo de Faria já foram extintos. Então, não tem nenhum foco ativo no estado de São Paulo”.
O governador também afirmou que três pessoas foram presas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira por provocar incêndios criminosos.
“São pessoas que portavam gasolina e estavam realmente ateando fogo de forma criminosa”, explicou.
O governo acredita, por ora, que não há uma ação orquestrada. A Polícia Civil e a Polícia Federal investigam.
Ainda de acordo com o governador, as Forças Armadas continuam mobilizadas com o Corpo de Bombeiros para fazerem trabalhos preventivos nas áreas de maior incidência.
Na avaliação de Tarcísio, três grandes fatores foram responsáveis pelo alastramento do fogo nos últimos dias: estiagem, altas temperaturas e ventos fortes.
“Primeiro, de fato, é estiagem severa que se alastrou aí por muito tempo… o estado de São Paulo vem sofrendo. A gente já tinha vários municípios em situação de emergência. Nós tivemos uma combinação explosiva de fatores. Alta temperatura, ventos muito fortes e baixíssima humidade relativa do ar nesses últimos dias. Então qualquer coisa poderia causar uma ignição”, disse.
Tarcísio estima que o prejuízo provocado ao estado por conta das queimadas supere o valor de R$ 1 bilhão.
Um terremoto de magnitude 5,4 atingiu o mar da costa de Setúbal, em Portugal, a dez quilômetros de profundidade, nesta segunda-feira segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Não há registro de vítimas ou danos graves. No entanto, a Proteção Civil recebeu um grande número de chamadas, de Alentejo até Coimbra, depois do tremor, sentido às 5h11 (horário local).
O terremoto foi sentido em várias partes do país, inclusive Lisboa e Porto. A maioria das chamadas para a Proteção Civil foi de pessoas que perguntaram o que havia acontecido e o que deveriam fazer.
“Apelamos à população para que mantenha a serenidade e siga as recomendações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”, disse o governo português. Em nota, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa informou que acompanha a situação e reforçou que o terremoto não deixou feridos ou grandes estragos materiais.
Às 10h (no horário local), Rebelo vai se reunir, em Belém, com o primeiro-ministro em exercício, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Mais uma vez, Daniel Coelho disputa a Prefeitura do Recife nas eleições de outubro. Na terceira tentativa, agora filiado ao PSD, depois de usar o verde do PV como seu maior símbolo nas duas tentativas anteriores, mesmo estando filiado ao PSDB, tem o apoio escancarado da máquina estadual.
Diferente das vezes anteriores, quando não tinha nenhuma estrutura de campanha além do PSDB, agora conta no seu palanque com a governadora Raquel Lyra (PSDB). Em 2012, quando entrou no jogo para tentar governar a capital, teve um desempenho espetacular, ficando em segundo lugar, perdendo para Geraldo Júlio (PSB).
Teve 245 mil votos, correspondente a 27,6% dos votos. Em 2016, já não conseguiu bom desempenho. Sua votação caiu para 162 mil votos, 18,59% dos votos válidos, sendo reeleito Geraldo Júlio no segundo turno contra João Paulo (PT). Na corrida por uma vaga na Câmara dos Deputados, com o recall obtido como candidato majoritário no Recife, Daniel teve 138 mil votos na eleição de 2014 e 97 mil votos na reeleição, em 2018.
Nas eleições de 2022, levou um tombo, não emplacando a reeleição para o terceiro mandato. Embora com uma votação expressiva, acima de 110 mil votos, seu partido, o Cidadania, que fechou uma federação com PSDB, não atingiu o quociente eleitoral. Eleita, Raquel o nomeou secretário de Turismo, mas lhe fez uma maldade: não teve autonomia para escolher o presidente da Empetur, órgão executor das políticas públicas do setor turístico do Estado.
Não poderia ser diferente: geriu a pasta como uma “Rainha da Inglaterra”. Na vida pública, em sentido metafórico, o termo designa de forma depreciativa alguém cujo poder é apenas simbólico, carregando mais pompa do que peso político real. Empurrado na disputa no Recife pela governadora, Daniel, ao contrário das duas vezes que tentou a Prefeitura, aparece nas pesquisas com uma performance medíocre.
Nos dois mais recentes levantamentos, após o início da campanha de rua, não consegue passar de 5%. O que torna isso mais grave ainda é que está abaixo do candidato bolsonarista, o ex-ministro Gilson Machado, do PL. O que está acontecendo com Daniel? Das duas, uma: ou perdeu musculatura eleitoral no Recife ou Raquel está afundando-o?
Posição vexatória – Em resposta a indagação que fiz no abre desta coluna, as duas assertivas cabem no contexto. Daniel virou um pato manco na política estadual, parece fatura vencida. Quanto a Raquel, na condição de pior governadora do Nordeste e terceira mais rejeitada do País, não pode se transformar num cabo eleitoral de envergadura. Com a governadora no palanque no Recife, Daniel corre o risco de sofrer o maior massacre eleitoral da sua trajetória política, com um vexatório terceiro lugar, abaixo de Gilson Machado.
Bruno Reis, única ameaça – Pela pesquisa do Datafolha, quando desponta com 76% das intenções de voto, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), tende a sair das urnas como o mais votado entre todos os candidatos que estão disputando prefeituras de capitais. O que tem mais se aproximado dele é o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), o sucessor de ACM Neto. Pelo levantamento do Futura Inteligência, com exclusividade para a revista Exame, o prefeito da capital baiana aparece com 61,2% das intenções de voto.
Engajamento na campanha – A governadora Raquel Lyra (PSDB) participou, ontem, no primeiro ato de campanha do seu candidato em Caruaru, prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB), que disputa a reeleição. O tucano, que aparece com 8 pontos na frente de Zé Queiroz (PDT), segundo pesquisa do Opinião, promoveu uma estrondosa carreata pelas principais ruas e avenidas da capital do forró. Raquel, segundo um auxiliar, vai dedicar mais tempo ao processo eleitoral na terra que governou.
Poder de polícia – Nas eleições municipais, os juízes eleitorais designados pelos tribunais regionais eleitorais (TREs) também terão o poder de polícia para coibir propagandas extemporâneas ou irregulares. No caso de propaganda eleitoral virtual, o juízo eleitoral pode determinar a retirada imediata de conteúdos na internet que estejam em desacordo com as regras eleitorais. As novas diretrizes foram aprovadas pelo TSE na Resolução nº 23.732/2024.
Vote em “Já Morreu” – A propaganda dos candidatos a prefeito e vereador no rádio e na TV, que em Pernambuco se batizou de “Guia eleitoral”, começa na próxima sexta-feira. O eleitor que se prepare para um show bizarro. Em Arcoverde, por exemplo, há um candidato a vereador com o registro de “Já morreu”. Filiado ao PSB, Rosinaldo Já Morreu promete voltar do além para tirar o sono de muito eleitor que tem traumas de infância, especialmente medo de alma.
CURTAS
A DAMA – Em Salvador, na Bahia, “A Dama” concorre ao posto de vereadora. É o nome que a cantora Alana Santos Romão (União) escolheu para a urna. Ela terá como concorrentes “Soneca do Paredão”, que é Lucas Pereira de Araújo (União); “Beijoca do Bahia”, como é conhecido Jorge Augusto Ferreira de Aragão (Republicanos); e “Foguinho”, como prefere ser chamado Claudio Portugal Santos (DC).
AMADA – Em Fortaleza, a disputa para Câmara de Vereadores tem na lista “Amada”, o nome de Osmarina Amorim Canuto (Agir); “Onde É”, apelido de Antônio Farias de Sousa (Agir); e “Mago Véi”, Francisco Erivaldo Moreira da Silva (PRD). Em Teresina, no Piauí, “Bicudo” é o nome escolhido por Antonio José dos Santos da Mata (PODE).
CAPITÃO AMÉRICA – Na cidade de São Paulo, alguns nomes também chamam a atenção. É o caso do “Capitão América de Paula”, como é conhecido Luiz Carlos de Paula (PODE), e do “Quito Formiga”, Marcus Vinicius de Almeida Ferreira (MDB). Em se tratando de gêneros musicais, a lista vai do “Forró” (Solidariedade), passando pelo “Sertanejo” (PL), ambos na capital paulista, até “Tempestade do Melody” (Republicanos), em Belém, no Pará.