Casamento de Randolfe tem presença de Lula e outras autoridades

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, compareceram, nesta sexta-feira (28), ao casamento do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) com a advogada Priscila Barbosa, na casa da família da atriz Glória Pires, no Setor de Mansões do Lago Norte. O casal foi convidado como padrinhos da cerimônia do líder do governo no Congresso Nacional.

A recepção contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin; dos ministros da Defesa, José Múcio Monteiro; dos Transportes, Renan Filho; da Secretaria-Geral, Márcio Macedo; da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) e do advogado Cristiano Zanin, que tomará posse na Corte na quinta-feira. Também compareceram o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR); e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner (PT-BA), além de artistas, como Caetano Veloso. A cerimônia foi celebrada pelo pastor e cantor Kleber Lucas. As informações são do Correio Braziliense.

Randolfe e Priscila se conheceram em 2017, a partir de um comentário feito no Instagram do senador, em que ela se posicionou contrária à reforma trabalhista aprovada durante o governo de Michel Temer (MDB). Na publicação, a advogada disse que “nem todo super-herói usa capa”.

Os dois passaram a manter contato e, no aniversário dela, Randolfe chegou de surpresa a Maceió, onde a advogada morava. Assim, começaram oficialmente a namorar. Eles ficaram noivos em 2021, e o pedido de casamento foi ao som de “Vem meu amor”, música cantada por Ivete Sangalo.

Lula deixou o local por volta das 20h40. Nas redes sociais, ele comentou o evento: “Tive a felicidade de ser padrinho, junto com Janja, do casamento dos amigos Randolfe e Priscila e testemunhar essa união. Muitas felicidades para o casal”, postou.

Em um evento em Santa Catarina, nesta sexta-feira (28), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou o recebimento de R$ 17,2 milhões, via Pix, em doações de apoiadores.

“A palavra do dia é Pix. Agradeço aos que doaram de forma voluntária. Mais uma vez, infringiram o devido processo legal, divulgando dados sigilosos. Mas tudo bem”, afirmou Bolsonaro. As informações são da CNN.

Um relatório produzido pelo Coaf, órgão de combate à lavagem de dinheiro do governo federal, apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões via Pix em sua conta pessoal nos primeiros seis meses deste ano.

Os valores foram recebidos após apoiadores do ex-presidente realizarem uma espécie de “vaquinha virtual” para pagamento de processos judiciais.

Os dados do Coaf mostram que entre 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-presidente recebeu mais de 769 mil transações por meio do Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80.

O valor corresponde à quase totalidade do movimentado pelo ex-presidente no período, de R$ 18.498.532,66.

A CNN procurou o Coaf, que disse não atuar “como órgão de investigação ou de persecução penal”. O órgão também informou que “aos integrantes da estrutura do Coaf é vedado fornecer ou divulgar informações conhecidas ou obtidas em decorrência do exercício de suas funções a pessoas que não disponham de autorização legal ou judicial para acessá-las”.

“A produção de inteligência financeira consiste no recebimento de informações de fontes legalmente previstas, principalmente comunicações provenientes dos vários setores obrigados definidos no art. 9º da Lei nº 9.613, de 1998, e na análise dessas informações. Nos casos em que as referidas fontes apontem situação suspeita, são produzidos e disseminados Relatórios de Inteligência Financeira (RIF)”, complementa a nota.

Da Folha de S. Paulo

Responsável pela articulação política do governo, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) avalia que o Planalto saiu vitorioso nos seis primeiros meses na relação com os presidentes da Câmara e do Senado. Ele diz que agora é preciso aprimorar a base de apoio no Congresso, até então volátil.

Segundo ele, o presidente Lula (PT) pretende consolidar a entrada no governo de PP e Republicanos e definir os espaços que eles vão ocupar no ministério. Em entrevista à Folha, Padilha acena ainda para a entrada de setores do PL – partido de Jair Bolsonaro – em cargos de segundo escalão e nos estados.

Padilha rechaça que essas negociações por cargos sejam “toma lá, dá cá” e também afirma ser legítimo que parlamentares possam influenciar no destino de emendas e outras verbas do governo.

Qual a sua avaliação sobre a articulação no primeiro semestre?

Nós conseguimos aprovar todas as cinco prioridades. São como as cinco pontas da estrela do PT. A primeira era conseguir garantir presidentes da Câmara e do Senado que se comprometeram e foram decisivos para estancar o golpe de 8 de janeiro. Conseguimos reestruturar dezenas de medidas provisórias feitas pelo Bolsonaro para que não gerassem pauta-bomba nem perpetuar lógicas terraplanistas do governo anterior. A terceira prioridade foi reorganizar o Orçamento com a PEC da Transição. A quarta ponta foi recriar os programas sociais. A quinta foi aprovar o marco fiscal e a reforma tributária.

E qual a previsão para o segundo semestre?

Concluir o que resta da Reforma Tributária. Estou otimista que vamos até o final do ano ter concluído, nas duas Casas, pelo menos a parte constitucional da Reforma Tributária. Também temos que consolidar a presença da frente política dentro do governo, saudando a possibilidade de parlamentares que representam bancadas de partidos que tiveram compromisso conosco para que eles possam participar do governo.

Isso inclui o PP e Republicanos?

Sim. As bancadas desses partidos ofereceram, indicaram diretamente a mim e ao presidente Lula, a possibilidade de terem parlamentares compondo o governo, o primeiro escalão. Mas estou falando também de outros partidos, de outras bancadas que não necessariamente oferecem parlamentares no sentido de compor o primeiro escalão, mas que têm disposição, seja nos estados, seja em outros espaços, de compor o governo. Temos toda a intenção de ter essas bancadas junto conosco.

O senhor se refere ao PL?

No caso do PL, nós temos um conjunto de parlamentares que, até por afinidade nos seus estados, por posicionamento de não passar pano para os atos terroristas no dia 8 de janeiro, por ter votado tanto a Reforma Tributária quanto o marco fiscal e a retomada dos programas sociais. E temos todo o interesse em interagir, sobretudo nos estados, com a participação deles no governo.

Essas negociações podem ser consideradas como um ‘toma lá, dá cá’?

Eu vejo como uma consolidação de uma frente política que já se expressou desde a PEC da Transição. Não tinha nem governo, não tinha nem cargo, não tinha nem ministério e essas forças políticas já contribuíram. Depois, esse grupo foi decisivo e firme no dia 8 de janeiro.

O governo recebeu críticas de parlamentares e também teve derrotas no Congresso, como a instalação da CPI do MST e a nos decretos de saneamento. E agora trocas no ministério com menos de oito meses. Houve falha na articulação política?

É muito raro um time ser campeão invicto no campeonato. É uma situação excepcional. Num campeonato você ganha, você empata, você perde dentro de casa, você perde fora de casa, mas você não pode perder a final. No segundo semestre, vamos buscar aprimorar.

Isso é um aprimoramento ou é uma necessidade para ter vitórias no Parlamento?

É um aprimoramento para consolidar essa frente.

Legendas como MDB, União Brasil e PSD já receberam 3 ministérios cada. O governo errou na escolha e na distribuição dos ministérios?

A composição na largada foi adequada para aquele momento político e nos ajudou a ganhar essa etapa do campeonato.

Vai ser um ministério para o PP e um para o Republicanos?

Não está definido isso. Essas duas bancadas indicaram um deputado cada. Essas definições vão se configurar a partir do retorno do mundo político a Brasília, a partir de agosto. O que tem certo é a disposição do presidente de incorporar essas duas forças políticas que representam bancadas da Câmara.

Os indicados foram Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA)? Há objeções a eles no governo?

Não. Nenhuma objeção por parte do governo, do presidente Lula, a esses nomes.

Qual é o número da base?

Nossa relação [com o Congresso] não é [de] contar gado. Nossa relação é o encontro de agenda política de temas prioritários e de aprovação. Tem coisa que a gente precisa de mais de 308 votos para aprovar e a gente vai construir essa base, como nós fizemos nesse primeiro semestre.

Quais ministérios estão realmente blindados?

O presidente já falou de algumas situações específicas que são ministérios que não foram compostos por forças políticas partidárias. Ele citou o exemplo da Saúde. Mas não tem nenhuma definição do presidente sobre a reorganização, quais ministérios ele pretende discutir.

Na reforma, pode haver redução no número de mulheres, que na verdade já não é tão alto?

Pelo contrário, o esforço do presidente Lula tem sido sempre de ampliar a presença e a participação de mulheres no governo e vai continuar sendo isso.

Qual é a chance de PP ou Republicanos assumir o Ministério do Desenvolvimento Social?

Não tem esse debate ainda, só deve começar a partir de agosto, quando Lula se reunir com as lideranças partidárias. O que ele deixou muito claro, mais de uma vez, é que é um ministério que faz parte do coração do governo.

Quando candidato, Lula criticava o poder excessivo do Arthur Lira, mas o que a gente vê ainda é uma dependência grande dele. Por que não conseguiram mudar isso?

Com essa relação que nós temos tanto com o presidente Lira, quanto com o presidente Pacheco, nós aprovamos aquilo que era necessário aprovar para o país. Fomos vitoriosos nesse primeiro semestre. Construindo uma nova relação, de diálogo, às vezes de mediações, conseguindo aprovar aquilo que era prioritário para nós.

Lira ainda exerce muita influência sobre as emendas, apesar de as emendas de relator não existirem mais. Na prática, ele mantém o controle sobre as emendas que passaram para recursos de ministérios, as chamadas verbas extras?

Não, pelo contrário, houve uma mudança profunda em relação a isso. Você teve um aumento das emendas impositivas, com um calendário pré-definido. Às vezes você pode ter uma coincidência de uma votação acontecer naquela semana onde estava programado o empenho para determinada emenda.

Agora, até porque eu sou deputado eleito, sei o quanto que muitas vezes o parlamentar conhece uma realidade local, um tema, às vezes melhor do que um técnico de um determinado ministério. É um governo [que] a gente orienta sim os ministérios, que estejam abertos a ouvir propostas, a receber proposta dos parlamentares, de presidentes de comissão.

Sobre o que era emenda de relator e virou recursos dos ministérios, o governo pretende divulgar os beneficiários?

Você está falando de uma coisa que não é emenda. Agora, os ministérios sempre têm que perseguir como melhorar a transparência.

O Planalto deve apoiar algum candidato na sucessão de Lira e Pacheco?

Nem o presidente Arthur Lira nem quem pretende vir a ser presidente da Câmara querem antecipar essa discussão. Não é o Planalto que vai antecipar nem interferir nessa discussão. Nós, em nenhum momento, cometeremos erros que outros governos já cometeram de entrar numa discussão que é uma construção feita pela Casa. É o mesmo debate para o Senado.

Da Agência Brasil

A saúde e a educação respondem por metade do novo contingenciamento (bloqueio) de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2023. O decreto presidencial com a distribuição dos cortes foi publicado nesta sexta-feira (28) em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

Ao todo, dez pastas foram afetadas pelos novos cortes. Os bloqueios são temporários e ocorrem porque a estimativa de gastos superou o limite estabelecido pelo teto federal de gastos em 2023.

O contingenciamento não atinge gastos obrigatórios, apenas gastos discricionários (não obrigatórios), relacionados a investimentos e manutenção da máquina pública. O dinheiro pode ser liberado se a estimativa de gastos obrigatórios não se concretizar ou se o governo conseguir aprovar o novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional, que acabará com o teto federal de gastos.

Confira a nova distribuição dos bloqueios

•   Saúde: R$ 452 milhões;

•   Educação: R$ 333 milhões;

•   Transportes: R$ 217 milhões;

•   Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 144 milhões;

•   Cidades: R$ 144 milhões;

•   Meio Ambiente: R$ 97,5 milhões;

•   Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60 milhões;

•   Defesa: R$ 35 milhões;

•   Cultura: R$ 27 milhões;

•   Desenvolvimento Agrário: R$ 24 milhões.

Em maio, o governo tinha bloqueado R$ 1,7 bilhão dos seguintes ministérios: Fazenda; Planejamento; Integração e Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Transportes e Cidades. Dessa forma, o total de recursos travados chega a R$ 3,2 bilhões no Orçamento deste ano.

No último dia 21, o governo tinha indicado a necessidade de um novo bloqueio no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Pela legislação, um decreto presidencial detalha cortes por órgãos federais até 10 dias após o envio do relatório ao Congresso. A distribuição do contingenciamento cabe à Junta de Execução Orçamentária, órgão composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; Esther Dweck, Gestão e Inovação em Serviços Públicos; e da Casa Civil, Rui Costa.

Mesmo com o novo contingenciamento, o total bloqueado este ano é bastante inferior ao do ano passado, quando foram travados R$ 15,38 bilhões para cumprir o teto de gastos. Os recursos só foram desbloqueados porque a Emenda Constitucional da Transição retirou do teto de gastos R$ 23 bilhões relativos a programas sociais no ano passado, mais R$ 168 bilhões neste ano.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer se encontrar com ele em breve para discutir sobre questões climáticas. 

“Lula do Brasil quer se reunir comigo em breve porque vocês sabem que há mais carbono absorvido do ar na Amazônia do que todo o carbono admitido nos Estados Unidos anualmente. Adivinhem só, eles estão tendo problemas”, disse Biden na sexta (28), em evento de campanha. As informações são do jornal O Tempo.

Na quinta-feira (27), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que Biden fez convite a Lula para ambos realizarem um evento conjunto sobre a “defesa do trabalho decente”. O evento, segundo explicou Padilha, deve fazer parte da programação prevista para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre nos Estados Unidos. O Brasil tem a tradição de fazer o discurso de abertura da assembleia.  

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu R$17,2 milhões por meio de Pix de janeiro a julho deste ano. Segundo o Coaf, as movimentações, classificadas como atípicas, “provavelmente” têm relação com uma campanha de arrecadação feita por apoiadores de Bolsonaro para pagar multas dele à Justiça.

As informações foram enviadas para a CPI dos Atos Golpistas do Congresso como parte da análise da movimentação financeira do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. O Coaf considerou que as movimentações dos dois estão relacionadas. Bolsonaro não é investigado pela CPI. As informações são do G1.

Em nota, a defesa do ex-presidente afirma que os valores “são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita”.

A análise das movimentações do ex-presidente vai de maio do ano passado a julho deste ano. Neste período, Bolsonaro movimentou R$ 39,9 milhões. A conta recebeu quase R$ 20 milhões e saíram dela outros R$ 20 milhões.

Ainda segundo o relatório do Coaf, de 1º de janeiro a 4 de julho deste ano, o ex-presidente da República recebeu quase 770 mil depósitos via Pix, que totalizaram R$ 17,2 milhões. O conselho identificou que R$ 17 milhões foram investidos em renda fixa.

A movimentação foi na conta pessoal de Bolsonaro, aberta em junho de 2020, no Banco do Brasil.

A Coaf afirmou também que os lançamentos “provavelmente” têm relação com uma vaquinha feita por apoiadores para pagar multas dele à Justiça.

A campanha foi anunciada no dia 23 de junho. Parlamentares e ex-integrantes do governo divulgaram amplamente a chave Pix de Bolsonaro dias antes das postagens pedindo doações ao ex-presidente. A Justiça de São Paulo tinha bloqueado mais de R$ 370 mil de Jair Bolsonaro pelo não pagamento de multas durante a pandemia por não ter usado máscara em diversas ocasiões.

Ainda no fim de junho, o ex-presidente afirmou que já tinha recebido o suficiente para pagar todas as multas que recebeu em processos judiciais e eventuais punições novas e que o valor seria divulgado em breve.

O advogado tributarista Tiago Conde explica que não há nenhuma irregularidade em receber doações. Quem recebe o dinheiro fica com a responsabilidade de pagar o ITCMD, que é o imposto de transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos.

A alíquota varia de estado para estado, de acordo com a origem da doação e não de quem recebeu. Vai de 4 a 8% sobre o valor doado. E só é cobrado quando ultrapassa determinados valores, dependendo do estado. Em São Paulo, por exemplo, o imposto é cobrado de doações acima de R$ 85.650 por pessoa.

“Quem recebe o dinheiro deve pagar o ITCMD. Mas, se ele não pagar, quem doou tem uma chamada responsabilidade solidária. Também pode ser lá questionada pelo estado. E o estado pode buscar aquele que doou pra fazer o pagamento”, explica Conde.

O ex-presidente terá que declarar o valor recebido no Imposto de Renda do ano que vem, listando o CPF de cada um dos doadores.

Nota da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro:

“A defesa do Presidente Jair Bolsonaro tomou ciência, na data de hoje, do vazamento de informações bancárias de seu cliente, contidas em relatório emitido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal no capítulo das garantias individuais do cidadão.

Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita.

Por derradeiro, a defesa informa, ainda, que nos próximos dias tomará as providências criminais cabíveis para apuração da autoria da divulgação de tais informações”.

Um incêndio atingiu um apartamento no 26º andar de um edifício na Rua Irmã Lúcia, Em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. De acordo com moradores do prédio, a atriz e apresentadora Maísa Silva estava no apartamento. A equipe da TV Globo registrou a atriz, aparentemente sem ferimentos, chorando na frente do edifício.

Sete pessoas estavam no local quando as chamas tiveram início, por volta das 10h. Três amigas, dentre as quais Maísa, conseguiram sair do imóvel. Uma babá retirou um dos filhos dos proprietários do apartamento, que é um jovem com deficiência, carregando ele no colo.

Outros dois jovens permaneceram dentro do apartamento, aguardando a liberação dos bombeiros para sair de um dos quartos, já que havia fogo e fumaça na sala, por onde eles teriam que passar.

Por volta das 11h30, os dois foram resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma das pessoas foi levada para um hospital particular na Zona Norte da cidade. Um cachorro também foi resgatado.

Em entrevista à TV Globo, o major Serafim, do Corpo de Bombeiros, disse que havia muitas chamas no imóvel e que a equipe teve, inclusive, dificuldade de controlar o fogo.

Ainda de acordo com o major, os dois jovens que ficaram presos no apartamento estavam bem quando foram retirados, mas, por uma questão de verificação de segurança, os dois foram encaminhados para hospitais.

“Tentaram se proteger no último cômodo, no quarto mais afastado das chamas. E isso ajudou. Eles foram entregues à equipe do Samu conscientes, acordados”, afirmou o representante dos bombeiros.

Em entrevista à TV Globo, o síndico, identificado como Luís, disse que o incêndio teria iniciado após um curto-circuito no ar-condicionado de um dos quartos. Segundo ele, o imóvel tem uma sala no meio e quartos nas laterais.

Nem mesmo um estabelecimento público que promete total segurança foi capaz de impedir uma violência tão cruel. Uma criança de 2 anos foi vítima de estupro em uma casa abrigo localizada no Grande Recife, na última quarta-feira (26). O caso, tratado com sigilo, está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco.

A informação foi confirmada à coluna Segurança, do Jornal do Commercio, pela Secretaria Estadual da Mulher, que é responsável pelas casas abrigo. 

“A Secretaria da Mulher informa que, ao receber denúncia sobre suspeita de abuso a uma criança de 2 anos, dentro de uma casa de acolhimento onde sua mãe estava abrigada, tomou imediatamente todas as medidas cabíveis”, disse a assessoria da pasta, por meio de nota oficial. 

O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia do Cabo de Santo Agostinho. 

“A Polícia Civil instaurou inquérito, que tramita em segredo de Justiça. Mãe e criança estão em um novo local com assistência jurídica feita pela equipe da Secretaria da Mulher, completou o texto. 

As assessorias da Polícia Civil e da Secretaria de Defesa Social (SDS) também foram procuradas, mas não se pronunciaram sobre o caso. 

Por meio de suas redes sociais, a deputada estadual Delegada Gleide Ângelo comentou sobre o crime, que classificou como inadmissível. “Isso demonstra o que já venho dizendo sobre o amadorismo e incompetência como a política de mulheres vem sendo conduzida em Pernambuco. Onde as mulheres vão buscar proteção? Pede medida protetiva, é assassinada. É abrigada na Casa Abrigo e seu filho é estuprado”, explanou.

O que é casa abrigo?

Casa abrigo é um local – mantido pelo governo do Estado – para onde mulheres vítimas ou ameaçadas de violência doméstica são encaminhadas para que possam viver durante determinado período, enquanto reúnem condições para retomar a rotina com segurança.

Em geral, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o tempo de acolhimento nas casas abrigo é de até 90 dias. Mas o prazo pode ser ampliado.

Servidores que trabalham com escutas de mulheres em delegacias, defensorias, Ministério Público ou unidades da Justiça podem indicar a mulher vítima de violência para as casas abrigo.

A triagem também pode ser feita por especialistas dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e dos Centros de Referência de Assistência em Saúde (Cras).

Em Pernambuco há quatro casas abrigo: duas localizadas no Grande Recife e outras duas no Sertão.

Queixas de estupro de crianças crescem em Pernambuco

De acordo com estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS), 410 queixas de estupro contra crianças de até 11 anos foram somadas pela polícia no primeiro semestre de 2023. Desse total, 216 casos foram registrados no Recife, ou seja, mais da metade. 

Além disso, houve aumento de 5,1% no número de denúncias de estupro em Pernambuco, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 390 casos. 

Alvo de dois pedidos de cassação no TRE do Paraná, Sergio Moro pode ter acumulado uma fatura quatro vezes maior que o teto de despesas fixado pela Justiça Eleitoral para a pré-campanha ao Senado pelo Paraná em 2022. As ações movidas por PT e PL contra o ex-juiz da Lava-Jato listam contratações que, se confirmadas na tramitação dos casos, superam os R$ 19 milhões. O limite a ser gasto no período era de R$ 4,4 milhões.

A disparidade entre o estipulado pelo TSE e o orçamento mencionado pelos acusadores de Moro aconteceu porque, segundo eles, o senador transportou para a disputa do Legislativo a lógica financeira criada para tentar emplacar seu nome à Presidência da República, corrida da qual ele desistiu em março de 2022, quando trocou de partido. As informações são do colunista Lauro Jardim, de O GLOBO. 

Convocados pelo Judiciário a colaborar com a produção de provas, o Podemos, antiga sigla de Moro, e o União Brasil, a atual legenda, serão responsáveis por entregar contratos e mais documentos para a verificação dos valores levantados pelos autores das ações.

Os maiores montantes são referentes a serviços de marketing político. Teria sido firmado, de acordo com as ações, um contrato de R$ 2 milhões com a D7 Produções Cinematográficas, do marqueteiro Pablo Nobel, para a produção de vídeos para internet e inserções partidárias na TV.

Depois, outro compromisso de R$ 14,8 milhões teria sido feito com a 2022 Comunicação SPE, também de Nobel, para o gerenciamento de imagem, discursos e conteúdos ligados à candidatura de Moro ao Legislativo.

Também constam nas ações termos para contratar advogados: PT e PL indicam que R$ 1 milhão foram fechados com o escritório Vosgerau & Cunha (de Luis Felipe Cunha, eleito primeiro suplente de Moro) e R$ 188 mil com a SS Advocacia de Uziel Santos, coordenador de campanha. Outros R$ 30 mil teriam sido empenhados junto à FCL Law & Trading, empresa dedicada a estudos jurídicos.

E ainda teriam sido negociados valores, segundo os processos, para solicitar campanhas eleitorais (R$ 663,5 mil para a Einstein Tecnologia) e consultoria (R$ 360 mil à Bella Ciao Assessoria Empresarial, também de Cunha, envolvida na elaboração de um plano de governo).

Além desse orçamento, os partidos que acusam Moro de abuso de poder econômico e de caixa dois também esperam que as provas do Podemos e do União Brasil indiquem outros gastos. Incluindo aqueles envolvidos nas viagens feitas pelo então pré-candidato à Nova York, a países da Europa e a destinos nacionais para a divulgação da pré-candidatura. E outros ligados a compras de roupas, acessórios e outros itens que o Podemos teria bancado.

A ordem para que as provas sejam adicionadas ao caso foi proferida em 13 de junho, mas, até aqui, não foi cumprida. O TRE do Paraná até agora não intimou o Podemos e o União Brasil a cumprir a determinação.

O sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Maurício Júnior, o Mauricinho, até tentou esconder sua relação com os acusados de executar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, só que uma captura de tela (print) de uma conversa comprometedora por WhatsApp acabou revelando que ele vazou informações da investigação para os suspeitos. Entre eles, o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos.

O apartamento de Mauricinho no condomínio Viva Viver, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na última segunda-feira (24), em uma operação do caso Marielle. As informações são do site Metrópoles.

No mesmo dia, a Polícia Federal (PF) prendeu o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora. Outros seis mandados de busca foram cumpridos na ocasião.

Segundo a PF, Mauricinho é suspeito de vazar detalhes da investigação para os executores do crime.

A polícia não descarta que o sargento da ativa tenha mais informações sobre os assassinatos e os vazamentos de outras operações.

Cerveja com Ronnie Lessa

Mauricinho entrou no radar dos investigadores do caso Marielle ainda em 2019, pouco antes de completar um ano do assassinato.

Em janeiro de 2019, o Setor de Inteligência da Polícia Civil flagrou um encontro entre Mauricinho e Ronnie Lessa, além do também policial Pedro Bazzanella, no Bar Resenha, na Barra da Tijuca.

Horas antes desse encontro, Bazzanella e Élcio de Queiroz haviam dado depoimentos sobre o caso Marielle na Delegacia de Homicídios. Antes e depois dos depoimentos, eles se encontraram com Lessa no bar, sendo que Mauricinho participou da última conversa.

Para a inteligência da Polícia Civil, esse encontro tinha o objetivo de manipular os depoimentos.

Essas evidências fizeram com que os endereços de Mauricinho fossem alvo de mandados de busca e apreensão em março daquele ano, na Operação Lume, a mesma que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, os ex-policiais acusados de executar a vereadora.

Acontece que Mauricinho ficou sabendo dessa operação na noite anterior, por meio de um amigo conhecido como Jomarzinho, filho de um delegado da Polícia Federal.

Com essa informação em mãos, Mauricinho não só avisou os possíveis alvos, como Ronnie Lessa, mas também ficou longe dos dois endereços em que a polícia iria cumprir os mandados contra ele.

Um dia depois da operação, o sargento Mauricinho compareceu voluntariamente na Divisão de Homicídios do Rio e entregou um celular Android para os investigadores. Só que o celular pelo qual ele vazou a operação não era esse, e sim um aparelho da marca Apple.

Print não some

Às 23h do dia 11 de março, um dia antes da Operação Lume, Mauricinho recebeu uma sequência de mensagens por WhatsApp de Jomarzinho, o filho do delegado da PF. “Recebi um informe agora que vai ter operação Marielle amanhã”, dizia trecho das mensagens.

Mauricinho então teria tirado um print da conversa pelo seu Iphone a fim de enviar a informação para os envolvidos no crime, segundo a PF.

O sargento usava o aplicativo Confide, que destrói as mensagens após serem lidas, assim como os suspeitos Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

Embora a mensagem tenha sido destruída, a polícia conseguiu comprovar que Lessa entrou no aplicativo Confide um minuto depois de Mauricinho dizer que passaria a informação para a frente. De acordo com a PF, esse foi o momento em que o vazamento acabou repassado para Ronnie Lessa, que, em seguida, informou Élcio.

O print da conversa foi parar na “nuvem” do Iphone de Mauricinho. A “nuvem” é uma tecnologia que permite acesso remoto a armazenamento de arquivos. Assim, mesmo a captura de tela sendo excluída e destruída, ela continuou intacta na “nuvem”, que foi acessada pela PF.