Paulo Câmara esteve com Lula e pode virar ministro 

Uma fonte do PT nacional me confirmou, há pouco, que o governador Paulo Câmara teve uma conversa com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, no início da noite, em Brasília. Seu nome está cogitado para o Ministério das Comunicações ou Turismo. Depende, entretanto, de negociações com outros partidos que Lula está consultando para anunciar os 13 ministros restantes na próxima terça-feira.

A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), hoje, pedindo esclarecimentos sobre o alcance de um dos pontos decisão da Corte sobre o orçamento secreto.

O orçamento secreto é como ficaram conhecidas as emendas de relator – recursos da União que são direcionados pelo relator do orçamento que, em geral, libera os valores a pedido de deputados e senadores. Na última segunda-feira, o Supremo considerou as emendas inconstitucionais devido à falta de transparência.

A Advocacia-Geral da União questiona como será a aplicação da decisão do Supremo para as emendas de relator de orçamentos de 2021 e 2022 – se deve ser feita sobre as emendas autorizadas ou também engloba as emendas em execução. O pedido da AGU é assinado pelo ministro Bruno Bianco.

O trecho da decisão do STF que está em discussão é o que:

  • determina que, em relação aos orçamentos de 2021 e 2022, não será possível usar as emendas de relator para atender a pedidos de parlamentares ou de usuários externos;
  • estabelece que os recursos ainda pendentes devem ser executados pelos ministérios segundo seus programas e prioridades;
  • e impede o caráter vinculante, ou seja, obrigatório das indicações formuladas pelo relator-geral do orçamento;

A AGU questiona se estas restrições impostas pelas decisões alcançam apenas as emendas já autorizadas, mas ainda não aplicadas, ou se abrange os recursos que já foram empenhados e estão em execução.

A Advocacia sustenta que, se o entendimento é de que as emendas em execução passam a ter essa interpretação mais restrita, por segurança jurídica, há a possibilidade de o Supremo ter que modular os efeitos de sua decisão, ou seja, definir o alcance de sua aplicação.

“Quanto às verbas autorizadas, faz todo sentido que os Ministérios venham a reavaliar sua aplicação, nos últimos dias do exercício de 2022, destinando-as segundo os programas e projetos existentes nas respectivas áreas. O mesmo não ocorre, porém, em relação às despesas já iniciadas de alguma forma, cuja preservação pode vir a ser respaldada por fundamentos de segurança jurídica que poderiam justificar, até mesmo, uma possível modulação da eficácia do acórdão”, afirma o documento.

A AGU sustentou que se a decisão valer para casos em que a verba já começou a ser paga, quem foi contratado com esse dinheiro pode se sentir prejudicado e acionar a Justiça contra a União. “Afinal, caso as despesas já iniciadas possam ser reavaliadas e eventualmente canceladas/remanejadas pelos Ministérios, os contratados prejudicados poderão vir a buscar ressarcimento judicial futuro”, diz o documento.

Por Hylda Cavalcanti

O presidente eleito e diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, na entrevista que concedeu hoje, que não quer “bajuladores” no seu governo e sim “críticos eficientes e honestos que nos ajudem a consertar o que estiver errado”. Lula lembrou a diversidade da frente ampla que o elegeu e que se reflete na escolha dos ocupantes de ministérios e outros cargos. E destacou que a equipe precisa atuar com “competência para arrumar o que retrocedeu e garra para desenvolver programas futuros”.

“Com a entrega do relatório cumprimos a primeira fase importante do governo que começa em 1º de janeiro”, disse ele. Antes de fazer qualquer anúncio, o presidente aproveitou para elogiar parlamentares e lideranças políticas que aprovaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, sancionada esta manhã pelo Congresso. “A aprovação da PEC foi uma demonstração de apoio não a nós, mas à população do país e contamos até mesmo com votos de pessoas que não estiveram conosco nas eleições, o que mostra grandeza por parte desses parlamentares”, enfatizou.

O presidente eleito destacou, também, que este ano foi feita “a mais democrática transição nesse país, e também a mais barata de todos os tempos”. E mandou um recado: “Todos os que não foram contemplados ainda e fazem parte da frente ampla terão espaço neste governo. Ainda temos nomes a anunciar. Quero deixar claro que queremos políticos nos ministérios, mas políticos que nos ajudem a trabalhar pelo Brasil, que indiquem equipes competentes e estejam engajados como nós estamos para mudar a realidade desse país, para termos um Brasil menos desigual e com desenvolvimento”.

“Não tenham vergonha de nos mostrar se houver algo ruim, nem os integrantes da imprensa nem os políticos nem a população em geral. Estamos dando início a um governo com pessoas diversas, que representam o país, mas não queremos um governo em que se destaquem bajulações. Queremos críticas e observações pontuais sobre possíveis equívocos, para que eles possam ser consertados”, frisou ele.

Lula afirmou que no seu próximo governo será preciso “fazer melhor que em governos anteriores, inclusive os meus governos anteriores”. “E tenho certeza de que vamos saber fazer de novo tudo o que já fizemos. Vimos, por esse relatório, que retrocedemos alguns anos em vários segmentos. Vamos atuar para recuperar isso e ter eficiência, de olho nos programas futuros. Se há uma missão desse governo que se inicia é a de fazer o povo voltar a ser feliz, poder voltar a estudar, poder comer decentemente e ter direito a uma saúde de qualidade”, disse.

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deu início à “Operação Natal 2022” à meia-noite desta quinta-feira (22). Em Pernambuco, a fiscalização é intensificada nas rodovias federais, com destaque para a BR-232 e a BR-101 no sentido litoral até o dia 25 de dezembro. As informações são do portal G1/PE.

A iniciativa é um desdobramento da “Operação Rodovida”, que vai até o fim do Carnaval 2023. O objetivo da operação é de garantir de segurança viária e a preservação de vidas nas rodovias e estradas federais por todo o Brasil. A PRF alerta para que os motoristas fiquem atentos ainda às obras de triplicação que estão em andamento na BR-232, saída de Recife para o interior.

Sob a condução do presidente, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o Congresso Nacional aprovou, hoje, o relatório final do Orçamento para 2023, contendo o aval do Parlamento à “PEC da Transição”, que prevê a continuidade do pagamento de R$ 600 do programa “Bolsa Família”, bem como um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. O salário mínimo terá um aumento real de 3%, ficando em R$1.320 a partir de janeiro. A matéria agora segue para sanção presidencial.

O texto também permitiu a recomposição e aumento dos recursos para importantes áreas da administração pública. A Educação terá um orçamento de R$ 130,6 bilhões, ante R$ 119,8 bilhões previstos anteriormente. A peça orçamentária, aprovada mais cedo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), contempla uma projeção de déficit primário de R$ 231,5 bilhões. O aumento em relação à proposta encaminhada pelo Poder Executivo, de R$ 63,7 bilhões, deu-se em razão da ampliação do teto de gastos de R$ 145 bilhões.

Fontes que acompanham a formação do terceiro governo Lula afirmam que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), terá na estrutura do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) dois importantes órgãos para a economia:

  • Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
  • Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil)

Segundo o blog da Ana Flor, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Alckmin como titular do MDIC. A pasta será recriada a partir do Ministério da Economia e terá como objetivo reverter a desindustrialização e incentivar a geração de empregos.

A estrutura desenhada pela equipe de Lula fará com que Alckmin trabalhe com o ex-ministro e ex-senador Aloízio Mercadante, que vai presidir o BNDES. Os dois atuaram juntos na transição – Alckmin coordenou a equipe, enquanto Mercadante chefiou os grupos temáticos.

Além do BNDES e da Apex, fontes dizem que o MDIC deve ficar com outros órgãos:

  • Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa);
  • Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro);
  • Secretaria de Micro e Pequena Empresa;

Lula cogitou ter um ministério para a micro e pequenas empresas, porém preferiu ter uma secretaria no MDIC. A pasta de Alckmin também deve responder pelo braço do governo federal no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, na tarde de hoje, no hotel onde está hospedado em Brasília, lideranças do MDB. A reunião ocorreu após Lula anunciar 16 ministros que estarão no novo governo, que terá 37 pastas.

O MDB não foi contemplado até o momento. Lula ainda tem de anunciar 16 ministros. Ele pretende confirmar novos nomes na próxima semana, a última antes da posse para o terceiro mandato presidencial.

Segundo apurou o portal G1, Lula recebeu os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) e os deputados Baleia Rossi (MDB-SP) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Baleia Rossi é o atual presidente do MDB.

Também participaram da reunião os futuros ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. No MDB e na equipe de Lula há expectativa para definição de quais pastas o partido poderá ocupar e qual ministério será oferecido à senadora Simone Tebet (MDB-MS). O Ministério do Meio Ambiente é uma das opções. A pasta de Cidades é outra.

Terceira colocada na eleição presidencial, Tebet apoiou Lula no segundo turno e atuou na transição. Era cotada para o Ministério do Desenvolvimento Social, porém Lula optou pelo senador eleito Wellington Dias (PT-PI), que é do mesmo partido do presidente eleito.

Como a tentativa de tumultuar a eleição para a mesa diretora da Câmara dos Vereadores de São José do Egito, no início da semana, não deu certo, resultando na recondução do vereador João de Maria à Presidência da Casa, uma nova manobra para minar a força política do vereador, nome forte para o pleito municipal de 2024, foi desenhada.

Acontece que, mesmo com dinheiro em caixa, João de Maria não tem como usar a verba para o pagamento do salário dos servidores, o que inclui os salários de dezembro dos vereadores e o décimo terceiro de servidores.

Desde novembro, foi enviado um ofício ao prefeito, Evandro Valadares, solicitando remanejamento da receita existente em caixa, mas ele não atendeu. O caso foi judicializado e deve ser julgado pelo judiciário até amanhã.

Na verdade, o que se diz nos bastidores é que a negativa do prefeito nada mais é do que uma manobra política para desgastar a imagem de João de Maria, que é um possível e forte candidato para as eleições municipais de 2024. Para isso, Evandro Valadares tem explorado o tema de forma política para que o assunto possa chegar à população de forma distorcida da realidade.

Além disso, ao não liberar a verba para o pagamento do salário e décimo dos vereadores e servidores da Câmara Municipal, a ideia é induzir o presidente da Câmara a agir por impulso. Devido à pressão da sociedade, os recursos existentes poderiam vir a ser utilizados para o pagamento dos salários em atraso antes de uma resposta judicial favorável, o que pode induzir a um ato de improbidade administrativa, culminando em processo de inelegibilidade, eliminando, desta forma, o nome do presidente da Câmara como candidato no pleito de 2024.

A Câmara SJE reafirma que há recursos em caixa para quitar as despesas e fechar o ano com austeridade fiscal. Apenas requer, dentro dos trâmites constitucionais, que o prefeito faça a sua parte. É de se ressaltar ainda que esse tipo de manobra pode estar sendo arquitetado para gerar um caso de improbidade administrativa e também fazer com que esses recursos retornem aos cofres do próprio Executivo, já que qualquer valor que não seja utilizado pelo Legislativo até o último dia do ano deve ser devolvido. O Poder Legislativo ingressou com Mandado de Segurança e aguarda a decisão da Exma. Juíza Tayná Lima Prado.

Anunciada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como futura ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos afirmou que o reajuste das bolsas de pesquisa está entre as “preocupações” do governo que toma posse dia 1º de janeiro. As informações são do portal G1.

Luciana destacou que as bolsas estão “congeladas” desde 2013. O último reajuste aconteceu durante o governo de Dilma Rousseff, quando as bolsas de mestrado passaram para R$ 1,5 mil e de doutorado, R$ 2,2 mil, valores que permanecem até hoje.

“É a gente tratar de outras indicações e preocupações como, por exemplo, congelamento das bolsas do CNPq e Capes. A Capes é da alçada do Ministério da Educação, mas elas estão congeladas desde 2013. Isso diz respeito ao capital humano, a financiar a pesquisa desde muito cedo”, declarou Luciana.

O percentual do reajuste terá de ser discutido pelo governo e levará em conta a disponibilidade de dinheiro. “Esse [percentual de reajuste de bolsas] é um debate que a gente vai ter que fazer com todo o contexto dos recursos que vão estar disponíveis. A princípio é preciso fazer no mínimo um ajuste inflacionário. Esse é o parâmetro que a gente está utilizando”, acrescentou a futura ministra.

Dentro da comunidade acadêmica, a expectativa é de que o novo governo dê uma atenção maior para as agências federais de fomento à pesquisa ligadas aos ministérios da Educação e ao da Ciência e Tecnologia – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).