Lula cobra responsabilidade de países ricos na questão climática

Em seu discurso na segunda sessão da cúpula do G7, neste sábado (20), em Hiroshima, no Japão, o presidente da República, Luiz Inácio da Lula da Silva, cobrou responsabilidade dos países ricos para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. Segundo ele, é preciso, por exemplo, que essas nações cumpram promessa de alocarem US$ 100 bilhões, por ano, em ações climáticas.

“Não há dúvidas que precisamos ampliar nossos esforços de mitigação, em especial os países que historicamente mais emitiram gases de efeito estufa, mas não podemos perder de vista a demanda crescente por adaptação e perdas e danos. E é por isso que insistimos tanto que os países ricos cumpram a promessa de alocarem 100 bilhões de dólares ao ano à ação climática. Outros esforços serão bem-vindos, mas não substituem o que foi acordado na COP de Copenhague”, disse Lula. Da Agência Brasil.

O presidente brasileiro destacou que é necessário que o mundo pense, junto, sobre uma transição ecológica e justa, com industrialização verde, geração de empregos dignos e combate à pobreza, à fome e à desigualdade.

“De nada adianta os países e regiões ricos avançarem na implementação de planos sofisticados de transição se o resto do mundo ficar para trás ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo. Os países em desenvolvimento continuarão precisando de financiamento, tecnologia e apoio técnico para transformarem suas economias, combater a mudança do clima, preservar a biodiversidade e lutar contra a desertificação”.

Ele cobrou ainda a valorização das convenções internacionais sobre meio ambiente que discutem e resultam em acordos através de “amplo diálogo com a sociedade civil”.

“Estamos próximos de um ponto irreversível”, afirmou. “Não estamos atuando com a rapidez necessária para conter o aumento da temperatura global, como pactuamos no Acordo de Paris. Mas essa é uma crise que não afeta a todos da mesma forma, nem no mesmo grau, nem no mesmo ritmo. Mais de 3 bilhões de pessoas já são diretamente atingidas pela mudança do clima, em especial em países de renda média e baixa. E, da forma que caminhamos, esse número seguirá aumentando”.

Brasil

Lula aproveitou o discurso para mencionar a matriz energética brasileira, que, segundo ele, é uma das mais limpas do mundo, com potencial para produzir energia solar, eólica, biomassa, etanol, biodiesel e hidrogênio verde.

“Temos consciência de que a Amazônia protegida é parte da solução. É por isso que estamos organizando em agosto deste ano, em Belém, uma cúpula de países amazônicos. E é por isso que o Brasil teve sua candidatura à sede da COP30 do clima aprovada após decisão unânime do Grupo Latino-Americano e Caribenho. Seguiremos abertos à cooperação internacional para a preservação dos nossos biomas, seja em forma de investimento ou colaboração em pesquisa científica”.

O presidente agradeceu aportes anunciados recentemente ao Fundo Amazônia e afirmou que os indígenas serão os protagonistas da preservação do bioma. “O Brasil será implacável em seu combate aos crimes ambientais. Queremos liderar o processo que permitirá salvar o planeta. Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento até 2030 e alcançar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris.”

França

A preservação da Amazônia foi um dos assuntos tratados em reunião com o presidente francês Emmanuel Macron, também neste sábado. O bioma é compartilhado pelos dois países, já que a Guiana Francesa, que tem uma fronteira de 730 quilômetros com o estado do Amapá, integra o território da França.

Em suas redes sociais, Lula disse que também conversou com Macron sobre soluções para a paz na Ucrânia, que teve seu território invadido pela Rússia no início de 2022.

“Reencontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, no G7. Falamos sobre a preservação da Amazônia e caminhos para a construção da paz na Ucrânia. Estamos retomando a amizade e a parceria entre nossos países, podemos fazer muitas coisas juntos”, escreveu Lula na postagem que inclui uma foto dos dois chefes de governo se cumprimentando.

Neste sábado, Macron também se reuniu no G7 com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. “Um avião com as cores da República Francesa chegou em Hiroshima. A delegação ucraniana estava a bordo. Eles chegaram ao G7 para trabalhar conosco e com nossos parceiros. Pela vitória da Ucrânia. Pela volta da paz à Europa”, escreveu Macron em seu perfil no Twitter neste sábado, junto com um vídeo em que os dois líderes europeus aparecem conversando.

Lula também se reuniu neste sábado com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, e com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

A deputada Carla Zambelli (PL) disse, no sábado (20), que foi internada na UTI de um hospital em Brasília. De acordo com a parlamentar, a internação ocorreu por conta de um “mal-estar súbito”, na última segunda-feira (15).

Zambelli publicou, na manhã de sábado (20), um vídeo explicando seu estado de saúde em suas redes sociais. A deputada afirmou que passou mal depois de voltar de uma viagem que fez para a Coreia do Sul. As informações são do G1.

“Cheguei de viagem, descansei dois dias. Viagem exaustiva, mais de 30 horas de viagem. Quando eu tive esse mal-estar, meu médico achou melhor me internar, foi fazer vários exames”, destacou.

No vídeo, a deputada disse que durante a viagem fez um tratamento de circulação sanguínea. No entanto, não informou os sintomas desta internação e disse que a causa da doença ainda é desconhecida. “Ainda não se sabe de onde isso veio, não se sabe muito bem qual é a causa, estão tentando diagnosticar”, afirmou.

De acordo com a deputada, ela deve receber alta da UTI na próxima terça-feira (23), mas deve pedir um atestado com mais dias para fazer um novo tratamento em São Paulo. “O que eu to pedindo para o Lira é que mesmo em tratamento eu possa votar de longe”, afirmou.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), atendendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), cancelou duas decisões do juiz Eduardo Appio em favor do ex-ministro Antonio Palocci, nesta sexta-feira (19).

O tribunal de segunda instância suspendeu uma audiência sobre “excessos e erros” da Operação Lava Jato na qual Palocci seria ouvido. A liberação de R$ 35 milhões de uma conta relacionada ao ex-ministro também acabou cancelada. As informações são do Antagonista.

O MPF alegou que a conta estaria ligada a uma ação penal e já foi transferida para a Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Os procuradores alegaram também a incompetência da 13ª Vara de Curitiba

Deltan Dallagnol (foto) compartilhou neste sábado (20) um vídeo que mostra o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o notório Kakay, defendendo em audiência no Senado responsabilizar os advogados que orientaram acordo de leniência durante a Operação Lava Jato.


Na publicação, o deputado cassado compartilhou um post em que o senador Sergio Moro critica a declaração de Kakay. “Ladrões de bilhões têm caneta para roubar e poder para caçar – e cassar – quem se opuser”, escreveu Deltan no Twitter. “No Brasil, o roubo praticado por eles não é crime. O proibido é ousar enfrentá-los. Quem o fizer será punido.” Na terça-feira, o ex-procurador da Lava Jato foi condenado por unanimidade com base na Lei da Ficha Limpa. As informações são do Antagonista.

O segundo dia da visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Japão, foi encerrado com um jantar oferecido pelo primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, neste sábado (20) aos líderes que participam da cúpula do G7. Antes, Lula reuniu-se com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.

Os dois debateram sobre construção de caminhos para a reconstituição da paz na Ucrânia e sobre a agenda ambiental. Eles também acertaram a segunda edição das Consultas Intergovernamentais de Alto Nível Brasil-Alemanha, prevista para 4 de dezembro, em Berlim. Com informações da Agência Brasil.

As consultas consistem em encontros bianuais entre os chefes de governo dos dois países, acompanhados de membros de alto escalão de seus gabinetes. O objetivo é avaliar e promover parcerias, identificar campos para cooperação e aprofundar o diálogo sobre temas da agenda global.

Em seu perfil na rede social Twitter, Lula escreveu que foi um prazer reencontrar Scholz. “Já estivemos juntos este ano no Brasil, e agora, no Japão, reafirmamos a retomada das boas relações entre nossos países, com diálogo e cooperação”.

O encontro com Scholz foi o último de um dia cheio em Hiroshima, onde Lula participa da cúpula do G7, como chefe de governo de um dos oito países convidados. O presidente brasileiro participou de duas reuniões com as lideranças de outros 14 países e da União Europeia, além de ter tido reuniões bilaterais com Kishida; com o presidente da Indonésia, Joko Widodo; com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e com o presidente francês, Emmanuel Macron.

“Muitos diálogos importantes nessa volta do nosso país a um encontro do G7. Amanhã tem mais!”, escreveu Lula, no Twitter, ao comentar sobre as reuniões deste sábado.

Com Macron, Lula conversou sobre a proteção da Amazônia, a guerra na Ucrânia, cooperação em defesa e ampliação de trocas na área da cultura. Depois do encontro, o presidente francês publicou, em seu perfil no Twitter, sobre as relações entre Brasil e França.

“Em Paris, em junho; no G20 na Índia, em setembro; e depois no Brasil, no ano que vem; vamos forjar um pacto financeiro contra a pobreza, pelo clima e pela natureza”, escreveu Macron, cuja mensagem foi retuitada pelo presidente brasileiro, com uma versão em português para o texto.

Terceiro dia

Lula chegou ao Japão na sexta-feira (19). O terceiro dia de viagem ao Japão prevê novas reuniões bilaterais e mais um encontro do G7. A agenda começa às 20h30 deste sábado no horário de Brasília (8h30 de domingo no horário de Hiroshima), com uma visita dos líderes do G7 e países convidados ao Parque Memorial da Paz, um monumento às vítimas do bombardeio nuclear americano à cidade japonesa na Segunda Guerra Mundial.

Depois da visita, estão marcados encontros bilaterais com os primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau, e da Índia, Narendra Modi. Em seguida, tem a terceira sessão de trabalho do G7, com o tema Rumo a um Mundo Pacífico, Estável e Próspero.

Já na madrugada de domingo (à tarde no Japão), Lula tem encontros com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres; com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh; com o presidente das Ilhas Comores, Azali Assoumani; e com conglomerados empresariais e banco de financiamento japoneses.

Da Agência Brasil

Profissionais da enfermagem enfrentam resistência à efetivação do piso salarial, após o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar, no último dia 15, o pagamento. O argumento de entidades de empregadores e municípios é falta de recursos o que, consequentemente, geraria desemprego para o segmento profissional.

Entrentanto, para a economista Marilane Teixeira, professora e pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), ligado ao Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o estabelecimento de pisos salariais traz avanços notórios já que leva à valorização das ocupações e melhora os rendimentos do trabalho.

“A gente chegou, tanto no caso do piso da enfermagem como em outras categorias, a um determinado patamar em relação ao que é um valor, um preço justo, pela força de trabalho a partir de um reconhecimento de que é um trabalho essencial e necessário. No caso da enfermagem, ficou muito evidente na pandemia, as pessoas foram fundamentais e foram os profissionais que mais perderam suas vidas, justamente cuidando da vida dos das outras pessoas”, avaliou.

A liberação do pagamento foi feita pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Contudo, o ministro entendeu que estados e municípios devem pagar o piso nacional da enfermagem nos limites dos valores que receberem do governo federal. Para profissionais da iniciativa privada, está prevista a possibilidade de negociação coletiva.

A decisão do ministro foi proferida após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a abertura de crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso. A medida foi publicada na sexta-feira (12), Dia Internacional da Enfermagem.

Historicamente, os empregadores tendem a resistir em relação ao pagamento de um de um piso salarial mínimo. “Essa pressão por parte dos empregadores é histórica. Estamos falando de relação do capital e trabalho, então tudo que implica em melhora do ponto de vista da remuneração salarial sempre vai encontrar uma certa resistência do outro lado no sentido de cumprir com as condições”, disse.

“As categorias mais organizadas, mais estruturadas, foram, na verdade, as que mais inovaram nesse sentido, porque como elas tinham mais poder de força de negociação, elas foram impondo também os pisos salariais e com valores relativamente superiores ao que é praticado em termos de salário mínimo”, disse, acrescentando que o mínimo é referência importante sobretudo para as categorias que não são tão organizadas.

A pesquisadora destaca que há categorias formadas predominantemente por mulheres, como é o caso da enfermagem, o que leva a maior dificuldade no reconhecimento social do valor e da função dessas profissões. “É uma ideia de que ‘enfermeira é cuidadora’, então é uma função que as mulheres já nascem sabendo e não precisam de muita capacitação para realizar uma coisa que é inata. Então, por que pagar salários altos por um trabalho que elas já nasceram sabendo fazer? Mas não é verdade, é uma área fundamental”, acrescentou.

Desemprego

A pesquisadora afirmou ainda que não há evidência de que a conquista de pisos salariais leve ao desemprego, à extinção ou à redução de demanda por determinado tipo de ocupação. “Isso é uma pressão de quem obviamente resiste, sempre resistiu a qualquer avanço em termos de direito, porque não é só no piso, também se manifesta em outros direitos. Toda vez que você avança num determinado direito, sempre tem a pressão de que isso vai gerar desemprego”, disse.

Segundo ela, o que vai determinar a geração de desemprego em uma categoria é a avaliação de que determinada ocupação perdeu o sentido do ponto de vista social e, portanto, foi se ressignificando e sendo criadas outras funções com trabalhos similares que possam substituí-la. “Depende da demanda e não necessariamente da remuneração”, afirmou.

Valor

O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). O piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.

Dados do Conselho Federal de Enfermagem contabilizam mais de 2,8 milhões de profissionais do setor no país, incluindo 693,4 mil enfermeiros, 450 mil auxiliares de enfermagem e 1,66 milhão de técnicos de enfermagem, além de cerca de 60 mil parteiras.

Empregadores

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) avalia que a medida é uma “ilusão”. Em nota, a entidade afirmou que “o valor sancionado não paga um terço do piso dos profissionais de saúde que atuam nos municípios. Além disso, trata-se de recurso somente para 2023, não permanente para uma despesa continuada, não traz regulamentação sobre a forma de distribuição e transferência, e é destinado apenas aos profissionais da atenção especializada, ficando de fora os profissionais da atenção básica, como aqueles que atendem o Estratégia Saúde da Família.”

Dados da confederação mostram que os municípios têm em seu quadro mais de 589 mil postos de trabalho da enfermagem. De acordo com estimativa da entidade, o impacto do piso aos municípios será de R$ 10,5 bilhões neste ano. “No entanto, a Lei 14.581/2023 se limitou a destinar R$ 3,3 bilhões aos entes locais, apesar de ser a esfera municipal que absorve o maior impacto financeiro com a instituição do piso”, diz a nota. Ainda segundo a entidade, com a vigência da medida, há risco de desligamento de mais de 32,5 mil profissionais da enfermagem.

A Federação Brasileira de Hospitais (FBH) informou que lamenta a decisão de Barroso. “A decisão veio sem que fosse apresentada, conforme solicitava liminar emitida pelo próprio ministro, soluções para minimizar o impacto dos custos com o reajuste na rede privada”, disse, em nota. A entidade ressalta que o PL assinado pelo presidente Lula é destinado apenas aos hospitais públicos, o que não resolve o impacto na rede privada, estimado pela FBH em mais de R$ 7 bilhões anuais.

A entidade acrescenta que, apesar de São Paulo, Minas e Rio responderem por 48% do total de vínculos em profissionais de enfermagem, será o Nordeste que mais será impactado. “A região com mais estados no país terá que lidar com um aumento de 40% de custos, pois 84% dos profissionais da categoria recebem abaixo do piso estipulado. Estados como Maranhão e Pernambuco chegam a ter 90% dos vínculos abaixo do piso estipulado.”

O presidente da FBH, Adelvânio Francisco Morato teme pelos 4,2 mil estabelecimentos filiados, principalmente os de pequeno e médio porte, que representam 70% do total. A estimativa é que haja redução de 30% do quadro de enfermagem nos hospitais com até 100 leitos.

“O governo, em nenhum momento, demonstrou preocupação em estabelecer as fontes de custeio. Com isso, centenas de hospitais vão fechar as portas, e o país vai registrar aumento no desemprego, além de precarização no acesso a serviços de saúde no interior”, avaliou Morato. Segundo ele, a rede privada responde por 62% dos cerca de 1,3 milhão de profissionais de enfermagem do país, e 71% dos pequenos estabelecimentos estão fora das capitais.

Trabalhadores

Para o conselheiro do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Daniel Menezes de Souza, a liberação do piso pelo STF “representa a concretização do que sempre defendemos, de que o piso é constitucional, que há recursos para o financiamento do setor público e se concretiza como um passo na conquista de reconhecimento social para nossa profissão”.

Em relação à falta de recursos para o pagamento do piso, ele explicou que durante a tramitação do projeto no Congresso Nacional, as equipes técnicas usaram os dados oficiais, com estudos realizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para calcular o impacto financeiro do valor necessário para completar aquilo que faltava para alcançar o equivalente ao piso.

“Esses valores foram liberados pela União, então não há justificativa para que o pagamento não se concretize. Para os privados, o piso também deverá ser pago, contudo a partir de 1º de julho. Quanto à negociação coletiva, entendemos que ela parte dos direitos mínimos já garantidos na proteção do trabalhador, e o valor estabelecido por lei que cria piso é uma dessas garantias”, disse. Para cada ano, os valores devem ser incluídos na lei que estabelece as prioridades do Orçamento da União – a LDO, que é aprovada anualmente.

Menezes ressalta que a argumentação em torno de demissões era usada quando não havia a fonte de custeio definida e que estes postos de trabalho são fundamentais para garantir a produtividade nestes serviços. “Entendemos que, com a criação do fundo estabelecido na emenda constitucional 127 e a consequente disponibilização dos recursos no Orçamento da União e a confirmação dos repasses pelo Ministério da Saúde, não há qualquer justificativa para manter este discurso.” Ele afirma ainda que, para o setor privado com fins lucrativos, o pagamento do piso representa em média menos de 5% de seu faturamento.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), James Francisco dos Santos, considerou a medida “um grande alívio e uma grande justiça”, ressaltando que o piso salarial é um direito pelo qual a categoria vinha lutando há décadas.

“O piso salarial da enfermagem não é uma novidade e todo o movimento, apesar das iniciativas em contrário, denotava que ele seria aprovado. É um justo reconhecimento ao trabalho realizado pela maior força de trabalho da saúde brasileira e sempre contou com um grande apoio popular. Portanto, a gestão das unidades de saúde pode ser realizada de forma a reorganizar suas finanças e direcionar o investimento necessário para o cumprimento do piso salarial”, avaliou Santos.

Em relação ao risco de demissões, apontado pelo setor patronal, ele afirma que a enfermagem é uma das profissões mais promissoras para a saúde, que sua presença é essencial nas instituições, e um corte de profissionais da área configuraria uma ameaça à qualidade da assistência prestada. “No caso da negociação coletiva das instituições privadas, o que esperamos é que sejam respeitados os valores previstos na Lei nº 14.434, pois são fruto de extensas tratativas que foram realizadas ao longo dos anos também com representantes da iniciativa privada”, ressaltou.

Neste sábado (20), a Caravana Mais Jaboatão, na Região Metropolitana do Recife, passou pela comunidade Nova Divinea, no bairro de Cajueiro Seco, onde realizou mais de 40 serviços gratuitos, onde mais de 2.600 atendimentos foram realizados. O prefeito Mano Medeiros acompanhou as atividades e conversou com os moradores sobre as demandas da localidade.

“Tem certas situações que é ouvindo o morador que tomamos conhecimento e buscamos a solução. Mas também é a oportunidade de falar sobre ações, obras e programas que a gestão vem realizando no bairro e no município como um todo. A cada conversa, a energia se renova e nos sentimos estimulados a trabalhar mais por Jaboatão”, aponta o prefeito.

“Esse mutirão é muito bom porque dá para fazer várias coisas num só lugar. E vi que o prefeito estava presente. Isso também é importante porque passamos a ter um acesso a ele diferente, falando pessoalmente sobre as melhorias que precisamos. A Prefeitura tem feito algumas coisas por aqui, mas não podemos deixar passar essa oportunidade de pedir mais, né?”, contou a dona de casa Maria Solange.

Logo cedo, moradores já se concentravam na rua Pio XII para tomar vacinas, fazer exames clínicos e odontológicos, buscar orientações no Procon, Defesa Civil e da Secretaria da Mulher, solicitar segunda via de documentos, se cadastrar no CadÚnico, cortar cabelo e até mesmo vacinar seus pets.

Depois do deputado federal Júnior Uchoa sair da disputa, o deputado Francismar Pontes, que é queridíssimo na Casa, anuncia também a retirada de sua candidatura e seu apoio ao deputado Rodrigo Novaes.

Francismar é 2º vice-presidente na mesa diretora da Assembleia, e tem ótimo trânsito entre os colegas. Sua candidatura era bem vista por boa parte dos deputados. A desistência dele é recebida na Casa como mais um passo importante na consolidação da candidatura de Rodrigo, que tem o apoio do presidente da Casa, Álvaro Porto.

Francismar agradeceu a todos que estavam ao seu lado até aqui, e disse que “é momento de unidade e fortalecimento da Casa, que é o que o presidente Álvaro Porto tem feito. Sempre fui um defensor do legislativo. Chegou a hora da Casa mostrar a nossa altivez. A candidatura de Rodrigo representa esse sentimento da casa. Para os deputados serem respeitados, isso é fundamental”.

Caruaru completou 166 anos e quem ganhou o presente foi a população caruaruense com a série de inaugurações realizada pelo prefeito Rodrigo Pinheiro. Três delas ocorreram na sexta-feira (19), nos bairros João Mota, Universitário e Vila Padre Inácio, onde espaços de lazer, convivência, mobilidade e entretenimento aos moradores e visitantes foram disponibilizados. A primeira entrega foi a Praça Evangelista João Miguel de Lima e, na sequência, vieram as inaugurações da nova Avenida Brasil e do Parque Pinheirão.

“Ficamos bastante felizes em poder entregar no aniversário de Caruaru grandes obras que propiciarão uma melhor qualidade de vida a todos os caruaruenses, a quem tenho dedicado o meu governo. A Praça Evangelista João Miguel de Lima, a nova Avenida Brasil e o Parque Pinheirão vão somar a gama de entregas que temos feito ao longo da semana, e tem muito mais pela frente”, comemorou o prefeito Rodrigo Pinheiro.

Além dessas inaugurações, o prefeito também entregou, durante a semana, a segunda etapa do Complexo Médico Municipal Jacqueline Fernandes da Costa Silva, o Centro de Referência da Mulher e a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Terra Vermelha.

A empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, perdeu R$ 1,1 bilhão em apenas um dia, como resultado da queda das ações da companhia na Bolsa de Valores (B3). Com isso, ela saiu da lista de bilionários da Forbes, para a qual retornara havia uma semana.

As ações do Magalu despencaram 22,83% no pregão de terça-feira (16/5), depois que a varejista reportou prejuízo de R$ 391,2 milhões no primeiro trimestre de 2023. Esse foi pior resultado da empresa desde a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa na Bolsa brasileira, em 2011. As informações são do Metrópoles.

Com isso, a fortuna de Trajano encolheu US$ 226 milhões ao longo do dia, o que equivale a R$ 1,1 bilhão. O patrimônio da empresária está diretamente ligado à sua participação na empresa.

Apesar das perdas, Luiza Trajano terminou o pregão de ontem com US$ 900 milhões na conta, o equivalente a R$ 4,5 bilhões. Nesta quarta-feira (17/10), os papéis do Magalu voltaram a recuar.