Povo Pankararu pede apoio para recriação da Coordenadoria da Funai PE

Uma representação do povo Pankararu, integrante da APOINME (Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo), se reuniu, hoje, com a senadora Teresa Leitão. O grupo discutiu problemas e pediu apoio em questões estruturais junto ao governo federal e estadual.

A principal reivindicação é a recriação da Coordenadoria Regional da Funai em Pernambuco – o 4º maior estado brasileiro em termos de população indígena. “Entendo esta pauta como a prioritária no momento. A recriação da Coordenadoria aqui no estado é uma ação estruturante, irá possibilitar a interlocução apropriada entre os povos originários e o governo federal”, comentou Teresa Leitão.

O grupo também narrou as dificuldades com estradas de acesso às comunidades indígenas, abastecimento de água, estrutura das escolas. “Eu me comprometo com vocês. Vamos conversar com o governo federal sobre a Coordenadoria da Funai no estado, sobre estradas e infraestrutura. E também me comprometo a dialogar com a governadora Raquel Lyra. Vocês têm o meu apoio”, garantiu a parlamentar.

A comitiva foi integrada pelo cacique Rauline Keno (Pankararu); o cacique Marcelo Gomes (Entre Serras); o coordenador da APOINME Sarapó; o presidente do CAE/PE José da Cruz dos Santos; a professora Elisa Urbano Ramos e o professor Wagner; além de Diogo Francisco Gonzaga e Marcondes Tavares, do povo Pankararu Entre Serras.

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres chegou à sede da Polícia Federal, na tarde de hoje, para depor no inquérito que apura a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022.

Escoltado, ele deixou o Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, onde está preso desde janeiro. Torres está detido devido a outra investigação, por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes foram depredadas.

A PF pretendia ouvir o ex-ministro no dia 24 de abril, mas o depoimento foi adiado para esta segunda a pedido da defesa de Torres, que alegou “piora” no estado de saúde dele. Segundo os advogados, o ex-ministro pretende responder aos questionamentos dos investigadores.

A defesa ainda tenta reverter a prisão preventiva do ex-ministro. Em recurso, alega que já não estão presentes as justificativas previstas em lei para manter a decisão.

Hoje, a partir das 17h, o prefeito de Toritama, Edilson Tavares, e demais autoridades municipais, realizarão uma solenidade para a assinatura da ordem de serviço autorizando o início da construção do Parque e Biblioteca Maria dos Anjos, que será o maior parque e complexo de atividades físicas e esportivas da cidade.

O primeiro parque urbano multifuncional da Capital do Jeans contará com uma estrutura pioneira no município, distribuído em uma área de 11.650m². O espaço contará com área de piquenique (praça de alimentação), pista de cooper (para caminhada e corrida), baterias de banheiros com acessibilidade, anfiteatro ao ar livre para apresentações culturais, áreas de playground infantil e para pets, pista de skate, área de exercícios e atividades físicas com academia ao ar livre, áreas de convivência comum (espaço para jogos de xadrez, dama e dominó), e uma ampla cobertura vegetal que será distribuída na área do parque para melhor conforto ambiente dos usuários.

Além disso, o parque contará com um complexo esportivo com quadras de tênis, futebol society, basquete e beach soccer. O projeto também conta com rede aberta de Wi-Fi para todos os usuários do parque e guaritas com vigilância 24h contando com um sistema de monitoramento por vídeo de todo o espaço do parque.  A solenidade vai ser aberta ao público, no antigo campo do Ipiranga, as margens da BR-104.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu que a Corte suspenda, até reavaliar as regras em vigor, a pensão paga pelo Exército à mulher do ex-militar Ailton Barros – preso, na última semana, na operação que apura suposta fraude nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, de familiares e aliados.

Barros foi expulso do Exército após uma série de processos disciplinares, mas passou a figurar nos sistemas da corporação como “morto”. Com isso, a mulher dele, Marinalva Barros, recebe uma pensão militar no valor bruto de R$ 22,8 mil.

O Exército afirma que o pagamento é previsto em lei e que Ailton Barros, embora vivo, está no sistema da corporação como “morto ficto” (morto fictício) – o que permite o pagamento da pensão em razão de ele, como militar, ter contribuído para uma eventual pensão por morte.

Na representação, assinada pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, o Ministério Público pede que essa regra seja reinterpretada à luz da “evolução da sociedade, do Direito e da própria Constituição Federal” para vetar esse tipo de pagamento.

E que, enquanto isso não acontece, os pagamentos à família de Ailton Barros sejam suspensos. Não há data prevista para que o caso seja levado ao plenário do TCU.

A ação também pede que, se a regra for reinterpretada, haja um processo de apuração dos custos e os ministros analisem um possível ressarcimento aos cofres públicos.

O presidente Lula terá de ceder mais do que desejava ao grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira, se quiser aprovar suas principais propostas dentro do Congresso Nacional. As informações são do blog do Valdo Cruz.

A avaliação é de assessores presidenciais, feita depois da derrota do governo na votação de um decreto para derrubar as mudanças no marco do saneamento básico feitas pela equipe de Lula.

Segundo assessores, Lira está com uma boa disposição para colaborar com o governo, mas quer uma reciprocidade do Palácio do Planalto. Ou seja, que seus pedidos sejam atendidos pelo governo. Recentemente, foi contrariado na indicação de um desembargador para o Tribunal Regional Federal.

Além disso, o grupo de Arthur Lira tem reclamado que o Palácio do Planalto não cumpriu o acordo firmado no ano passado, à época da votação da PEC da Transição. A equipe de Lula fechou um acordo para pagar neste ano verbas do orçamento secreto que não foram liberadas no ano passado.

O recado já chegou até Lula pelo próprio presidente da Câmara. Como o governo não se movimentou, veio a derrota na votação do decreto sobre o marco do saneamento.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) é uma entusiasta na defesa da participação popular nas decisões do governo. “O Plano Plurianual é um importante instrumento de organização das políticas públicas e da ação do governo. O governo Lula vai definir suas prioridades ouvindo o povo e as representações sociais. Não deixe de participar!”, pediu a senadora a suas bases. A plenária do PPA em Pernambuco será na próxima sexta-feira, dia 12 de maio, no Teatro Guararapes. 

O Plano Plurianual Participativo é elaborado a cada quatro anos, sempre no primeiro ano e com vigência a partir do segundo ano de um mandato presidencial. O presidente Lula determinou que este seja o PPA com maior participação social de todos feitos até hoje. Vale lembrar que o PPA anterior (2020-2023) foi elaborado sem nenhuma participação social.

Por Maurício Rands*

No momento em que o país, com algum atraso, resolve debruçar-se sobre a urgente necessidade de regular o poder e a responsabilidade das Big Techs da internet, um grande livro que me foi apresentado pelo cunhado Josué Honório poderia informar o debate. Um debate que, como tudo neste país, arrisca-se a perder na polarização.

Em seu recente The Constitution of Knowledge (2021), Jonathan Rauch, da Brookings Institution, faz um paralelo entre a Constituição Política e o que ele chama de Constituição do Conhecimento. Para ele, ambas são formadas por um conjunto de valores, normas e instituições.

Diferentemente da Constituição Política, a Constituição do Conhecimento tem normas e valores que, embora não escritos, são interiorizados e praticados pelos que se identificam com certas tradições filosóficas e científicas. Tradições que vêm sendo construídas ao longo de séculos de formulações de hipóteses e teorias a partir de fatos, dados e rigor lógico-analítico. São filósofos, cientistas, acadêmicos, jornalistas profissionais e experts que se submetem a práticas não escritas, mas que avançam o conhecimento. Entendido este como uma construção coletiva que emana do entrechoque de proposições.

O contraditório, o livre debate e a verificação à luz dos fatos constituem as práticas do que Rauch denomina de “comunidade baseada na realidade”. Em sua metáfora feliz, existiria uma espécie de funil cuja abertura de cima seria larga o bastante para receber as mais variadas hipóteses e proposições. Mas cuja abertura de baixo deixaria passar apenas aquelas poucas que sobrevivem ao debate metodologicamente rigoroso e informado pelas evidências. Esse processo de conhecimento baseia-se em duas regras básicas.

A primeira, a regra da falibilidade, considera que não existe palavra final; qualquer proposição pode ser refutada por novas evidências, e substituída por uma nova, segundo insights de Charles Peirce e Karl Popper. A segunda, a regra empírica, segundo a qual ninguém pode invocar o argumento da autoridade. Ambas dependem da constante interação de cientistas, experts e filósofos, através de experimentos que submetem as hipóteses à verificação dos fatos e dados. Em processos de erros e tentativas.

Essa interação de atores operando sob certas regras interiorizadas constitui a “comunidade baseada na realidade”. Produz o conhecimento que nunca é definitivo e nunca é individual. É sempre dinâmico e construído coletivamente em rede e em processos de mútua persuasão sobre proposições testadas e validadas pela “comunidade baseada na realidade”.

Forte nessas reflexões, o livro de Rauch disseca os detalhes de como a difusão da desinformação feita pela direita autoritária ameaça a Constituição do Conhecimento. E mostra que essa ameaça também provém da cultura do cancelamento avançada pela esquerda identitária. Embora desenvolvidas a partir de pressupostos e objetivos diversos.

Conquanto sejam controversas as soluções que cogita na parte final do livro, talvez muito centradas no contexto americano, seu brado de alerta pode ajudar outras sociedades a tentar novos caminhos que as afastem das ameaças ao conhecimento tão penosamente conquistado em séculos de embate contra autoritários e obscurantistas de todos os matizes.

É nesse contexto que a regulação da internet tem sido avançada em muitos países. Hoje todos já sabemos ser ingênuo e não praticado o dogma da neutralidade da internet que, no direito brasileiro, está inscrito no artigo 3º do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). Os algoritmos usados nos modelos de negócios dos provedores são por eles organizados com o objetivo de capturar audiência e lucros. Sem transparência nem responsabilização. Isso é muito poder. Como nos primórdios da mídia tradicional, esse poder, como qualquer outro, precisa ser disciplinado pelo direito a partir da Constituições Política. Mas também pela Constituição do Conhecimento de Rauch.

*Advogado formado pela FDR da UFPE, PhD pela Universidade Oxford

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres deve depor novamente à Polícia Federal na tarde de hoje. Desta vez, no inquérito que apura a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022.

O depoimento deve ocorrer no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, onde Torres está preso desde janeiro, por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes foram depredadas. À época, ele era secretário de Segurança do DF.

A PF pretendia ouvir o ex-ministro no dia 24 de abril, mas o depoimento foi adiado para esta segunda a pedido da defesa de Torres, que alegou “piora” no estado de saúde dele.

Ao determinar a nova data, o relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, argumentou que Torres foi “devidamente avaliado por profissional médico, que atestou que as medicações do preso foram ajustadas”, e que ele “tem tido acompanhamento médico frequente”.

Moraes também assegurou ao ex-ministro “o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”.

Os advogados ainda tentam reverter a prisão preventiva de Torres. Em recurso, a defesa alega que já não estão presentes as justificativas previstas em lei para manter a decisão.

O deputado federal Waldemar Oliveira (Avante) esteve no município de Serra Talhada, na ocasião das comemorações dos 172 anos de emancipação política da cidade. O deputado, participou da tenda de concentração do grupo de apoio do Avante, organizado pelo líder do partido em Serra, João Duque Filho. O parlamentar foi convidado a compor o palanque da prefeitura para assistir ao desfile cívico tradicional da Cidade e depois se colocou a disposição dos vereadores da base e da imprensa local.

Nas entrevistas, o deputado discorreu sobre vários temas, entre eles, os números das pesquisas de opinião divulgadas nas últimas semanas que apontam uma queda vertiginosa na aprovação da gestão Márcia Conrado (PT).

“Olha, eu acho que a prefeita [Márcia Conrado] está tentando trabalhar, mas também tem muita mídia positiva a favor dela. Eu acho que a oposição também tá firme em seus posicionamentos aqui em Serra Talhada, temos bons nomes para sugerir aqui para Serra Talhada. Temos grandes nomes para sugerir à população. Um grande nome é o do ex-prefeito Luciano Duque que tem se colocado à disposição como um pré-candidato. Acho que pode ser um bom candidato Luciano Duque como uma grande opção à prefeita Márcia Conrado”, disse o deputado federal

Ainda durante a entrevista, o deputado do AVANTE falou sobre os projetos da legenda para 2024 e a possibilidade do apoio do seu grupo a candidatura do deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) a prefeito nas próximas eleições.

“Luciano já foi nosso aliado. Apoiamos ele pra vice-prefeito de Carlos (Evandro). Tenho uma relação muito boa com ele. Falo com ele toda semana. A gente tem uma congruência de ideias muito positiva. O interesse é o desenvolvimento e o melhor para Serra Talhada. A gente está conversando bastante sobre o tema, nada concreto ainda. O que eu posso dizer a vocês é que o AVANTE vai ter chapa aqui em Serra Talhada, vai ter candidato. O AVANTE tem fundo eleitoral, partidário, disposição para investir em Serra Talhada. Vamos vir com um AVANTE forte e Luciano pode ser o candidato com o apoio do AVANTE”, assegurou.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), sofreu duras críticas desferidas pelo prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB). Em entrevista à emissora de rádio do ex-deputado Gonzaga Patriota, e demonstrando muito nervosismo e irritação, Ferreira afirmou que, até o momento, a tucana “não disse a que veio” e que “está deixando o governo de Pernambuco desorganizado”. As informações são do colunista Carlos Britto.

O chefe do Executivo Municipal ainda chamou Raquel de “perseguidora”. “Sertânia, nestes quatro meses de governo de Raquel, só perdeu. Não sabia que ela era tão perseguidora. É uma sanha de perseguição. Eles esculhambaram o Estado. Até agora, com quatro meses de governo, não disse a que veio. Não tem contribuído para nada em Pernambuco”, esbravejou Ângelo.