Nova Superintendente do Trabalho tomará posse na segunda

A socióloga Suzineide Rodrigues tomará posse, na próxima segunda-feira, como Superintendente Regional do Trabalho. A cerimônia, aberta ao público, será realizada às 10h, na sede da Superintendência, no Recife.

Nomeada pelo Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a nova Superintendente Regional do Trabalho em Pernambuco reafirma que buscará o diálogo e a mediação entre trabalhadores e empresários.

Mestra em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco, foi vencedora do Prêmio Ford, da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). Suzi Rodrigues construiu sua trajetória em defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, dos direitos humanos e do combate à desigualdade de gênero e do assédio moral.

Com mais de 30 anos de atuação no movimento sindical, ganhou notoriedade política no Sindicato dos Bancários, onde ocupou os cargos de Secretária da Mulher, de Formação, Geral e de Finanças e, por dois mandatos, esteve presidenta da entidade. No campo social, integra a Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e o Coletivo de Combate ao Racismo da CUT.

Com o objetivo de levar diversos serviços à população, o programa Cabo Mais Cidadania foi realizado, ontem, no bairro de Rosário. Essa é a segunda localidade contemplada com a ação.

Na ocasião, os moradores realizaram o agendamento de RG, a inclusão e atualização do CadÚnico, tiveram atendimento jurídico, realizaram cortes de cabelo, participaram de recreação infantil além de aferição de pressão arterial, da atualização da caderneta vacinal, da vacinação contra Covid-19, dentre outras atividades. “Nossa maior preocupação é com o povo, por isso estamos chegando a todas as comunidades do nosso município”, enfatizou o gestor municipal”, afirmou o prefeito Keko do Armazém.

 * Por Ermes Costa

Aos que defendem a privatização da COMPESA, certamente falta o devido conhecimento sobre o papel da companhia. É deprimente constatar o quanto os defensores desta ideia estapafúrdia fazem uso de uma argumentação rasa, dando notórias demonstrações de subserviência ao setor privado. Tampouco sabem das consequências do Marco Legal do Saneamento, aprovado na Câmara dos Deputados em 2020.

O Marco Legal não oferece a desejada universalização do setor de saneamento, pelo contrário, atende ao interesse entreguista de privatizar o patrimônio público, especificamente as companhias estaduais de saneamento, e gera inúmeras dificuldades ao setor. Além disso, se não fossem os dois decretos 11.466 e 11.467 publicados pelo governo federal, em 5 de abril último, todo o setor de água e esgotamento sanitário do país teria entrado em colapso. 

O Novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14026/2020), que é tão aclamado pela direita, é extremamente danoso para a população de áreas periféricas, rurais e municípios menores e longes das fontes de água. Essa Lei gerou a nova definição da titularidade dos serviços públicos de saneamento básico, que afeta a organização e a autonomia dos Municípios e do Distrito Federal; o impedimento dos entes federados exercerem o seu direito constitucional de implementar a cooperação interfederativa e a gestão associada de serviços públicos, com a vedação da celebração dos Contratos de Programas; a obrigatoriedade de estabelecer a regionalização sem obedecer aos instrumentos previstos nos Artigos 25, § 3º e 241 da Constituição Federal; e o condicionamento de acesso aos recursos à implantação de “novo” modelo totalmente inconstitucional. Inclusive com a obrigatoriedade de alienação dos ativos das empresas públicas (privatização) e a realização de concessões e PPPs, que são prerrogativas dos entes e que não podem ser impostas a estes.

Nesse contexto, o presidente Lula acertadamente publica dois novos decretos que buscam corrigir diversos pontos que provocavam insegurança jurídica no setor de saneamento. Esses decretos buscam, entre outras questões, resgatar o objeto do artigo 16 da Lei 14.026 de 2020, que foi vetado. O texto do artigo previa que os contratos de programas vigentes e as situações de prestação dos serviços públicos de saneamento básico por empresa pública ou sociedade de economia mista poderiam ser reconhecidos como contratos de programa e formalizados ou renovados até 31 de março de 2022.

Durante a análise do Projeto de Lei que gerou o novo marco do saneamento, o artigo 16 foi construído a partir de acordo firmado pelos Governadores, parlamentares da Câmara e Senado e o Governo Bolsonaro, porém, após a aprovação no Congresso, Bolsonaro o vetou e prejudicou diretamente as Companhias Estaduais de Saneamento, no gesto de subserviência ao setor privado e quebrando o acordo político firmado. 

Entre outras diversas melhorias existentes nesses dois Decretos Presidenciais, destaca-se a prorrogação até 31 de dezembro de 2025 do prazo de regionalização dos serviços e permissão da manutenção de contratos com estatais sem licitação em microrregiões. Assim, corrigindo o erro do veto de Bolsonaro ao artigo 16 do novo marco do saneamento. Esses dois decretos permitiram que 29,8 milhões de pessoas, de 1.113 municípios, voltem a ter acesso a recursos públicos federais e possam reapresentar os estudos necessários para a garantia da universalização da prestação de serviços de água e esgotamento sanitário. 

Mesmo com esses importantes avanços e sem qualquer diálogo ou pedido de esclarecimentos acerca dos temas dos novos decretos, fomos surpreendidos por dois Projetos de Decretos Legislativos (PDL) nº 111/2023 e 112/2023 apresentados na Câmara, no último dia 10, objetivando a derrubada das ações do Presidente. Entendemos que essas medidas podem provocar uma paralisação na prestação de serviços de água e esgoto em 2.098 municípios, atingindo diretamente 65,8 milhões de brasileiras e brasileiros, segundo dados do próprio Governo Federal.

Acrescentando a esses PDL apresentados na Câmara, assistimos às desfiliações da SABESP, COPASA e CORSAN da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e suas filiações na associação do setor privado. É de se lamentar que falte a alguns agentes públicos a compreensão do tema. Esse movimento de desfiliação nada mais é do que um papelão dos seus governadores, que são bolsonaristas ferrenhos, como Tarcísio de Freitas, por São Paulo, e Romeu Zema, por Minas Gerais.

Além disso, a posição do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, filiado ao PSDB, mesmo partido da governadora de Pernambuco, nos deixa apreensivos acerca da real intenção sobre do governo de estado com a COMPESA. Esses três estados possuem representantes máximos do entreguismo da direita e essas iniciativas de desfiliações buscam, somente, atender aos interesses do setor privado. São esses exemplos negativos que estimulam políticos de direita de Pernambuco a defenderem a privatização da COMPESA.

Sobre a COMPESA, os privatistas precisam saber que, somente em 2022, a Companhia Pernambucana de Saneamento investiu R$ 1,02 bilhão em ações de implantação, expansão e melhoria da infraestrutura dos sistemas de água e de esgoto, além de ações de fortalecimento institucional, um crescimento de 15% em comparação ao ano anterior, segundo o relatório integrado de administração e sustentabilidade da companhia de 2023.

Caso a gestão caia nas mãos do setor privado, a companhia entrará em uma nova rota de priorização, que é habitualmente a busca por lucro pelos seus donos privados e nessa lógica de mercado, deverá priorizar as localidades que exigem menores investimentos e permitam uma operação mais lucrativa. No mercado sem concorrência, monopolizado e de fornecimento de serviço essencial para a sobrevivência humana, é provável que o controle social sobre a prestação desses serviços deixará de existir, como ocorre no setor de energia elétrica e telecomunicações, sendo a população obrigada a pagar contas altíssimas, a exemplo do que acontece com a CELPE, que aumentou em cerca de 47% a mais a sua tarifa em relação à COMPESA, em análise feita entre os anos de 2010 e 2020.

É muito pouco provável que quem defende a COMPESA privada saiba do estudo das Nações Unidas que aponta 180 casos de reestatização do fornecimento de água e esgotamento sanitário em 35 países, em cidades como Paris (França), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Budapeste (Hungria), La Paz (Bolívia) e Maputo (Moçambique), entre 1999 e 2014. Desse total, houve 136 casos em países de alta renda e 44 casos em países de baixa e média renda. Aqui no Brasil, Tocantins e Manaus são exemplos de gestão privada que fracassaram. Esses locais possuem os maiores valores de tarifas e os piores indicadores de cobertura de serviços de água e esgoto no Brasil, segundo relatório do Governo Federal emitido em 2020.

Após a publicação dos dois decretos 11.466 e 11.467, surge um novo momento no setor de saneamento no Brasil. É hora de avançar sem picuinhas ou subserviência ao setor privado. É hora de avançar na defesa da universalização do acesso à água e esgotamento sanitário, da redução do nível de rodízio e da melhoria na qualidade da água. É hora de avançar na busca de soluções de engenharia para a execução de obras estruturadoras que permitam a garantia da dignidade humana, especialmente das pessoas que mais precisam. É hora de avançar na defesa da COMPESA pública e eficiente, como instrumento de transformação social.

 * Engenheiro de carreira da COMPESA desde 2008, onde atuou, dentre outras funções, como Diretor de Desenvolvimento e Sustentabilidade. É também professor da UPE e atualmente ocupa o cargo de secretário de Habitação do Recife.

O secretário de governo do município de Toritama, Serginho Collin, saiu em defesa do prefeito Edilson Tavares, após as falas do deputado federal Mendonça Filho no plenário da câmara dos deputados contra o prefeito, acusando-o de cometer “Assédios constantes contra o vice-prefeito Romero Leal Filho.”

Em entrevista na Rádio Toritama FM, ontem, Serginho rebateu as falas do deputado. “O deputado federal Mendonça usou o tempo dele, ali são 513 deputados, a pessoa nunca fala e quando vai falar é pra denegrir a imagem do prefeito Edilson, isso é um absurdo e a cidade de Toritama não permite e não vai aceitar uma pessoa que toda vida foi votado na cidade de Toritama, que veio aqui enquanto ministro de estado, prometeu uma escola de 12 milhões de reais e até hoje não saiu do papel.”

E continuou…

“Eu estou aqui e sei da história do tempo que esse deputado foi votado aqui na cidade de Toritama e não mostrou ainda pra que veio, a verdade é essa. Então aqui eu queria deixar esse registro que eu não ia conseguir ficar sem falar nisso porque isso é uma coisa que é muito pequena na política.

Menos de três anos após o Marco Legal do Saneamento entrar em vigor, o Congresso já se movimenta para reabrir a discussão sobre a lei, o que tem gerado apreensão no mercado, que teme aumento da judicialização e o fortalecimento das estatais.

Com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um grupo de parlamentares quer colocar um projeto de lei em pauta. Eles alegam que um novo texto poderá atualizar conceitos que já estão defasados e evitar instabilidades como as geradas pelos decretos assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. As informações são do Estadão.

Os atos alteraram a regulamentação do setor e deram espaço para a manutenção dos contratos fechados sem licitação. Parlamentares já apresentaram projetos para derrubá-los em parte ou integralmente e entraram com ações no Supremo Tribunal Federal (STF).

Antes da edição dos decretos, 1.113 municípios tiveram os contratos considerados irregulares com as companhias de água e esgoto após análise da capacidade de cumprir os objetivos do novo marco: universalizar os serviços de água e esgoto até 2033, com fornecimento de água para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90%. Juntos, esses municípios têm uma população de 29,8 milhões.

Atualmente, 100 milhões de pessoas não têm rede de esgoto. Também falta água potável para 35 milhões, segundo ranking divulgado neste ano pelo Instituto Trata Brasil, com base nos indicadores de 2021 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

Mas não é apenas a insatisfação sobre os decretos que alimenta o movimento. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, um forte catalisador é o aborrecimento de Lira com a situação em municípios de seu reduto político em Alagoas. O Estado é governado por Paulo Dantas, sucessor de Renan Filho (MDB), que é ministro dos Transportes de Lula. O clã político da família Calheiros rivaliza com o de Lira.

O incômodo levou o deputado a defender a revisão da lei publicamente em 15 de março, antes da publicação da nova regulamentação pelo governo. “A vontade do Parlamento é sempre fazer lei que atenda a todos. Partindo da minha Casa queria tentar ajustar essa lei”, disse em evento das companhias privadas de saneamento, contrárias a mudanças no marco legal.

Um dos principais problemas para Lira, segundo interlocutores, está na tentativa de viabilizar o leilão de saneamento do Corseal, consórcio criado em janeiro de 2022 com 28 municípios alagoanos, entre eles Arapiraca. Eles não entraram nos blocos de regionalização de água e esgoto formatados pelo governo do Estado. Muitos optaram por ficar de fora por questões políticas, já que as unidades regionais, e seus respectivos leilões de saneamento, foram organizados pela gestão de Renan Filho.

Mas há obstáculos para destravar a licitação desse novo bloco, que é independente. As regras atuais só reconhecem consórcios de municípios como formas de regionalização quando o governo estadual não tomou a iniciativa de montar blocos de saneamento, o que não é o caso de Alagoas. Há ainda dúvidas jurídicas por Arapiraca integrar uma região metropolitana.

“A gente promoveu os principais leilões nas mãos dos governos estaduais, e isso causou problemas em regiões de consórcios, metropolitanas e de outras áreas. Precisa ajustar”, disse Lira em entrevista à GloboNews, indicando que pretende mexer na lei para superar o entrave em seu Estado. O imbróglio, que mexe com prefeitos aliados, tem repercussões políticas para o presidente da Câmara.

Além disso, cidades como Arapiraca também precisariam da produção de água da Casal, estatal de saneamento de Alagoas. Em outra ponta, os prefeitos terão de encerrar o atual contrato com a empresa pública, além da PPP entre a Casal e a Iguá que serve Arapiraca e outras nove cidades. Isso irá gerar uma indenização a ser paga pelos municípios.

O ponto preocupa o mercado. Há receio de que a rediscussão da lei sirva para parlamentares mudarem o sistema de indenização das estatais quando há nova licitação. A avaliação é que, se ficarem sem receber após terem seus contratos rompidos, as empresas públicas irão judicializar e, na prática, paralisar os leilões de saneamento.

Deputados ligados ao setor que defendem a rediscussão da lei, dizem, contudo, que não há espaço para mudar as regras de indenização. A questão afeta não só o saneamento como todo o setor de infraestrutura.

Regras podem entrar em novo projeto

Além de ajustes no marco legal que mobilizam Lira, outras modificações já estão no radar de parlamentares ligados ao segmento. Apesar de o mercado temer que o movimento possa abrir uma “caixa de pandora” nociva à universalização, a avaliação de uma ala do Congresso é que, apesar de ser robusto e ter pilares inegociáveis, como a exigência de licitação, o marco precisa ser “atualizado” após dificuldades percebidas nos últimos três anos.

Outra justificativa é a necessidade de fortalecer regras que foram alvo de afrouxamento na regulamentação federal. É o caso da norma de comprovação de capacidade econômico-financeira das empresas. A lei definiu que as estatais teriam de comprovar até março de 2022 que têm estofo para fazer os investimentos necessários à entrega dos serviços de água e esgoto canalizado para toda a população até 2033. Nesse processo, cerca de mil municípios atendidos por estatais ficaram de fora, seja por não terem contratos formais, por estarem com contratos vencidos, ou pelo fato de a empresa pública não conseguir comprovar capacidade para investir nessas cidades.

Os decretos do presidente Lula deram uma segunda chance a essas operações das estatais, e prorrogaram o prazo de regularização até 31 de dezembro de 2025, a apenas oito anos da data final para a universalização. Além disso, flexibilizaram critérios para a comprovação da capacidade econômico-financeira. Há, portanto, parlamentares que defendem a cristalização de parâmetros mais duros na própria lei.

Na visão do mercado, contudo, há um grave problema em reabrir a lei menos de três anos após sua aprovação. O setor ainda está consolidando as regras e observa resultados.

De acordo com a Abcon, que congrega os operadores privados, já foram R$ 89 bilhões em investimentos contratados pelas empresas nos últimos três anos. A análise é que, apesar da boa intenção de parte do Congresso, uma nova discussão legal abre espaço para retrocessos entrarem no novo texto, como a prorrogação ainda maior de prazos de universalização e outros temas mais específicos, como o caso da indenização.

Além disso, não há garantia de que o tema seria resolvido de forma rápida no Congresso, o que deixaria investimentos em compasso de espera por novas definições.

Uma avaliação feita por especialistas contrários a alterações na lei é que, se o debate for inevitável, que ao menos fique nas mãos de parlamentares próximos do setor. Um dos cotados para a relatoria da pauta na Câmara é o deputado Fernando Marangoni (União-SP), que preside a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Básico. Ele tem interlocução com o segmento privado e público e foi recentemente escolhido como relator da MP do Minha Casa, Minha Vida. Marangoni é próximo do ex-deputado Geninho Zuliani, que relatou o Marco Legal do Saneamento na Câmara.

O deputado também é um dos autores de projetos para derrubar parte dos decretos editados pelo governo na semana passada. Em um deles, sustenta, por exemplo, que as normas que alteraram os processos de comprovação de capacidade das empresas não têm fundamento na lei e afrontam o marco legal. “Pela lei, contrato irregular sequer será submetido à comprovação de capacidade econômico-financeira”, apontou.

Correligionário de Lira, o deputado Fernando Monteiro (PP-PE) também protocolou um decreto legislativo para suspender por completo as medidas de Lula que alteraram o marco. Nele, o parlamentar argumentou que as medidas editadas violam “frontalmente” os princípios e o regramento estipulado pelo Congresso ao legislar sobre o assunto. Nesta semana, Lira apontou que o Congresso estaria disposto a debater ajustes nos decretos junto ao governo, para evitar a votação dos projetos que suspendem os atos de Lula.

Ao Estadão/Broadcast, Fernando Monteiro também se mostrou favorável a ajustar a lei do saneamento, assim como Lira. “Acho bom aprimorar o texto. Por exemplo, tem que colocar o saneamento rural. Tem outras questões, como organizar os pequenos municípios”, afirmou.

Venho em meu nome e da @valeplay.oficial agradecer a você, Magno Martins, por ser nossa inspiração. Foram a sua coragem, seriedade e determinação que abriram as portas para muitos de nós. Aprendi muito com você e nesse momento, poder te parabenizar, é uma honra. Pois, continuas sendo o primeiro no pódio do jornalismo. Que Deus continue te abençoando e te livrando da inveja, dos perseguidores e, principalmente, daqueles que usam do poder para calar a boca de muitos. Siga firme, a verdadeira imprensa, o jornalismo sério sem lacração estará sempre ao seu lado professor MAGNO MARTINS.

Ricardo Resende – VALE PLAY (TV web) V1 NOTÍCIAS.

Neste 15 de abril, há 17 anos, plantei a semente deste blog. Olhei em volta de mim e nos quatro cantos do mundo, mas não encontrei uma só alma viva pensante que apostasse na sua germinação. Só eu. Cegamente. Estava certo. Ano que vem é o ano da sua maioridade – 18 aninhos.

Maioridade é para receber e comemorar de braços abertos. É o aperfeiçoamento do girassol. Num mundo em que muitos só pensam em rosas, hoje é o girassol quem brilha e faz a diferença. Cheio de charme, cor e alegria.

O blog é imponente como o girassol. Chega aos 17 anos como uma bela lição da mutação do jornalismo, que anda tão veloz que nos assusta, dá um friozinho na barriga. Mas o que vale é que a experiência me ensinou muito sobre resiliência.

Os desafios – já enfrentei e continuo a enfrentar tantos, sendo capaz de matar um leão a cada dia – têm que ser encarados como um girassol, que na escuridão se curva, porém logo se levanta, quando vê a luz da esperança chegar.

Forte como um girassol é aprender a ter luz própria, não viver atrás da luminosidade alheia. Aprendi, diante de tantos percalços até chegar aqui, inclusive um afastamento da minha rotina diária na escrita por um ano, abatido por uma forte depressão, que o sol nunca vai embora para quem tem alma de girassol.

Sai da depressão como uma borboleta. Quando as borboletas aparecem, até mesmo o imponente girassol se curva diante de tamanha magia. Sai do lugar comum, de que nem tudo na vida são flores, porque quando vi na frente uma flor a enxerguei como um girassol.

Num texto belíssimo postado em seu O Poder, José Nivaldo Júnior disse que meu blog tem cada vez mais o PH de Pharmácia. E escreveu: “E assim, 17 anos se passaram. Nesse período, quanta coisa aconteceu. Quantas mudanças no quadro político. Tantos percorreram o caminho do céu ao inferno e do inferno de volta ao céu. E vice-versa”.

E completou: “Muitos tiveram seus momentos de glórias e sumiram. Outros tantos esperam o julgamento da História. Esqueletos saíram do armário. Propostas que pareciam mortas e definitivamente enterradas, ressuscitaram para assombrar os justos.

Quantas inovações ocorreram na tecnologia, na comunicação. Impressionante. Uma coisa, entretanto, não mudou. O Blog do Magno continua pioneiro, liderando as transformações. Se reinventando com naturalidade no ritmo do presente. Registrando os fatos com agilidade. A história de hoje, hoje”.

Obrigado, José Nivaldo! Vou seguir na caminhada como o girassol, que não se preocupa com seu desabrochar, porque segue sempre em direção da luz.

Aos leitores e minha equipe, meus agradecimentos, com a seguinte lição: nessa tempestade chamada vida, precisamos ser resilientes e procurar a luz do sol, como os girassóis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou, neste sábado (15), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, por volta das 7h15 (de Brasília), após deixar a China.

A partir das 10h15 está prevista uma cerimônia oficial de recepção. Às 11h05, Lula participa de uma reunião com o presidente dos Emirados Árabes Unidos e emir de Abu Dhabi, xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan. As informações são da CNN Brasil.

A partir das 11h45, participa de um iftar — refeição noturna durante o Ramadan –, que é oferecida pelo presidente dos Emirados Árabes Unidos. Às 13h45, o chefe do Executivo brasileiro promove uma entrevista coletiva.

Acordos que devem ser celebrados

No encontro, Lula e Mohammed bin Zayed Al Nahyan devem tratar de acordos comerciais, investimentos bilaterais e do meio ambiente.

No ano passado, o comércio bilateral movimentou US$ 5,7 bilhões, uma alta de 74% na comparação ao volume de 2021. Os produtos agropecuários brasileiros respondem por quase 60% das exportações aos Emirados Árabes Unidos.

As carnes bovina e de frango estão entre os itens mais vendidos para o país. O Brasil é o maior exportador no mundo de frango halal, produzido com base nos preceitos e tradições do islamismo.

Os Emirados Árabes Unidos são os maiores investidores do Oriente Médio no mercado brasileiro, com cerca de US$ 10 bilhões.

Também estará em pauta o meio ambiente. A nação sediará a 28ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28) em dezembro deste ano.

Há investimento por parte do país em energias renováveis e no fim das emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, o que vai de encontro com o governo brasileiro.

Lula na China

Em um encontro em Pequim, na sexta-feira (14), Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, assinaram 15 acordos que envolvem os governos dos dois países.

Além disso, também foram assinados outros 20 acordos comerciais entre empresas e entes públicos do Brasil e da China. Parte dos acordos já havia sido antecipada pelo analista da CNN Caio Junqueira.

Entre as medidas entre os governos está um memorando de entendimento do Ministério da Fazenda com o Ministério das Finanças da China para a promoção de cooperação e colaboração de projetos de interesse mútuo, como parcerias público-privadas (PPPs), infraestrutura e captação de recursos.

Na área das comunicações, há o entendimento entre o ministério brasileiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China para políticas de intercâmbio, ajuda entre instituições de pesquisa e contribuição para indústria de tecnologia da informação e comunicação.

Há também o plano de Cooperação Espacial 2023-2032, que determina as atividades bilaterais entre a Administração Espacial Nacional da China e a Agência Espacial Brasileira no período de 10 anos.

Foi decidido também o estabelecimento de termos para a reinstituição do grupo de trabalho de facilitação de comércio da subcomissão econômico-comercial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).

O governo encaminhou ao Congresso, na noite desta 6ª feira (14.abr.2023), o LDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias). O texto propõe salário mínimo de R$ 1.389 para 2024.

O valor atual é de R$ 1.302, mas deve passar a ser de R$ 1.320 a partir de maio de 2023. O novo reajuste no próximo ano só considera a correção do valor previsto para dezembro de 2023 pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 5,16%. As informações são do Poder360.

“Eventuais novas regras de reajuste, que prevejam aumentos reais para o salário mínimo, serão oportunamente incorporadas ao cenário fiscal quando da elaboração da lei orçamentária anual”, afirma o Ministério do Planejamento.

Para 2025 e 2026, os valores projetados são de R$ 1.435 e R$ 1.481, respectivamente.

RESULTADO PRIMÁRIO

O governo estima que não haja déficit primário em 2024. Condiciona, no entanto, à aprovação do novo marco fiscal. O saldo primário é o resultado de todas as receitas e despesas do governo, excluindo gastos com pagamento de juros. 

“Estima-se, por ora, que as despesas condicionadas à aprovação do novo arcabouço totalizarão R$ 172 bilhões em 2024. Essa autorização viabilizará a recomposição e a execução das políticas públicas prioritárias para o país, o funcionamento da máquina e o investimento da União”, afirma. 

“Nesse cenário, o resultado primário em 2024 é neutro (0% do PIB), com receita líquida de transferências e despesas primárias (incluindo os R$ 172 bilhões condicionados ao arcabouço) estimadas em R$ 2,149 trilhões”, acrescenta.

A maior crise do PSB

Em que pese a derrota que sofreu nas últimas eleições para governador, o PSB ainda é a maior legenda organizada em Pernambuco. Em recente entrevista à Rádio Folha, o presidente do diretório estadual, Sileno Guedes, reforçou essa realidade destacando a capilaridade do Partido: maior plantel de prefeitos, maior número de vereadores, inclusive no Recife, maior bancada na Assembleia Legislativa, além da maior bancada na Câmara Federal”.

E concluiu dizendo que o Recife é o maior desafio para as eleições de 2024. Por trás das suas palavras, existe, na verdade, um sentimento e uma preocupação que ele não revelou: há um embate silencioso entre as bases do partido desde os períodos pré, durante e pós campanha das eleições do ano passado, com desdobramentos na rearrumação de forças partidárias nos cenários municipais do próximo ano, calendário eleitoral para prefeitos e vereadores, e para o destino dos socialistas.

Para onde caminhará o PSB? No modelo de Sileno Guedes, porta-voz dos conservadores do partido, o que vale é a matemática. Os números frios e a compreensão meramente calculista. Ele verbaliza a escola do pragmatismo que se instalou no partido após as mortes de Miguel Arraes e de Eduardo Campos, e que se consolidou internamente com a ascensão dos tecnocratas sem nenhum vínculo de luta política, a partir do comando do ex-prefeito Geraldo Júlio.

Mas, para os que descendem dos legados de Arraes e de Eduardo, que construíram ao lado desses o projeto político de um partido de esquerda, fincados, minimamente, em bases sólidas, com militantes e dirigentes ideologicamente identificados com a luta popular e democrática dos anos 80, a visão é outra. Ela parte do pressuposto, como defendiam Arraes e Eduardo, de que a política partidária deve ter como alicerce critérios de formação, de unidade e de identidade com compromissos históricos daqueles tempos de combate à ditadura.

Guinada à direita – Entre as duas correntes do PSB, a conservadora, de um lado, e a progressista, do outro, está cada dia mais evidente de que a primeira já domina o ambiente de organização e estrutura política do partido em Pernambuco. Os chamados “históricos”, ora se afastaram voluntariamente, ora estão paulatinamente sendo substituídos na hierarquia política da legenda, revelando sinais de que há um movimento claro, proposital, direcionado para mudar a face do PSB local. Uma flexibilização mais para o pensamento de centro. Ou, uma guinada mais à direita mesmo, segundo alguns socialistas já manifestam essa interpretação.

Danilo, o mais sacrificado – Os dirigentes do Partido nada fizeram para contemplar dois dos seus principais quadros políticos, herdeiros da geração Eduardo Campos: Danilo Cabral, sacrificado internamente como candidato a governador, e o ex-governador Paulo Câmara, que deixou a legenda face ao boicote que sofreu dos seus próprios aliados para sua indicação à Presidência do Banco do Nordeste pelo presidente Lula.

Viés fisiológico – Na Câmara de Vereadores do Recife, por exemplo, todo o conjunto da bancada do PSB, majoritária, tem orientação fisiológica. Na Assembleia Legislativa, idem. Só escapou na última eleição o deputado estadual Waldemar Borges. E nenhum deputado federal progressista foi eleito pelo partido no último pleito.

Reeleição de João – Ao anunciar que o pleito do Recife, em 2024, será o principal desafio da legenda, Sileno Guedes deixou claro que a força atual do partido está sob ameaça, e já existem manifestações, por enquanto não públicas, de deserção na legenda de quadros consagrados. Pelo que disse o dirigente partidário, só há uma chance de evitar a crônica de uma crise anunciada e de implosão dentro do PSB em Pernambuco: reeleger o prefeito João Campos.

Ainda o caso Celso Daniel – Em São Paulo, a próxima vaga de desembargador destinada ao Ministério Público, via quinto constitucional, poderá ter uma baita surpresa. Entre os nomes na lista sêxtupla que o Conselho Superior do MP-SP enviou ao governador Tarcísio de Freitas está Márcia Lourenço Monassi, a mais votada. Trata-se da promotora que atuou no caso Celso Daniel, até hoje não esclarecido. Em janeiro de 2002, último ano de seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Santo André, o então prefeito Celso Daniel (PT) foi sequestrado, torturado e assassinado. Celso tinha sido escolhido para coordenar a campanha de Lula ao Palácio do Planalto.

CURTAS

MISTÉRIO – A Polícia Civil de São Paulo concluiu que Celso Daniel foi vítima de crime comum, mas os fatos insistiam em comprometer essa versão. A investigação sempre esbarrava em evidências de corrupção. Sete pessoas ligadas ao crime morreram em circunstâncias misteriosas.

PT SUSPEITO – O Ministério Público de São Paulo concluiu um procedimento investigatório aberto em 2005, três anos pós o assassinato de Celso Daniel, para “desvendar rumores” de que membros de uma rede criminosa que arrecadava propinas de empresas de transporte urbano tinham grande ligação com a direção nacional do PT.

Perguntar não ofende: Como reverter a tendência do PSB em se abraçar, definitivamente, com a direita em PE?