Livro sobre Marco Maciel é lançado em Brasília em evento concorrido

Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

O livro “O Estilo Marco Maciel”, de autoria do jornalista Magno Martins, foi lançado, ontem, em Brasília, numa noite de autógrafos que reuniu dois ministros, senadores, deputados federais de vários Estados, além de embaixadores, jornalistas, diplomatas e uma enorme colônia de nordestinos. O lançamento ocorreu no Salão Nobre do Senado, museu do Congresso Nacional.

A bancada federal de Pernambuco esteve presente em quase sua totalidade. Dos ministros, José Múcio Monteiro, da Defesa, e André de Paula, estiveram presentes. Da família do biografado, a viúva Anna Maria Maciel e os filhos Cristiane e João Maurício, além do genro Joel Braga, secretário de Indústria e Comércio de Goiás. 

Na cerimônia em homenagem a Marco Maciel falaram o senador Espiridião Amin, em nome da Mesa do Senado, o senador Fernando Dueire, o secretário Joel Braga, além da viúva Anna Maria Maciel e do autor da obra. No dia 4 de outubro, Marco Maciel ganha uma sala com o seu nome na Ala das Comissões do Senado, iniciativa do senador Fernando Dueire, substituto de Jarbas Vasconcelos, que se aposentou recentemente.

Fim da reeleição

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), admite que o Congresso vai discutir se vale a pena manter ou derrubar a possibilidade de reeleição no País. A medida passaria a valer só após a corrida eleitoral de 2026. Para o senador, a possibilidade de reeleição, que entrou em vigor em 1998, não foi positiva.

“O sentimento que tenho em conversas com senadores e líderes partidários é que o instituto de reeleição não foi bom para o Brasil. Ela acaba prejudicando a independência do mandatário”, afirmou, referindo-se à contaminação das decisões em função das perspectivas eleitorais.

Pacheco disse que será iniciada uma sessão de debates no plenário do Senado para tratar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do senador Jorge Kajuru (Podemos-GO). O texto veta a reeleição para cargos do Poder Executivo em nível federal, estadual e municipal e amplia o tempo dos mandatos de quatro para cinco anos. Essa proposta de debates já foi acertada no colégio de líderes e entrará em andamento logo.

“É um tema que vamos nos dedicar”, ressaltou. “É um debate profícuo, e, eventualmente, a conclusão pode ser que, para o Brasil, o melhor é o fim da reeleição”. Em caso de mudança, Isso ficaria para depois das eleições de 2026. “Qualquer mudança deve resguardar os atuais mandatários”, ponderou.

Expulsão de CPI – O presidente da CPI do 8 de Janeiro, Arthur Maia (União Brasil-BA), expulsou, ontem, o deputado Abilio Brunini (PL-MT) da reunião do colegiado. Brunini recusou-se a sair. Seguindo o regimento, Maia suspendeu a sessão até que o congressista saísse da sala onde funciona a comissão. Brunini foi expulso depois de interromper a fala da deputada Duda Salabert (PDT-MG). A congressista fazia um questionamento ao ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) general Augusto Heleno.

Cavalo de pau – O presidente Lula (PT) disse que seu terceiro governo conquistou credibilidade junto ao Congresso Nacional ao ter dialogado e cumprido promessas feitas durante negociações. Também elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por ter tido “serenidade nas vitórias e derrotas” e disse que manterá sua política econômica sem nenhum “cavalo de pau”.  “A economia vai continuar serena. Aqui ninguém vai dar cavalo de pau na economia. Aqui a gente não vai inventar, vamos fazer o que precisa fazer”, afirmou.

Mudança de estatuto – O Partido Novo terá de alterar seu estatuto para poder filiar o ex-procurador da Lava Jato e deputado federal cassado Deltan Dallagnol. O ex-procurador já comunicou ao Podemos que deixará a legenda e se filiará ao Novo em um evento do partido marcado para o próximo sábado. Para efetivar a filiação de Dallagnol, o Novo precisará antes mudar o artigo 4º de seu estatuto, datado de junho de 2017, quando a sigla foi criada.

Perdeu a paciência – O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no governo Jair Bolsonaro (PL), se exaltou ao reagir às provocações da relatora Eliziane Gama (PSD-MA) durante depoimento, ontem, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. “Ela fala as coisas que ela acha que tá [sic] na minha cabeça. Porra. É pra ficar puto. Puta que pariu”, exaltou-se.

Sem reforma – Presidentes de partidos e lideranças do Congresso Nacional já admitem que a proposta minirreforma eleitoral aprovada pela Câmara não será votada no Senado a tempo de valer para as eleições municipais de 2024. O motivo, dizem, foi a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de colocar a minirreforma para tramitar junto ao projeto do novo código eleitoral, proposta com quase mil artigos. A descrença em relação à aprovação da minirreforma para 2024 foi exposta nos últimos dias por nomes como o vice-presidente da Câmara e presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP).

CURTAS

SEM TEMPO – Em participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, Pereira admitiu ser “pouco provável” que a votação da minirreforma no Senado aconteça antes de 6 de outubro, para valer a tempo da eleição do próximo ano.

NA CÂMARA – “A minirreforma que foi aprovada na Câmara ele já apensou ao código eleitoral. Então, acho muito pouco provável que vai ser aprovado para próxima eleição”, disse o dirigente no programa, na segunda-feira passada.

Perguntar não ofende: Foi melhor para os candidatos a prefeito e a vereador manter as regras eleitorais da eleição passada?