Jornalismo se faz com paixão ardente

Na coluna de amanhã, dia que celebro os 17 anos do blog com um jantar de adesão, a partir das 19h30, no restaurante Amadeu, em Boa Viagem, rememoro como montei o alicerce dessa plataforma na condição de pioneiro no Nordeste, com foco em Pernambuco.

Falo também da travessia dolorosa do impresso para o on-line e assumo que sou escravo da notícia, mas escravo sem dor nem piedade. Fazer jornalismo com amor é uma forma de escravidão suave. A coluna, você confere à meia-noite.

Apesar de o Governo do Estado ter se negado a dar apoio, o 27° Festival Nacional da Seresta manteve a tradição ao receber um público superior a 30 mil pessoas nas três noites de festa na aconchegante Praça do Arsenal, no Recife Antigo.

A Prefeitura do Recife, através de sua Secretaria de Cultura, assumiu os custos praticamente sozinha (a Alepe deu uma colaboração), por saber que o evento não poderia ser cancelado, pois há muito tempo faz parte do calendário cultural do estado e se destina primordialmente ao público de mais idade, em especial as mães.

Na quinta-feira (11), Jura, The Rossi, Adilson Ramos e Almir Bezerra fizeram milhares de pessoas se emocionarem com sucessos eternos, o que se repetiu na noite seguinte com os shows do tenor Igor Alves, Cristina Amaral, Biafra e Altemar Jr. Seresta pura, música de qualidade.

Já no sábado (13), a apoteose ficou por conta de Rosy Aguilar (uma bela surpresa), Josenaldo do The Voice, Leonardo Sullivan e Gilliard, cantando especialmente para as mães. Os ídolos da música romântica levaram a multidão ao delírio.

O Festival da Seresta é sempre assim: uma festa familiar, uma reunião de amigos, um lugar de flertes e reencontros, um baile a céu aberto, um evento simpático, carismático, e que já se prepara para comemorar em 2024 seus 30 anos de criação.

A informação de que contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram pagas com recursos oriundos de uma empresa que tinha contrato com o governo de Jair Bolsonaro motivou críticas da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann. A revelação foi feita pelos jornalistas Aguirre Talento, Amanda Rossi e Pedro Canário, em matéria do UOL, baseada na investigação feita pela Polícia Federal. “Empresas financiavam Michelle Bolsonaro, a santa do pau oco. O nome disso é corrupção”, disse Gleisi à coluna de Chico Alves. “Ainda vamos ver mais dinheiros ilegais para os Bolsonaro”.

Segundo a reportagem, a empresa Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção, com sede em Goiânia, contratada pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), é a origem de uma série de transferências feitas a um militar da Ajudância de Ordens da Presidência da República.

Ele fez saques em dinheiro vivo e pagou despesas de um cartão de crédito usado por Michelle. Isso aconteceu em ao menos três ocasiões, segundo a PF. O militar também fez ao menos 12 depósitos em dinheiro em conta de uma tia da então primeira-dama.

“Era tão errado o que faziam que o tenente-coronel Mauro Cid temia que se parecesse com rachadinha”, diz Gleisi, referindo-se a um áudio em que o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro alerta uma assessora de Michelle para esse risco.

“A PF puxou o fio da meada e está desnudando a família. Cid é um arquivo enorme e o dinheiro envolvido é maior do que rachadinha”, afirma a presidente do PT. “Ainda vamos ver muito caroço embaixo desse angu, como diz o ditado”, complementa Gleisi.

A deputada acredita que além da PF, o Parlamento também tem que apurar o caso. “Pode ser na CPMI do golpe ou propor uma comissão específica para esse caso. Aí não sei se o Congresso aprova”, avalia.

Perguntada qual a ligação possível entre essa investigação e o movimento golpista, Gleisi explica: “Mauro Cid podia estar passando dinheiro para algumas atividades golpistas, mas é uma suposição. Teria de investigar”.

A defesa de Jair Bolsonaro e Michelle negou que recursos da Codevasf tenham bancado as despesas da ex-primeira-dama e refutou que haja irregularidades nas transações. “A dona Michelle não conhece esse ajudante de ordens e desconhece que ele tenha feito pagamentos para ela”, disse Fábio Wajngarten, advogado que chefiou a Secretaria de Comunicação na gestão Bolsonaro.

*Da Agência Brasil

Em visita à 4ª Feira da Reforma Agrária, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aberta no fim de abril na Câmara dos Deputados para investigar o movimento social, mostrará que o MST é um dos maiores produtores de alimentos do país.

Pimenta afirmou que não tem a preocupação de a oposição utilizar a CPI para atacar o governo. “Eu não tenho essa preocupação, pelo contrário. Eu acho que muita gente não conhece o MST como maior produtor de arroz orgânico da América Latina, o MST como grande produtor de comida, de alimento”, disse em entrevista, no Parque da Água Branca, na capital paulista, onde está sendo realizada a feira.

“A CPI vai ser uma grande oportunidade de o Brasil conhecer o MST. O MST vai sair dessa CPI mais respeitado, maior, tendo mais visibilidade e sendo mais admirado”, acrescentou.

O ministro ressaltou que a feira do MST é uma demonstração da capacidade de produção de alimentos saudáveis pelos produtores ligados ao movimento, fruto da reforma agrária. “Essa feira tem mil e seiscentos itens, uma variedade impressionante, comida de qualidade, com preço justo, a produção da comida que o povo brasileiro precisa”.

Pimenta disse ainda que o atual governo federal é plural, e que oferece espaço tanto para a agricultura empresarial quanto para a agricultura familiar. “Nós vamos trabalhar para aquilo que é melhor para o Brasil e para o povo brasileiro. Tem espaço, no nosso projeto, para a agricultura familiar, para agricultura empresarial. Essa contradição não existe e eventuais ruídos, quem vive na democracia sabe que isso faz parte do jogo político, do jogo democrático”, afirmou.

Em discurso no palco principal da feira, o ministro disse que a mensagem enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva era a de reafirmação do compromisso do governo de acabar com a fome no país. “A mensagem é devolver ao povo brasileiro o direito de fazer três refeições por dia. Não é possível um país rico, um país como o nosso, conviver com uma realidade em que mais de 30 milhões de pessoas todos os dias passam fome, e outras dezenas de milhões não sabem o que vão comer no outro dia”.

Em pouco mais de quatro meses de mandato, o presidente Lula ainda não conseguiu organizar sua base de apoio no Congresso. Com problemas na articulação política, o governo foi obrigado a desistir da chamada MP do Carf, transformando-a em projeto de lei, sem prazo para ser votado, e ainda colheu uma derrota acachapante em sua tentativa de mudar pontos do novo marco do saneamento básico. Mesmo as bancadas de partidos agraciados com ministérios estão rebeladas, planejando novos reveses para a gestão petista.

Ciente do quadro, Lula resolveu acelerar a liberação de verbas e a distribuição de cargos aos parlamentares, numa tentativa de angariar apoios, evitar contratempos e pavimentar o caminho para a aprovação de projetos prioritários. As informações são da Veja.

Apesar dessas medidas, alguns aliados do presidente demonstram nos bastidores certo desdém com as derrotas colhidas até agora.  Eles alegam que as propostas de mudança no marco do saneamento não eram um projeto do governo, mas do chefe da Casa Civil, Rui Costa. O fracasso, portanto, teria sido pessoal.

Além disso, argumentam que o que realmente importa para o governo é a aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. Se ela ocorrer, qualquer gol tomado ao longo da partida não terá importância. A dúvida é se um time desorganizado como o do petista conseguirá reverter o placar. No futebol, campo de inspiração para as metáforas de Lula, isso não costuma acontecer.

Com dificuldades para emplacar o comando da CPMI do 08 de janeiro, o PP deve presidir a CPI das Apostas Esportivas, cuja sessão de instalação foi marcada para terça-feira (16).

Com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o deputado federal André Fufuca (PP-MA) deve presidir a comissão de inquérito, após ele ter aberto mão de comandar a CPMI do 08 de janeiro. As informações são da CNN.

O relator da comissão de inquérito deve ser o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), autor do pedido de investigação contra um suposto esquema de interferência em partidas de futebol para manipular resultados de apostas.

A aposta de lideranças partidárias é de que, por se tratar de um tema popular, a CPI das Apostas Esportivas tem potencial de causar maior impacto social do que a CPMI para investigar a destruição do patrimônio público em Brasília.

A comissão de inquérito deve contar, entre seus 34 integrantes titulares, deputados federais com carreira esportiva, como Bandeira de Mello (PSB-RJ), ex-presidente do Flamengo, Maurício de Souza (PL-MG), ex-jogador de vôlei, Delegado da Cunha (PP-SP), ex-judoca, e Afonso Hamm (PP-RS), ex-jogador de futebol.

A expectativa é de que a comissão de inquérito convoque atletas, árbitros e dirigentes. Na semana passada, a Polícia Federal informou que entrará nas investigações sobre o suposto esquema de manipulação em partidas de futebol.

A população da Turquia foi às urnas neste domingo (14) para decidir se Rece Tayyip Erdogan seguirá no comando da nação. Seu principal concorrente é Kemal Kilicdaroglu.

Com pouco mais de 73% das urnas apuradas, a vantagem é do atual presidente, que ocupa o poder desde 2003.  As informações são da TV Cultura.

Enquanto Erdogan recebeu 50,91% dos votos válidos, Kilicdaroglu tem 43,28%. O resultado definitivo, no entanto, só deve ser divulgado oficialmente mais tarde pelo Conselho Superior Eleitoral do país.

Os números exibidos foram divulgados pela imprensa turca. A última atualização, até o momento, aconteceu às 21h40 do horário local, ou 15h40 no horário de Brasília.

Há seis anos, o conservador liderou a troca do regime político de parlamentarismo para o presidencialismo. Desde então, venceu todas as eleições.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) segue em sua cruzada, para que o presidente Lula tenha seus gastos tão vasculhados quanto seu pai, Jair Bolsonaro, teve durante seu mandato à frente da Presidência da República.

Na terça-feira (9), o filho 03 de Bolsonaro protocolou um requerimento pedindo informação ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre quanto Lula e sua comitiva gastaram para ir à coroação de Charles III, em Londres. As informações são do Metrópoles.

No requerimento, Eduardo questiona o governo o porquê de Lula não ter optado por ficar na residência oficial do embaixador brasileiro na capital britânica. Ele também pergunta os valores gastos nas diárias do petista em um hotel de luxo.

“Considerando que o Brasil atravessa um momento de crise econômica e social, é fundamental saber se os recursos públicos estão sendo utilizados de forma responsável e transparente. Sendo assim, pretende-se, por meio deste requerimento de informações, receber informações detalhadas sobre os gastos realizados na viagem, incluindo os custos com transporte, hospedagem, alimentação e quaisquer outras despesas relacionadas à viagem presidencial”, pergunta o deputado.

Esse é, pelo menos, o segundo requerimento de informação protocolado pelo filho de Bolsonaro com foco nos gastos de Lula em viagens. No fim de abril, o deputado protocolou requerimento questionando a viagem do petista a Portugal.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (foto), participou da feira promovida pelo MST em São Paulo. Durante discurso, o petista atacou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e disse que o país tem o “maior juros da face da Terra”.

“Se quiserem descobrir um homem que está criando uma balbúrdia, uma baderna neste país, e levando muitos brasileiros à extrema pobreza e à miséria, eles vão achar o Roberto Campos Neto”, afirmou no sábado (13). As informações são do Antagonista

Teixeira repete o discurso de Lula, que tem atacado o presidente do BC desde o início do governo. Na semana passada, o petista afirmou que Campos Neto não tem compromisso com o Brasil e sim com o antigo governo de Jair Bolsonaro.

A presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na feira nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) incomodou integrantes da bancada ruralista no Congresso. O Planalto tenta melhorar o diálogo com o grupo. Na próxima terça-feira, 16, Alckmin estará em um almoço promovido pela bancada em Brasília – mas, ao prestigiar o evento do MST, no momento em que invasões de terras voltam a ocorrer no País, alargou ainda mais esse distanciamento.

O segundo vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) na Câmara, deputado Evair de Melo (PP-ES), já fala em rompimento. “O governo arrancou a ponte com o agro e não tem mais diálogo”, afirmou. “É a fotografia que nós precisávamos para poder provar o envolvimento do governo com o MST nessas invasões de terra”, complementou, sobre a foto de Alckmin ao lado do coordenador do MST, João Pedro Stédile, durante o evento. Somente durante o chamado ‘Abril Vermelho’, o movimento invadiu ao menos 13 fazendas. As informações são do Correio Brasiliense.

Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e outros membros do primeiro escalão do governo viraram estrelas do evento, no Parque da Água Branca, região oeste de São Paulo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se tornou garoto propaganda de um pacote de fubá, um dia após o secretário executivo da pasta e indicado de Lula para o Banco Central, Gabriel Galípolo, visitar o local. Também já passaram pela feira os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

O aceno do governo ocorre no momento em que o Congresso está prestes a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões do MST. Integrantes da oposição, incluindo parlamentares que fazem parte da cúpula da bancada ruralista, prometem apontar responsabilidade do governo nos atos ilegais.

“O governo dá sinais absolutamente contraditórios e tem vivido uma certa esquizofrenia com o agro. Dá uma no cravo e outra na ferradura, mas vai ter que se definir”, disse o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da frente da agropecuária na Câmara.

A bancada do agronegócio acumula uma série de desentendimentos com o governo, após invasões promovidas pelo MST no campo, críticas à Agrishow, a maior feira do setor no País, e discursos do próprio presidente. Na última quinta-feira, 11, Lula fez menção à Agrishow e disse que “alguns fascistas de São Paulo” não quiseram a presença do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no evento.

Ruralistas também não gostaram da presença de Stédile na comitiva de Lula na China e de o movimento integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão.

Numa tentativa de atenuar a crise, Carlos Fávaro, que disse ter sido “desconvidado” da Agrishow, se reuniu com os parlamentares da bancada ruralista na semana passada e prometeu um aporte de R$ 200 milhões do Orçamento da União para reforçar o Plano Safra, principal linha de financiamento do setor, ainda neste ano e diminuir o impacto da taxa de juros no programa.