Tubarão ataca adolescente na praia de Piedade

Um banhista foi atacado por um tubarão na manhã deste domingo (5), na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) informou que a vítima é um adolescente de 14 anos.

De acordo com o Samu, o incidente aconteceu por volta das 11h20. A vítima, que teve a coxa direita mordida pelo animal, foi levada de helicóptero para a UTI do Samu, no bairro do Derby, área central do Recife, e, em seguida, ao Hospital da Restauração (HR), na mesma região. As informações são do G1/PE.

A assessoria do HR informou que o rapaz foi encaminhado ao bloco cirúrgico, onde passou por um procedimento com especialistas em traumatologia e cirurgia vascular. Ele está em estado grave na UTI.

O incidente aconteceu nas proximidades da Igrejinha de Piedade, local em que os ataques são mais comuns e em que há proibição de entrar no mar.

O assessor de Defesa Civil da prefeitura de Jaboatão, coronel Artur Paiva, lembra que o trecho, de mais de dois quilômetros de extensão, está interditado desde julho de 2021, quando foi registrado o último ataque na área.

“Nós estamos insistindo com a população e os comerciantes para as pessoas não entrarem nas águas, porque, realmente, se corre um risco muito grande. Inclusive, o menor foi atingido na coxa e estava numa área mais rasa. Ou seja, os animais têm chegado mais próximo da beira-mar”, alerta.

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Shows exclusivos com artistas renomados, jantar em cassino, baladas, coquetel com tudo pago em hotéis cinco estrelas, aluguel de lanchas com direito a espumante de brinde. Estas são algumas das atrações no roteiro de eventos no Brasil e na Europa oferecidos à magistratura e custeados por alguns dos maiores litigantes do País.

Os patrocinadores de seminários e fóruns com representantes da Justiça têm interesses em causas que somam ao menos R$ 158,4 bilhões entre multas, indenizações e dívidas reclamadas. Esse valor se refere a algumas das mais importantes disputas judiciais até 2022 no Brasil sob julgamento dos magistrados presentes nos eventos.

São 30 grandes processos levantados pelo Estadão no último ano, que têm patrocinadores como partes nos autos ou declaradamente interessados nos julgamentos. Entre as justificativas de Cortes e entidades que representam a toga estão “atividade acadêmica” e seleção rigorosa dos participantes. Professores de Direito, porém, veem conflitos éticos e até possibilidade de infração disciplinar. Também afirmam que magistrados não devem aceitar “luxos” de agentes privados.

Maior encontro do gênero no País, o Congresso da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) levou 27 juízes, desembargadores e ministros de tribunais para Salvador (BA), em maio de 2022, como palestrantes. Painelistas ficaram em um hotel cinco estrelas. Houve show para duas mil pessoas. A operadora de turismo do congresso ofereceu um cupom de 20% de desconto para o aluguel de lanchas.

O encontro foi patrocinado pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab). A entidade teve direito a painel no evento, e usou o espaço para defender o rol taxativo da Agência Nacional de Saúde (ANS), cuja imposição estava em julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar de não ser parte direta nos autos, a Anab defende empresas com interesse no julgamento. Coordenador do congresso e relator desta causa, o ministro do STJ Luis Felipe Salomão esteve no evento.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Nacional dos Registradores e o Banco do Brasil também patrocinaram o congresso da AMB. A instituição financeira deu R$ 1,5 milhão para a realização do evento.

Do STJ, Marco Buzzi, Raul Araújo, Paulo de Tarso Sanseverino, Moura Ribeiro, Ricardo Cueva e João Otávio de Noronha estiveram em eventos no Brasil e no exterior. Com estes ministros, o Estadão identificou pelo menos 20 causas de patrocinadores dos encontros. Somadas, passam de R$ 11 bilhões em discussão nos autos dos processos. Os ministros do STJ foram procurados, mas não se manifestaram.

Seleção

A AMB afirmou que faz “rigorosa seleção dos patrocinadores, descartando qualquer eventual tentativa de interferência na jurisdição”. “Os patrocínios são destinados, genericamente, ao evento e não individualmente a magistrados, inexistindo conflito”, afirmou. A entidade disse que associados que foram ao evento arcaram com passagens e hotéis. A associação não respondeu, porém, se o mesmo ocorreu em relação aos painelistas.

Diferentemente da AMB, alguns dos eventos em que estiveram estes ministros são promovidos por entidades privadas dirigidas por empresários e advogados que têm litígios com os juízes presentes. Ao menos três institutos com este perfil estão relacionados a recuperações judiciais e falências.

O Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), fundado por dirigentes de um fundo de investimentos em ativos de insolvências, levou ministros do STJ, do STF e juízes de recuperação judicial para o Algarve, em Portugal, em maio do ano passado. O congresso terminou com um show em cassino. Em abril, o Instituto Brasileiro de Direito da Empresa (IBDE) promoveu seu encontro na cidade do Porto, em um resort spa.

Em São Paulo, o Turnaround Management Association (TMA), chefiado por um diretor de uma mineradora em recuperação judicial, fez seu evento em um hotel, em novembro. Aos patrocinadores era sugerido um valor de até R$ 67 mil. Juízes e desembargadores debateram em painéis que levaram nomes de escritórios. Patrocinadores tiveram direito a chamar convidados para jantar com cardápio completo no hotel, show de jazz e coquetel. Na descrição do evento, a entidade vende o “bom e velho networking”. E aponta cinco motivos para patrocinar – entre eles, está a “oportunidade de geração de negócios”.

Administradores

No caso de insolvências, juízes são responsáveis por escolher os administradores judiciais e síndicos das empresas pivôs dos processos. Estes agentes ganham honorários.

O Estadão identificou ao menos três administradores judiciais nomeados em processos pelos juízes Andréa Palma, João de Oliveira e Leonardo Fernandes que patrocinaram eventos nos quais estes magistrados estiveram presentes. Há casos cujas dívidas somadas chegam a R$ 2,58 bilhões. Os três foram procurados, mas não quiseram se manifestar.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) patrocinou eventos com magistrados no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos, organizados por grupos empresariais como o Lide e o Esfera Brasil. Estiveram presentes os ministros do STF Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Barroso sempre se julga impedido em casos de bancos por ter sido advogado de instituições financeiras.

A Febraban é parte em um julgamento no STF sobre a cobrança de PIS e Cofins que pode provocar um rombo de R$ 115 bilhões à União em caso de vitória das instituições financeiras. O valor está estimado no Orçamento de 2023.

‘Luxo’

O professor de Direito da USP Rafael Mafei afirmou que é preciso atenção para a diferença entre custear uma palestra e “a oferta de uma viagem de luxo”. Ele vê com preocupação o “acesso desigual ao magistrado quando quem promove o evento, diretamente ou por meio de associações que despistam o vínculo, é parte interessada em casos julgados pelo magistrado”.

Conrado Hubner, também da USP, disse que as condutas podem se enquadrar “na categoria geral de quebra da imparcialidade, de manutenção da devida distância das partes, de respeito à suspeição”. Ele afirmou que deveria haver “implicação legal e disciplinar” para condutas incorretas. Também critica o fato de regras éticas não pegarem “tração no Judiciário”.

Participação tem caráter acadêmico, diz STF

O Supremo Tribunal Federal afirmou que a “participação nos eventos citados terá sido em caráter acadêmico e sem nenhum gasto” para a Corte. No Supremo há ministros, como Rosa Weber – atual presidente da Corte – e Edson Fachin, que se recusam a comparecer a tais fóruns. Procurados, ministros do STF, do STJ e juízes citados na reportagem não se manifestaram, nem responderam se arcaram com as despesas de viagem e hospedagem.

O Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), o Instituto Brasileiro de Direito da Empresa (IBDE) e o Esfera Brasil também não se manifestaram. O Lide afirmou ser “independente, apartidário, multissetorial e multilateral. “O Lide não efetua pagamentos de cachê aos expositores em suas iniciativas. Em eventos internacionais, como os realizados em Nova York (EUA) e Lisboa (Portugal), os palestrantes viajaram a convite do Lide e, naturalmente, foi oferecido o custeio de transporte e hospedagem. Este procedimento foi igual com todos os conferencistas.”

O Turnaround Management Association (TMA) disse em nota que “não remunera seus palestrantes ou debatedores, provendo tratamento idêntico, sem nenhuma diferenciação, entre profissionais da área, sejam eles agentes públicos ou com atuação privada”.

O Banco do Brasil afirmou que “as ações de promoção e patrocínio realizadas pelo BB contribuem para a construção da imagem corporativa junto aos clientes e para fortalecimento de resultados negociais da empresa”. “Visam promover a experiência com a marca, a compra ou uso dos produtos e serviços do conglomerado do Banco, bem como o relacionamento e fidelização de clientes e públicos de interesse do BB”. Disse ainda que os patrocínios, como o citado na reportagem, “permitem interação direta da marca Banco do Brasil com diferentes públicos estratégicos”.

A Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) afirmou que, “em cumprimento às suas finalidades estatutárias, patrocina, apoia e participa de eventos que tratam de temas sobre o segmento que representa, envolvendo discussões coletivas sobre Saúde, Direito e Tecnologia, contribuindo para o debate do setor e o conhecimento de seus associados sobre melhores práticas e tendências”.

Por Amanda Oliveira*

Ontem de manhã eu estava no centro de Arcoverde quando avistei uma senhora de uns 75 anos vindo na minha direção com uma bacia na cabeça cheia de Umbu.

Naquele sol de quase uma da tarde eu só tinha vontade de ajudá-la. E quando dona Maria (vou chamá-la assim) parou ao meu lado eu perguntei o valor do Umbu. Ela me disse que era 1 por R$3,00 e 2 por R$5,00.

Eu pedi dois sacos a ela. E ela me pediu ajuda pra tirar a bacia pesada da cabeça. Eu ajudei e depois ajudei a colocar de volta.

Ela meio sem jeito me pediu desculpas por pedir ajuda e eu disse que não precisava, que na idade dela nem deveria estar ali fazendo isso. E ela me respondeu que com o que ganha não consegue pagar aluguel, remédio, comida e que por isso ainda tinha que trabalhar.

Eu lhe dei um abraço e sai me perguntando quanto de fato aquele Umbu valia. E cá pra nós: vale muito mais do que eu peguei. Porque ali não tem o suor, o sacrifício, as dores, e tantas outras coisas que eu nem consigo imaginar.

Quanto vale o Umbu de dona Maria? Espero encontrá-la mais vezes.

*Blogueira de Arcoverde

Na esteira do caso Americanas, a CVM vai começar a analisar mudanças nas regras de divulgação da remuneração fixa e variável dos altos executivos das empresas de capital aberto. O objetivo é dar mais transparência. As informações são do colunista Lauro Jardim, do O Globo.

A legislação atual obriga apenas às empresas tornarem públicas as maiores e menores remunerações recebidas por seus diretores e membros do conselho de administração, sem, no entanto, discriminá-los um a um.

Apoio à reforma tributária, revisão da dívida dos estados e ampliação do debate no âmbito do pacto federativo são os temas centrais da Carta dos Governadores, apresentada ontem pelos governadores que formam o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud).

O documento marcou o encerramento do 7° encontro do evento, realizado na Fundação Getulio Vargas (FGV), em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. As informações são do Misto Brasília.

O próximo encontro do Cosud está previsto para junho, em Minas Gerais. No final de janeiro, o presidente Lula da Silva se reuniu com os governadores, quando o tema da perda de arrecadação também foi ventilado.

A carta manifesta o compromisso dos estados do Cosud de trabalhar em conjunto com os governos federal e municipais na aprovação de uma reforma tributária que aumente a eficiência econômica e garanta a justiça social e a preservação da autonomia dos governos para realizar políticas de fomento ao desenvolvimento local. Uma das alterações em discussão é a mudança da tributação do ICMS da origem para o destino.

Segundo os governadores, a dívida do Sul e do Sudeste com a União chega a R$ 630 bilhões, o que corresponde a 93% do débito de todas as unidades da Federação com o governo federal.

A carta propõe uma repactuação dos critérios de correção da dívida, que vem sendo atualizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ou Taxa Selic, o que for menor.

O ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) disse serem “robustas” as provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha tentado “trazer ilegalmente colar e brincos de diamante de R$ 16,5 milhões para” a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“As joias foram aprendidas pela Receita Federal em Guarulhos. Bolsonaro, inconformado em pelos menos 4 oportunidades, tentou reaver ‘os presentes’ que tentou trazer escondidos para o Brasil. Denúncia está toda documentada e com provas robustas”, escreveu Pimenta em seu perfil no Twitter. As informações são do Poder360.

“Bolsonaro mobilizou pelo menos 4 ministérios e os militares até o último dia do seu governo para ‘recuperar os mimos’ de Micheque. Os presentes se tivessem sido declarados poderiam entrar legalmente no Brasil, mas pertenceriam ao Governo Brasileiro e não a família do criminoso.”

Reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada na 6ª feira (3.mar), revelou que o governo Bolsonaro teria tentado trazer joias com diamantes ao Brasil sem pagar impostos. As peças seriam um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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Fernando Haddad galgou postos na administração pública e ascendeu na política pelas mãos de Lula, que costuma chamá-lo de o melhor ministro da Educação da história do país. Escolhido para comandar o Ministério da Fazenda no terceiro mandato do petista, ele sempre faz questão de dizer que cumpre as ordens do chefe e que quem dita os rumos da política econômica é o presidente da República. Até por isso, não há ruídos entre eles — nem vencedores e derrotados entre os dois.

Os embates do ministro, de fato, ocorrem dentro do PT e, principalmente, com a deputada Gleisi Hoffmann, a comandante do partido. Em 2018, quando estava preso e inelegível, Lula considerou os dois colegas de legenda como possíveis candidatos à Presidência na disputa com Jair Bolsonaro. Na ocasião, prevaleceu a opção por Haddad. Desde então, ele é visto como sucessor natural de Lula caso o mandatário não concorra mais ao Palácio do Planalto. O problema é que nem todos os petistas concordam com isso. As informações são da edição online da Veja.

Empoderada na formação do ministério, Gleisi também sonha em disputar a Presidência e trava um duelo permanente com Haddad — por poder na máquina pública, influência na esquerda e ascendência sobre Lula. A prorrogação da isenção dos combustíveis em janeiro foi interpretada como uma vitória dela sobre o ministro. Já a volta da cobrança dos tributos, anunciada recentemente, funcionaria no campo político como o empate do jogo, mas é bem mais do que isso.

Lula escolheu a solução defendida por Haddad depois de Gleisi e uma penca de petistas atacarem publicamente a possibilidade de retomada da cobrança dos tributos. Ele prestigiou o ministro num momento de fritura e, de quebra, reforçou uma percepção importante do ponto de vista eleitoral: enquanto Gleisi fala para o petismo e aposta num receituário populista, Haddad prefere a responsabilidade na gestão econômica e dialoga com setores mais amplos da sociedade. Ele está em franca vantagem, principalmente fora da bolha petista.

O túnel do tempo de hoje chega em formato de vídeo que destaca os resultados das urnas nas últimas quatro décadas para o Governo de Pernambuco, começando com o ano de 1982, quando Roberto Magalhães saiu vitorioso da disputa contra Marcos Freire. A peça, que circula nas redes sociais, termina com a mais recente eleição estadual, ano passado, entre Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (SD), que tornou a tucana a primeira mulher a governar Pernambuco. Se você tem uma foto histórica no seu baú e deseja vê-la postada neste quadro, envie agora pelo WhatsApp 81.98222.4888.

Depois de seis anos e um mês preso, o ex-governador Sergio Cabral quebrou o silêncio e recebeu a coluna para uma entrevista no apartamento em que está vivendo na Praia de Copacabana há pouco mais de dois meses, desde que foi provisoriamente solto, em 19 de dezembro do ano passado.

Neste domingo (5/3), numa edição especial, a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, vai mostrar as principais partes da entrevista daquele que, segundo condenações da Justiça — nenhuma delas ainda definitivamente julgada — foi um dos políticos mais corruptos da história do Brasil.

Uma corrupção que o ex-governador tenta negar, chamar de outros nomes, enquadrar com cores mais suaves.

Cabral fez acusações, em especial a quem considera seus algozes: o juiz Marcelo Bretas, os procuradores da República que o investigaram, a imprensa, e policiais federais. Dizendo-se perseguido, também não comprovou como isso teria de fato acontecido.

Na entrevista, Cabral também escrutina trechos da sua colaboração premiada, fechada com a PF em 2019 e anulada em maio de 2021 pelo Supremo Tribunal Federal. Nela, ele havia delatado supostos crimes de figuras poderosas, como o ex-presidente do STF Dias Toffoli, e o atual presidente do TCU, Bruno Dantas.

Cabral também revelou mágoas: entre eles de seu sucessor, Pezão, e do atual prefeito, Eduardo Paes, que foram seu principais aliados no passado. A Lula, mandou um recado.

E Cabral chorou. Chorou muito. Sim. Sergio Cabral Filho, embora até admita que errou, se vê como uma vítima.

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O novo Bolsa Família proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve injetar R$ 18 bilhões a mais na economia que a versão anterior do programa social do Executivo, o Auxílio Brasil, lançado na gestão de Jair Bolsonaro (PL). O valor mínimo pago às famílias beneficiárias continua em R$ 600, mas o auxílio por crianças de até 6 anos elevou o custo total em cerca de R$ 18 bilhões.

A nova versão da política de transferência de renda tem orçamento de R$ 176 bilhões previsto em 2023. Sem o pagamento do benefício para as crianças, seria de R$ 158 bilhões, o que asseguraria só o valor mínimo prometido tanto por Bolsonaro quanto Lula. As informações são do Poder360.

A linha de pobreza –referência do nível de renda da população considerada mais pobre– também mudou e foi reajustada para R$ 218. A alta foi de 3,81% em relação aos R$ 210 estabelecidos na criação do Auxílio Brasil no fim de 2021. O reajuste, no entanto, ainda é menor que a inflação acumulada no período de 7,12%.

PEC FURA-TETO

As mudanças do novo Bolsa Família só foram possíveis com a aprovação da PEC fura-teto, em dezembro de 2022. O texto autorizou Lula a extrapolar a regra fiscal em cerca de R$ 170 bilhões para cumprir promessas de campanha. Do total, R$ 70 bilhões foram direcionados para o pagamento do então chamado Auxílio Brasil.

A complementação foi necessária em parte porque o Orçamento de 2023 enviado pelo governo Bolsonaro reservava cerca de R$ 106 bilhões e estipulava o valor do Auxílio Brasil em R$ 405, apesar de a continuidade do valor mínimo de R$ 600 ter sido uma promessa de campanha do então presidente e de Lula. Leia como foi o cálculo da reserva dos recursos para o programa de assistência social:

  • R$ 106 bilhões originais já no Orçamento feito por Bolsonaro para R$ 405;
  • R$ 52 bilhões extras para bancar o extra de R$ 195;
  • R$ 18 bilhões extras para custear adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos.

À época, o governo de transição queria a vigência do furo no teto por pelo menos 2 anos, mas teve resistência no Congresso. Para a proposta passar, a equipe de Lula e líderes da Câmara costuraram acordo para reduzir o prazo de 2 anos para 1 ano.

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