Lula decreta intervenção federal no Distrito Federal para conter bolsonaristas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, na tarde deste domingo (8/1), uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) – emprego das Forças Armadas – para frear a depredação que manifestantes bolsonaristas promovem nos prédios dos Três Poderes. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). Ricardo Cappelli será o interventor.

Por ordem da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal a Polícia Militar atuava para conter os manifestantes, mas não obteve êxito.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também havia determinado o emprego da Força Nacional, o que também não foi suficiente.

Com o decreto, militares das Forças Armadas atuarão para a retomada da ordem pública.

Mais cedo, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional, afirmou que acionaria a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que fosse decretada intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

Do G1

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou neste domingo (8) que o Congresso Nacional nunca dará espaço para baderna, destruição e vandalismo e que os responsáveis pelo ataque a prédios públicos em Brasília devem ser identificados e punidos.

Na tarde deste domingo, bolsonaristas radicais invadiram e vandalizaram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

“O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente, mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo. Os responsáveis que promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei”, disse Lira.

Lira afirmou ainda que a democracia pressupõe alternância de poder, divergências de pontos de vista, mas não admite as cenas deprimentes pelas quais o Brasil foi surpreendido nesse momento. “Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à Constituição”, afirmou.

A fotojornalista do Metrópoles que foi agredida e teve os pertences roubados durante as manifestações antidemocráticas de bolsonaristas neste domingo (8/1), na Esplanada dos Ministérios, fez um relato chocante de como toda a situação aconteceu. A profissional, que não terá a identidade revelada por questões de segurança, teve o equipamento de trabalho e os celulares roubados, além de ser hostilizada pelos extremistas.

Segundo ela, o ataque aconteceu atrás do Congresso Nacional, ao lado da rua da Praça dos Três Poderes, por volta das 15h, enquanto ela tirava fotos do ato antidemocrático. “Um homem perguntou quem eu era e o motivo de estar tirando fotos. Eu tentei desconversar, mas acabei dizendo que trabalhava na imprensa. Ele, então, começou a gritar que eu não poderia ficar ali”, contou.

Após tentar apaziguar a situação, a profissional se viu cercada por cerca de 10 homens. “Se juntaram ao meu redor gritando e xingando. Tentei sair de lá, mas me deram socos na barriga e pegaram meus equipamentos enquanto me chutavam”, explicou a fotojornalista.

Ela relata que, após tentar se desvencilhar dos ataques e acalmar os bolsonaristas, eles exigiram que ela entregasse o celular e o cartão de memória da câmera. “Tiraram da minha mão e me devolveram meus equipamentos de trabalho. O celular e o cartão de memória ficaram com eles”, alegou.

Depois de tudo, os agressores tentaram impedir que a profissional deixasse o local. “Tive que me esquivar deles para sair de lá”, contou. A fotojornalista felizmente conseguiu chegar ao Departamento de Polícia para fazer um boletim de ocorrência e sofreu apenas escoriações leves nos braços e nas pernas.

Outros ataques à imprensa

Outro fotojornalista também sofreu ataques durante o ato. De acordo com testemunhas, o profissional da agência internacional Reuters acabou sendo expulso do Palácio do Planalto.

Da CNN Brasil

O presidente do Senador, Rodrigo Pacheco afirmou neste domingo (8) que tomará “todas as providências” cabíveis após a invasão de criminosos no Congresso Nacional.

O também presidente do Congresso afirmou que “a situação é grave”. A mensagem de Pacheco foi encaminhada aos senadores nesta tarde. “Peço a todos que independentemente de posições ideológicas e políticas, manifestem-se repudiando veementemente esse episódio que afronta o Poder Legislativo, ao qual todos pertencemos”, disse Pacheco.

E continuou: “Essa nossa união representa uma força importante até para exigirmos das forças de segurança, Ministério Público e Poder Judiciário que ações concretas sejam realizadas”.

Pacheco conclui sua mensagem aos senadores com uma mensagem de solidariedade “aos nossos bravos policiais legislativos, que neste instante sofrem na pele com os atos criminosos.

A Secretaria de Polícia do Senado Federal entrou em contato no sábado (7) com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para pedir um reforço policial em torno do Parlamento.

O órgão já tinha recebido informações de que bolsonaristas criminosos e golpistas, acampados em frente ao Exército, preparavam uma invasão à Casa. E entrou em alerta máximo.

O reforço seria fundamental já que nem o Senado nem a Câmara dos Deputados dispõem de um efetivo numeroso para conter os criminosos.

A coluna apurou que o pedido foi solenemente ignorado, e que nada foi feito pelo Governo do Distrito Federal.

As presidências do Senado, da Câmara dos Deputados e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já foram informados sobre o episódio.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi um apoiador de Jair Bolsonaro (PL) enquanto o capitão reformado ocupou a Presidência da República do Brasil.

A secretaria deve emitir uma nota oficial sobre o episódio.

Manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo (8), invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo em Brasília e entraram em confronto com a Polícia Militar.

A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

*As informações são da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou à CNN neste domingo (8) que o Exército deveria ter desmobilizado os acampamentos bolsonaristas em frente aos Quartel General da força.

“O Exército deveria ter acabado com acampamento, e não o fez”, afirmou o governador à CNN, enquanto radicais invadiam o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

Já a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Gleisi Hoffmann, fez críticas à condução de Ibaneis durante os ataques.

“O governo do DF foi irresponsável frente à invasão de Brasília e do Congresso Nacional”, postou Gleisi nas redes sociais após radicais invadirem e depredarem o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e entrarem no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto”, afirmou Gleisi.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, chamou de “absurda” a invasão que acontece na tarde deste domingo do Congresso Nacional, em Brasília, e disse que estão sendo enviados reforços para área.

“Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”, escreveu Dino, em seu perfil no Twitter. “O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.”

Do Estadão

O grupo de manifestantes que invadiu a sede dos três Poderes, neste domingo, 8, em Brasília, deixou um cenário de destruição no Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais alvos dos ataques de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nos últimos anos.

O plenário foi invadido e o local foi depredado. Até mesmo cadeiras dos ministros do Supremo e o brasão da República, que estava fixado no local, foi retirado por manifestantes. “Supremo é o povo” foi uma das frases usadas durante a invasão.

Por conta da depredação, o sistema de incêndio do Supremo acabou disparando, lançando jatos de água sobre as cadeiras do plenário.

Depois que os invasores já estavam dentro das dependências no STF, a Força Nacional reagiu e começou a enfrentar o grupo para desocupar o prédio do tribunal.

Do Metrópoles

A medida ocorre após extremistas invadirem o Supremo Tribunal Federal, Congresso e Palácio do Planalto, na tarde deste domingo (8/1).

Anderson Torres está em viagem aos Estados Unidos e adiantou o retorno ao Brasil.

Anderson Torres atuou como ministro da Justiça e Segurança Pública durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Antes, ele era secretário de Segurança Pública do DF. Com o fim do governo Bolsonaro, havia retornado ao cargo na SSP-DF.

Do Estadão

Em mensagem que está rodando em grupos bolsonaristas nas redes sociais, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que invadiram Brasília neste domingo, 8, dizem que pretendem acampar dentro do Congresso, do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da imagem que convoca ao acampamento, golpistas compartilham “macetes e truques de acampamento”, “dicas para estocar alimentos”, entre outras.

Da CNN Brasil

O ministro da Justiça, Flávio Dino, chamou de “absurda” a invasão que acontece na tarde deste domingo do Congresso Nacional, em Brasília, e disse que estão sendo enviados reforços para área.

“Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”, escreveu Dino, em seu perfil no Twitter.

“O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.”