Ciro Gomes diz que PT também tem gabinete do ódio

Candidato ao Planalto pelo PDT, Ciro Gomes voltou a atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que, se o petista vencer a disputa em outubro, será “o maior estelionato eleitoral” da história. Ele também reprovou a atitude de intelectuais e artistas que já declararam apoio ao petista.

“Não estou pedindo voto para mim, não. Estou dizendo o seguinte: como a gente pode permitir que o melhor da sociedade, juventude, movimento intelectual, os artistas vão aceitar que o Lula entre para uma eleição?”, questionou, durante participação na 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade de Brasília. As informações são do Correio Braziliense.

Ciro disse haver uma imensa maioria que está calada, “porque o ambiente de lacração, de cancelamento, de grosseria, de violência política, não é só o (presidente Jair) Bolsonaro que promove”. Segundo ele, o comportamento da militância do “gabinete de ódio do PT e do Lula é um dos mais fascistas e execráveis do Brasil”. “Lula fica posando de bonzinho, mas a canalhice, a falta de respeito, a falta de escrúpulo, os insultos, as agressões, as mentiras que ele promove no Brasil são tão graves quanto aquelas que Bolsonaro promove.”

O presidenciável afirmou que o Bolsonaro foi a tragédia econômica do país e que Lula representa a tragédia moral. “A falta de escrúpulo, o conchavo para ladroeira mais desavergonhada do país, que ele cometeu lá atrás e que está cometendo hoje”, disparou.

O ex-ministro também destacou que, caso não vença a eleição, esta será sua última campanha. Na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, ele aparece com 8% das intenções de voto.

“Esta é a razão pela qual eu, pela quarta vez, tento ser presidente do Brasil. Claro que, desta vez, chega (…). Se eu não ganho agora, vou botar minha viola no saco, porque eu virei o bicho falante, o chato, o destemperado”, disse.

O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) oficializou, hoje, o seu atual presidente, Pastor Wellington Carneiro, como candidato ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2022. A candidata a vice é a advogada e presidente do PTB Mulher estadual, Carol Tosaka. O anúncio foi feito durante uma convenção do partido, realizada no auditório do Recife Praia Hotel, no bairro do Pina, Zona Sul da cidade.

O governo federal já espera uma enxurrada de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) beneficiando estados por conta da redução do ICMS, principal tributo estadual, sobre combustíveis, energia, transporte público e telecomunicações. A medida foi aprovada pelo Congresso Nacional, no esforço de melhorar a popularidade de Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.

Os estados pedem ao Supremo a suspensão do pagamento de suas dívidas junto à União, como forma de compensar a queda de arrecadação com o tributo. No total, eles têm R$ 11,3 bilhões a pagar neste ano ao governo federal, de acordo com levantamento feito pelo Tesouro Nacional a pedido do GLOBO.

As primeiras decisões favoráveis aos governos locais incentivam os demais. Na quinta-feira, o presidente da Corte, Luiz Fux, determinou a suspensão do pagamento da dívida de Alagoas com a União — foi a segunda decisão favorável a um estado, usando parte dos argumentos que beneficiaram, no dia anterior, o Maranhão.

Com o precedente aberto, ao menos 11 unidades da Federação finalizam ações que serão protocoladas no STF, de acordo com fontes ligadas aos estados.

O governo federal, porém, já prepara recursos ao Supremo para essas decisões. As ações decorrem da lei que determinou um limite de 17% ou 18% (a depender do estado) para o ICMS cobrado sobre energia elétrica, combustíveis, transporte e comunicações. Em alguns produtos, as alíquotas chegavam a 34%. Essa lei foi feita como uma tentativa do governo federal de reduzir o preço dos produtos.

Diversos estados foram ao STF contra a lei especificamente, mas não houve uma decisão nesse processo, a favor ou contra a legislação, até agora. A perda dos estados estimada em 12 meses com a lei é de R$ 73 bilhões, segundo dados do próprio governo federal.

Somente em 2023

Perguntado sobre as ações, o Ministério da Economia afirmou, em nota, que, de acordo com a lei aprovada pelo Congresso, não há que se falar em antecipação de valores que ainda não foram apurados e não há condições de saber se um determinado estado fará jus a alguma compensação, pois, para que isso ocorra, é necessário haver redução na arrecadação do ICMS em 2022 superior a 5% em relação à arrecadação do mesmo tributo em 2021.

Somente em 2023, diz a pasta, se saberá se houve redução na arrecadação em 2022 e, caso haja, qual foi o percentual dessa redução.

As duas decisões favoráveis aos estados dadas pelo STF preveem suspensão do pagamento das dívidas — inclusive de débitos externos e que, em alguns casos, têm a União como garantia dos contratos.

O primeiro contemplado foi o Maranhão, que conseguiu uma liminar do ministro Alexandre de Moraes. Ele destacou que a aprovação das leis federais que diminuíram a arrecadação de ICMS ocorreu “de forma unilateral, sem consulta aos estados”.

A outra ação beneficiou Alagoas e teve como relator o ministro Luís Roberto Barroso. Diferentemente de Moraes, Barroso não está despachando no recesso de julho. Assim, quem analisou o caso foi o presidente do STF, que está trabalhando no período e analisando questões urgentes.

Ao conceder a liminar, ele disse que a “supressão indevida e não planejada de recursos” pode comprometer a prestação de serviços públicos.

Precedente aberto

Governadores e membros do governo federal reconhecem que essas decisões abrem precedentes para outros pedidos semelhantes.

Também na nota, o Ministério da Economia encaminhou números que mostram o aumento continuado da arrecadação com ICMS por Alagoas e Maranhão. E lembrou que a discussão sobre as perdas já está ocorrendo em ação relatada pelo ministro Gilmar Mendes, também do STF.

“A reiteração de novas ações pelos estados no Supremo, ao fomentar a adoção de decisões judiciais contraditórias, fragiliza o esforço empreendido tanto pelo poder Legislativo quanto pelo Judiciário na busca por uma solução para a questão desprestigiando as recentes leis aprovadas pelo Congresso Nacional e a referida Comissão Especial já criada pelo STF”, afirma a pasta no texto.

A compensação via dívida pode não beneficiar todos os estados. Em alguns casos, o estoque é pequeno. Outros estados já não estão pagando seus débitos com o governo federal, por conta de decisões do próprio Supremo e do regime de recuperação fiscal.

Decisões que beneficiaram unidades como Minas Gerais, que não está pagando sua dívida com a União, geraram inclusive incômodos em outros estados que estão com as contas em dia. Governadores consideram que isso é um incentivo ao descontrole fiscal.

O assunto também vem sendo discutido nas campanhas eleitorais. Faz parte da estratégia de Bolsonaro culpar os governadores pela demora na redução dos preços dos combustíveis e da energia. Ele também não quer compensar os estados pelas perdas — por isso, a ideia da campanha é jogar a discussão para 2023.

Da parte do PT, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva querem inserir o assunto numa reforma tributária e discutem a possibilidade de compensar os estados por meio da redução da dívida.

A primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, desembarca no Recife, próxima terça. Ciceroneada pelo pré-candidato pelo PL ao Senado por Pernambuco, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, vem com uma comitiva formada pelo atual ministro do Turismo, Carlos Brito; da ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto; da presidente da Caixa Econômica, Daniella Marques; da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves e do presidente da Embratur, Silvio Nascimento.

Na capital pernambucana, desembarca na base área do Recife às 13h com destino à Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), onde participa de almoço com o Grupo Atitude Pernambuco (Empresários PE).

Da Fiepe, segue para agência da Caixa Econômica do Cais do Apolo, onde participa da inauguração do espaço “Caixa pra Elas” e depois segue para ao prédio da Caixa Cultural, no Bairro do Recife, onde vai participar do lançamento nacional do programa destinado às mulheres do banco, batizado de “Caixa pra Elas”.

O último compromisso da primeira-dama no Recife, que tem como missão alavancar o apoio da ala feminina à campanha de Bolsonaro, encerra após o Chá com Mulheres da Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno (ADHONEP), que acontece a partir das 18h30, no Mar Hotel Convention, em Boa Viagem.

Será batizado de “Pernambuco com força de novo” o nome da coligação formada pelo União Brasil, Podemos, Patriota e PSC em torno da pré-candidatura ao Governo de Pernambuco de Miguel Coelho e de sua vice, Alessandra Vieira. Assim como a homologação da chapa de Miguel e Alessandra, o nome da coligação será oficializado amanhã, a partir das 14h, no Clube Internacional, quando acontece a convenção do projeto liderado por Miguel que tem como meta encerrar a hegemonia que já dura 16 anos do PSB em Pernambuco.

O nome da coligação é inspirado pelo passado grandioso do estado e pelo desejo de motivar o eleitorado a ter esperança em dias melhores.

“O nosso projeto é de mudança, de transformação e de luta por um futuro melhor. A gente sabe muito bem que os pernambucanos estão cansados, tristes e até em alguns momentos sem perspectiva. Isso é um fruto ruim que foi plantado nesse governo nos últimos oito anos. Pernambuco ficou para trás. Mas nosso povo é forte, temos uma trajetória de grandes feitos, nossa história prova. Por isso, estamos deixando essa mensagem, temos que ter esperança, pois temos gente capaz de recuperar nosso protagonismo, de resgatar a nossa grandeza que inspira o Brasil há séculos. A partir do próximo ano, nosso povo pode ter certeza, é Pernambuco com força de novo”, explica Miguel Coelho.

Os primeiros políticos que pediram registro de candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declararam, juntos, ter mais de R$ 5,6 milhões em dinheiro em espécie, em moeda nacional e estrangeira, guardados em casa.

Dos 757 candidatos registrados até esta sexta-feira, 29, na Corte, 78 disseram ter quantias em dinheiro vivo. Desses, 28 têm ao menos R$ 50 mil em cédulas. As informações são do Estadão.

O resultado ainda parcial do registro de candidaturas mostra que o patrimônio desses políticos é de R$ 668,5 milhões em bens, entre imóveis, automóveis, aeronaves e participação em empresas.

A informação sobre os bens é feita por meio de autodeclaração e a Justiça Eleitoral não submete o patrimônio apresentado por candidatos à averiguação. Em alguns casos, porém, o Ministério Público Eleitoral pode entender que há prejuízo à interpretação do eleitor sobre o candidato e oferecer denúncia por falsidade ideológica.

Não é considerado crime deixar cédulas guardadas em casa. Altas quantias, porém, costumam gerar dúvidas sobre a origem dos recursos.

Na lista dos que inauguraram o registro de candidatura neste ano, o que apresentou o maior patrimônio em espécie foi o vereador do Rio de Janeiro Luciano Vieira (PL), que tentará uma vaga de deputado federal: R$ 1 milhão. Quando se elegeu para a Câmara Municipal, em 2020, declarou R$ 770,2 mil, no somatório de todas as posses. Agora, os bens declarados pelo vereador somam R$ 7,6 milhões. Um aumento de cerca de dez vezes em apenas dois anos. Ele não foi localizado ontem.

Em segundo lugar, aparece o candidato a deputado federal Elio Lacerda (Patriota-MG), com R$ 511 mil em dinheiro declarados. Depois dele, Sargento Hamilton (Patriota-MG), postulante à Assembleia Legislativa, com R$ 400 mil em espécie. Os montantes em espécie declarados variam de R$ 1 milhão a R$ 40. O candidato que declarou ter R$ 40 é o advogado Edney Duarte Jr. (Novo), que pretende concorrer a um assento na Assembleia paulista. Também postulante ao cargo de deputada estadual pelo Novo em São Paulo, Carol da Banca disse ao TSE ter R$ 200 em espécie.

Nas eleições de 2018, 2.540 candidatos declararam, somados, R$ 313 milhões em espécie, de um total de R$ 24,2 bilhões em bens. Pela primeira vez, em razão da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD), os bens declarados, como imóveis e carros, passaram a não ser detalhados pelo TSE. A base de dados permite apenas uma consulta genérica, sem qualquer referência a endereços e modelos, por exemplo.

O deputado Helio Lopes (PL-RJ) disse, na eleição de quatro anos atrás, não ter nada em seu nome. Desta vez, declarou à Justiça dois terrenos de R$ 18 mil cada. Já Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido na Câmara, disse ter perdido patrimônio de uma eleição para outra. Os R$ 3,9 milhões em bens passaram a ser R$ 1,2 milhão. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), candidato à reeleição, declarou R$ 122 mil, ante R$ 102 apresentados em 2018.

Foto: Blog Cenário

No discurso que oficializou sua candidatura ao Governo do Estado, encerrado há pouco, Raquel Lyra (PSDB) aproveitou para além de ratificar seu currículo como única prefeita mulher eleita em Pernambuco, para alfinetar a briga pelo apadrinhamento do ex-presidente Lula e do presidente Bolsonaro, protagonizada, respectivamente, por Danilo, Marília e Anderson.

De acordo com a ex-prefeita de Caruaru, nessa disputa por apoio do dois candidatos à presidência da República, os pré-candidatos, diferente dela, terminam esquecendo de inserir o povo. “Tem gente que briga pelo apoio de Lula e Bolsonaro e eu fico me perguntando onde está o povo de Pernambuco nessa discussão”, questiona a tucana.

“Nos próximos dias, muita gente vai fazer discurso prometendo muita coisa, mas projeto todo mundo é capaz de fazer, difícil é tirar o projeto e transformar em realidade na vida das pessoas, como fiz em Caruaru”, completou Raquel, ladeada pela sua candidata a vice, Priscila Krause, e ao Senado, Guilherme Coelho.

Acompanhe a convenção do PSDB e Cidadania que oficializa as candidaturas de Raquel Lyra governadora, Priscila Krause vice-governadora, e Guilherme Coelho senador, e também as candidaturas dos deputados estaduais e federais do partido.

O leitor observou a animação? Este é o ex-prefeito de Surubim, Flávio Nóbrega, ex-petista. É daqueles políticos que mudam de partido e de posição nos apoios de acordo com as suas conveniências. Troca de lado na mesma velocidade que troca de camisa.

Sua mais recente traição, na proporcional, foi abandonar Chaparral, ex-prefeito de Orobó e candidato a deputado estadual, por Gustavo Gouveia, de Paudalho. Chaparral é aliado de Miguel Coelho. Gouveia, de Marília Arraes.

O que até as paredes sabem em Surubim é que a próxima a ser traída será Mainha, como é conhecida a ex-prefeita de Caruaru. Gouveia está fazendo a cabeça dele para apoiar Marília.

Nóbrega é imbatível no quesito infidelidade. Em Surubim, já traiu o ex-prefeito Humberto Barbosa, o ex-prefeito Túlio Vieira e a atual prefeita Ana Célia.

Convenção Raquel

Pouca gente foi atraída para a convenção tucana no Clube Português que homologa Raquel Lyra como candidata ao Governo do Estado, Priscila Krause vice e Guilherme Coelho ao Senado.

Nas imagens, dá para perceber as brechas em todos os ambientes, inclusive, defronte e nas laterais do palco. Há também uma frieza notável do povo em relação aos candidatos e uma perceptível formação de barra dos locutores para animar a calada e comportada plateia.