Presidente do Senado aposta em reforma eleitoral mais ampla

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deu pistas de que a minirreforma eleitoral não deverá ser aprovada até 6 de outubro. Isto porque ela precisará ser analisada sem afogadilho. Além disso, Pacheco defendeu uma reforma mais ampla, com o fim da reeleição e dos pleitos de dois em dois anos.

“Acho muito importante que nós possamos entregar para a sociedade um código eleitoral que possa preencher todas as lacunas, que seja claro, que tenha regras boas para o processo eleitoral. Nós não faremos a aprovação disso às pressas ou premidos pela circunstância de tempo de ter que aprovar até dia 6 de outubro para valer imediatamente para a próxima eleição”, disse Pacheco. As informações são do Correio Braziliense.

A afirmação foi feita a jornalistas, hoje, após o presidente do Senado discursar na abertura da 38ª Conferência Hemisférica da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides), evento organizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), que acontece até amanhã, no Rio de Janeiro.

“Eu considero, primeiro, que a eleição de dois em dois anos gera sempre um estado eleitoral permanente. Não é a conveniência da popularidade do mandatário em função do Ibope da eleição que ele disputará o segundo lugar. E o mesmo se aplica à reeleição, com aquele mandatário que tem a oportunidade de governar e que, por três vezes, deixa de tomar decisão, às vezes impopulares, às vezes antipáticas, em função desse critério da reeleição ou da perspectiva de voto”, defendeu.

“A reeleição acaba sendo um instituto que inibe essa autonomia e esse dever que tem o mandatário de poder tomar as decisões já no seu mandato inicial, sem perspectiva de ter o voto na sequência”, emendou.

Para Pacheco, é preciso que as eleições sejam coincidentes e se não der tempo para que a minirreforma seja aprovada antes de 6 de outubro para valer nas próximas eleições, “paciência”. Na avaliação dele, o mais importante no momento é aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, a PEC 45/2019, que começou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, após a aprovação pela Câmara dos Deputados, em julho.

A ideia do senador, após o adiamento do cronograma inicial, é que a votação da matéria na CCJ e, posteriormente no plenário da Casa ocorra no fim de outubro. Segundo ele, na próxima quinta-feira (28), será feita uma sessão para ouvir os prefeitos, assim a Casa fez com os governadores. “E pretendemos estabelecer esse cronograma, mesmo em outubro, para apreciação na CCJ e, na sequência, no plenário do Senado”, afirmou Pacheco aos jornalistas.

Pouco antes, em sua fala na abertura da conferência da Fides, o presidente do Senado Federal disse que a PEC da reforma tributária “será aperfeiçoada pela Casa”, mas ele garantiu “buscar encaminhar a votação com celeridade”.

Agenda econômica

Em entrevista aos jornalistas, Pacheco reconheceu ainda que a agenda econômica do governo está muito baseada em decisões do Congresso, como o Orçamento de 2024, a reforma tributária, a medida provisória do programa Desenrola, o marco de garantias e a tributação de fundos fechados e offshores.

Na avaliação do presidente do Congresso, é “perfeitamente possível” que todos esses temas tramitem concomitantemente na Câmara e no Senado Federal. “Nós temos que trabalhar muito, arduamente, com serenidade, mas com celeridade”, disse.

Em relação ao Desenrola, cuja MP caduca, agora, no começo de outubro, ele disse que conversou com o relator, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), e que ele se comprometeu “a dar agilidade em relação ao relatório do projeto”.

“Então, eu acredito que, agora, no início de outubro, possamos ter a apreciação e aprovação (da matéria) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Certamente, é um programa muito importante do governo federal, assentado numa lei que certamente vai ser votada no Senado nos próximos dias “, afirmou.

Novo PGR

Em relação ao nome do futuro chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), Pacheco disse aos jornalistas que garantiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a viagem aos Estados Unidos, que vai dar celeridade à aprovação do nome que ele escolher para substituir Augusto Aras.

“Nós então buscaremos sabatinar e submeter o plenário o mais rapidamente possível para garantir à Procuradoria-Geral da República a presença do procurador escolhido pelo presidente pelo Senado Federal.

Então, não há uma data específica, mas eu acredito que será nos próximos dias com o encaminhamento. Segundo ele, ambos não conversaram sobre nomes. “Não houve nenhum tipo de comentário sobre os nomes”, disse.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, recebeu as primeiras informações de que os protestos bolsonaristas marcados para 8 de janeiro representavam risco de atos de violência logo após tomar posse no cargo, em 2 de janeiro.

Apenas na véspera da depredação nas sedes dos três Poderes, no entanto, Rodrigues informou à Secretaria de Segurança do Distrito Federal que a área de inteligência da corporação havia identificado a possibilidade de a manifestação tentar invadir prédios públicos e impedir o funcionamento das instituições. As informações são da Folha de S.Paulo.

Os relatos estão em depoimento de Rodrigues, obtido pela Folha, no procedimento administrativo disciplinar em curso na PF que apura a atuação de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), no episódio.

A comunicação ao governo distrital ocorreu em uma reunião presencial e, depois, foi formalizada em um ofício, em 7 de janeiro, mesma data que o então secretário de Segurança, Anderson Torres, viajou para os Estados Unidos —ele não chegou a participar do encontro.

Rodrigues afirmou em seu depoimento que não encaminhou nenhum relatório com detalhes dos riscos identificados e que fez apenas a comunicação verbal na reunião.

No início do depoimento, na condição de testemunha, o chefe da PF confirmou ter recebido informações, entre os dias 2 e 5 de janeiro, sobre o perigo que as manifestações marcadas para 8 daquele mês representavam.

“Tomei conhecimento por fontes abertas, acho que era recorrente em redes sociais todo o movimento que havia naquele período, e também por diálogos e despachos diários com a área de inteligência interna nossa”, disse.

O diretor-geral afirmou que pediu a reunião do dia 7 de janeiro com a Secretaria de Segurança para “entender o que estava sendo planejado e organizado e levar a preocupação em razão de todos os fatos que notadamente iriam acontecer e aconteceram”.

“Eu tomei conhecimento, reitero aqui, por parte da nossa inteligência, onde por mais de uma oportunidade foi alertado, [que] o movimento era notadamente com esse viés de violência, de ‘vamos tomar o poder’ —acho que era expressão muito usada naquele período—, onde nas redes sociais era notório e se poderia facilmente identificar que havia sim movimento violento sendo planejado para o dia 8 como aconteceu”, disse.

A reunião, segundo ele, foi com o então número dois da pasta distrital, Fernando Oliveira. “Nosso pleito era levar à Secretaria de Segurança essa preocupação, uma vez que houve reuniões anteriores que a Polícia Federal não havia sido chamada. Então, eu provoquei essa reunião para também colocar nossa preocupação em relação a esse evento.”

Rodrigues disse que ficou com a impressão de que os integrantes da secretaria estavam com “percepções diferentes” à da PF sobre a gravidade da manifestação marcada para o dia seguinte.

Segundo ele, a inteligência da PF e ele mesmo tinham “muito claro que era de extrema gravidade” a mobilização para o protesto e que não “pareceu ser o entendimento dos representantes da secretaria”. No mesmo dia da reunião, Rodrigues encaminhou a seu superior, o ministro Flávio Dino, um ofício com as informações coletadas pela inteligência da corporação.

“Ressaltando aqui que já naquele momento, eu trazendo insistentemente esse alerta, foi pelo menos falado ali, ‘não, de fato a gente vai ter preocupação maior’, alguma coisa nesse sentido, mas a preocupação que houvesse a formalização e ele levaria então ao governador essa preocupação”, disse.

O diretor da PF afirmou, porém, não ter apresentado um relatório mais detalhado à secretaria de segurança no dia da reunião, mas que recebia “despachos diários com a área de inteligência desde o primeiro momento” e que a questão do dia 8 de janeiro foi tratada “nos despachos diários verbais”. “Eu não recebi documento escrito formal em relação a isso.”

“Não apresentei nenhum documento. Estava acompanhado do que hoje é o diretor de inteligência substituto, doutor [Thiago] Severo, mas não entreguei nenhum documento naquela reunião, apenas verbalizei aquilo que a inteligência havia me comentado e que era notório, fontes abertas, do que estaria por vir”, afirmou.

Sobre a ausência do então secretário de Segurança, Anderson Torres, Rodrigues disse não se recordar de como ficou sabendo que ele estava fora do Brasil.

Foi o próprio Rodrigues o responsável pelo pedido de prisão do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF que, mais tarde, foi deferido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O pedido foi feito com base em um relatório do próprio Thiago Severo, que o acompanha na reunião na secretaria de Segurança do DF e levanta a possibilidade de omissão por parte das autoridades locais “diante das informações que alertavam para os fatos vindouros”.

Folha questionou a Rodrigues o que foi feito entre os dias 2 e 7, após os primeiros informes sobre o perigo que se avizinhava, e por que a PF só solicitou reunião com a secretaria na véspera da manifestação. Também perguntou se foi feita alguma comunicação sobre esse risco ao Congresso e ao STF, mas não obteve resposta em relação a esse ponto específico.

A assessoria da PF disse que a corporação “não tem em seu rol de atribuições o policiamento de ordem pública” e que essa função é da Polícia Militar do DF.

“Entre os dias 2 e 7, a PF aguardou as informações da SSP-DF sobre as ações planejadas, como de praxe. Como não obteve, foi solicitada a reunião do dia 7/1 para conhecimento do planejamento de segurança”, disse.

A PF também afirmou que “cabe lembrar que os preparativos para as ações violentas do dia 8/1 já eram de conhecimento da sociedade, inclusive por conta da ampla divulgação em redes sociais e fontes abertas, que são monitoradas por unidades de inteligência dos órgãos de segurança pública”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que “tudo tem seu tempo” e que “não tem pressa” para escolher o próximo procurador-geral da República (PGR), com a saída de Augusto Aras, e o substituto de Rosa Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois deixam as respectivas funções no fim deste mês.

Sobre a vaga na Suprema Corte, o mandatário declarou ainda que a questão de gênero “não é mais um critério”, e que a cor da pele também não deve influenciar a decisão. O petista tem sido pressionado a não diminuir a representatividade feminina no plenário do STF. As informações são do Metrópoles.

“No momento que eu achar que é importante escolher, eu vou escolher. Vou escolher o ministro da Suprema Corte, o procurador-geral, quatro pessoas do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], gente do Superior Tribunal de Justiça, mas tudo tem o seu tempo”, declarou o mandatário.

“No momento em que eu tiver que tomar a decisão, podem ficar tranquilos que eu vou anunciar para vocês. Mas não tenho pressa, não existe nenhuma vinculação com a minha cirurgia”, acrescentou.

Nesta segunda (25), Lula falou à imprensa reunida no Palácio Itamaraty, onde recebeu o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Mihn Chinh. O petista fará uma cirurgia no quadril, na próxima sexta-feira (29/9), para tratar de fortes dores nas articulações, que enfrenta desde agosto do ano passado.

Sem uma indicação do sucessor da PGR a tempo da aprovação no Senado, quem deve assumir a chefia da PGR interinamente será o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), escolhido pela categoria.

Questionado sobre a escolha de gênero no STF, Lula defendeu que o gênero e a cor da pele não devem ser critérios determinantes na decisão do sucessor da ministra Rosa Weber.

“O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo para escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e às expectativas do Brasil. Uma pessoa que possa servir ao Brasil, que tenha respeito à sociedade brasileira. Uma pessoa que vote adequadamente. Não se depende dessa questão de gênero”, pontuou o chefe do Executivo federal.

O presidente ainda prosseguiu: “Pretendo indicar a pessoa mais correta que eu conhecer, que vai ser uma grande pessoa, que é isso que o Brasil precisa”.

Despedida de Aras

Em 21 de setembro, durante sua última sessão no STF como PGR, Augusto Aras usou seu espaço de fala para fazer um balanço de sua atuação como PGR. Na despedida, ele falou de incompreensão e de divergência de ideias, “que formam a democracia”.

“Os desafios dos últimos quatro anos foram adicionalmente cercados por incompreensões e falsas narrativas, dissonantes com o trabalho realizado, documentado e publicizado, e agora também organizado no relatório final de gestão que recém-divulgamos”, disse.

Em reunião com os senadores Rogério Carvalho (Sergipe) e Jaques Wagner (Bahia), hoje, em Brasília, os governadores do Nordeste voltaram a questionar alguns tópicos da Reforma Tributária em tramitação no Senado Federal.

O principal diz respeito à governança do Conselho Federativo, que ficará responsável por distribuir os recursos do tributo criado pela reforma.

Para a composição do conselho, o pleito dos gestores do Nordeste é de que cada ente federado representado possa ter um voto.

Além disso, foi defendido pelos governadores que os critérios de partilha dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) possam estar na Constituição, considerando o PIB invertido, para permitir que os estados que têm menor arrecadação possam receber mais recursos do fundo. Assim, há uma garantia da atenção às diferentes realidades sociais e econômicas do país.

Os pleitos dos governadores do Nordeste, de acordo com o senador Rogério Carvalho, serão apresentados, na próxima quarta-feira, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Liderado pela primeira mulher a entrar na disputa pela presidência do Crea em Pernambuco, Roberta Meneses, o Grupo Inclusão & Credibilidade promove, na próxima sexta-feira (29), às 19h, no restaurante Sal e Brasa, na Imbiribeira, jantar de adesão que marca o lançamento da campanha dos seus candidatos nas eleições gerais do Sistema Confea/Crea-PE e Mútua-PE deste ano. O pleito ocorre de forma virtual, das 8h às 19h, em 17 de novembro.

Com a meta de ajudar os camaragibenses a conseguirem os postos de trabalho que estão sendo disponibilizados por empresas que atuam na cidade, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Camaragibe lançou, hoje, a versão itinerante do programa “Emprega Mais Camará”.

Na prática, a prefeitura vai atuar como indutora do preenchimento desses postos de trabalho, aproximando os camaragibenses das empresas que precisam contratar colaborares, ou de forma fixa, ou de forma temporária para o período de fim de ano; tudo respeitando o perfil desejado pelo empregador e a característica e formação do candidato à vaga.

A primeira etapa, de atualização cadastral, foi realizada, hoje, no Camará Shopping, em uma parceria entre o centro de compras e a Secretária de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco, por meio da Agência do Trabalho. Em breve, a gestão vai anunciar na conta de Instagram da prefeitura (@prefeituracamaragibe) novos dias e pontos de cadastramento e atualização de dados, que vão ser descentralizados por todo município.

“Com o ‘Emprega Mais Camará’, nós vamos fazer o link entre a empresa contratante e o munícipe que está em busca da vaga. Importante ressaltar que nossa atuação será específica para os camaragibenses, ajudando o morador da cidade a conseguir o emprego”, destacou a prefeita de Camaragibe, Doutora Nadegi.

O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Ronald Santos, detalhou a ação. “Nosso objetivo é potencializar a geração de oportunidades na cidade. Vamos ter uma etapa onde as empresas cadastram as vagas em sistema e, com isso, os munícipes poderão concorrer a estas vagas. Essas ações itinerantes são de extrema importância. Com elas, podemos aproximar os moradores da cidade. As vagas oferecidas na Agência do Trabalho do município passam a ficar mais próximas dos camaragibenses cadastrados no nosso banco de dados”, argumentou.

O Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Satenpe) alertou aos trabalhadores que o pagamento do retroativo do piso da enfermagem em Pernambuco, marcado para a próxima sexta (29), virá com inconsistências. O anúncio ocorreu após reunião com representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SAD), nesta segunda-feira (25). Um ato foi realizado em frente à sede do órgão, situado no bairro do Pina, no Recife.

Apesar do Satenpe não ter sido convidado pelo Governo do Estado para estar na mesa de negociação, mesmo com reconhecimento na justiça para representar a enfermagem de nível médio, a entidade sindical participou do encontro que tratou sobre a implementação do piso diante da pressão dos trabalhadores.

Após a Secretaria de Administração ter prestado esclarecimentos sobre o piso, o presidente do Satenpe, Francis Herbert, demonstrou preocupação com a possibilidade de perdas para a categoria. “A cada mês, será aberta uma janela para correção de inconsistências dos entes federativos para que o piso seja repassado corretamente” destacou Francis. 

A secretaria de Administração informou que as parcelas do retroativo do piso, de maio a agosto, serão lançadas como complemento salarial. Para Francis, essa medida deturpa a Lei 14.434/2022 que determina que os valores sejam colocados como piso. O Estado também esclareceu que não ocorrerá desconto previdenciário das parcelas que complementarão o piso assim como também não haverá imposto de renda retido na fonte.

“O nosso jurídico está atuando para avaliar todos os aspectos apresentados pelo Estado. Orientamos ainda que os Auxiliares e Técnicos de Enfermagem estejam vigilantes para que, a partir do repasse do retroativo, informem periodicamente os problemas para que sejam tomadas as medidas necessárias”, completou Francis.

O Satenpe promoverá uma reunião virtual ainda nesta segunda, a partir das 20h, para prestar esclarecimentos sobre o pagamento do retroativo do piso à categoria.

Durante realização da Assembleia Geral do Consórcio Nordeste, hoje, em Brasília, os nove governadores da região assinaram Memorando de Entendimento com o Banco Mundial. O documento possibilita tornar o Nordeste em um hub internacional de fontes de energia renováveis.

“Esse memorando estabelece uma parceria importante porque sabemos do potencial que o Nordeste tem para a geração de energias limpas e renováveis. Neste momento de transição, nossa região poderá ser a grande protagonista na produção de hidrogênio verde”, declarou o presidente do Consórcio Nordeste e governador da Paraíba, João Azevêdo, durante o momento, que contou com a participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Presente no ato, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, destacou a importância de uma ação integrada em favor das energias renováveis no País.

“O Banco Mundial tem feito um diálogo bilateral com os estados, tem trabalhado conosco com agroecologia e o financiamento ao Porto de Suape. É muito importante atuarmos de maneira integrada, percebendo de que forma podemos fazer a transição energética nas nossas cadeias produtivas. Com o que está sendo firmado agora, estamos tendo a possibilidade de redimensionar os nossos arranjos produtivos, tornando-os mais sustentáveis”, afirmou Raquel.

A diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, gastou R$ 209,9 mil com o cartão corporativo do Senado desde 2015, quando assumiu o cargo.

O dinheiro foi gasto com passagens, material de consumo, serviços de terceiros, entre outros. No Portal de Transparência, porém, não há informação sobre para quem foram os pagamentos. O Senado só começou a publicar as notas fiscais no site a partir de 2023. As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Pelo regimento interno da Casa, o uso deve ser restrito a “situações nas quais não seja possível ou recomendável submeter a aquisição ao processo de licitação”. Os cartões devem ser usados para atender despesas eventuais, em caráter sigiloso ou de pequeno vulto.

Em alguns anos, a diretora-geral gastou mais do que em outros. Em 2017, foram R$ 85 mil e em 2018, R$ 62 mil. No fim de 2018, o Senado fez uma auditoria interna sobre o uso do cartão por servidores e revelou diversas irregularidades. A diretora tinha um dos gastos mais altos da Casa, mas até onde o Metrópoles teve acesso ela não foi acusada de impropriedades. Em 2019, o gasto de Trombka caiu para R$ 6,4 mil.

Em 2021, a diretora gastou R$ 34,3 mil. Já em 2022 e 2023, os gastos foram pouco superiores a R$ 4 mil no ano todo.

Procurada, Trombka disse que iria se manifestar por meio da assessoria do Senado. O Senado, por sua vez, informou que os servidores são obrigados a prestar contas dos gastos, mas não informou quais foram os fornecedores pagos com o cartão controlado pela diretora.

“Informamos que, desde 2015, a média mensal de gastos da Diretora-Geral com suprimento de fundos é de, aproximadamente, R$ 2.000,00 (dois mil reais) e obedeceram às normas que regem a matéria e tiveram as prestações de contas aprovadas integralmente, comprovando sua regular utilização”, disse a Casa, em nota.