Zema quer estratégia para nacionalizar seu nome para 2026

Por Guilherme Amado*

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo, ainda não tem certeza de seu potencial como candidato à Presidência em 2026.

Em conversas com assessores, ele tem dito que precisa de uma estratégia para nacionalizar seu nome, hoje muito restrito ao eleitorado mineiro.

A preocupação do governador tem influenciado na montagem de sua equipe de comunicação no governo, com a busca por profissionais que tenham experiência com veículos de mídia nacionais.

As conversas que o governador teve recentemente com interlocutores mostram que seu projeto de se tornar candidato a presidente está em estudo, embora ele seja discreto ao tratar do tema publicamente.

*Jornalista

Partido da base, com três ministérios e a vice-Presidência, o PSB tem atuado no Congresso de maneira divergente dos interesses do Palácio do Planalto e demonstrado alinhamento ao Centrão, grupo que vive uma relação com o Executivo marcada pela instabilidade.

Além de ter entregue três votos contra as expectativas do presidente Lula no decreto que mudava o marco do saneamento, derrotado na Câmara, a legenda é liderada na Casa por Felipe Carreras (PE), que também está à frente do “blocão” que reúne siglas distantes do governo, como PP e PSDB, além do União Brasil, que tem cargos no primeiro escalão, mas oscila no apoio. As informações são do O GLOBO.

Carreras, próximo ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já prepara uma nova derrota ao Executivo: é dele o requerimento que acelerou a votação que pode derrubar a exigência de visto para cidadãos de outros países, como os EUA, visitarem o Brasil.

O posicionamento já gera cobranças. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que criticou a entrada do PSB em um bloco com oposicionistas, disse, após reunião com integrantes do partido que “quem está no governo tem que estar com o governo”. Para o deputado Lindbergh Farias (RJ), “teria sido correto puxar” o partido para um bloco com o PT.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, reconhece que a legenda na Câmara se afastou do governo — de acordo com ele, consequência da proximidade de Carreras com o Centrão. Segundo o dirigente, o deputado está no início de uma liderança de um “bloco heterogêneo” e “não quis criar um problema” com o conjunto de siglas logo na largada da relação. Siqueira avalia como natural que o governo cobre fidelidade e acrescenta que as discordâncias são “episódios isolados”:

“São coisas que acontecem na política, mas o PSB, por ser governo, precisa estar mais afinado e votar a favor dos projetos que estão acertados”, confirmou.

Carreras foi um dos agraciados com o orçamento secreto no governo de Jair Bolsonaro, mesmo sendo de um partido de oposição — outros parlamentares que se contrapunham à gestão também receberam verbas. O deputado apoiou a primeira eleição de Lira para o comando da Casa em 2021, ainda que o PSB tenha estado oficialmente ao lado da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP).

Apesar de tratar como “assunto superado” a derrota do governo no marco do saneamento, Carreras articula um novo revés na decisão do Executivo de voltar a exigir visto de cidadãos de países como os Estados Unidos, em um outro recado do Congresso. A iniciativa une integrantes da oposição, como Marcel Van Hattem (Novo-RS), autor do projeto, e também do Centrão, caso de Elmar Nascimento (União-BA).

“Ele é presidente da Frente do Turismo, então eu o procurei. Foi excelente a reação dele. Não dá para concordar com uma medida que vai prejudicar diretamente o turismo nacional”, afirmou Van Hattem.

Com uma bancada desidratada, de apenas 14 deputados, o PSB perdeu o governo de Pernambuco, o seu principal reduto até o ano passado, e está desprestigiado nos cargos de segundo escalão do governo federal. Uma das cobranças é uma superintendência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Pernambuco, que também é disputada pelo Republicanos e pelo PT.

A legenda chegou a reivindicar o comando nacional do órgão, que permaneceu com o União Brasil.

“Chover no molhado”

O líder na Câmara disse que o assunto da Codevasf não foi tratado na reunião com o vice Geraldo Alckmin e ministros do partido (Flávio Dino, da Justiça, e Márcio França, de Portos e Aeroportos), porque “seria chover no molhado”, mas afirmou que tem a expectativa de que o governo atenda aos pedidos. Siqueira disse que há “expectativa positiva” em relação ao tema.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá mudanças em breve. Dois ministros deixarão seus cargos nesta semana. As vagas abertas serão preenchidas a partir de lista tríplice, que será encaminhada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois novos nomes escolhidos votarão no julgamento de inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).

Na terça-feira (16), o ministro efetivo Sérgio Banhos participará do último julgamento na Corte Eleitoral. O mandato dele termina em 17 de maio. Na quinta-feira (18), será a vez de Carlos Horbach ter sua sessão de despedida. As informações são do Metrópoles.

Como ambos são da classe de juristas, terão de ser substituídos por magistrados da categoria. Por tradição, o primeiro nome a compor a lista tríplice deve ser o da ministra substituta do TSE Maria Claudia Bucchianeri.

Outros dois nomes do quinto constitucional estarão “concorrendo” com ela. O nome do professor de direito e ex-diretor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Floriano de Azevedo Marques é cotado para a lista, que será elaborada pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

Com a lista pronta, os escolhidos pelo TSE passarão por crivo do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de serem enviados ao presidente Lula.

Há dúvidas se o presidente seguirá a ordem dos nomes entregues por Moraes e aprovada pelo Supremo. Em relação à Procuradoria-Geral da República, por exemplo, Lula tem afirmado que não deve indicar o primeiro colocado da lista tríplice. A escolha de Bucchianeri seguiria a tradição, mas aliados do governo defendem que o petista coloque um nome mais alinhado à sua gestão.

Sem recondução

O ministro Carlos Horbach tinha a opção de ser reconduzido ao cargo por mais dois anos, mas abriu mão dessa possibilidade. Ele enviou carta para a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, alegando ter o sentimento de dever cumprido.

“Considerando cumprida minha missão no TSE, solicito a Vossa Excelência e aos demais ministros do Supremo Tribunal Federal que não considerem meu nome para eventual recondução ao cargo, permitindo que volte a me dedicar integralmente à advocacia e à carreira docente no Largo de São Francisco”, afirmou.

Com essa decisão, ficaram firmadas então a abertura de duas vagas. Após a recomposição delas, é esse novo plenário que julgará a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que acusa o ex-presidente de abuso de poder político.

No início de abril, o ministro Ricardo Lewandowski se aposentou e, no lugar dele, entrou Kássio Nunes Marques. Agora, em 17 e 18 de maio, com o término dos mandatos dos ministros efetivos Sérgio Banhos e Carlos Horbach, a formação do plenário fica a seguinte: Alexandre de Moraes, Nunes Marques, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves (relator do caso), Raul Araújo e o novo escolhido pelo presidente Lula, além do substituto de Horbach.

Votação contra Bolsonaro

A expectativa atualmente na Corte é que a Aije contra Bolsonaro seja analisada ainda no mês de maio. Então, o novo ministro já estaria nessa composição de análise. A troca na composição será decisiva na condenação ou na absolvição do ex-presidente.

Como é a composição do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral é formado por sete magistrados, escolhidos da seguinte maneira:

  • três ministros são eleitos entre os membros do Supremo Tribunal Federal (STF);
  • dois ministros são eleitos entre os membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ); e
  • dois ministros são nomeados pelo presidente da República, escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF.

O TSE elege o presidente e o vice-presidente entre os ministros do STF, e o corregedor eleitoral, entre os ministros do STJ. Para cada ministro efetivo, um substituto é eleito, mediante o mesmo processo.

Cada ministro é eleito para um biênio; a recondução após dois biênios consecutivos, porém, é proibida. A rotatividade dos juízes no âmbito da Justiça Eleitoral visa manter o caráter apolítico dos tribunais eleitorais, de modo a garantir a isonomia nos processos eleitorais.

Em 1988, na disputa pela Prefeitura do Recife, Miguel Arraes estava no exercício do seu segundo mandato de governador, já numa relação bem conflituosa com Jarbas Vasconcelos, porque em 1982, o velho companheiro de palanque no combate à ditadura havia preferido Marcos Freire como candidato da oposição, quando ele próprio, já de volta do exílio na Argélia, queria ser o candidato.

Os que conheciam as idiossincrasias do velho cacique revelavam que ele era o tipo do político que armazenava o prato da vingança na geladeira, ou destruía o adversário como se come papa, pelas beiradas. O candidato favorito, confirmado pelas urnas, era Joaquim Francisco, que já havia governado a cidade como prefeito biônico, nomeado pelo então governador Roberto Magalhães.

O PT lançou Humberto Costa, o PDT foi de João Coelho, pai do secretário estadual de Turismo, Daniel Coelho, a grande sensação da campanha por uma estratégia que hoje, provavelmente, não funcionasse mais: para conquistar o voto feminino, maioria do eleitorado, esgotou os estoques de rosas da cidade, oferecendo às mulheres.

Jarbas lançou Marcus Cunha, advogado, militante de esquerda e amigo de velhos carnavais, que Arraes nunca tolerou. Na condição de governador, fez uma campanha de mentirinha. Quase não ia às ruas, dava declarações que mais pareciam de adversários, sumia dos comícios e da efervescência das ruas.

Deu, enfim, um apoio da boca pra fora, da mesma forma da eleição de 90, quando o próprio Jarbas disputou o Governo do Estado e perdeu para Joaquim, que havia renunciado ao mandato de prefeito e passado o bastão para o vice Gilberto Marques Paulo, político leal e decente.

Em meio à campanha, Jarbas deixando vazar que Arraes estava fazendo corpo mole na campanha, o governador circula em Brasília em audiências pelos Ministérios, Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal. No Congresso, faz uma visita ao presidente da Câmara, Ulysses Guimarães, e na saída é cercado por um batalhão de jornalistas no Salão Verde.

Pergunta vem, pergunta vai, fui inventar de tratar da eleição no Recife quando todos os jornalistas queriam saber da conversa dele com Ulysses. E aí, atrevidamente, sapequei: “Governador, há reclamações dos seus aliados em Pernambuco que o senhor até agora não assumiu a campanha de Marcus Cunha, que não revela nenhum tipo de empolgação pela candidatura dele”.

O velho me olhou enviesado e soltou a seguinte pérola:

“Meu filho, eu já me candidatei a tanta coisa em Pernambuco e nunca me empolguei com as minhas candidaturas, imagine com a dos outros”.

E saiu gargalhando pelo Salão Verde.

Por Adriano Oliveira*

Aparentemente, a variável que melhor prever e explica o desempenho dos candidatos na eleição municipal é a aprovação do prefeito. A lógica é bem simples: prefeitos bem avaliados tendem a ser reeleitos ou fazerem o sucessor. O contrário também é verdadeiro: prefeitos mal avaliados tendem a não ser reeleitos e não fazem o sucessor. Todavia, a sociologia de Bauman serve para explicar as supostas mudanças na eleição: a opinião pública é líquida.

São diversas as cidades do Nordeste em que a eleição é fracamente previsível: de um lado, o amarelo; do outro, o vermelho. São os eleitores cativos. Se o prefeito for amarelo e mal avaliado, aumentam as chances do candidato vermelho vencer a eleição Existem também os votantes independentes. Estes não fazem parte nem do amarelo e nem do vermelho.

A opinião pública líquida é visível entre os eleitores independentes: se o prefeito tiver sabedoria e agir para melhorar a gestão, os votantes independentes, que outrora votavam na oposição, optam pela reeleição do alcaide. A opinião dos eleitores cativos é bem rígida, ossificada. São necessários robustos incentivos para que mudem a sua escolha. São os eleitores independentes que, geralmente, decidem a eleição.

Um ponto fundamental: a depender da posição, não importa para os eleitores cativos a qualidade da gestão do prefeito. Eles são apaixonados. Exemplo: o prefeito “vermelho” é mal avaliado, mas os vermelhos seguem votando nele. Não enxergam mazelas na gestão. Receiam perder benefícios privados vindo do poder público. Como bem disse um eleitor na pesquisa qualitativa: “quem está dentro (da prefeitura) não quer sair e quem está fora, quer entrar”. Os votantes independentes, repito, são volúveis. Estão à procura de soluções para as suas demandas.

O tempo pode mudar a lógica do voto na cidade. Prefeitos bem-sucedidos, eleitos, independentes de grupos, quebram a lógica histórica da polarização vermelho versus amarelo. Por consequência, um novo grupo pode surgir. Quando isto acontece, os eleitores independentes ganham espaço no eleitorado.

A identificação ideológica do eleitor para com o candidato também existe, em especial, nas capitais. De um lado, o candidato da esquerda, do outro, o da direita. Recife é exemplo disto. A esquerda, com Jarbas Vasconcelos, João Paulo, João da Costa, Geraldo Júlio e João Campos; e a direita, com Joaquim Francisco e Roberto Magalhães. Na capital pernambucana, a esquerda com muitos votos está entre PT e PSB. A aliança de ambos fortalece a candidatura de João Campos. A direita civilizada não tem representantes claros, neste momento. E a direita radical, bolsonarista, pode ter Gilson Machado como representante. A esquerda e a direita civilizada são competitivas. A direita bolsonarista não.

Na eleição da capital pernambucana, a centro-esquerda ou a centro-direita também tem seu espaço, pois o petismo e o lulismo têm adeptos, mas também são rejeitados. Assim ocorre com o PSB. Quem ocupará o espaço do centro, à esquerda ou à direita na eleição do Recife? Qualifico os eleitores do centro como independentes. O candidato do centro, a depender da conjuntura, tem condições de ser competitivo.

Lembro da premissa básica: gestões bem avaliadas tendem a ser reeleitas. Nesta conjuntura, as disputas entre cores (amarelo versus vermelho) e ideológica sofrem enfraquecimento. Parcela do eleitor na eleição municipal (maioria?) quer saber se tem remédio e médicos nos postos, se a rua está calçada, se quando chove alaga, se os buracos são tampados de maneira célere, se tem merenda de qualidade nas escolas, se existem locais para lazer, se o lixo está sendo recolhido, se as estradas para os distritos rurais estão em bom estado, se obras de saneamento estão ocorrendo, se na UPA tem poucas filas.

Quando o prefeito contempla a demanda do eleitor ou parte dela, a sua popularidade aumenta. Por consequência, volto a frisar, ele amplia as chances de reeleição. Porém, a complexidade na eleição municipal também está presente. Eleitores têm sentimentos. É comum pesquisas qualitativas identificarem que o prefeito tem de razoável para boa avaliação. Contudo, o sentimento de dúvida para com a continuidade do prefeito existe, já que os votantes querem mais e creem que o gestor pode fazer mais. Quando esta realidade é encontrada, os candidatos da oposição têm chances de derrotar o prefeito bem avaliado.

Faço uma alerta: o exclusivo olhar para a aprovação quantitativa do gestor esconde os sentimentos dos votantes. Por exemplo: a popularidade do prefeito é de 55%, mas parcela dos votantes desejar algo mais. Neste caso, a pesquisa qualitativa encontrou o sentimento de dúvida quanto à reeleição do alcaide em parte dos votantes. Portanto, não só de números deve viver o prefeito candidato à reeleição e os competidores da oposição.

*Doutor em Ciência Política. Professor da Fundador da Cenário Inteligência

Por Cláudio Soares*

Quando uma mãe é abandonada por seus filhos, pode ser um período de grande tristeza e angústia para ela. Ela pode se sentir rejeitada, sem valor e questionar sua capacidade como mãe. É essencial reconhecer que cada situação é única e que a dinâmica familiar é complexa.

Se você conhece alguém que está enfrentando essa situação como mãe abandonada, é importante oferecer apoio emocional. A escuta ativa, o respeito pelos sentimentos dela e a demonstração de empatia podem ser muito valiosos. Encoraje-a a buscar apoio profissional, como terapia, para ajudar a lidar com a dor e o trauma emocional decorrentes do abandono.

Se você é a mãe abandonada, é importante lembrar que seu valor como pessoa e mãe não é determinado pelo abandono dos seus filhos. Procure apoio emocional de amigos, familiares e profissionais de saúde mental para ajudá-la a lidar com a dor, reconstruir sua vida e encontrar um sentido de propósito além desse acontecimento.

Uma mãe não deve se culpar pelo abandono dos filhos. Sabemos que é extremamente doloroso quando uma mãe é abandonada por seus filhos. Infelizmente, existem várias razões pelas quais isso pode acontecer. Alguns possíveis motivos incluem conflitos familiares irreconciliáveis, expectativas não atendidas, distância emocional, má comunicação, influências externas negativas ou mesmo circunstâncias trágicas, como vícios ou problemas de saúde mental.

É importante reconhecer e valorizar o amor de mãe em nossas vidas. Seja grato e respeitoso com sua mãe, mostre apreço por tudo o que ela fez e continua fazendo por você. O amor de mãe é um presente precioso que molda quem somos e pode nos proporcionar um apoio inabalável ao longo da vida.

Esse amor também é resiliente. Mesmo em situações difíceis, como conflitos ou desafios familiares, uma mãe muitas vezes encontra força e perseverança para continuar amando seu filho incondicionalmente. O amor de mãe é capaz de superar obstáculos, perdoar e buscar a reconciliação.

*Advogado e jornalista

Minha mãezinha, mãezona, mãetudo Margarida não está mais aqui para dar um beijo e um abraço de torar neste Domingo das Mães. Amanheci chorando de saudade. O choro da saudade dói profundamente. As lágrimas não param, feito água de rio em correnteza.

Quanto mais eu choro de saudade, mais parece que ela entrará pela porta a qualquer momento e acabará com essa minha tristeza. Não tenho mais minha flor aqui para secar as minhas lágrimas. Por isso, o consolo que tenho é chorar. A dor se mistura com a saudade e as duas se encontram nas minhas lágrimas.

Choro de saudade é não poder reviver tudo que se passou e acabou. Choro de saudade não é alto, no tom de despedida em velório. É silencioso, para que as pessoas não sintam o tamanho da dor. O choro em silêncio é aquele que ninguém pode saber que estamos tristes. É um choro abafado, a dor não vai embora, as lágrimas não secam.

Choro de mãe que não está mais por perto é para fazer a dor parecer menor. Em todas as lágrimas, uma lembrança. Como mamãe era alegre! Mãe heroína! Nove filhos, nove dores que se transformaram em nove formas de revelar o seu amor, por elas viver e dar a sua própria vida.

Neste Dia das Mães, deixo um testemunho: minha mãe não foi perfeita, porque só Deus é perfeito, mas foi uma mãe protetora, guerreira, capaz de enfrentar qualquer batalha para proteger suas crias.

Foi a mãe que plantou em nós a semente do amor e colheu flores para o resto da sua vida.

Era a própria flor até no seu nome: a flor Margarida!

Elétricos: Blazer e Equinox chegam em 2024

A General Motors está investindo globalmente US$ 35 bilhões até 2025 no desenvolvimento de 30 novos veículos elétricos – que, segundo seus dirigentes, é de uma geração ainda mais avançada de elétricos. E como pretende liderar esse movimento de zero emissão na América Latina, acaba de confirmar a chegada ao país de dois SUVs: o Blazer EV e o Equinox EV, ambos em meados do ano que vem. O Blazer EV é um produto global e está em fase final de testes de certificação e homologação. Aliás, a estrutura de engenharia da GM no Campo de Provas e no Centro Tecnológico no Brasil está colaborando nas áreas de eficiência energética e de conectividade para acelerar o desenvolvimento do modelo e a chegada dele ao mercado.

A empresa diz que um dos principais diferenciais competitivos do futuro SUV premium 100% elétrico é a tecnologia Ultium. Ela consiste em uma plataforma modular específica para veículos elétricos, com diferentes combinações de motores e baterias com uma composição química muito mais avançada. Isso garantiria melhor autonomia e maior velocidade de recarga. Com essa plataforma, é possível fabricar desde carros compactos, passando por SUVs e superesportivos até grandes picapes.

O primeiro carro zero emissão da Chevrolet começou a ser comercializado no país em 2019. O Bolt EV é um crossover compacto de 203 cv e capaz de percorrer 459 km, em média, no ciclo WLTP. A estratégia é oferecer ao consumidor até meados da década uma linha diversificada de veículos elétricos que complemente o portfólio de modelos a combustão. Para isso, a marca vem lançando ao menos um EV inédito por ano. No ano passado, iniciou as vendas do novo Bolt. O crossover compacto ganhou importantes evoluções de design e acabamento. Agora em 2023 é a vez do Bolt EUV, que se diferencia pela carroceria tipo SUV e mais espaço interno para a família. Existem ainda outros EVs da Chevrolet em fase de estudo para o mercado local.

Elétricos 1: democracia para aplicativos – A Aliança pela Mobilidade Sustentável, que acaba de completar um ano tentando democratizar a eletrificação de carros no Brasil, quer – já em 2023 – atingir a marca de mil veículos eletrificados na frota da 99 e mil postos de carregamento na cidade de São Paulo. Várias empresas, da 99 à BYD e à Movida, já investiram R$ 35 milhões em ações em prol da mobilidade sustentável. Hoje, já há 485 modelos circulando pela plataforma. Foram mais de 110 mil passageiros impactados, com mais de 75 mil corridas realizadas – e 550 mil quilômetros rodados.

Elétricos 2: recorde de vendas – A venda de carros elétricos e híbridos no Brasil no primeiro quadrimestre de 2023 foi um sucesso, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico. Foram 4.793 unidades emplacadas (só de leves) em abril, numa elevação de 53,5% sobre o mesmo mês do ano passado. Dados da Senatran, que substituiu o Denatran, mostram que houve um crescimento de aproximadamente 500% na frota de elétricos, passando de 24,6 mil em 2019 para 124,4 mil em 2023. Raphael Brito, sócio e proprietário da Solarprime, comenta que a demanda por esse tipo de veículo vai estimular o mercado de carregadores elétricos. Em dezembro de 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, já existiam 3 mil eletropostos, entre públicos e semipúblicos no país.

Elétricos 3: e o bolso? – Usar um carro elétrico pode ser mais vantajoso e econômico. “Isso porque o consumo médio de um veículo elétrico varia de 15 kWh a 25 kWh para cada 100 km. Portanto, percorrer mil km pode custar, por exemplo, entre R$ 105 e R$ 175, considerando uma tarifa média de R$ 0,70/kWh. Dos modelos disponíveis no Brasil, a autonomia varia de 150 km a 530 km com uma carga completa. Considerando o valor médio da gasolina no país, de R$5,51 e uma média de 12 km por litro, seria preciso desembolsar um valor de cerca de R$ 457 para abastecer um carro a combustão”, explica Brito.

Elétricos 4: vem aí o Volvo EX30 – A marca sueca Volvo prometeu revelar o seu novo modelo de crossover, totalmente elétrico, no dia 7 de junho, às 8h30. É um modelo global, que chegará ao Brasil já no ano que vem em função do desempenho em vendas do grupo no país. O modelo será menor (4,10m a 4,30m) do que o também novo EX90 e vem sendo revelado aos poucos: dos faróis com assinatura em LED do tipo martelo de Thor às lanternas verticais. E por falar em Volvo, ela acabar de lançar um site para estabelecimentos (postos, varejões, restaurantes, hosteis, shoppings etc) receberem carregadores rápidos. Basta acessar https://eletropostosvolvocars.com.br. O site também serve para os usuários acharem o eletroposto mais próximo da localização, o nome do estabelecimento e o endereço. A expansão da infraestrutura, aliás, não para: depois do anúncio da primeira fase com 13 eletropostos, agora a marca anuncia mais 15 pontos de carga rápida, todos nas regiões Sul/Sudeste do país.

Mini nº 25 mil – A marca britânica Mini, oficialmente no Brasil desde 2009, chegou às 25 mil unidades vendidas ao longo destes 14 anos. E ela promete festejar a data com uma série especial e limitada desenvolvida exclusivamente para o mercado brasileiro. Aliás, a Mini é conhecida no Brasil por suas edições especiais e limitadas – sendo a primeira delas em 2012, quando foi lançado o luxuoso e esportivo MINI Cooper S Goodwood, até com alguns elementos de um Rolls Royce – marca que também pertence ao BMW Group. Em março de 2021, um marco histórico: foi neste mês que começou, em Oxford, na Inglaterra, a produção do MINI Cooper S E para o Brasil, primeiro modelo 100% elétrico da marca. O hatch de três portas manteve o interessante design, sem perder espaço interno ou do porta-malas, e é equipado com motor capaz de entregar 184cv de potência e 27,0kgfm de torque instantâneo.

Nova Panigale V4S: 215 cavalos e 174 quilos – A terceira versão da Panigale V4S, linha 2023, da Ducati – marca vencedora do campeonato de construtores de MotoGP pelo segundo ano consecutivo –, chega ao Brasil para a festa dos fãs endinheirados. Afinal, as capacidades tecnológicas das pistas de competições chegam às ruas por R$ 163 mil – e mais caras do que muitos carros. Com aperfeiçoamentos de todas as áreas (aerodinâmica, ergonomia, motor, ciclística e eletrônica), ela fica mais rápida em pista e, ao mesmo tempo, mais intuitiva e menos cansativa tanto para o piloto profissional como para os amadores. O motor (o Desmosedici Stradale V4 de 1103 cm³) de refrigeração líquida é capaz de gerar 215,5cv de potência a 13.000 rpm e torque de 12,4 kgfm. A transmissão é de 6 velocidades.

BMW S 1000 RR à venda – A motocicleta mais potente produzida pela BMW na fábrica de Manaus já está nas concessionárias da marca no Brasil. Lançada em março, a BMW S 1000 RR tem visual repaginado, três versões e ainda mais potência. Equipada com motor de quatro cilindros com 210cv de potência e 11,3kgfm de torque, a S1000 RR ficou 3cv mais potente que o modelo anterior. Visualmente, o modelo está mais esportivo. Os difusores de ar na dianteira ajudam na aerodinâmica em altas velocidades e proporcionam mais estabilidade em trechos sinuosos e em circuitos. Disponível em três versões (Premium, Premium M e Premium M Carbon), a nova S 1000 RR vem recheada de equipamentos de série. Os preços começam em R$ 126 mil.

Nova Enfield Scram 411 – A Royal Enfield, focada no mercado de motocicletas de média cilindrada (de 250cc a 750cc), acaba de lançar no Brasil a Scram 411, um modelo multiuso: alia características de uma scrambler acessível para encarar a rotina do dia a dia com algumas pitadas de uma moto aventureira. Ela custa R$ 22.490. O público-alvo da Scram 411 é piloto jovem dos grandes centros por ser divertida para a pilotagem urbana e apresentar um visual mais aventureiro. Mas, também, com modificações na geometria. Mantém ao mesmo tempo características que permitem trafegar por pisos irregulares ou um passeio de final de semana em uma estrada de terra batida.

Preço do seguro volta a subir – A TEx, empresa especializada em soluções online para o mercado segurador, divulgou os números do Índice de Preços do Seguro Automóvel referentes a abril. O índice geral apresentou crescimento, após queda em março, de 7,0%. Com isso, o índice apresenta aumento de 14,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Já na comparação com o mês anterior, houve alta de 6,1% em abril. Esse é o maior patamar dos últimos 28 meses, desde que o Índice foi criado pela TEx. Segundo Emir Zanatto, CEO da TEx, essa alta de 6,1% no último mês deve-se, em grande parte, ao recente aumento de casos de roubo e furto de veículos em regiões de grande importância para o mercado, como em São Paulo. “Para se ter ideia, no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, tivemos 12,7% de crescimento em ocorrências de roubo e furto em São Paulo, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública”.

O executivo ainda destaca que o aumento do IPSA ocorreu em quase todas as regiões do país analisadas pela TEx, “principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, líderes em volume do índice”.

Dano no para-brisa: troca ou reparo? – Qualquer dano apresentado no para-brisa de um veículo requer cuidados e avaliação profissional. Principalmente quando a trinca, fissura ou arranhão estiver no campo de visão do condutor. Um parâmetro interessante para entender se o dano é caso de troca ou reparo: se a fratura for superior a uma moeda de R$ 1, é recomendada a substituição do para-brisa. A resolução 216 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece alguns limites referentes a danos no para-brisa em veículos de passeio: pode haver, no máximo, dois danos em um para-brisa. Porém, esses danos não podem ser superiores em de 4cm de diâmetro em uma configuração circular ou qualquer outro dano acima de 10cm de comprimento. Além disso, não pode haver nenhum dano na área crítica de visão do condutor e em uma faixa periférica de 2,5 cm das bordas externas do para-brisa. O descumprimento desta resolução do Contran resulta em infração de natureza grave, cinco pontos na CNH, multa e retenção do veículo para regularização. O gerente de assistência técnica da Henkel, Célio Renato Ruiz, orienta sobre os procedimentos de reparação e substituição de para-brisas e destaca a importância desses equipamentos para a segurança do veículo e das pessoas.

Reparar ou trocar – Em geral, usa-se como parâmetro para troca quando a fratura é superior a 4 cm. Portanto, se a circunferência do dano for menor ou igual a 4 cm, o para-brisa pode ser reparado sem necessitar a sua troca. Determinados danos no para-brisas são reparados com tecnologia UV, que “seca” a resina aplicada na área danificada, finalizada com polimento.

Quando trocar – Em casos de danos na visão frontal do motorista, mesmo que mínimos, a substituição do equipamento é a melhor alternativa. O processo de troca e fixação de um novo para-brisa é feito com adesivos próprios para essa finalidade, como o Teroson Bond, com aplicação fácil, limpa e feita a temperatura ambiente. Depois da aplicação correta desse adesivo no para-brisa, a cura é feita rapidamente e o condutor pode voltar a utilizar o carro poucas horas depois.

Como é feita essa troca – A troca do para-brisa é um procedimento que deve ser feito por técnico especializado, de preferência em lojas de vidros automotivos, para a aplicação eficiente do adesivo que promove a fixação do para-brisa. O adesivo Teroson Bond 180, por exemplo, é feito com poliuretanos monocomponentes, que curam com a umidade do ar e que não necessitam de primer no processo de adesão.

Pequenos arranhões – Na maioria dos casos, podem ser reparados com polimento feito por profissionais especializados. No entanto, podem se tornar problemas se estiverem na área de visão do motorista. Isso porque, se a visão do motorista continuar sendo prejudicada após o serviço de polimento, é importante que um profissional avalie a possibilidade de troca do para-brisa.

Importância dos cuidados – Um para-brisa eficiente traz perfeita visibilidade ao motorista, protege os ocupantes contra o impacto de pedregulhos e outros objetos, mantém a integridade estrutural da carroceria do automóvel e funciona como um apoio para o airbag. Danos no para-brisa podem interferir negativamente nessa força protetora do equipamento.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.