Moradores de Belém do São Francisco rechaçam argumento de gerente regional da Compesa

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Indignados, moradores de Belém do São Francisco se posicionaram contra o argumento usado pelo gerente regional da Compesa no Sertão, Mário Solon, que disse em entrevista ao programa Frente a Frente, ancorado pelo titular deste Blog, que a falta d’água no município teria sido pontual, restrita apenas ao último domingo.

Em nota tornada pública na noite de ontem, a população afirmou que, ao contrário do dito pelo gerente regional da companhia, a falta de abastecimento na cidade é diária, não restrita ao episódio de um problema na motobomba, no último domingo. Rechaçam, também, que diferente do que o gerente afirmou, o abastecimento não foi restabelecido na segunda, e que se estendeu até a quarta passada.

“Sabemos que problema acontece, mas a empresa não procura informar, pois só assim, quem tem reservatório vai saber usar a água, sem falar que tem localidades que a água não chega a subir na caixa. E sobre a falta de água na cidade, tem muitos anos que acontece isso, mas a conta chega todo mês”, comentou um morador.

A postagem termina com o seguinte apelo à governadora Raquel Lyra: “Pedimos que a senhora governadora veja essa situação, pois não está fácil morar na beira do rio e faltar água todos os dias”.

EXCLUSIVO

No acordo com o MDB, cujo desfecho se dará com o anúncio provavelmente ainda hoje, a governadora Raquel Lyra fechou que uma das vagas para o Senado na chapa da reeleição, em 2026, está reservada e garantida para o senador Fernando Dueire, que substitui Jarbas Vasconcelos na chamada Casa Alta do Congresso. Quanto ao nome do MDB para o secretariado, deve sair na mesma ocasião.

Jornal O Poder

Foi uma conquista árdua. Resultado de muitos esforços, principalmente da Câmara dos Deputados e do Ministério da Defesa. Vários Estados brigaram por ela. Ainda no Governo passado, Pernambuco foi escolhido. Desde então, nada andou. No máximo, discursos e aplausos formais.

O ministro da Defesa, José Múcio, resmunga pelos bastidores que falta atitude da governadora Raquel Lyra. O Poder foi ouvir o ex-deputado Wolney Queiroz, que foi um dos coordenadores da bancada federal Pernambucana na articulação pela conquista. Que precisa se concretizar. Wolney, dentro do seu estilo diplomático, evitou críticas diretas à governadora. Mas nas linhas e entrelinhas ficou claro que concorda com o que o ministro diz em off.

Qual a importância da Escola para o Estado?

É um complexo militar, um equipamento gigantesco cuja construção e funcionamento terão um impacto muito positivo para o estado de Pernambuco. Estamos falando de investimentos totais na ordem R$ 2 bilhões.

Como Pernambuco conseguiu se credenciar?

Pernambuco disputou com vários estados, dentro de um processo lento de seleção comandado pelo Ministério do Exército. Conseguimos vencer cada fase e avançar, sempre com as garantias de contrapartida do governo do Estado, ainda na gestão de Paulo Câmara. Havia um compromisso de Pernambuco investir algo em torno de R$ 300 milhões para garantir a escola em Pernambuco.

Qual o trabalho da bancada no Congresso para a conquista?

Eu diria que a bancada foi a grande responsável por essa vitória. O deputado Augusto Coutinho trouxe esse assunto e a bancada compreendeu a importância da escola de sargentos e também se comprometeu em destinar emendas de bancada de R$ 15 milhões para a preparação de projetos. A partir daí houve uma grande mobilização para que Pernambuco fosse o escolhido. Eu coordenava a bancada junto com ele, mas Augusto Coutinho merece os louros dessa vitória.

Qual o seu papel como deputado nesse encaminhamento?

Mobilização de força política. Perece pouco, mas não é pouco, nem fácil. Quando o processo afunilou para três estados (PE, PR e RS) nós – enquanto coordenadores – levamos o apoio dos demais estado do Nordeste para Pernambuco. Todos os estados mandaram representantes de suas respectivas bancadas para defender a escola em Pernambuco. Isso é mobilização de força política.

Como avalia a atuação no último ano dos principais atores envolvidos?

Com a mudança nos governos estaduais e federal, o assunto ficou, digamos instável. A governadora Raquel Lyra precisava reafirmar os compromissos de contrapartida e isso demorou. O exército começou a reavaliar se Pernambuco seria viável. Foi quando entrou o ministro José Múcio. Esse é o grande responsável por não perdermos a escola definitivamente. O ministro Múcio tem segurado “na unha” essa escola aqui, porque as pressões para retirá-la são enormes.

O que falta para o projeto sair do papel?

Creio que o projeto e a construção em Pernambuco são coisas consolidadas. Mas sempre precisamos de vontade política e disposição do governo de Pernambuco de honrar com as contrapartidas e demonstrar na prática o compromisso do Estado com o projeto.

Essa escola vai valer a pena para Pernambuco?

A escola vai representar um ganho econômico e social muito significativo para Pernambuco. Algo só comparado ao polo automotivo e a vinda da Jeep. E esse ganho não é só para a cidade que recebe o empreendimento, mas para toda aquela região. Serão cerca de 6 mil empregos e mais de R$ 210 milhões em salários injetados na economia, anualmente.

A série dos governadores, que hoje chegou ao décimo sexto capítulo, continua repercutindo intensamente. Há pouco, de próprio punho, que transcrevo para compartilhar com os leitores, recebi a mensagem abaixo do ex-governador José Ramos, que cumpriu mandato-tampão de 11 meses, sucedendo a Marco Maciel.

Meu caro Magno Martins,

Recebi (com surpresa até) a publicação, no seu Blog, do perfil de um ex-governador que outro não era, senão eu próprio. 

Não poderia deixar de ressaltar, aqui, a imparcialidade, a precisão, e a singeleza com que você expôs o texto.

Nunca é bom demais lembrar que isso é comportamento jornalístico, nos dias de hoje, isso é uma fruta rara. 

Você é, sobretudo, sério e sempre será no seu compromisso com os leitores, levando-lhes, a cada matéria publicada, a verdade (doa em quem doer), a notícia fidedigna, bem como os esclarecimentos preciso. 

Você, em matéria jornalística, é 10. Com isso, digo tudo!

Com gratidão e afeto, subscrevo-me,

Cordialmente,

José Ramos

Folha de São Paulo

Um ano e três meses após assumir a Presidência pela terceira vez, o presidente Lula (PT) vê sua aprovação empatar tecnicamente com a rejeição a seu governo. Consideram o trabalho do petista ótimo ou bom 35%, ante 33% que o avaliam como ruim ou péssimo e 30% como regular

A aferição foi feita pelo Datafolha, nas últimas terça (19) e quarta-feira (20), com 2.002 entrevistas com eleitores de 147 cidades. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. Em relação à pesquisa anterior, feita no começo de dezembro para avaliar o conjunto do primeiro ano de Lula-3, as oscilações mostram um cenário negativo para o presidente.

A aprovação presidencial oscila negativamente três pontos, o mesmo valor com viés de alta da reprovação, ambas dentro da margem de erro da pesquisa. Em ambos os levantamentos, ele marcou 30% de avaliação regular.

O clima já havia sido captado em outros levantamentos e pela equipe do presidente, o que fez Lula convocar uma reunião ministerial para pedir empenho dos subordinados na divulgação daquilo que ele considera realizações do governo.

O resultado mais imediato foi uma polêmica com o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) sendo criticado por anunciar a homologação judicial do acordo de delação premiada do acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista em 2018, insinuando a possível solução do caso.

Nesses pouco mais de três meses após o levantamento anterior do Datafolha, o presidente se viu sob fogo em diversas frentes e viu o antipetismo se revigorar nas ruas com o grande ato em favor do antecessor, Jair Bolsonaro (PL), no dia 25 de fevereiro, em São Paulo.

A mais visível, a crise aberta com Israel por ter comparado a guerra na Faixa de Gaza com o Holocausto, parece ter tido impacto direto no apoio entre os evangélicos, grupo largamente associado ao bolsonarismo e cuja defesa do Estado judeu é uma de suas bandeiras.

Lula vive às turras com lideranças da área e nunca conseguiu penetrar o nicho, que representa na amostra da pesquisa 27% do eleitorado. Em dezembro, sua reprovação nele era de 38% e agora oscilou para 43%. Nos majoritários (52% dos ouvidos) católicos, Lula se manteve estável com 43% de aprovação.

O presidente colheu uma série de reveses congressuais no período, como na formação das comissões das Casas e viu-se enrolado em uma crise mais intangível para o público na questão dos dividendos da Petrobras. Mas aqui a percepção popular está dividida: 44% acham que o petista tem mais vitórias do que derrotas, enquanto 42% veem o oposto. Já 6% não veem nenhuma das situações e 3%, um empate.

Sobra então uma análise algo especulativa de estratos. Os dois saltos mais relevantes em termos populacionais de rejeição a Lula ocorreram no espectro que vai da classe C à B, que se convenciona chamar de classe média —algo elástico no país, pois fala de pessoas com renda mensal de R$ 2.820 a outra com ganhos de pouco mais de R$ 14 mil.

No segmento que ganha de 2 a 5 salários mínimos (R$ 2.800-R$ 7.000), que compreende 19% do eleitorado, a avaliação negativa de Lula foi de 35% para 39%. Já na faixa seguinte, nos 12% da amostra que ganham de 5 a 10 mínimos (R$ 7.000-14,1 mil), foi de 38% para 48%.

Como a economia tem se mostrado estável, com números que chegam bons à ponta da população, como inflação e desemprego, é possível inferir nesse movimento alguma influência da agenda de valores, fastio com o sistema político alimentando polarização e uma certa desassistência do Estado.

Na ponta inferior, são pessoas que têm dificuldades para sobreviver, mas não a ponto de precisar de auxílios, e na superior, que não alcançam um nível de independência financeira que lhes dê acesso total ao que as faixas acima consomem.

Além disso, a insegurança pública ganha proeminência como preocupação e agenda política, e o presidente mantém viva a aposta na polarização, engolfado quase que diariamente com os desenvolvimentos das apurações da trama golpista bolsonarista.

Com efeito, a insatisfação mais geral pode ser lida nos 58% dos ouvidos seguem considerando que Lula faz menos do que poderia ter feito no seu governo, índice semelhante ao de dezembro. Apenas 15% acham que ele fez mais, e 24%, o esperado. No geral, 56% acham que sua vida está igual sob Lula-3, ante 25% que a veem melhor, e 20%, pior.

Do ponto de vista eleitoral, a boa notícia para Lula é a manutenção da aprovação acima da média nos grupos tradicionalmente associados ao petismo. Entre os 57% mais pobres, que ganham até R$ 2.820, ele tem 40% de ótimo e bom.

Índices semelhantes se veem entre os mais velhos, os 24% com de 45 a 59 anos e os 20% acima dos 60. A aprovação salta a 47% dos menos instruídos (31% da amostra) e a 48%, entre nordestinos (26% do eleitorado).

A contramão é a conhecida. Além dos citados evangélicos e integrantes da faixa de 2 a 10 mínimos, rejeitam mais Lula quem tem de 35 a 44 anos (40%, entre 21% dos ouvidos), 40% dos moradores do Sul (15% do eleitorado) e do Norte e Centro-Oeste (16%) e 44% de quem tem curso superior (22%), 45% dos mais ricos (2%).

Com tudo isso, Lula ao fim empata em aprovação com seu antecessor e antípoda, Bolsonaro. Na mesma altura do mandato, isso em 2020, quando o país vivia os primeiros dias da pandemia da Covid-19, o ex-presidente tinha 33% de aprovação, embora uma reprovação algo maior, 38%. Já o regular marcava 26%.

Olhando a série histórica de presidentes eleitos para um primeiro mandato, ainda que essa designação seja relativamente incompatível com o status de Lula-3 ao assumir, a dupla está com Fernando Collor entre as mais mal avaliados – este tinha 34% de rejeição em altura semelhante.

A campeã no quesito aprovação foi Dilma Rousseff (PT) em seu primeiro ano e três meses no Planalto, com 64% de ótimo/bom, 29% de regular e só 5%, de ruim/péssimo. Não adiantou muito: no segundo mandato, ela acabou impopular e impedida.

Por Antônio Carlos Vieira* 

Década de 90, Joaquim Francisco prefeito do Recife, entrega o cargo para o seu vice, Gilberto Marques Paulo, e parte para disputar o cargo de governador de Pernambuco, concorrendo com Jarbas Vasconcelos. Como sociodiretor da Arcos Propaganda, a convite de Joaquim Francisco, através de Luiz Alberto Passos, coordenador da sua campanha, fui indicado para, junto com o meu saudoso e falecido amigo Samir Abou Hana, fazer o guia eleitoral do rádio. 

Difícil esquecer momento tão importante na minha carreira. Uma disputa entre gigantes exigia um trabalho de gigantes. Foi aí que nós planejamos executarmos um projeto audacioso, empolgante, que ajudou a consolidar a vitória de Joaquim. 

Sabendo do peso e da importância da imagem de Samir, como comunicador e líder de audiência, na Região Metropolitana do Recife, acertamos em cheio ao convidá-lo para integrar esse time campeão. Foi um chute certeiro. 

Samir foi um super parceiro, comunicador de rádio e líder de audiência nos principais municípios e regiões do Estado. Ele incorporou a força do nosso trabalho, causando a sensação de uma onipresença do candidato nessas diversas localidades. 

No Recife, Samir pela força da sua liderança e audiência, respondia aos objetivos do conteúdo criado no planejamento para a realização de um Guia espetacular, criativo, impactante, envolvente. 

Montamos uma equipe formada por técnicos, redatores, locutores e humoristas criativos, grandes profissionais. Meu filho André Gustavo, ainda muito jovem, se deslocou para os municípios e regiões do Estado com a missão de contratar líderes nas emissoras locais de importantes regiões do Estado. 

Vale registrar que esse trabalho, além de ter tirado o sono do candidato adversário, Jarbas Vasconcelos, foi tão comentado e destacado na mídia que o próprio Jarbas comentou, muito tempo depois, que guardou nosso guia na sua memória. Nunca esqueceu, o que me envaideceu bastante e me tocou profundamente. 

*Publicitário e Marketing Político

Do Jornal o Poder

O empresário Fernando Santos, que por muitos anos esteve à frente do Grupo João Santos, foi condenado em Ação Penal na 9ª Vara Criminal da Comarca de Terezina, a pena de 13 anos e 4 meses de reclusão por crime contra a ordem tributária.

Na ação, o empresário terá que pagar 220 dias-multa, correspondente à razão de 1/30 do salário-mínimo vigente. O regime inicial do cumprimento da pena de reclusão será o fechado, nos termos do art. 33, §2º, alínea “a”, do Código Penal. Porém, cabe recurso, e o condenado poderá recorrer em liberdade.


Reparação

O juiz do caso também condenou o réu a reparar o dano material causado, na forma do art. 387, inciso IV, do CPP, no valor mínimo de R$ 979.797,63 (novecentos e setenta e nove mil setecentos e noventa e sete reais e sessenta e três centavos).

Na primeira pesquisa de intenção de voto para prefeito de João Alfredo, do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), em parceria com este blog, o prefeito e candidato à reeleição, Zé Martins (PSB), aparece liderando com folga. Se as eleições fossem hoje, ele teria 57,4% dos votos. Em segundo lugar, Vânia de Oim, do Podemos, pontuou 14% e Maria Sebastiana, do PP, 9,1%.

Brancos e nulos somam 3,4% e indecisos 16,1%. Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do seu candidato preferido sem o auxílio da cartela com todos os nomes, Zé Martins também lidera com folga. Tem 51,7% das intenções de voto, seguido por Vânia de Oim, com 8,3% e Maria Sebastiana, com 3,1%. Neste cenário, brancos e nulos somam 3,1% e indecisos sobem para 33,8%.

Em rejeição, a campeã é Vânia de Oim. Entre os entrevistados, 19,4% disseram que não votariam nela de jeito nenhum. Em segundo lugar, bem pertinho, aparece Zé Martins, 16,9% e em terceiro Maria Sebastiana, com 16,6%. Também 3,1% disseram que rejeitam todos os candidatos e 44% afirmaram que não rejeitam nenhum deles.

A pesquisa foi a campo entre os dias 13 e 14 de março, sendo aplicados 350 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 5,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. O registro na justiça eleitoral tem o protocolo sob o número PE-00240/2024.

Estratificando a pesquisa, Zé Martins tem suas melhores taxas de intenção de voto entre os eleitores com grau de ensino superior (73,9%), entre os eleitores acima de 60 anos (62,5%) e entre os eleitores com renda superior a cinco salários (60,9%). Por sexo, 63,6% são homens e 51,9% são mulheres. Já Vânia de Oim tem mais intenções de voto entre os eleitores com grau de instrução superior (20,2%), entre os eleitores na faixa etária entre 35 e 44 anos (18,6%) e, por fim, entre os eleitores com renda até dois salários-mínimos (16,3%). Por sexo, 16,8% dos seus eleitores são mulheres e 10,9% são homens.

Já Maria Sebastiana pontuou melhor entre os eleitores na faixa etária dos 45 a 59 anos (14,6%), entre os eleitores com grau de instrução até o 9º ano (12%) e entre os eleitores com renda de até dois salários (9,9%). Por sexo, 9,7% dos seus eleitores são homens e 8,6% são mulheres.

O favorecimento do prefeito se dá pela altíssima taxa de satisfação da população com a sua gestão, aprovada por 70,6% dos entrevistados e reprovada por apenas 18%. Já o Governo Raquel tem alta taxa de reprovação em João Alfredo – 50%. Entre os que aprovam, 28,3%, enquanto o Governo Lula tem 73,7% de aprovação e 14% de desaprovação.