Marina Silva convence Lula a nomeá-la ministra do Meio Ambiente

A deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) será ministra do Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme informou o jornalista Kennedy Alencar, no portal UOL.

Em encontro reservado na tarde desta sexta-feira, Lula tentou levar Marina a aceitar o cargo de Autoridade Climática, que deverá ser criado pela próxima gestão. A ex-senadora e ex-ministra do próprio Lula, em seu primeiro mandato, no entanto, se manteve firme em relação à pasta e o persuadiu.

A intenção do presidente eleito era nomear a senadora Simone Tebet (MDB-MS) para a pasta do Meio Ambiente. Maior protagonista da aliança feita para o segundo turno, Tebet se colocou à disposição para o ministério desde que houvesse acordo com a ambientalista, o que não ocorreu.

O presidente eleito considera que Marina Silva tem peso simbólico nacional e internacional e que não poderia deixá-la fora do primeiro escalão. O destino de Tebet continua em aberto, mas é certo, segundo a informação do UOL, que vai colocá-la no primeiro escalão. Ele quer dar a ela um ministério de peso.

A intenção de Lula é anunciar a equipe completa até quarta-feira da semana que vem. Falta a oficialização de 16 dos 37 ministérios.

Luan Araújo, jornalista perseguido por Carla Zambelli (PL-SP) pelas ruas de São Paulo, decidiu processar a deputada nas esferas civil e criminal. Na véspera do segundo turno das eleições, a deputada sacou a arma e começou a perseguir o jornalista no bairro dos Jardins.

A petição ao Ministro Gilmar Mendes (STF) foi enviada, ontem, e manifesta o interesse em responsabilizar Zambelli por crimes que não haviam sido mencionados pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. São eles: ameaça, racismo, perigo para vida e constrangimento majorado por emprego de arma de fogo.

Em novembro, os advogados de Luan solicitaram acesso às imagens de monitoramento de prédios nos arredores de onde aconteceu a perseguição para verificar de onde saiu o disparo de arma de fogo que pode ser ouvido em algumas gravações. Nesta semana, a parlamentar teve seu porte de arma suspenso.

Por Rudolfo Lago*

“Baixo crescimento, inflação alta, perda de poder de compra do salário e perda de credibilidade do arcabouço fiscal, que culminou em uma proposta irrealista de lei orçamentária para 2023”. Assim o relatório da equipe de transição para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva resume os quatro anos de governo Jair Bolsonaro na economia. Em suma, o relatório aponta o período Bolsonaro como a era do “PIBinho”.

O crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2019 e 2021, segundo o relatório, foi próximo de apenas 1%. “Na média, a expectativa é que o governo Bolsonaro termine o seu mandato com um crescimento médio próximo a 1,5%, inferior inclusive à média verificada no governo Temer”, avalia o texto. “Para o próximo ano, a expectativa de crescimento do Brasil é de 0,6%, enquanto no resto do mundo é de 2,7%”. Essa é a avaliação feita pela equipe do novo governo sobre o saldo final do “Posto Ipiranga” do ministro da Economia, Paulo Guedes, que saiu de férias e não retornará mais.

O país não cresceu. Mas não se pode dizer o mesmo sobre o preço dos produtos no bolso do consumidor. “A inflação acumulada no Brasil durante o governo Bolsonaro supera 26%, uma das maiores do mundo, atrás apenas da inflação da Argentina, Rússia e Turquia”, observa o relatório. “Em dois dos quatro anos de governo, o Brasil terá estourado o limite superior da meta de inflação. Mesmo com as custosas desonerações para reduzir o preço dos combustíveis, a inflação acumulada em 12 meses é de 5,9%”.

Crescimento baixo, inflação alta, moeda desvalorizada. “Em parte, o repique inflacionário pode ser explicado pela desvalorização cambial verificada no período. No governo Bolsonaro, a taxa de câmbio do real com o dólar saiu de R$ 4/ 1 US$ em 2019 para R$ 5,6/ 1 US$ em 2021. Atualmente está próxima de R$ 5,3/ 1 US$”, observam os responsáveis pelo relatório.

Crescimento baixo, inflação alta, moeda desvalorizada, baixos salários. “Na esteira do baixo crescimento e da elevada inflação, o salário mínimo praticamente não teve ganho real”, afirma o texto. O rendimento médio real caiu nos três primeiros anos do governo Bolsonaro caiu de R$ 2,5 mil para R$ 2,3 mil. O rendimento real per capita de todas as fontes, em 2021, foi de R$ 1,3 mil, o menor da série histórica. Em 2019, observa o relatório, o salário mínimo comprava duas cestas básicas. Agora, compra 1,6.

“Por fim, o atual governo deixa um legado de perda de credibilidade na política fiscal e orçamentária”, considera o relatório. “Após alterar por cinco vezes o arcabouço fiscal vigente para permitir gastos que totalizam R$ 800 bilhões acima do originalmente previsto pelo teto de gastos, o governo Bolsonaro apresentou uma proposta de lei orçamentária irrealista para 2023, incapaz de garantir a continuidade das políticas públicas necessárias à garantia da cidadania da população”, continua. Foi por essa razão que o futuro governo apresentou a PEC da Transição, para sanar em parte esse problema. A PEC foi aprovada na terça-feira.

“Ao final de 2022, os sinais de escassez de recursos para a manutenção dos serviços públicos essenciais e para o funcionamento da máquina pública se fazem visíveis, como nos casos do atraso no pagamento de bolsas de estudo, corte de verbas para educação e falta de recursos para emissão de novos passaportes”, ressalta o relatório.

*Diretor do Congresso em Foco Análise. Formado pela UnB, passou pelas principais redações do país. Responsável por furos como o dos anões do orçamento e o que levou à cassação de Luiz Estevão. Ganhador do Prêmio Esso.

O coronel da polícia militar Nivaldo César Restivo informou, em nota, hoje, que desistiu de assumir a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça. O nome de Nivaldo foi anunciado para o cargo nesta quarta-feira (21) pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino.

Em nota, Restivo agradeceu ao convite, mas disse que não conseguiria conciliar o trabalho com questões familiares. A Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, para a qual o coronel havia sido designado, terá na estrutura a coordenação do Departamento Penitenciário Nacional e da polícia penal. Nivaldo é ex-secretário da Administração Penitenciária em São Paulo.

Segundo o jornal O Globo, a indicação de Restivo foi criticada por integrantes da equipe de transição porque o coronel teria relação com o massacre de presos no Carandiru, em 1992, em São Paulo.

Ainda, de acordo com a publicação, em 2017, ao assumir o comando da PM paulista, Restivo teria defendido a ação da polícia no massacre. O coronel não comentou o caso na nota divulgada hoje.

O novo nome indicado para comandar a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça ainda não foi divulgado.

Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com o cantor e compositor Márcio Greyck ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique no link disponível e confira. Está incrível!

Veja Online

O grupo empresarial pernambucano João Santos, que chegou a ter mais de 40 empresas no passado, incluindo a Cimento Nassau, usinas de açúcar e a Rede Tribuna de televisão e rádio, entrou com um pedido de recuperação judicial, com dívidas avaliadas em mais de 11 bilhões de reais. O conglomerado tem passado por uma crise econômica em consequência de má gestão e de brigas entre os herdeiros de seu fundador.

Em 2021, a empresa foi afetada pela Operação Background, realizada pela Polícia Federal para investigar um suposto esquema criminoso protagonizado pelos irmãos José e Fernando Santos, que estavam à frente do grupo. Os dois teriam cometidos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, fraudes e execuções trabalhistas, além de formação de quadrilha.

Os irmãos que administravam o grupo são suspeitos de calote em oito mil ex-funcionários e no governo federal. No passado, em maio de 2006, uma de suas empresas, a cimenteira Itapicuru Agro Industrial, foi flagrada com 49 trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão. De acordo com a PF, a administração teria transformado um passivo tributário avaliado em 8,6 bilhões de reais em patrimônio pessoal.

A história do grupo é marcada pelo crescimento no mercado nordestino, onde, no passado, encontrou um ‘oceano azul’, um mercado aberto, aproveitando a pouca presença de competidores relevantes, sobretudo no ramo de materiais de construção. Esse posicionamento foi vantajoso durante muito tempo, permitindo ao grupo adquirir jazidas de calcário por todo o Brasil, e estabelecer unidades fabris de cimento em estados como São Paulo e Espírito Santo. No entanto, os impactos da crise no México fizeram com que o Grupo João Santos sofresse com o endividamento em dólar e tivesse de se desfazer de sua fábrica em São Paulo, principal mercado para o setor no Brasil.

Agora, com dois novos executivos de fora da família assumindo a gestão, o grupo passa por um processo de reestruturação. A dívida tributária está sendo negociada com a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e as dívidas trabalhistas têm sido quitadas por meio da venda do patrimônio imobiliário e de outros ativos. O grupo está buscando recursos no mercado para financiar o pagamento de impostos e das dívidas trabalhistas. Para o futuro, os planos de negócios incluem a venda de ativos, e o posicionamento estratégico de permanecer em mercados onde a competitividade do grupo for maior.

Após conversar com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), hoje, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se com a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP).

Lula recebeu Marina no hotel onde está hospedado, em Brasília, para tentar fechar a indicação da futura ministra do Meio Ambiente. O encontro durou cerca de uma hora. Tebet e Marina são cotadas para assumir a pasta.

Após o encontro, Lula saiu do hotel e foi para o aeroporto. Ele deve ir para São Paulo acompanhado por Tebet e pelo futuro ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Pela manhã, Lula conversou por cerca de 30 minutos com Tebet. Segundo o blog da jornalista Ana Flor, o presidente eleito convidou Tebet para assumir o ministério em 2023.

A senadora, contudo, só pretende aceitar o cargo se houver um acordo com Marina, ex-ministra da área nos governos anteriores de Lula e com histórico nos esforços pela preservação ambiental.

Caso não haja acordo, Tebet pode assumir as pastas do Planejamento ou Cidades. Tebet e Marina apoiaram Lula no segundo turno da eleição presidencial, participaram da equipe de transição e têm a expectativa de serem ministras.

Lula estuda criar um cargo de autoridade climática, que poderá ter status de ministro, para nomear Marina. A deputada eleita teria uma agenda no país e no exterior para incentivar ações de combate às mudanças climáticas.

Sucesso nas paradas do romantismo entre os anos 70 e 90, o cantor e compositor Márcio Greyck estará no Sextou de daqui a pouco, às 18h, quadro que substitui o programa Frente a Frente, transmitido pela Rede Nordeste de Rádio, integrada por mais de 40 emissoras, tendo como cabeça de rede a 102,1 FM, no Recife.

Márcio Greyck o autor de sucessos como ‘O infinito’, ‘O mais importante é o verdadeiro amor’, ‘Aparências’, ‘O travesseiro’, e ‘Reencontro’. Ao longo da sua trajetória, teve canções gravadas por Roberto Carlos, como ‘Tentativa’ e ‘Vivendo por viver’, esta também gravada por Zezé di Camargo e Luciano, e ainda por Sérgio Reis.

Para ouvir o Sextou pela Internet, basta clicar no link do Frente a Frente em destaque acima ou baixar o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Primeiro prefeito eleito de Belém do São Francisco pelo MDB em 2000, Aníbal Roriz, no santinho com o vice, médico Hugo Carvalho, e o vereador Zé Adriano, pai do ex-vereador Joselito Nogueira, que enviou a imagem do seu arquivo. Se você tem uma foto histórica no seu baú e deseja vê-la postada neste quadro, envie agora pelo WhatsApp: (81) 9.8222-4888.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Bernardo Peixoto, considera a proposta de recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e a escolha de Geraldo Alckmin para comandar a pasta muito positiva.

Para Peixoto, Alckmin foi uma boa escolha por ser um político experiente, além de ter excelente interlocução com o segmento e os empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Sobre a recriação do ministério, Peixoto acredita que a iniciativa mostra que o Governo Lula irá dar maior relevância a um dos setores mais importantes da economia brasileira.

“Ficamos muito felizes com a recriação do ministério e a indicação de Alckmin, que tem um relacionamento muito bom com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e o presidente José Roberto Tadros. Quando ainda era candidato a vice-presidente, Alckmin esteve na CNC para receber das mãos de Tadros e dos presidentes de Federações do Comércio de todo o País a Agenda Institucional do Sistema Comércio, com os pleitos e propostas de políticas públicas para o desenvolvimento do segmento. Agora, o canal de diálogo com o Governo Federal e a pasta será bem mais fácil e o comércio irá ganhar muito com a indicação dele”, afirmou o presidente da Fecomércio-PE.

Para Peixoto, o comércio foi um dos setores que mais sofreram com a pandemia e precisa de um tratamento diferenciado no futuro governo para voltar a crescer. “O comércio representa 75% do nosso PIB, ou seja, precisamos muito da ajuda do governo para sair dessa crise agravada pela pandemia”, concluiu.