O deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos-PE), um dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), assinou requerimento para uma homenagem à Folha de Pernambuco pelos 25 anos do jornal, a serem comemorados no dia 3 de abril. A solenidade está marcada para o dia 14 de junho, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Na justificativa do documento, o parlamentar afirmou, entre outras coisas, que a Folha de Pernambuco há mais de duas décadas leva aos seus leitores notícias as mais relevantes, “defendendo causas e bandeiras em favor do Estado e do bravo povo pernambucano”. As informações são do Blog da Folha.
Disse, ainda, que a Folha de Pernambuco reinventou a forma de fazer jornalismo, ao ser um jornal isento, apartidário, sem paixões ou direcionamentos de qualquer natureza. “Na verdade, a Folha tem uma única paixão, a quem mantém uma fidelidade sem limites: o seu público leitor”, pontuou.
O requerimento também faz o seguinte registro: “O jornal é parte integrante do Grupo EQM, liderado pelo empresário Eduardo de Queiroz Monteiro. Além dele, a Editora Folha de Pernambuco, com seu portal folhape.com.br e a Rádio Folha FM 96,7. Eduardo é um grande empreendedor, considerado um dos mais sólidos empresários do Nordeste, com atuação no setor sucroalcooleiro, de energia e de comunicação”.
O deputado também lembrou que em setembro de 1999, com apenas um ano e cinco meses de existência, a Folha já ocupava a primeira colocação no Nordeste em venda avulsa na média dos dias úteis, segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC).
Também lembrou prêmios que o jornal conquistou ao longo desses 25 anos, como o Top de Marketing, da ADBV; e o Colunistas Norte/Nordeste, este último na categoria Veículo do Ano.
Augusto Coutinho recordou o pioneirismo do jornal em várias áreas, como, por exemplo, o formato. “Lançou, de forma pioneira, o formado berliner, mais compacto e que torna a experiência de leitura prática, moderna e alinhada às tendências mundiais”, disse.
Acrescentou que a Folha, com isso, confirma, mais uma vez, “sua vocação de ser um jornal sempre atento às transformações, consolidando-se na vanguarda da comunicação”.
O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, acaba de declarar encerrada a instrução da principal ação que corre contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A ação investiga a reunião que Bolsonaro teve com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada no dia 18 de julho, quando atacou as urnas eletrônicas e criticou ministros do STF. O ex-presidente é acusado de prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. As informações são da colunista Thaís Oyama, do portal UOL.
No despacho de hoje, o ministro Gonçalves estabelece o prazo de dois dias para que as partes — a defesa de Bolsonaro e o impetrante da ação, o PDT — apresentem suas alegações finais. Bolsonaro é defendido pelo advogado Tarcísio Vieira de Carvalho Neto. Já o advogado que representa o PDT é Walber de Moura Agra.
Depois da apresentação das alegações finais pelas partes, o Ministério Público terá outros dois dias para apresentar suas considerações. Feito isso, o ministro Gonçalves pode preparar seu voto para ser submetido ao plenário.
Isso significa que, em tese, o julgamento capaz de tornar Bolsonaro inelegível pode ocorrer na segunda semana de abril, logo depois do feriado da Semana Santa.
Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
O presidente Lula não completou sequer cem dias do seu terceiro governo, mas em Brasília não se discute ou se formulam estratégias para as próximas eleições, as municipais, no ano que vem. Por incrível que pareça, o que está na cabeça dos aliados do petista é a sucessão dele, em 2026.
Entre os nomes que se especulam, no caso de Lula não recuar com o propósito de não disputar a reeleição, é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no universo exclusivo do PT. Dizem, aliás, que quando optou por Haddad como czar da economia do seu Governo, Lula deflagrou, de forma implícita, o processo da sua sucessão.
Além de Haddad, no âmbito do PT, as paredes do Palácio têm ouvidos e voz. Falam nos nomes dos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e de Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Também o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, que toca o Bolsa-Família, e o ministro da Educação, o cearense Camilo Santana.
Fora da circunferência do PT surgiu uma novidade. Empolgados com o desempenho do ministro da Justiça, Flávio Dino, no depoimento prestado na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, gestores municipais do Maranhão, que vieram a Brasília participar da Marcha dos Prefeitos, lançaram a candidatura de Dino ao Planalto, mesmo faltando quatro anos para as eleições.
“Você deu aqui uma aula de sensatez, de sabedoria. Tem que respeitar o Maranhão e essa mente brilhante que você tem, que nos orgulha e que, brevemente, será o presidente dessa República para que a gente possa ter um País ainda melhor”, disse o prefeito de São Mateus (MA), Ivo Rezende, presidente da Federação dos Municípios do Maranhão.
Todos aplaudiram, inclusive Dino, sentado ao lado do prefeito na mesa principal, já após a fala dele em outra comissão. O ministro, em discurso, contou que recebeu um a um dos prefeitos ali presentes e que suas demandas serão atendidas. Até anunciou nomes de assessores que, no Estado, colhem essas reivindicações das Prefeituras. Disse que o mesmo tratamento é dispensado a prefeitos de outros estados.
No final, formou-se uma fila de políticos maranhenses diante do ministro, para fotos e pedidos de gravação de vídeos, em mensagens de garantia de atendimento às demandas das cidades.
Alternativa Alckmin
Ainda racionando com a hipótese de Lula não topar encarar a reeleição, o nome natural que desponta dentro da aliança governista é o do vice-presidente Geraldo Alckmin, que acumula a pasta da Indústria e Comércio. Governador de São Paulo por quatro mandatos, Alckmin, na verdade, está no radar do seu partido, o PSB.
Discreto, Alckmin não sinaliza, entretanto, que esteja picado pela mosca azul. Na Marcha dos Prefeitos, na última terça-feira, fez uma palestra bem comedida, provavelmente para não ser alvo do fogo amigo do PT, especialmente dos que vivem mais na sombra de Lula, tentando fazer a sua cabeça para não desistir da reeleição.
Samantha Schmutz, e outros artistas usaram as redes sociais para protestar contra o cargo de Mario Frias (PL-RJ), 51, na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. As informações são do Splash do portal UOL.
O que aconteceu:
Mario Frias foi eleito 3º vice-presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados;
Além de Mario Frias, Felipe Becari (União-SP) foi eleito 1º vice-presidente e Lídice da Mata (PSB-BA), 2ª vice-presidente;
A chapa única, composta por um acordo entre líderes partidários e a liderança da Câmara, recebeu 11 votos favoráveis e quatro votos em branco;
A eleição de Frias foi contestada pelas deputadas Benedita da Silva (PT-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Entre os artistas que se posicionaram contra a eleição de Frias estão as atrizes Samantha Schmutz, Claudia Alencar, Elizabeth Savala e Alexia Dechamps, a cantora Angela Ro Ro e o roteirista Paulo Halm.
“Mario Frias nunca mais! Não podemos aceitar que o Deputado Mario Frias, representante da extrema-direita e inimigo da cultura, seja vice-presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. É um desrespeito, um ataque à classe artística, que foi duramente ameaçada, perseguida e ofendida durante todo o tempo em que esse senhor esteve à frente da então Secretaria Especial da Cultura”, diz a imagem compartilhada por Schmutz.
“Não, ele não! Nunca foi ou representou nossa classe. Pelo contrário, perseguiu artistas. Ele não! A classe artística não o quer!”, escreveu Savala em outra publicação.
Frias foi Secretário Especial da Cultura de junho de 2020 a março de 2022. Seu mandato foi marcado por polêmicas, restrições da Lei Rouanet e ataques a artistas como Paulo Gustavo e Wagner Moura.
O tempo é um barco partindo, levando o que foi vivido. No bate-papo com meu amigo Edinho, no programa Frente a Frente, no qual participa espalhando humor com o personagem Jerimum, contei que meu tio Paulo Cerquinha, que Deus chamou para a morada celestial bem antes do seu irmão Gastão Cerquinha, meu pai, era o rei da banguela em Afogados da Ingazeira, dirigindo sua charmosa Rural azul.
No dicionário automobilístico, banguela é jogar o carro em ponto morto, ou seja, desengatar, desligando a chave do motor para economizar combustível. Meu tio Paulo não podia enxergar nem de longe uma ladeira e já jogava a Rural no ponto morto. Só religava quando já estava quase parando, na tentativa de economizar as últimas gotas de gasolina.
Andei na Rural dele em dois momentos. Na Adolescência, quando papai dava uns trocados para ele nos levar no sítio Gangorra, estrada cheia de ladeiras, fortuna para suas banguelas. E, numa fase mais adiante, já correspondente do Diário de Pernambuco, no Sertão do Pajeú.
Na primeira fase, nem estava aí para as banguelas. Meus irmãos mais entendidos do assunto, como Marcelo, criado encangado comigo, me explicavam que tio Paulo precisava jogar o carro em ponto morto para as viagens ficarem mais em conta. Quanto menos consumo de combustível, mais lucrativas as distâncias percorridas.
Mas na segunda fase, muitas vezes perdi a paciência com meu tio. Jornalista está sempre na luta desigual contra o tempo. Em busca de notícias, eu tinha que voar, muitas vezes. E como voar um carro andando na banguela? Gentilmente, explicava para ele que já estava sendo cobrado pela matéria, porque havia o tempo do fechamento da edição do jornal.
Mas ele não estava nem aí. Além de não passar dos 80 km, não podia avistar uma ladeira. E tome banguelas! Certa vez, fui cobrir uma passeata de protesto contra a seca em Tabira, a 20 km de Afogados da Ingazeira. Naquela época, a estrada não tinha asfalto, cheia de pedregulhos, o que fazia a Rural andar mais lenta ainda. Tio Paulo fez tantas banguelas que quando cheguei por lá a passeata já havia acabado.
Perdi as imagens e ainda passei uma hora atrás de um lambe-lambe que havia na cidade para comprar uma foto dos trabalhadores rurais em grupo pelas ruas, empunhando faixas e bandeiras.
No dia seguinte, quando fui no ponto de táxi levar o dinheiro que o jornal me enviava para pagá-lo, ele abriu um sorriso maroto, socou a grana no bolso e me perguntou: “O jornal deu a notícia?” Eu respondi: tio, só sei mais tarde, quando o jornal chegar.
Nos anos 80, o Diário de Pernambuco era o único jornal disponível em Afogados da Ingazeira. Chegava de ônibus, por volta das 14 horas. O gazeteiro se chamava Amaro, uma figura superengraçada, de memória privilegiada. Tinha na cabeça todas as placas dos carros de Afogados. Além de distribuir o jornal, passava jogo do bicho e ainda fazia rifa. Era conhecido como Amaro Pé de Pato, porque nasceu com os pés achatados.
Quando o DP trazia uma matéria minha, eu orientava ele a sair pelas ruas gritando a manchete para vender mais jornais. Já meu tio Paulo nem sabia ler direito nem tinha discernimento para entender o jogo da política nos protestos contra a seca.
Mas era uma figura fantástica! Baixinho, bigode ralinho, dirigia empunhando um cigarrinho de palha na boca, que só vivia apagando. Adorava apostar no jogo do bicho, apelando para a sorte lhe jogar mais uns trocadinhos no bolso. E nas horas vagas, traçava uma cartinha no baralho.
Sua grande vocação, no entanto, estava longe da Rural azul e das banguelas: foi um exímio alfaiate. Os cortes dos seus ternos em linho branco e cinza eram encomendos pelos nobres, que enchiam os salões dançando valsas em festas de fim de ano no velho coreto de Afogados da Ingazeira.
Embora minha especialidade no jornalismo seja na seara política, gosto de escrever crônicas, em temáticas que me levam ao passado, porque não existe lembrança pura do passado. O passado existe para sempre ser reconstruído.
Entendo que enquanto existir recordações sentimentais, o tempo passado não morrerá jamais. O hoje será sempre uma lembrança do amanhã.
O ex-ministro e ex-candidato ao Senado Gilson Machado, o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa e os deputados federais Coronel Meira e Pastor Eurico, todos filiados ao Partido Liberal, representaram, mais uma vez, a ala bolsonarista de Pernambuco, na última quinta-feira, em Brasília.
O quarteto esteve ao lado do presidente nacional do PL, Waldemar Costa Neto, e do ex-presidente Jair Bolsonaro nos principais momentos do retorno dele ao Brasil. Eles acompanharam Bolsonaro desde o desembarque dele no Aeroporto Internacional de Brasília até a coletiva de imprensa na sede do partido.
Durante o período eleitoral no último ano, enquanto Gilson foi o coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste, Feitosa, Meira e Eurico eram os nomes de Pernambuco com maior representatividade da direita e dos conservadores, no Estado.
Segundo fontes em Brasília, o resultado desta parceria, que resistiu ao afastamento do ex-presidente, que passou três meses nos Estados Unidos após o resultado das eleições, ainda vai render frutos no cenário político que se desenha agora.
O grupo se unirá ao novo projeto de Bolsonaro, a “Frente Pró Brasil”. “Eu não voltei para liderar a oposição, voltei para construir uma Frente Pró-Brasil”, disse o ex-presidente em uma de suas falas na sede do PL nacional, na quinta-feira, em Brasília.
Bolsonaro envolvido no caso das joias – A Polícia Federal (PF) encontrou “indícios concretos” do envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de reaver as joias da Arábia Saudita. O presente, avaliado em R$ 16,5 milhões, foi retido pela alfândega da Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em outubro de 2021, após um membro da comitiva do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque entrar no país sem declarar os itens luxuosos. A defesa de Bolsonaro nega qualquer irregularidade e diz que o ex-presidente nunca “pretendeu locupletar-se ou ter para si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos”.
Pacheco nega a Lira sessão do Congresso – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu, ontem, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que é uma “ordem” cumprir a regra estabelecida pela Constituição sobre a tramitação de medidas provisórias (MPs). Lira enviou um ofício a Pacheco pedindo que o senador se “digne” a levar a discussão ao plenário do Congresso, formado por deputados e senadores. Contudo, o presidente do Senado negou essa possibilidade e classificou como “dispensável” sessão conjunta para debater o tema.
Lula confirma ida à China – O Palácio do Planalto confirmou para 11 de abril a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. A ida de Lula, que deveria ter ocorrido essa semana, foi suspensa depois do diagnóstico de uma pneumonia leve. Por causa disso, o presidente permaneceu em repouso no Palácio da Alvorada, residência oficial, ao longo dos últimos dias. Em uma postagem nas redes sociais, na noite de ontem, Lula se disse “plenamente recuperado” e prometeu retomar a agenda de trabalho no Palácio do Planalto, na próxima semana.
Guerra interna na Rede – O partido Rede Sustentabilidade vive um clima de guerra na sua política interna em Pernambuco. Desde que o deputado Túlio Gadelha ingressou na legenda, esse clima piorou durante o processo eleitoral de 2022, quando o parlamentar ditou a dinâmica de escolha dos candidatos, deixando alguns nomes de fora da disputa. Além da questão da distribuição dos recursos financeiros do fundo eleitoral, que foi tema de muitas críticas, rompimentos e insatisfações de diversos candidatos também aconteceram. Segundo membros do partido, com a vitória eleitoral de Túlio para seu segundo mandato como deputado federal, com mais de 134 mil votos, os problemas sobre a democracia interna do partido só se acentuaram.
Parque da Jaqueira – O vereador do Recife Tadeu Calheiros (PODE) está com uma campanha pública para cobrar a disponibilização de uma equipe de saúde para o posto instalado no Parque da Jaqueira, Zona Norte da capital pernambucana. O parlamentar destaca que o espaço é o segundo maior parque da cidade, onde milhares de pessoas transitam diariamente para a prática de atividades físicas, e a falta desses profissionais – bem como a ausência de um Desfibrilador Externo Automático (DEA) – oferece risco em caso de acidentes e/ou problemas de saúde no local. Calheiros já apresentará requerimentos e um Projeto de Lei na segunda-feira cobrando essas intervenções.
CURTAS
HOMENAGEM À FOLHA – O deputado Sileno Guedes (PSB) é autor de um requerimento que propõe a realização de um grande expediente especial na Assembleia Legislativa (Alepe) em homenagem à Folha de Pernambuco, que celebra 25 anos nesta segunda-feira (3). A iniciativa, prevista para 20 de abril, às 10h, terá o objetivo de exaltar a relevância do jornal.
PAIXÃO DE CRISTO – Começa hoje a temporada 2023 da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Considerado o maior espetáculo ao ar livre do mundo, a Paixão de Cristo está com ingressos à venda para os dias do evento que será realizado de 1º a 8 de abril em 2023, durante a Semana Santa. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria virtual, no site oficial.
Perguntar não ofende: Bolsonaro ainda tem força política para liderar a oposição?