“Jarbas é tão grande que considero um farol no cenário nacional, farol da decência, do elevado espírito público, da coragem e do discernimento. É meu grande mestre e entusiasta”, disse Dueire, adiantando que no Senado irá se esforçar o máximo possível como aluno atento e disciplinado. “Seguirei atuando no Senado tendo seus ensinamentos como bússola e sua trajetória como inspiração. Sei o tamanho do desafio que é honrar a sua ausência”, destacou.

Fernando Dueire tem 64 anos, nasceu no Recife, é formado em economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no estado de São Paulo. Fez parte da superintendência geral da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) entre os anos de 1995 e 1998. Atuou como superintendente geral da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) entre os anos de 1995 e 1998 e foi secretário de Infraestrutura e presidente dos conselhos de administração da Celpe (atual Neoenergia), Compesa, Porto do Recife, Copergás e Metropolitano de Transportes Urbanos.

Até chegar à condição de senador, sua atuação se deu na área técnica e de gestão, apesar da longa convivência na política, inclusive nas campanhas de Jarbas. O novo senador, na verdade, é um tecnolítico, uma mistura de técnico com político, como assim inventou, no seu linguajar próprio, o ex-governador Joaquim Francisco.

PE acima de tudo – Na mesma entrevista, Dueire disse que, apesar de o MDB não ter apoiado a governadora Raquel Lyra (PSDB), mantém com a tucana uma relação fraterna há muitos anos e disse que como senador o que estiver ao seu alcance fará para ajudar não o Governo Raquel, mas Pernambuco. “Ela não apenas conta comigo, mas também com os outros dois senadores – Humberto e Teresa – com os quais tenho elevado apreço e consideração”, disse. “Pernambuco está acima das pessoas, a gente tem que se unir”, acrescentou.

Mais um ministério – Pernambuco tem, desde ontem, com a confirmação do deputado Silvio Costa Filho em Portos e Aeroportos, quatro ministérios no Governo Lula. Silvinho, como é mais conhecido, ganha uma chance de ouro para se projetar em nível nacional e ganhar polimento no plano estadual, com chances de se revelar um quadro majoritário no futuro. Indicado pelo Republicanos, seu grande desafio será levar os 41 votos da bancada na Câmara em projetos de interesse do Governo.

A fatia de França – Revela a bem-informada Roseann Kennedy, colunista do Estadão, que em contrapartida por ser obrigado a trocar de pasta na reforma ministerial, o ministro Márcio França (PSB) ganhou do governo o direito de fazer ao menos duas indicações no governo Lula. Caberá a ele nomear uma diretoria no Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o novo comando da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).

Sucessor de Fufuca – A nomeação do deputado André Fufuca (MA) como ministro do governo Lula abre espaço para um novo líder do PP na Câmara e o partido já tem nome para a vaga. Trata-se do Dr. Luizinho, secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro. De acordo com um integrante da cúpula do PP, Luizinho deve pedir demissão do governo Cláudio Castro na próxima segunda-feira, para reassumir o mandato e se tornar o líder da legenda na Câmara.

Vai nadar em dinheiro – O PAC – Programa de Aceleramento do Crescimento – vai bombar o Ministério de Portos e Aeroportos, agora sob o comando de Silvio Costa Filho. Só para o eixo de transporte eficiente e sustentável estão previstos R$ 349,1 bilhões. Neste segmento, caberá ao Ministério de Portos e Aeroportos o acompanhamento de 363 ações e empreendimentos que representam um aporte total de R$ 69,1 bilhões, em três subeixos: portos (137), aeroportos (95) e hidrovias (131).

CURTAS

AEROPORTOS – Já para o setor aéreo, o total anunciado é de R$ 10,2 bilhões em investimentos públicos e privados, dos quais R$ 9,2 bilhões estão relacionados aos 49 aeroportos já concedidos à iniciativa privada. O Governo Federal vai investir R$ 1 bilhão em 46 ações que envolvem a retomada de obras paralisadas, além de estudos e projetos de reforma e construção de aeroportos regionais em todo o País.

O SUPLENTE – Com a ida de Silvio Costa Filho para o primeiro escalão de Lula, quem volta à Câmara dos Deputados é o primeiro suplente Ossesio Silva, que já foi deputado federal, mas não conseguiu se reeleger nas eleições passadas.

Perguntar não ofende: Lula ficou dominado pelo Centrão?