Eu e Ciro amargamos juntos nossa maior derrota eleitoral, diz João Santana

O marqueteiro João Santana usa superlativos para se referir à sua experiência com Ciro Gomes (PDT) na eleição de 2022: diz que nunca havia trabalhado com um candidato tão preparado para presidir o Brasil, mas também foi ao lado dele que experimentou o pior momento de sua carreira.

“Eu e Ciro amargamos juntos a maior derrota eleitoral de nossas histórias pessoais, mas isso não nos destrói”, afirma Santana em entrevista à Folha, a primeira desde que retornou ao marketing eleitoral após ter emendado campanhas para o PT e acabar sendo preso pela Operação Lava Jato. As informações são da Folha de São Paulo.

“Na vida, como na política, algumas derrotas são inevitáveis. O importante é a forma de encará-las”, resume o jornalista baiano.

Ele, que cuidou das campanhas de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014), culpa o cenário polarizado de 2022 e a escassez de recursos pela derrocada de Ciro. O pedetista teve o pior desempenho de suas quatro candidaturas presidenciais, com 3% dos votos e a quarta colocação.

“Sem demérito de ninguém, nunca tive um candidato no nível de Ciro. Nunca convivi com uma pessoa que julguei, julgava e julgo mais qualificada, mais acertada, para ser presidente do Brasil”, diz Santana, que encerrou seu contrato com o PDT após o segundo turno.

A empresa dele e de Mônica Moura, sua esposa, recebeu R$ 11,4 milhões pela campanha, segundo a prestação de contas à Justiça Eleitoral. Na reeleição de Dilma, foram repassados ao casal de sócios R$ 70 milhões pelas vias legais, e R$ 35 milhões por caixa dois.

Segundo o marqueteiro, a prática ilegal continua existindo, mas ele se recusa a revelar nomes sob o argumento de que não possui provas.

“Posso dizer que houve uma campanha em 2022 que o marketing não recebeu um tostão de caixa dois, que foi a nossa, mas não posso dizer que isso aconteceu em todas. Não estou acusando nem denunciando ninguém, mas os indícios, os rumores, as conversas [existem]”, afirma.

Santana e Mônica fecharam acordo de delação premiada em 2017. Devolveram cerca de R$ 80 milhões, cumpriram penas nos regimes fechado e semiaberto, usaram tornozeleira e ainda prestam serviços comunitários. Eles ficaram proibidos de trabalhar com comunicação eleitoral até o fim de 2020.”O Ciro é como toda pessoa instigante, emotiva e mercurial: assim como fazem autoelogios muito fortes, fazem autocríticas muito profundas. Mas, sobre esse suposto fim da carreira política de Ciro, eu acho muito difícil que Ciro Gomes desista da política e a política desista de Ciro Gomes”, afirma.

“Se isso ocorrer, o grande perdedor é o Brasil, que já vive uma crise profunda de lideranças e uma tragédia de esvaziamento conceitual e simbólico enorme. Ciro é uma ‘avis rara’ na política nacional e continental. Tem uma coragem imbatível para enfrentar a mediocridade, os equívocos e o comodismo que dominam grande parte da cena brasileira. Digo isso com conhecimento de causa”, acrescenta.

O homem que atuou em 11 eleições presidenciais, com 8 vitórias em 7 países, diz que sempre também acreditou em Lula e Dilma, mas faz uma diferenciação ao falar de 2022: “O Ciro tem um projeto muito mais eficiente, inteligente e moderno para o Brasil do que o Lula”.

Covardia, ‘cirinho paz e amor’ e ambientes hostis

Santana considera que há eleições em que a presença de um candidato como Ciro se encaixa com o sentimento de mudança expresso pelo eleitorado, mas não foi o caso de 2022.

Para ele, os obstáculos passavam pela polarização entre Lula e Jair Bolsonaro (PL), mas também pelas resistências internas a Ciro no PDT e um quadro —inédito em sua carreira— de estrutura limitada, com “esquálidos 52 segundos” de propaganda na TV e pouco dinheiro para redes sociais.

“Não que, se tivéssemos todos os meios, significaria que o Ciro ganhava, mas teria uma grande chance não só de ter um melhor desempenho como de ir para o segundo turno.”

Amizade indestrutível, Ciro mercurial e ‘Avis Rara’

Segundo o jornalista, que já vinha elogiando publicamente Ciro, foi o ex-ministro que procurou seus serviços. “Eu vi uma chance de trabalhar com uma pessoa em quem eu acreditava profundamente.”

Até então sem proximidade, os dois firmaram uma parceria que virou “amizade indestrutível” —não só com afinidades em torno da política, mas também de música e literatura.

Santana, que depois disso já recebeu visitas de Ciro e família em sua casa de praia nos arredores de Salvador, acha difícil que o ex-presidenciável nunca mais se candidate, como insinuou em palestra há alguns dias em Lisboa, ao falar que “não representa mais uma corrente de opinião” no Brasil.

Santana concorda que a disputa de 2022 seja definida “como a eleição do ódio e do medo”, mas avalia que “foi principalmente a eleição da covardia”, sentimento que dominou muitas camadas da população. “E infelizmente grande parte delas propensas a votar no Ciro”, diz.

“Havia a covardia de votar e ele perder e a da mudança, pelo conforto que eles imaginavam ter adquirido debaixo daquela asa protetora da primeira opção eleitoral.”

Apesar disso, o consultor diz que não mudaria nada da estratégia que traçou. Uma campanha técnica e sobranceira, analisa ele, seria engolida pela guerra fratricida entre Lula e Bolsonaro —nem faria o estilo do pedetista. O erro mais fácil de cometer seria tentar forjar “um Cirinho paz e amor”.

“Muitos queriam isso”, diz, em tom de espanto. “Ou então um Ciro com pílulas reformistas tímidas, feitas sob medida para contentar todos os gostos. Isso seria um absurdo. Agora, o Ciro tem uma dificuldade: ele não reage bem a ambientes hostis.” E se corrige: “Não reagia. Está a cada dia melhor”.

O caminho era “fazer barulho, uma coisa combativa”, com “discurso contundente, político, moral e administrativo, com propostas ousadas, mas sedutoras, e ao mesmo tempo de combate permanente aos dois lados”.

Os ataques a Lula na mesma proporção dos feitos a Bolsonaro renderam a Ciro críticas, inclusive de aliados. “O calor de uma campanha e de uma personalidade como a de Ciro às vezes pode provocar esse tipo de reação”, contemporiza.

“O lulismo semeou a visão equivocada de que, ao fazer isso, Ciro estaria concorrendo para a vitória do Bolsonaro. Isso é errado porque tínhamos potencialmente condições de arrancar voto de um lado e do outro. E ninguém tinha condições de ganhar em primeiro turno”, avalia ele, que acusa o petismo de “calar a voz do Ciro” para ter o monopólio da esquerda.

O marqueteiro chega a dizer que propostas já exploradas pelo pedetista começaram a aparecer de maneira “muito coincidentemente assemelhada” na campanha do PT, como a reformulação da política de preços da Petrobras e a oposição à independência do Banco Central.

Mágoas com Lula e Dilma e tragédia

Santana diz que “tinha vontade de dar risada” quando ouvia pessoas dizerem que a retórica bélica contra Lula resultava da soma das mágoas de ambos com Lula e o PT.

“O Ciro pode ter mágoas por ele, mas o sentimento político era mais forte do que qualquer mágoa de natureza pessoal. Não tenho mágoa do Lula. Da Dilma, não tenho”.

O baiano diz tampouco entender sua presença na campanha do PDT como ponto frágil, por ser ele próprio um condenado da Lava Jato, ao mesmo tempo que Ciro apontava corrupção em Lula e no PT.

“Era mais constrangedor para mim do que para o Ciro, porque me associar de uma forma injusta à corrupção, o que nem o próprio [Sergio] Moro fez, não tem sentido.” O então juiz, hoje senador, condenou o casal por lavagem de dinheiro, mas o absolveu da acusação de corrupção passiva.

Santana admite, no entanto, seu comprometimento “com erro de caixa dois, sim, como 99,9% dos marqueteiros brasileiros”, já que “era se render a essa realidade ou mudar de profissão.”

O jornalista repete que a ofensiva da Lava Jato fazia parte de “uma escolha de alvo” e que ele e Mônica viveram “uma tragédia”, mas evita se aprofundar nas críticas à operação.

“A Lava Jato é uma história que ainda não acabou, não em relação a mim, mas em tudo —tanto para os supostos transgressores da lei como para aqueles que usaram a lei para transgredir”.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) estendeu outro braço do bolsonarismo no seu governo, além do grupo do presidente estadual do PL, Anderson Ferreira. Entregou o Prorural ao deputado federal Coronel Meira. No Diário Oficial de ontem foi confirmada a nomeação do diretor-geral do Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural, o Prorural, Michel Gomes de Sá Ferraz, indicação do Coronel Meira.

Michel toma posse na próxima semana. Ele é engenheiro agrônomo, tem 42 anos, casado e natural de Petrolina, no Sertão do São Francisco. Já atuou como supervisor da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e foi diretor de produção sustentável e irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o governo de Bolsonaro. Foi professor de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho do Centro Tecnológico de Pilar, na Bahia.

A Polícia Federal indiciou, nesta semana, o ex-presidente e o ex-vice-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por dolo eventual no duplo-homicídio do indigenista Bruno Araújo Pereira, da Funai, e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian.

De acordo com as investigações, os ex-dirigentes tomaram conhecimento, em reunião da Funai, realizada no dia 09 de outubro de 2019, e por meio de outros documentos, sobre o risco de vida dos servidores do órgão e não tomaram as medidas necessárias para a proteção dos funcionários. Desta forma, teriam assumido o risco do resultado de suas omissões, que culminou no duplo-homicídio.

Na última sexta-feira (19), o prefeito Simão Durando entregou a pavimentação de seis ruas do bairro São Gonçalo, em Petrolina. Com um investimento de mais de R$ 2 milhões, foram contempladas as ruas Zulmira Aragão, Demétrio Francisco de Carvalho, Sérgio Teles, Tito de Souza Lima, Rua da Constituição e a 50.

Ao todo, a malha asfáltica do bairro foi ampliada em mais de 1.700 metros. Além da comunidade local, o evento de inauguração contou com a presença de lideranças, vereadores e do deputado federal Fernando Filho e do estadual Antonio Coelho. A obra faz parte de um pacote de investimentos de R$ 10 milhões que contempla seis bairros, fruto de emenda parlamentar do deputado federal Fernando Filho.

O prefeito Simão Durando celebrou a entrega das obras e anunciou a pavimentação de novas ruas para o bairro da zona oeste. “Meu coração hoje é só gratidão. Ouvir o agradecimento da população é nosso combustível diário. Aqui no São Gonçalo já são 30 ruas pavimentadas e a boa notícia é que tem mais 18 chegando”, pontua Durando.

Da Agência Brasil

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os atos antidemocráticos de 8 de janeiro será instalada na próxima quinta-feira (25), às 9h. Deputados e senadores vão apurar os ataques em que o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados em Brasília.  

A duração inicial dos trabalhos será de seis meses. A comissão será composta por 32 titulares, divididos igualmente entre deputados e senadores. A maioria dos partidos já indicou seus membros. 

No entanto, caso a composição ainda não esteja completa no momento da instalação, caberá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciar os nomes. Após instalada, serão definidos o presidente e o relator da comissão.

Parlamentares

Pelo bloco parlamentar da Resistência Democrática (PSB, PT, PSD e Rede) foram indicados os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSB-BA) e Eliziane Gama (PSD-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Rogério Carvalho (PT-SE) e Ana Paula Lobato (PSB-MA). Pelo bloco Vanguarda (P, Novo) foram indicados os senadores Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE). Pelo bloco Aliança (PP e Republicanos), os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Damares Alves (Republicanos-DF). 

Pelo bloco União, PP, Federação PSDB Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriota os indicados são os deputados Arthur Maia (União-BA), Duarte (PSB-MA), Duda Salabert (PDT-MG), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e um cargo ainda está vago.

Já o bloco MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC escolheu os deputados Rodrigo Gambale (Podemos-SP), Paulo Magalhães (PSD-BA), Aluísio Mendes (Republicanos-MA) e ainda há um cargo vago.

O PL indicou os deputados André Fernandes (CE), Delegado Ramagem (RJ) e Filipe Barros (PR). O bloco PCdoB, PT e PV escolheu os deputados Rubens Pereira Júnior (PT-MA), Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O PSOL escolheu a deputada Erika Hilton (SP). 

O bloco parlamentar Democracia (PDT, MDB, PSDB, Podemos, União) tem seis vagas, mas ainda não fez indicações. 

STF

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) já formou maioria para tornar 795 denunciados réus por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. Outro bloco com 250 denúncias está em análise pelo plenário virtual do STF, modalidade em que os ministros depositam seus votos eletronicamente, sem deliberação presencial.

Até o momento, apenas os ministros André Mendonça e Nunes Marques têm votado contra. Para eles, as denúncias não conseguiram individualizar a contento a conduta das pessoas presas no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. As divergências também argumentam que os casos deveriam ser remetidos para a primeira instância da Justiça Federal. 

Também já foram aceitas denúncias contra 220 pessoas acusadas de incitarem os atos golpistas. A maioria foi presa em frente ao QG do Exército, onde pedia intervenção militar diante do resultado das eleições, no dia seguinte aos atos golpistas. Essas pessoas respondem também por outros crimes como associação criminosa. 

Ao todo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou 1.390 acusações formais ao Supremo, todas contra pessoas que participaram diretamente dos atos de vandalismo ou que incitaram a violência. Até o momento, ninguém foi denunciado por financiar ou idealizar os atos golpistas.

Comissões 

Com a instalação desse colegiado, o Congresso Nacional terá quatro CPIs em funcionamento. As outras três instaladas são exclusivas da Câmara dos Deputados: a do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), a das apostas esportivas e a das Americanas.

As CPIs das Americanas e do MST terão 27 titulares e igual número de suplentes. A terceira terá 34 titulares e 34 suplentes. As comissões têm poderes de investigação semelhantes às autoridades judiciais. Podem convocar autoridades, requisitar documentos e quebrar sigilos pelo voto da maioria dos integrantes.

MST

No requerimento de criação da CPI do MST, parlamentares afirmam querer investigar o “real propósito [das invasões], assim como dos seus financiadores”. Entre os titulares do colegiado há deputados de partidos como PP, PL, União Brasil, MDB, Republicanos e PSDB. Partidos de esquerda estão representados pelas deputadas do PSOL Sâmia Bomfim (SP) e Talíria Petrone (RJ).

A comissão será presidida pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e terá a relatoria do deputado Ricardo Salles (PL-SP).

Americanas

Em janeiro, o grupo Americanas revelou inconsistências fiscais de R$ 20 bilhões e dívidas de R$ 43 bilhões. Na ocasião, a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial do grupo, composto pelas empresas Americanas S.A., B2W Digital Lux e JSM Global. Elas são responsáveis por marcas como Lojas Americanas, Americanas.com, Submarino, Shoptime e Hortifruti, entre outras.

A comissão será presidida pelo deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE). Para relator, foi escolhido o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC).

Futebol

Investigações do Ministério Público de Goiás (MPGO) revelaram, em abril, a manipulação de resultados em seis jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022. Além disso, partidas de campeonatos estaduais também estão sob investigação.  

De acordo com o MPGO, os atletas envolvidos receberiam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil por pênaltis cometidos, escanteios e cartões amarelos e vermelhos nas partidas. A manipulação de resultados daria vantagem a apostadores.

As operações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do estado.

O deputado Julio Arcoverde (PP-PI) será o presidente da comissão. Os deputados André Figueiredo (PDT-CE), Daniel Agrobom (PL-GO) e Ricardo Silva (PSD-SP) serão respectivamente primeiro, segundo e terceiro vice-presidentes. O requerimento de criação da CPI é de autoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que também será o relator da comissão.

Na reunião bilateral travada em Hiroshima por aproximadamente uma hora, às margens da cúpula do G-7, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que vai adotar a isenção de visto aos brasileiros.

Kishida também anunciou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão voltada ao setor de saúde, sem, no entanto, dar detalhes do formato da concessão do empréstimo. As informações são do Estadão.

O aceno do anfitrião vem uma semana depois de o governo retomar a exigência de visto para turistas de Japão, Estados Unidos, Austrália e Canadá. A regra já existia, mas havia sido alterada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019 e volta a vigorar a partir de 1º de outubro pelo princípio da reciprocidade. Ou seja, o Brasil exigirá o documento porque esses mesmos países exigem visto a turistas brasileiros.

“O primeiro-ministro Kishida anunciou que o governo do Japão iniciaria procedimentos para a introdução da isenção de visto de curta duração para portadores de passaporte comum do Brasil”, diz um comunicado do governo japonês sobre o encontro com Lula.

O Japão tem incentivado as viagens internacionais de seus cidadãos como forma de aquecer o mercado de companhias aéreas, assim como espera fôlego do turismo nacional em meio ao iene fraco frente ao dólar e ao controle da covid-19 em todo o globo.

Reforma tributária

De acordo com a nota do governo do Japão, os dois líderes se comprometeram a trabalhar juntos para proteger o meio-ambiente e combater as mudanças climáticas. “O primeiro-ministro Kishida expressou sua esperança no avanço da reforma tributária no Brasil, afirmando que as empresas japonesas também estão atentas a isso”, acrescenta o texto.

A defesa da reforma tributária brasileira já fora feita pelo chanceler do Japão, Yoshimasa Hayashi, em bilateral com o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Os empresários japoneses também expressaram a mesma opinião de otimismo em reunião em Tóquio com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A linha de crédito de R$ 1 bilhão foi confirmada no comunicado japonês, mas sem detalhes. A comitiva brasileira tampouco emitiu seu posicionamento sobre essa questão. “O primeiro-ministro Kishida afirmou que o Japão em breve realizaria um empréstimo em ienes japoneses no valor de 30 bilhões de ienes [R$ 1 bilhão] para apoiar ativamente a saúde e outros setores do Brasil”, diz o texto.

Melhor que seja Dora Kramer, jornalista mulher, com redundância e tudo, a autora de comentário tão pertinente quanto óbvio da ‘inovação’ provocada pela primeira-dama Rosângela da Silva, mulher do presidente Lula. Diz Dora no twitter: “Marisa Letícia era dona da pessoa física. Rosângela Janja se apossa também da jurídica”. Uma tuitada que vale por um artigo. O PT que o diga!

As vésperas da votação do projeto do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP), afirmou que pretende pautar a reforma tributária para análise dos parlamentares ainda no primeiro semestre, antes do recesso do meio do ano.

“Depois da votação do arcabouço, nós teremos ainda junho e julho para terminarmos essas discussões e conseguirmos pautar no plenário da Câmara, ainda antes do recesso do fim de julho”, disse o presidente da Câmara. As informações são do Metrópoles.

Lira participou, na sexta-feira (19), no Rio de Janeiro, de uma reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que reuniu governadores de estados das duas regiões. A reforma tributária foi o principal tema das discussões.

Para Lira, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa se empenhar para aprovar projetos importantes, como o marco fiscal e a reforma tributária, neste primeiro ano de mandato.

“Se um governo não fizer suas reformas no primeiro ano, ele não consegue mais fazê-las por causa dos calendários eleitorais, que são sempre divididos no país”, disse o deputado, referindo-se às eleições municipais de 2024.

Segundo o presidente da Câmara, “alguns temas mais árduos que viriam na discussão da reforma tributária podem ser antecipados nessa discussão pós-votação do arcabouço fiscal”.

Lira afirmou ainda que o Brasil precisa “simplificar e melhorar o sistema tributário”. Para ele, por se tratar de um projeto complexo que mexe com muitos interesses, “a melhor votação é a possível”.

“O que nós acertamos aqui foi que a pauta, que é o nosso dever, será agora no primeiro semestre. Eu não posso garantir a aprovação. Eu posso garantir uma discussão ampla e facilitar o debate”, concluiu.

Na sessão desta quinta-feira (18), o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade ao julgamento da Ação Penal (AP) 1025, em que o ex-senador Fernando Collor de Mello e outros dois réus respondem pela prática de crimes ligados a contratos entre a UTC Engenharia e a BR Distribuidora.

Até o momento, há cinco votos para condenar o ex-parlamentar por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, um voto que apenas converte a imputação de organização criminosa em associação criminosa e outro pela total absolvição. Os demais votos serão colhidos na sessão da próxima quarta-feira (24).

Para o relator, ministro Edson Fachin, e o revisor, ministro Alexandre de Moraes, o conjunto de provas produzido nos autos comprova a tese da acusação de que, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, Collor recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora.

Na sessão de hoje, os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux e a ministra Cármen Lúcia acompanharam esse entendimento. A vantagem indevida, segundo Barroso, foi paga por meio de depósitos fracionados em contas pessoais e jurídicas do então parlamentar, para ocultar a origem ilícita. Ficou provado também, para o ministro, que os três denunciados constituíram organização criminosa com outros agentes na atuação estruturada para a prática dos crimes.

Associação

Neste ponto, o ministro André Mendonça divergiu. A seu ver, não é possível enquadrar os réus no delito de organização criminosa, que exige quatro ou mais integrantes, pois a acusação não comprovou a relação estável e permanente entre o grupo liderado por Collor e os demais núcleos já identificados em outros casos da operação Lava Jato. Diante disso, a seu ver, as condutas devem ser enquadradas como associação criminosa (artigo 288 do Código Penal).

Absolvição

O ministro Nunes Marques votou pela absolvição total dos três acusados, por entender que o conjunto probatório não apontou de forma conclusiva que eles teriam negociado a venda de apoio político para manter dirigentes na BR Distribuidora a fim de obter vantagens ilícitas. A seu ver, o relatório produzido pelo Grupo de Trabalho de Averiguação da UTC, que embasa a acusação, não tem informações sobre a maneira pela qual eles teriam interferido nas licitações para beneficiar a empreiteira.

Ainda segundo o ministro, a acusação se apoia apenas em depoimentos contraditórios e divergentes de colaboradores premiados, sem elementos externos de prova. E a ausência de provas do crime antecedente de corrupção passiva conduz à improcedência da denúncia quanto à lavagem de dinheiro.

A MV leva à 28ª edição da Feira Hospitalar, soluções assistidas por inteligência artificial e outras inovações para gestão da saúde, que propiciam acompanhamento de toda a jornada do paciente, do diagnóstico ao tratamento, por meio de prontuários eletrônicos digitais, ferramentas de monitoramento de dados e plataformas interoperáveis. O evento acontece de 23 a 26 de maio, em São Paulo e tem entrada gratuita.

Apostando alto na edição deste ano, a healthtech MV dobra o tamanho do seu estande e traz o mote “Inovação para saúde. Tecnologia para vida”. Além das novidades de produtos e formalização de parcerias com big techs, a MV irá oferecer uma arena de conhecimento gratuita, chamada de “Espaço MEF”, dentro do estande. 

O “Espaço MEF” terá uma programação com palestras, encontros e mesas redondas, ministrados por especialistas renomados, que irão abordar os assuntos mais relevantes do segmento de tecnologia para a saúde. As vagas são limitadas e os interessados devem passar antes no estande para pegar uma ficha.

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