Polícia Federal cumpre 47 mandados judiciais contra financiadores do 8 de janeiro

Diversos mandados de busca e apreensão, dos quais cinco no Distrito Federal, estão sendo cumpridos neste momento pela Polícia Federal. É a 23ª fase da Operação Lesa Pátria. As informações são do portal Misto Brasília.

De acordo com a instituição policial, o objetivo é identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro do ano passado.

O Supremo Tribunal Federal autorizou 47 mandados judiciais – 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva na Bahia. Veja a relação por estados logo abaixo.

O STF também determinou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Segundo a Polícia Federal, apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar a R$ 40 milhões.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Mandados judiciais por estados

Busca a apreensão – BA – 02, DF – 05, GO – 02, MA – 04, MG – 02, MT – 10, PR – 01, RO – 01, RS – 13, SC – 02, SP – 01 e TO – 03

Mandados de prisão preventiva – BA – 0

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Em entrevista exclusiva à Folha, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), o mais popular do País, segundo a pesquisa do AtlasIntel, assumiu sua pré-candidatura à Presidência da República. “Já fui candidato a presidente com apenas 39 anos. Agora, depois de cinco mandatos de deputado federal, senador e governador, já no segundo mandato, me sinto maduro e preparado para colocar o País no rumo certo”, disse.

Para ele, os avanços na segurança pública, Estado hoje mais seguro do País, deram uma forte contribuição para levá-lo ao topo do ranking dos dez melhores gestores estaduais do País. “Não existe governabilidade sem segurança pública. Não existe Estado Democrático de Direito sem segurança pública”, prega Caiado.

O senhor esperava ou foi uma surpresa aparecer na pesquisa Atlas Intel como o governador mais popular do País?

Aprendi muito cedo como médico, como cirurgião que sou, que só tem uma maneira do governo dar certo: é estar ao lado do governo 24h por dia, trabalhando em tempo integral, com dedicação para que realmente cada secretário de Estado possa prestar conta todos os dias e avaliarmos se estão fazendo a tarefa de Casa.

Há cinco anos, quando assumiu o Governo de Goiás, como o senhor encontrou o Estado?

Enfrentei sérios problemas quando cheguei ao Governo. A segurança pública era um caos completo em Goiás, Estado endividado, envolvido em corrupção, só saia na mídia nacional em situações que realmente denegriram a imagem do Estado de Goiás. Ao assumir o Governo, com a experiência de cinco mandatos de deputado federal e senador da República, com a responsabilidade e o carinho, transformei o meu Estado em uma referência nacional.

Como isso foi possível em tão pouco tempo?

Dedicação. Não tem como você terceirizar a responsabilidade de um governador. Ele tem que assumir o dia a dia do governo, tem que estar atento a todas as ações que estão ocorrendo, e tem que ter também autoridade, chamar a atenção, caso os assessores não cumpram aquela determinação ou não alcancem os resultados pretendidos pelo projeto de governo. Essa é a rotina, esse é o trabalho, e não tem milagre que vai acontecer se o gestor realmente não tomar as rédeas do governo.

Neste caso, o estilo influencia, pesa?

Eu costumo dizer que a figura do governador é a figura que realmente faz com que as pessoas acreditem ou não naquilo que ele fala. Se entre os discursos e a prática tem uma distância enorme, não tem por que a população o reverenciar e muito menos bater continência, porque realmente ele não está fazendo o que prometeu em campanha.

O senhor começou a conquistar a confiança da população quando enfrentou de imediato o gargalo da segurança pública?

Com certeza! Para se ter uma segurança pública como Goiás tem hoje, as minhas forças de segurança sabem muito bem que assumo responsabilidades, ao mesmo tempo dei e continuo dando as condições para que a polícia trabalhe dentro das regras e dos limites da lei, mas com eficiência, sabendo levar segurança pública para toda a população do Estado, seja no setor urbano ou no rural.

Onde há mais avanços em Goiás?

Há também na educação de qualidade, saúde interiorizada, que antigamente não existia, só tinha leitos de UTI em Goiânia. Então, com todo esse trabalho, graças a Deus estamos fazendo um governo que é referência nacional também na educação e na saúde. Essa pesquisa só aumenta ainda mais a minha responsabilidade, porque realmente chegar nesse índice de aprovação, a partir de agora tenho que trabalhar dobrado. Não sei qual hora da noite vai ficar reservada para dormir. Agora é trabalhar cada vez mais.

O senhor atribui a questão do Estado de Goiás ser o mais seguro do País a essa alta popularidade?

Sem dúvida alguma. Tem um grande percentual desse resultado que obtive na avaliação que foi feita, com base na segurança pública, mas também não posso desconhecer as ações que fizemos, a revolução feita no nosso setor da educação, levando educação de qualidade e, se Deus quiser, agora no início do ano deve sair o resultado do Ideb e estamos lutando para estarmos no primeiro lugar. A saúde também, com estrutura de hospitais com médio e alta complexidade no interior, policlínicas.

A população de Goiás se sente segura hoje?

Os números dizem isso. A segurança é fundamental para um Estado avançar em outras políticas públicas. Eu defendo a tese, sempre disse isso, desde o momento que assumi o governo: não existe governabilidade sem segurança pública. Não existe Estado Democrático de Direito sem segurança pública. O Estado de Goiás é um Estado que o cidadão transita em toda a extensão dele. Não existe área de faccionado, não existe área do crime. Nossa polícia transita e o cidadão goiano transita com total independência e liberdade em todo o território goiano.

Em comparação a outros Estados, Goiás é uma ilha de paz?

As decisões que nós tomamos foram fundamentais para que a população viva com tranquilidade, ter a confiança da presença do Estado em sua defesa, na sua proteção como cidadão, como a Constituição determina. Nós temos estados do Brasil onde o governador tem o controle de apenas 25% do território do Estado. Isso é preocupante, porque grande parte é comandado por facções, que realmente decidem quem deve entrar, quem deve sair, que comércio deve se instalar ou não. É inadmissível nós estarmos assistindo ainda situações como essas ocorrendo em nosso País.

Como foi enfrentado o narcotráfico em Goiás?

O Estado de Goiás tinha áreas que eram dominadas pelo narcotráfico antes de eu assumir o governo, hoje isso não existe mais e a sociedade reconhece a eficiência da nossa polícia, da eficiência operacional das nossas polícias e com resultados hoje que mostram que Goiás é o Estado mais seguro do País. Isso é um fato não só nas cidades, mas também no campo. As pessoas vivem hoje no campo em paz, não sofrem mais aquela situação de não poder mais dormir na sua propriedade rural com os assaltos frequentes que existiam, roubo de carga, invasão e assaltos a propriedades, assalto de carros. Essa tormenta não existe mais em Goiás, porque aqui a gente enfrentou a bandidagem. Para isso, é preciso ter coragem, determinação e uma polícia bem remunerada, bem equipada e eficiente. Acabamos com as tormentas vividas pelos cidadãos de Goiás.

Governador, segurança pública para funcionar tem que ter também uma polícia bem remunerada. Eu estive aí e vi que a sua polícia é uma das mais bem remuneradas do País.

Sem dúvidas, tem que ter esse reconhecimento. Goiás foi um Estado que fomos obrigados a colocá-lo em regime de recuperação fiscal da gestão anterior. Mas nós temos muito a fazer ainda, muito a avançar nesta parte. Tenho tentado cada vez mais dar a todos os servidores do governo, também aos policiais militares, aos professores, aos profissionais da área da saúde, aquilo que realmente eles merecem pela dedicação e empenho, porque não existe resultado de governo que não tenha a participação de todos os servidores e o empenho de cada um em suas funções. É o meu respeito e sempre o meu reconhecimento às áreas dos servidores públicos do Estado de Goiás, das diferentes secretarias.

O senhor é candidato à Presidência da República?

Eu já fui candidato à Presidência da República quando tinha apenas 39 anos de idade. O tempo me deu mais experiência. Tive cinco mandatos de deputado federal, fui senador e estou no segundo mandato de governador em Goiás. Sinto-me, portanto, uma pessoa preparada para governar o País. Mas é lógico que não existe uma candidatura isolada para presidente da República, existe uma candidatura do partido e eu tenho trabalhado junto ao União Brasil para que eu possa ter a condição de sair candidato pelo partido e avançar na construção de alianças, nas coligações partidárias.

Não será difícil largar de Goiás, um Estado de pequena densidade eleitoral, para um projeto tão complexo?

Quero que o Brasil conheça o que fizemos e estamos fazendo por Goiás. O Brasil tem que dar certo, como Goiás deu. O que estamos fazendo aqui é a certeza de um modelo para colocar o Brasil no rumo certo. O que nós precisamos hoje na política nacional são de pessoas que tenham espírito público, independência moral e intelectual para poder governar.

O que a população brasileira mais reclama dos políticos em geral?

A população não suporta mais comportamentos dúbios e oportunistas em campanha. Ser um, mas na prática ser outro. O que se exige de um governante é esse nível de independência, para que possa responder à população aquilo que a população espera e aquilo que ele colocou no momento da sua candidatura.

Recentemente, nas páginas amarelas de Veja, o senhor elogiou Lula. Por quais razões?

Quem não lembra, lá atrás, de meus debates com Lula, quando eu era presidente da UDR? E quando disputamos a Presidência da República, em 1989? Esse tempo ficou para trás. (…) Lula e eu sempre tivemos posições antagônicas, mas de forma respeitosa. Acho que Lula erra quando ataca o agronegócio. Meu alinhamento ao agro se justifica: contribuiu com 159 bilhões de dólares nas exportações brasileiras no ano passado e é o único setor com chances de ser competitivo no cenário internacional. 

O craque e a perna de pau

Pernambuco é um Estado sui-generis, diferenciado, merece uma tese em gestão pública. Num intervalo de apenas duas semanas, um mesmo instituto, o AtlasIntel, traz João Campos (PSB) na liderança do ranking entre os dez melhores prefeitos de capitais, campeão em popularidade. Na outra ponta, na avaliação dos 27 governadores do País, a tucana Raquel Lyra (PSDB) desponta como a pior, a mais rejeitada, num decepcionante rabo da gata, a lanterninha.

Roubou o troféu ruindade do governador do Rio de Janeiro, o bolsonarista Cláudio Castro (PL), até então imbatível em rejeição. Se João e Raquel estivessem num jogo de futebol, o prefeito, ao atingir a nota máxima em aprovação entre os colegas de capitais, seria classificado como craque, enquanto a governadora levantaria a taça de perna de pau, designação pejorativa que se dá, no futebol, ao pior jogador, um mau atleta.

O vexatório desempenho de Raquel na pesquisa só surpreendeu os desavisados, os que não acompanham o dia a dia do seu governo, que é uma lástima, um desastre. Até o momento, ela só errou. Aliás, já começou errando lá atrás ao montar uma equipe improvisada, de supetão, sem ouvir ninguém. Pelo perfil do elenco, pensou que ainda estava prefeita de Caruaru. Importou um monte de gente de lá, criando a República de Caruaru.

Gestão maquiada não dá certo, nem em Pernambuco nem em lugar nenhum do mundo. Governar sem diálogo é um passo rápido fadado ao insucesso. Com exceção do seu espelho, onde se olha todos os dias e pergunta se há alguém melhor do que ela na face da terra, Raquel não conversa com ninguém. Dá patada em todo mundo. Seus auxiliares temem sua cara feia. Tem secretário que até hoje não conseguiu um despacho com ela.

Aliás, nem a ex-secretária de Defesa, Carla Patrícia, amiga dela na carreira de delegada federal, mesmo na fase em que montava o plano de segurança, conseguia ser recebida em despacho. Em pouco tempo, como um castelo de areia que desaba com o vento, seis secretários foram demitidos ou pediram para sair. Os que jogaram a toalha falam horrores do estilo autoritário, arrogante e prepotente dela.

Governo bom se faz com humildade, diálogo com o parlamento e as instituições de um modo geral. Se faz com boas ideias, projetos criativos, foco nos clamores da população, que são a saúde e a segurança pública. Não há segredo! Estive em Goiás, há pouco, e senti um Estado extremamente satisfeito com o governador Ronaldo Caiado (UB), o mais popular do País.

E o que fez Caiado para cair na graça do seu povo? Investiu fortemente em saúde e segurança pública. Um Estado que era até então um dos mais violentos do País, por anos seguidos, se transformou no mais seguro entre as 27 unidades da Federação. Os hospitais mantidos pelo Estado melhoraram da água para o vinho. Valorizou todos os profissionais da máquina pública, do professor ao soldado raso, com os melhores salários do País.

Salve-se quem puder! – Ao contrário de Goiás, em Pernambuco o barco está à deriva. Professores são discriminados no aumento salarial e até no pagamento dos precatórios. Os policiais até hoje aguardam a promessa da tucana em campanha, de acabar com as chamadas faixas salariais. Ninguém tem mais segurança de andar tranquilo pelas ruas. Até um juiz perdeu a vida, em Jaboatão, após sair de uma padaria.

A direita na dianteira – Dos dez governadores líderes em popularidade e, portanto, aprovados em seus Estados, nenhum é de esquerda. Ronaldo Caiado (GO), o campeão, é do União Brasi; Wanderlei Barbosa (TO), segundo mais bem avaliado, do Republicanos; Antônio Denarium (Roraima), do PP; Jorginho Melo (Santa Catarina), do PL; Clécio Luis (Amapá), do Solidariedade; Ratinho Júnior (Paraná), do PSD; Hélder Barbalho (Pará), do MDB; Mauro Mendes (Mato Grosso), do União Brasil; Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), do PSDB; e Tarcísio Freitas (São Paulo), do Republicanos.

Conversa fiada – Os áulicos da governadora Raquel Lyra (PSDB) alegam que ela só está no rabo da gata entre os 27 gestores estaduais porque está no início de seu mandato. Consolo idiota! O governador do Amapá, Clécio Luís, do Solidariedade, também está em início de gestão e aparece como o quinto melhor do País. Tarcísio Freitas (Republicanos), de São Paulo, também está no seu primeiro ano de governo e aparece entre os dez mais aprovados, com 57% de ótimo e bom.

Bis como a pior – Não é a primeira vez, em um ano de gestão, que Raquel aparece como a pior governadora do País. Em outubro passado, faltando apenas dois meses para o fechamento do seu primeiro ano de gestão, a tucana foi brindada também na lanterninha pelo Instituto Veritá, concorrente do Atlas Intel, este liberado para divulgação na noite da última sexta-feira, destacado em todos os portais e jornais do País.

Nordeste em baixa – No Nordeste, também estão sem sintonia com a população mais três governadores: Carlos Brandão (PSB), do Maranhão, que tem apenas 42% de aprovação, Fábio Mitidieri (PSD), de Sergipe, com 45% de avaliação positiva, e Paulo Dantas (MDB), de Alagoas, com 46%. Entre os dez mais bem avaliados, nenhum do Nordeste. Jerônimo Rodrigues, estreante como Raquel e do PT, aparece em décimo primeiro lugar.

CURTAS

POR REGIÃO – Pela pesquisa do Atlas Intel, os governadores com melhor avaliação estão no Sul do País, com uma média de 62% de satisfação por parte da população. Em seguida, o Norte, com média de 58% e em terceiro o Centro-Oeste, com 56%. Nordeste e Sudeste têm os piores índices – 49%.

UNIVERSO – O levantamento do Atlas Intel foi bem abrangente. Foram ouvidas 29.694 pessoas nos diversos estados do País entre os dias 18 e 31 de dezembro passado. A margem de erro é entre um e cinco pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

NEM UM PIO – Até ontem, dois dias após a divulgação da pesquisa de avaliação dos 29 gestores estaduais, nenhum aliado da governadora Raquel Lyra saiu em defesa dela. Um silêncio total! Isso é mais um indício de que está isolada.

Perguntar não ofende: Por que Raquel se recusou a comentar a pesquisa em que aparece no rabo da gata?