Viva Garanhuns!

O festival em homenagem ao saudoso Dominguinhos, que começou quinta-feira em Garanhuns e vai até amanhã, é um grande sucesso. Ontem, segundo dia, tivemos Waldonys, Solange Almeida e Alcymar Monteiro, o rei do forró.

Hoje, tem Raimundo Fagner e Elba Ramalho como principais atrações. Com minha Nayla Valença, curti uma noitada bacana circulando em vários camarotes. No da Prefeitura, revi muitos amigos e abracei Waldonys e sua simplicidade fantástica, depois do seu maravilhoso show no qual colocou três gerações no palco – o pai, ele e o filho, todos tocando sanfona.

No camarote do desembargador Agenor Ferreira Lima Filho, um dos mais animados, abraçamos vários amigos, entre os quais o advogado Fernando Mendonça. Também revi o ex-prefeito Silvino Duarte e o jornalista Ronaldo César, assessor de Imprensa do prefeito Sivaldo Albino, e Kitty Lopes, grande amiga e jornalista.

O prefeito promove o evento sem apoio do Governo do Estado. Segundo ele, um investimento da ordem de R$ 2 milhões. Mas vale a pena. Cidade turística, como é o perfil de Garanhuns, não pode prescindir de grandes eventos. O Viva Garanhuns, sucedâneo do Viva Dominguinhos, lota a rede hoteleira, restaurantes e bares, movimentando a economia.

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Com Governo desgastado, presidente Lula (PT) reúne time de ministros para cobranças

Por Larissa Rodrigues – repórter do blog

No mundo da política brasileira, a semana começa com a expectativa para a primeira reunião ministerial de 2025, convocada pelo presidente Lula (PT). O encontro será às 9h desta segunda-feira (20), na Granja do Torto, em Brasília, e deve contar com a presença de todos os 39 ministros, por ordem de Lula. O presidente teve a última reunião com ministros em 20 de dezembro de 2024, um dia depois de retornar para Brasília, de São Paulo, após passar por cirurgia para drenar um sangramento intracraniano.

De maneira geral, hoje o chefe do Poder Executivo vai cobrar resultados da equipe. Ainda enfrentando o desgaste da crise do Pix, o presidente quer mais ações práticas que beneficiem a população e gerem impacto positivo na popularidade. O episódio do Pix obrigou a Receita Federal a recuar do arrocho na fiscalização das transações financeiras digitais e deixou em maus lençóis o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua equipe, o que produziu um impacto negativo direto na imagem do presidente Lula.

Alguns detalhes chamam atenção para o encontro de hoje: será a primeira reunião ministerial do marqueteiro Sidônio Palmeira como novo chefe da Comunicação. Ele assumiu a pasta este mês diante das dificuldades do Governo Federal nessa área, sobretudo nas redes sociais. As mudanças na nova forma com a qual o Poder Executivo deve buscar se comunicar com a população, para evitar mais episódios semelhantes à crise do Pix, estarão na pauta.

Outro ponto a ser observado é que a reunião ministerial será realizada no mesmo dia da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem Lula não tem proximidade. Não estava nos planos do petista acompanhar o evento, mesmo que tivesse sido convidado, o que não aconteceu, até por razões de protocolo. A praxe estadunidense é enviar convites para as embaixadas, como foi feito.

Mas Lula não iria, tanto pelas posições políticas de Trump, quanto pela relação mais afinada com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Embora não havendo comprovação de que esse foi o objetivo, a reunião ministerial marcada exatamente para o dia da posse de Trump fará com que o evento dos Estados Unidos divida os holofotes na mídia brasileira com a repercussão do encontro entre os ministros e Lula. Fato é que também ainda não se sabe como ficará a relação entre Brasil e Estados Unidos sob o novo comando direitista.

Por fim, diante da expectativa de uma reforma na Esplanada dos Ministérios ainda no início deste ano, essa deverá ser a última reunião ministerial de alguns integrantes do time petista como titulares das pastas. O presidente Lula estuda uma maneira de contemplar mais aliados. Partidos como o PSD e o Republicanos, por exemplo, devem ganhar mais espaço, o que vai mexer com a vida de ministros pernambucanos, como André de Paula (PSD), da Pesca, e Silvio Costa Filho (Republicanos).

Governo do Estado – Já no estado de Pernambuco, a expectativa que ronda os envolvidos com a política local gira em torno dos anúncios que a governadora Raquel Lyra (PSDB) poderá fazer esta semana, como o nome escolhido para assumir a Secretaria de Educação do Estado. A governadora voltou do recesso na última sexta-feira (17), aumentando as especulações de que divulgará na semana que tem início hoje o novo ou nova integrante do time. Vale lembrar que a gestora tem ainda outras vagas do primeiro escalão para preencher, como a recém-criada Secretaria de Esportes; a Assessoria especial; e a pasta executiva de Defesa Animal.

Nome técnico tem chance maior – Existe a aposta entre os aliados da governadora de que ela colocará um técnico para substituir o ex-secretário Alexandre Schneider, porque a tucana quer evitar mais mudanças. Caso escolha um nome político, como algum deputado, essa pessoa pode querer renovar o mandato em 2026, o que faria Raquel precisar ter um quarto secretário de Educação. Em dois anos, dois titulares já saíram da pasta, causando instabilidade na área em Pernambuco, sobretudo por ser a Educação uma secretaria complicada, que demanda trabalho contínuo para mostrar resultados. Outros dizem que Raquel também não quer perder deputados aliados na Assembleia Legislativa (Alepe), como Débora Almeida (PSDB), que preside a Comissão de Finanças da Casa.

Humberto Costa e Raquel Lyra – O senador Humberto Costa (PT) também volta do recesso esta semana e terá reunião com a governadora Raquel Lyra. Nos bastidores, há a expectativa de que aconteça um convite formal da gestora para que o PT possa, enfim, embarcar de vez no Governo do Estado. O deputado João Paulo (PT) já defendeu publicamente várias vezes que o partido precisa rever o direcionamento de oposição à Raquel, que na prática não existe.

Lula Cabral elogiou João Campos – O ex-deputado estadual e agora prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (SD), avalia que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), fez uma jogada de mestre na eleição para renovação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, levando o PSB a fazer a maioria dos cargos. “João faz a política com maestria. Não interferiu na eleição do presidente Álvaro Porto, ligado ao ministro Sílvio Costa Filho. Com isso, fez Rodrigo Farias ser eleito primeiro vice, Aglailson Victor segundo vice e Francismar Pontes primeiro secretário, todos do PSB, que detém a maioria absoluta dos cargos da mesa”, afirmou.

João Campos, Lula Cabral e Dema – Lula Cabral disse ainda que colaborou com João Campos e que o prefeito do Recife fez Aldemar Santos, o Dema, superintendente Geral da Alepe com a sua decisão de nomear o ex-deputado Isaltino Nascimento para secretário no Cabo. Isaltino estava ocupando a função que Dema ocupará em fevereiro. “No cargo, Dema passa a ter espaços para fazer a boa política de relacionamento com todos os deputados na condição de fiel interlocutor de João”, avaliou Lula Cabral.

CURTAS

Mano Medeiros – O prefeito reeleito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros (PL), disse que a cidade tem o mesmo prefeito, mas uma nova gestão. Ele reuniu o secretariado municipal na última sexta-feira para traçar as metas da gestão para os primeiros 100 dias de governo. “Tenho dito que é o mesmo prefeito, mas não a mesma gestão. Vou cobrar resultados, porque as quase 181 mil pessoas que confiaram a mim o seu voto precisam de respostas, de ações concretas”, declarou Mano Medeiros.

Os Gilsons nos EUA – O vereador do Recife Gilson Filho (PL) e seu pai, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), embarcaram na última sexta-feira para Washington (DC) onde participarão da cerimônia de posse do presidente eleito norte-americano, Donald Trump. “É uma honra estar ao lado de grandes líderes internacionais e representar nossa cidade e nosso país em um evento de tamanha magnitude”, declarou o vereador.

Magno de volta – O titular deste blog volta do recesso hoje e vai assumir novamente a coluna de política diária mais lida do Estado. Foi uma honra e um prazer imenso substituir o chefe nesses primeiros quinze dias de janeiro de 2025 neste espaço. A partir desta semana, volto a fazer apenas a coluna do sabadão e estarei na reportagem nos demais dias. Obrigada a todos e todas, fontes, colegas, enfim, amigos e amigas que acompanham meu trabalho, pelos feedbacks carinhosos.

Perguntar não ofende: a governadora Raquel Lyra vai importar da região Sudeste o próximo titular da Educação ou vai dar chance a algum pernambucano?

Conheça Petrolina

O sorotipo 3 da dengue voltou a circular no país de forma mais expressiva após 17 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, as quatro variações da doença foram identificadas no Brasil em 2024, mas 40,8% dos casos registrados em dezembro estão relacionados ao sorotipo 3.

A maior prevalência no ano inteiro ainda foi do tipo 1, relacionado a 73,4% dos casos. A última vez que o sorotipo 3 circulou de forma predominante foi em 2008.

A maioria dos pacientes infectados com a cepa está concentrada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. O cenário preocupa especialistas porque grande parte da população não possui imunidade contra o sorotipo e se encontra mais vulnerável à infecção.

O infectologista Antônio Bandeira, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e assessor técnico do Laboratório Central do Estado da Bahia, explica que a circulação do sorotipo 3 é preocupante. “A qualquer momento pode acontecer um surto de grandes proporções porque a população não está imunizada”, aponta.

Imunidade à dengue

Os meses do verão são historicamente os com mais de casos de dengue pela combinação entre temperaturas elevadas e o maior volume de chuva. O ano de 2024 foi um dos mais críticos, com 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes provocadas pela doença. Outros 908 óbitos continuam em investigação.

O volume de casos conferiu à população a imunidade temporária à doença. Os médicos explicam que a pessoa que tem dengue desenvolve imunidade contra o sorotipo específico que causou a infecção pelo resto da vida e contra os demais tipos por um período curto, que varia de seis a oito meses.

“Se a pessoa for exposta a algum subtipo poucos meses depois da infecção, pode ser que ela tenha alguma imunidade parcial e não desenvolva doença. Mas depois de passado esse período curto, ela pode sim ser infectada por outros subtipos”, explica o infectologista André Bon, do Hospital Brasília, da rede Dasa.

A segunda infecção, independente do sorotipo causador, aumenta o risco do paciente desenvolver a forma grave da doença. “Não quer dizer que os outros episódios não possam ser graves: podem, mas o pior de todos é geralmente o segundo”, afirma Bandeira.
Sintomas

Os quatro sorotipos da dengue levam o paciente aos mesmos sintomas: febre (39°C a 40°C) de início repentino, dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos.

Do Metrópoles.

Camaragibe Avança 2024

Por Paula Theotonio

Do jornal Correio

Sabia que o primeiro vinho fino do Nordeste nasceu na Bahia? Essas e outras curiosidades sobre a produção vínica no Vale do São Francisco estão no livro Velho Chico – Vinhos Regados de Histórias, do sommelier, escritor, documentarista e produtor de vinhos José Figueiredo.

Lançado 13 anos após Ensolarado Sertão, Magníficos Vinhos (2011), a nova publicação mescla imagens e documentos com uma narrativa histórica e envolvente sobre a vitivinicultura no Sertão. Fruto de décadas de pesquisas e entrevistas com personagens-chave, o material conecta os vinhos da região a eventos como a Segunda Guerra Mundial; e traça desde a chegada da primeira videira em solo brasileiro até os dias atuais.

“Nem todo mundo sabe, mas a videira chegou ao Brasil pelo Litoral Norte de Pernambuco, nos atuais municípios de Itapissuma, Igarassu e Itamaracá. O vinho se estendeu pelo Nordeste e Sudeste até chegar, séculos depois, no Sul do Brasil; para então retornar ao Nordeste pelo Sertão. Tivemos a primeira vinícola sertaneja em 1964 e o primeiro vinho fino, de uvas Vitis vinifera, produzido em Casa Nova (BA)”, revela o escritor.

Em bate-papo com esta colunista, José Figueiredo cruzou passado e futuro, compartilhando outros fatos históricos pouco conhecidos sobre a região e suas apostas para o Vale do São Francisco nos próximos anos. Confira:

Quando você escreveu seu primeiro livro, Ensolarado Sertão, Magnífico Vinhos, era um sommelier e documentarista. Hoje, é também produtor de vinhos na região pela qual se apaixonou. Essa experiência e vivência estão presentes, de alguma maneira, nesse novo livro?

Sim. Na verdade, a minha chegada no Vale de São Francisco já foi exatamente para a elaboração do meu próprio vinho. Naquela oportunidade, em 2003, convenci meus dois sócios a produzirmos uva para exportação. O grupo Tanino, hoje aqui no Vale de São Francisco. Porém, quando quis retomar a ideia de produzir grandes vinhos, meus sócios optaram em permanecer com as uvas de mesa, com uva de exportação, como até hoje fazem; então saí da sociedade e só retomei esse sonho quando criei o meu próprio projeto. Hoje eu acredito que meu vinho VSB – o Vinum Sancti Benedictus ou o Vinho São Benedito – só ratifica todo o conteúdo desse novo livro e as minhas convicções sobre esta região.

Que aspectos dos vinhos da região você acha que ainda são pouco conhecidos e que o livro busca destacar?

É comum se falar muito só dos espumantes, ou: “Ah, são vinhos de entrada, são vinhos jovens, são vinhos leves”. E o que dizer dos vinhos amadeirados, dos vinhos robustos, com uma qualidade ímpar? O que dizer, por exemplo, de um vinho nesse estilo ser eleito o melhor vinho tinto nacional numa feira de reputação do tamanho da Expovinis, em 2012? Os tamanhos prêmios de outros vinhos amadeirados? Nós temos um potencial já consagrado de vinhos maduros, inclusive devemos migrar para isso, haja vista o lançamento de um vinho elaborado com videiras que já chegaram à centésima safra no Grupo Tropical Vitivinícola.

Há alguma história ou curiosidade sobre os rótulos do Vale que você considerou essencial incluir no livro?

Tem inúmeras! A mais relevante, a mais enigmática, é o registro da primeira vinícola do Sertão, em 1964. E não diferente, o icônico Grande Lago: o primeiro vinho fino do Vale do São Francisco, elaborado pela vinícola Vale dos Cactos, pelas mãos de Idalêncio Angheben. Sim, o primeiro vinho fino do Nordeste nasceu na Bahia. Idalêncio foi escolhido pelo empresário Mamoru Yamamoto para conduzir o primeiro experimento na Fazenda Ouro Verde II, e enfim, dar sequência nos primeiros vinhos de grande porte no Vale de São Francisco. E também a própria biografia do Mamoru Yamamoto, que para mim, é de uma relevância ímpar: a cada um que eu entrevistei de seus ex-funcionários, homens maduros de 50, 60, 70 anos, invariavelmente, todos choraram ao se reportar sobre ele. A presença do Idalêncio Angheben aqui no Vale, ratifica aquilo que o Mamoru e tantos outros protagonistas, sonhavam para essa região.

Tendo acompanhado o despertar do Vale do São Francisco enquanto região e conhecendo tão bem sua história, como você enxerga o posicionamento atual dos vinhos do Vale do São Francisco no mercado brasileiro e internacional?

As grandes premiações nos mais diferentes concursos, quer no Brasil ou no exterior, ratificam em definitivo a qualidade superior dos vinhos do Vale do São Francisco. Essa qualidade é reafirmada com a Indicação Geográfica de Procedência (IP) Vale do São Francisco. Uma normatização rígida, muito semelhante às da União Europeia. Então, eu vejo tudo com um olhar muito otimista, não só nos vinhos, mas também no enoturismo. Acredito que nós vamos conseguir números elevadíssimos nos próximos cinco anos. E o que vai contribuir para que esse enoturismo realmente desabroche e faça jus a essa expectativa é essa qualidade validada em premiações para os vinhos do Vale de São Francisco. São outras vinícolas chegando, existem terrenos comprados esperando o início das atividades. Eu tenho uma expectativa muito grande e inclusive trago isso nas últimas páginas do livro.

Você acredita que o consumidor brasileiro valoriza suficientemente os vinhos produzidos no Nordeste? Como mudar essa percepção, caso ainda haja resistência?

É uma quebra de paradigma diário. A grande oferta hídrica do Rio São Francisco, as mais modernas tecnologias de irrigação, fazem com que tenhamos uma condição ímpar, enologicamente falando. Os grandes vinhos precisam de verões quentes e secos; e quando isso acontece, fala-se que é uma safra excepcional e seus vinhos são valorizados em detrimento a outras safras não tão boas. E o que é essa safra tão boa? É quando o limite hídrico aconteceu, quando a água chegou na quantidade exata para que a videira não murchasse e também os cachos não murchassem. Aqui sempre temos safras espetaculares; onde, da poda à colheita, não cai uma gota do céu e toda a oferta de água é tecnologicamente suprida pela irrigação. Temos que explicar isso todos os dias, nas mais diferentes praças do Brasil; dizendo: “nós somos fantásticos”, “nós somos absolutamente diferentes”. E a obra Velho Chico, Vinhos Regados de História, é uma ferramenta excepcional para desfazer quaisquer mitos.

Há algum rótulo produzido no Vale que tenha um significado especial para você, seja pela qualidade ou pela história por trás dele?

Olha, existem três rótulos bastante significativos para mim: o primeiro vinho engarrafado [de mesa] no Sertão, que foi o vinho Figueira, feito pelo Grupo Raymundo da Fonte no início da década de 80, em Floresta (PE). Já mostrava os potenciais dos vinhos sertanejos. Agora, é claro, indiscutivelmente, o VSB é o que tem um significado maior, para mim, pela resiliência, pelo sacrifício para que eu pudesse chegar nele, pelo que ele representa como sinônimo de qualidade para o Vale de São Francisco. Mas eu acho que o divisor de água mesmo para o Vale de São Francisco foi o vinho Grande Lago, elaborado pelo Vale dos Cactos lá em Santana do Sobrado [em Casa Nova, onde hoje é a Vinícola Terranova].

O que você espera que os leitores levem consigo após conhecer mais sobre os vinhos dessa do Vale do São Francisco?

Eu acredito muito que esta obra vai chegar nos quatro cantos do Brasil. E as pessoas que tiverem acesso à obra perceberão o quanto diferente e especial é a nossa região. Eu ainda fico encantado quando vejo as pessoas impactadas quando nos vêm visitar e dizem abertamente: “Eu não sabia que era assim, eu não acreditava que era assim”. E agora o livro O Velho Chico, Vinhos Regados de Histórias, vai ajudar um pouco mais essas pessoas a terem vontade de beber e de conhecer o nosso ensolarado vale.

SERVIÇO – Publicado pela Editora Oxente, ‘Velho Chico – Vinhos Regados de Histórias’ tem 178 páginas e pode ser adquirido através do telefone (74) 99160-1427.

Do jornal Correio.

Caruaru - IPTU 2025

A geração de energia eólica já corresponde a 20% de todo o montante energético necessário para abastecer o Brasil, indicam dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Até 2023, eram 890 parques eólicos instalados em pelo menos 12 estados do país (que somavam, juntos, mais de 25 gigawatts de capacidade), informa a Abeeólica. Desses, mais de 85% estão concentrados na região nordeste, e foram responsáveis, nos últimos anos, por um aumento de até 21% no PIB regional, como nota a Agência Brasil.

Mas um estudo da Fiocruz Pernambuco, realizado em conjunto à Universidade de Pernambuco (UPE), acessou um estranho efeito de saúde dos parques eólicos sobre a população pernambucana residente no entorno da sua instalação.

As eólicas, que necessitam de regiões em que o vento é constante e tem velocidade suficiente para girar as turbinas de maneira eficiente, costumam ser posicionados em zonas rurais — áreas planas, com vegetação menos frequente e menos densa, sem obstruções para barrar o “trânsito” das correntes de vento. Áreas litorâneas e offshore também são boas escolhas.

90% do estado do Pernambuco está inserido no chamado “Polígono das Secas”, região em que as estiagens são prolongadas e há uma má distribuição da precipitação, de acordo com o Atlas Eólico e Solar de Pernambuco. É justamente nessa região que o potencial é alto para a instalação de parques para a captação de energia eólica e solar.

Hoje, o estado figura em sexto lugar na lista de produção energética eólica, com pelo menos 34 parques produtivos e 781,99 megawatts de potência.

O estudo da Fiocruz identificou, entre moradores de áreas próximas à instalação das turbinas e torres eólicas, uma síndrome associada à ocorrência de dores de cabeça, ansiedade, insônia, irritabilidade e incômodo auditivo causado pelo “ruído constante” e por “infrassons emitidos pelo funcionamento das torres eólicas”, nota a instituição. O mal foi denominado “síndrome da turbina”.

De acordo com a Fiocruz, que entrevistou, em 2023, 105 pernambucanos residentes em áreas próximas às eólicas, pelo menos 70% das pessoas “manifestaram a vontade de deixar suas residências”, e 66% utilizam medicamentos para dormir, incluindo crianças e idosos.

Além disso, mais de metade dos entrevistados (54%) dizem sofrer de perda auditiva, com 31% relatando incômodo visual — o “efeito estroboscópico”, causado pelo giro constante das pás das turbinas, que projetam sombras gigantes. A estrutura completa das eólicas pode variar entre 140 e 185 metros de altura, o equivalente a um prédio de até 56 andares; já as hélices podem ter até 2,5 metros de largura e 50 metros de altura.

41% dos entrevistados, por sua vez, disseram ter “alergias e dermatites” causadas pela poeira das hélices, que se espalha pelas residências.

Pesquisadores da UPE, com apoio de um fundo subsidiado pelo programa Inova Fiocruz, têm mobilizado ações de saúde pública nas regiões afetadas, destinadas a mitigar os efeitos da síndrome na população com o auxílio e equipes multidisciplinares, que envolvem médicos e enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos e nutricionistas.

“Além de testes de audiometria para avaliar perdas na acuidade auditiva decorrentes da exposição aos ruídos, os profissionais utilizaram Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) como forma de minorar o sofrimento mental nas comunidades”, informa o portal da Fiocruz.

Da Revista Forum.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Neste domingo (19), o navio americano Seven Seas Mariner atracou no Porto do Recife, trazendo 568 passageiros e 464 tripulantes. A recepção contou com apresentações culturais, drinks tropicais e suporte de entidades como a Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco (Setur-PE), Empetur e Porto do Recife. A embarcação segue viagem para outros destinos brasileiros, incluindo Maceió, Salvador e Búzios, encerrando sua rota no Rio de Janeiro.

A temporada de cruzeiros 2024/2025 em Pernambuco, iniciada em outubro de 2024, já recebeu sete escalas e espera mais de 30 mil visitantes até abril. Cada turista gasta em média R$ 668, com 80% manifestando interesse em retornar ao Estado, superando os 49% da temporada anterior. O índice de satisfação dos visitantes atingiu a “Zona de Excelência”, segundo o Observatório do Turismo de Pernambuco.

A movimentação no Porto do Recife inclui 11.457 cruzeiristas de diferentes nacionalidades desde outubro. Desses, 10.289 estavam em trânsito, com 663 embarques e 505 desembarques. Os esforços conjuntos de órgãos públicos e privados têm garantido infraestrutura de qualidade, segurança e experiências positivas para os turistas.

“A temporada de cruzeiros reflete nosso compromisso com o desenvolvimento econômico e turístico de Pernambuco”, afirmou Delmiro Gouveia, presidente do Porto do Recife. Roteiros foram oferecidos para pontos turísticos como o Centro Histórico do Recife, Olinda e a Oficina Cerâmica Francisco Brennand, reforçando o potencial da região como destino estratégico para o turismo marítimo.

Com informações da Folha de Pernambuco.

Minhas ferias vapt-vupt, de apenas duas semanas, chegam ao fim amanhã, quando reassumo a edição geral do blog, a coluna diária, postada à meia-noite, e na radiofonia a ancoragem do programa político Frente a Frente, hoje transmitido para 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife.

Enquanto estive de pernas para o ar, o blog ficou sob o comando da minha equipe, à frente a editora Itala Alves, que reveza a edição ao longo da semana com Camila Emerenciano e nos finais de semana com Thaís Leandro, enquanto a coluna foi assinada pela jornalista Larissa Rodrigues. As redes sociais foram tocadas por Waleska Cambrainha.

Já o Frente a Frente foi apresentado pelo radialista Joffre Melo, com sonoplastia de Aldir Júnior. O tempo de descanso foi curto, mas dei uma boa relaxada. Estive na praia e no Sertão, curtindo minha família. Volto com as energias recarregadas para o batente. 2025 é um ano pré-eleitoral com vistas ao pleito para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual em 2026.

Também 2025 marca os festejos dos 19 anos de fundação deste blog, pioneiro no Nordeste. Em abril, faremos um evento para assinalar a data, não tão amplo e magnífico como foi a grande festa dos 18 anos no ano passado, mas apenas para não deixar o aniversário passar em branco.

O líder do PSD, Gilberto Kassab, já tem em mente as etapas para viabilizar a candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à presidência da República em 2026.

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, mesmo que o atual governador de São Paulo insista em negar qualquer ambição presidencial, Kassab já traça, nos bastidores, as estratégias para uma eventual campanha. A recusa pública de Tarcísio em admitir seus planos para 2026 é vista por muitos como uma jogada política para evitar pressões antes do tempo. 

Ainda segundo a reportagem, quando o assunto é sua própria candidatura, o sonho de Kassab se volta para uma disputa pelo governo de São Paulo. O político alimenta a ambição de retornar ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem e, desta forma, reforçar a presença do partido no estado.

Contudo, o caminho de Kassab para o governo paulista não é fácil, já que ele terá que lidar com o forte nome do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que também deseja essa vaga.

Do Brasil247.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mostrou, nas redes sociais neste domingo (19), o encontro entre ele, o presidente argentino Javier Milei, a ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro e a irmã de Milei, a Secretária-Geral Karina Milei.

“Pessoas que estão com uma moral tremenda aqui nos EUA e, certamente, junto com Trump, eles poderão fazer realizações incríveis para argentinos e americanos”, escreveu o parlamentar no registro da conversa.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos para acompanhar a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para acontecer nesta segunda-feira (20), em Washington.

Michelle Bolsonaro embarcou para os EUA no último sábado (18) e representará Bolsonaro na cerimônia. O ex-presidente está impedido de viajar por conta do passaporte. Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, negou, mais uma vez, devolver o documento.

Para embasar a decisão, Moraes afirma que há risco de fuga do presidente.

Esta foi a quarta vez que Jair Bolsonaro pediu, para o Supremo Tribunal Federal, a devolução do passaporte dele.

A primeira ocorreu logo após o documento ter sido apreendido pela Polícia Federal, em fevereiro de 2024. A segunda foi em outubro do ano passado, após a defesa solicitar que Bolsonaro pudesse realizar uma visita à Israel, onde visitaria o presidente Benjamin Netanyahu. A penúltima e terceira vez foi a partir de um recurso, apresentado também em outubro.

Da CNN.

Moradores do bairro Chácara Santo Antônio, na Zona Sul de São Paulo, protestaram neste último sábado (18) por mais segurança na região. A população cobrou a resolução do assassinato do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, 32 anos, morto a tiros no bairro na última terça-feira (14).

Os manifestantes usavam roupas pretas e carregavam cartazes que cobravam uma ação mais efetiva contra a violência no local. “A violência rouba nossa liberdade”, dizia uma das faixas carregadas pelo grupo.

Na quarta-feira (15), moradores do bairro Chácara Santo Antônio relataram ao Estadão que assaltos praticados por criminosos disfarçados de entregadores são comuns no local.

“Todo dia tem assalto aqui. A gente fica até nervosa quando passa moto, com medo. Porque eles (os assaltantes) fingem que são de entrega”, afirmou Marcia Ribeiro, funcionária de uma lanchonete da Rua Amaro Guerra, onde o delegado foi morto.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo negou que a violência tenha aumentado no local. Segundo a pasta, houve redução de 18,4% nos roubos e de 4,4% nos furtos entre janeiro e novembro de 2024, comparado a 2023.

A morte de Josenildo Júnior causou comoção na última semana. O delegado caminhava pela rua, quando foi abordado pelo assaltante. O criminoso revista a vítima, quando vê que Josenildo estava armado. A partir daí, o assaltante dispara contra o agente, que foi atingido por quatro tiros. A dinâmica do crime foi gravada por câmeras de segurança nos arredores.

Josenildo estava na Polícia Civil há sete meses e atuava como delegado há apenas dois. No dia do assassinato, ele estava de folga.

O caso foi registrado como latrocínio consumado. De acordo com a polícia, o criminoso faz parte de um grupo que atua praticando alguns roubos na região. Eles levaram a arma e o celular do delegado. A hipótese de execução foi descartada.

Quem é o delegado

Nascido em Pernambuco, em agosto de 1992, a vítima tinha acabado de concluir o curso de formação da polícia e atuava no 11° Distrito Policial (Santo Amaro) há menos de um ano. Há alguns dias, ele aprovado foi em um concurso para atuar, também como delegado, no seu Estado natal.

Natural de Gravatá, Moura Júnior estudou Direito na Faculdade Escritor Osman da Costa Lins, a Unifacol, em Vitória de Santo Antão, cidade localizada a cerca de 50 quilômetros de Recife.

Ele prestou concurso para delegado de polícia de São Paulo e foi convocado no final de 2023, no dia 8 de dezembro, conforme edição do Diário Oficial do Estado. Ele tinha se formado na última turma de 2024 e atuava na 11° Distrito Policial de Santo Amaro, na zona sul da capital, havia sete meses.

Nas redes sociais, o delegado informava ser Especialista em Direito Penal e Processo Penal, pela Unifacol, e especialista em Direitos Humanos e Segurança Pública pela Acadepol, a Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Ele também foi estudante da Delta, uma instituição especializada em cursos preparatórios para provas de concursos para delegados.

Em nota, em entidade afirma que Moreira Júnior era um aluno “extremamente dedicado, sempre cortês com a equipe, que assumiu recentemente o cargo de Delegado em SP e estava prestes a tomar posse no seu Estado natal”.

Recentemente, Josenildo conseguiu a aprovação em outro concurso voltado para delegados para atuar em Pernambuco. O Cebraspe, a entidade responsável pelo exame, publicou uma lista com os aprovados na prova no último dia 6 de janeiro, com o nome do delegado entre os convocados para a avaliação de títulos. O Estadão apurou que o Josenildo Belarmino estava em vias de pedir a exoneração da polícia paulista para assumir o cargo em Pernambuco.

Do Estadão.

O presidente eleito Donald Trump anunciou neste domingo (19) que vai assinar uma ordem executiva para impedir a suspensão do TikTok, o que levou a empresa a declarar que irá reinstalar os serviços. Para alguns usuários, o aplicativo voltou a funcionar na tarde deste domingo (19).

A declaração do presidente eleito, feita em suas redes sociais, ocorreu 12 horas depois que o aplicativo ter saído do ar nos EUA e da suspensão de sua venda em lojas da Apple e outras empresas.

“Estou pedindo às empresas que não deixem o TikTok ficar no escuro. Vou emitir uma ordem executiva na segunda-feira para estender o período de tempo antes que as proibições da lei entrem em vigor, para que possamos fazer um acordo para proteger nossa segurança nacional”, explicou Trump.

O prazo para o aplicativo sair do ar vencia na madrugada deste domingo (19). Segundo uma lei aprovada no ano passado e mantida na última sexta-feira (17) por uma decisão unânime da Suprema Corte, o TikTok deveria ser vendido para investidores norte-americanos.

Acordo com China

Trump disse que “gostaria que os Estados Unidos tivessem uma participação de 50% em uma joint venture”. “Com isso, salvaremos o TikTok, o manteremos em boas mãos e permitiremos que ele cresça. Sem a aprovação dos EUA, não há TikTok. Com nossa aprovação, ela vale centenas de bilhões de dólares —talvez trilhões.”.

Segundo ele, a ideia inicial é uma joint venture entre os atuais proprietários e/ou novos proprietários. “E que os EUA obtenham 50% de participação em uma joint venture estabelecida entre os EUA e qualquer compra que escolhermos”, disse.

TikTok anuncia retomada do serviço

Uma hora depois, foi a vez da empresa indicar que, diante do posicionamento de Trump, os serviços voltariam a funcionar. Mas não explicou quando.

“Em acordo com nossos provedores de serviços, o TikTok está em processo de restauração do serviço”, afirmou. “Agradecemos ao presidente Trump por fornecer a clareza e a garantia necessárias aos nossos provedores de serviços de que eles não sofrerão penalidades, fornecendo o TikTok a mais de 170 milhões de americanos e permitindo que mais de 7 milhões de pequenas empresas prosperem”, disse.

“É uma posição firme em defesa da Primeira Emenda e contra a censura arbitrária. Trabalharemos com o presidente Trump em uma solução de longo prazo que mantenha o TikTok nos Estados Unidos”, completou.

Para uma parcela dos usuários nos EUA, os serviços já começaram a funcionar, perto das 13h (15h do horário brasileiro). Mas milhões de pessoas ainda estavam aguardando o restabelecimento do aplicativo. Uma mensagem apenas dizia que a empresa estava “trabalhando duro” para reinstaurar a plataforma. “Obrigado pela paciência”, completava o texto.

No sábado, a rede social enviou notificações aos usuários para avisar sobre a suspensão na madrugada de ontem. “Uma lei que proíbe o TikTok foi promulgada nos Estados Unidos. Infelizmente, isso significa que você não pode usar o TikTok por enquanto”, informa a mensagem da plataforma.

O aplicativo enviou uma notificação aos usuários horas antes de banimento. Mensagem foi entregue por volta das 21h (no horário de Nova York, 23h no horário de Brasília).

Comunicado diz que o TikTok vai trabalhar para restaurar o serviço “o mais rápido possível”. Já Donald Trump indicou no sábado que poderia examinar a possibilidade de garantir uma extensão de 90 dias para o funcionamento do aplicativo, enquanto uma solução permanente seria negociada.

Trump disse em entrevista à TV nos EUA que vai aumentar o prazo da permanência do aplicativo no país. Em conversa com jornalista da NBC News por telefone, o presidente eleito disse: “[Aumentar o prazo de funcionamento do app] acho que certamente é uma opção para analisarmos. Uma extensão de 90 dias provavelmente acontecerá, porque é apropriado”, disse.

Governo norte-americano justifica medida como proteção contra potenciais riscos à segurança nacional. Lei em questão foi aprovada em 2024 pelo Congresso, com apoio de democratas e republicanos, e exige que o TikTok se desassocie da ByteDance para continuar operando nos EUA.

Segundo a ByteDance, proibir o aplicativo violaria a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão. Cerca de 170 milhões de americanos usam o aplicativo.

Do UOL.

O jornal digital Poder360 completa 25 anos em 18 de abril de 2025. A operação editorial começou no ano 2000 com o antigo Blog do Fernando Rodrigues, à época hospedado no portal UOL. Em novembro de 2016, tornou-se o Poder360 ainda em fase experimental. Em janeiro de 2017, iniciou a fase solo, independente e definitiva. O último post no UOL havia sido publicado em 31 de dezembro de 2016.

O Drive, newsletter única no mercado e exclusiva para assinantes, completa 10 anos em 2025. Começou a circular em 25 de maio de 2015 no formato atual – antes disso, entretanto, já era publicada no Blog do Fernando Rodrigues.

O Poder360 é a operação digital mais antiga da mídia brasileira dedicada exclusivamente aos assuntos do poder, lato sensu. Faz a cobertura de maneira ampla de notícias sobre os Três Poderes, mas também sobre economia, negócios, agências reguladoras e diversas indústrias relevantes como as do setor de energia, agropecuária, saúde, esportes, tecnologia, mídia e assuntos internacionais.

O diretor de Redação do Poder360, Fernando Rodrigues, afirma que a longevidade da operação é um sinal positivo sobre como o leitor recebe a produção jornalística do veículo.

“Muitos veículos digitais nasceram e morreram nos últimos 25 anos. Tudo parece ser mais fugaz na internet. Sobreviver um quarto de século no meio digital talvez seja o equivalente a durar 50 ou 100 anos na mídia impressa. Estar operando de maneira cada vez mais consolidada e ampliando a influência e credibilidade do Poder é um sinal de que a produção jornalística tem sido útil para o público que se informa por aqui. Sem o aval do leitor, não seria possível existir tanto tempo”, diz Rodrigues.

No livro “Samuel Wainer – O Homem que estava lá” (2020), de Karla Monteiro, há uma frase do jornalista e político Carlos Lacerda (1914-1977) sobre a mídia: “Vencer é durar”. Na avaliação de Rodrigues, o critério usado por Lacerda pode ser aplicado para demonstrar o sucesso editorial do Poder360. “O jornal digital está durando e vencendo”, afirma Rodrigues.

“Uma peculiaridade do Poder360 é que venceu um paradoxo que se apresentava ao projeto de Fernando Rodrigues. Todo jornalismo tem um público prioritário. O Poder360 tem um público prioritário constituído pelo que é chamado de mercado. É um público muito impositivo em relação às opiniões, à política. É exatamente o público mais refratário ao jornalismo plural no sentido de multiplicidade de opiniões, de noticiário independente, livre, sem discriminação. Fernando Rodrigues criou o Poder360 exatamente para praticar esse jornalismo, para o público mais refratário a esse jornalismo. E, no entanto, venceu. O Poder360 se impôs com esses princípios e hoje é reconhecidamente um espaço de absoluta seriedade, plural, da internet brasileira”, diz Janio de Freitas, 92 anos, articulista do Poder desde 2023 e um dos mais renomados e celebrados jornalistas brasileiros em atividade.

O empresário Frederico Trajano, 46 anos, CEO do Magalu, tornou-se sócio como pessoa física do jornal digital em abril de 2021. Ele tem 25% de participação na empresa. Os outros 75% pertencem aos jornalistas Fernando Rodrigues, 61, e Mariângela Gallucci, 52.

Para Frederico Trajano, o “Poder360 merece parabéns pelos seus 25 anos de excelência”. O empresário complementa: “Em um Brasil marcado pela polarização e pela disseminação de desinformação, o trabalho do Poder é um verdadeiro sopro de bom senso, apuro jornalístico e compromisso com os fatos. Bravo, Fernando Rodrigues e equipe, por essa trajetória exemplar”.

Normas e padrões do Poder360

O Poder360 valoriza o uso de normas e padrões com o objetivo de manter e aprimorar a qualidade da produção jornalística. Os profissionais devem seguir rigidamente, por exemplo, as determinações do “Manual da Redação” (conjunto de orientações sobre o jornalismo profissional), o Código de Conduta e cumprir o que está nos Princípios Editoriais e nas regras de compliance da empresa.

Uma das exigências seguidas pelos jornalistas do Poder é a atenção a possíveis erros comunicados por leitores. Devem ser checados o mais rapidamente possível. O aviso de correção, se houver, é mantido em destaque no texto.

“A política de correção ostensiva ajuda a dar credibilidade para o veículo. É necessário ser transparente e deixar em destaque a correção. O leitor valoriza essa atitude e entende que eventuais erros cometidos pelo Poder não são de má-fé”, diz Rodrigues.

Mariângela Gallucci, diretora do Poder360, afirma que a obsessão pelo texto correto e pela formação dos profissionais é algo definidor neste jornal digital: “Há na equipe três profissionais especializados em língua portuguesa e que fazem uma leitura detida do que é publicado. Todos os jornalistas recebem relatórios mensais detalhados sobre sua produção, um resumo do material exclusivo que publicaram (os furos), os erros cometidos e muito mais. Cada jornalista apresenta suas metas pessoais mensais no início de cada ano. É uma forma de cada um se organizar para aprimorar sempre o desempenho”.

Formação de profissionais

O diretor de Redação do Poder360 defende que a formação dos jornalistas seja aperfeiçoada para valorizar a precisão: “Escolas de jornalismo dedicam muito tempo a ensinar teoria midiática e filosofia. Isso é bom, mas insuficiente. O jornalismo é, em grande medida, um trabalho técnico”. Para Rodrigues, o ofício do jornalismo requer “planejamento, organização e disciplina para oferecer o melhor do jornalismo profissional para o leitor”.

Em 2025, haverá o 1º Curso de Trainees do Poder360. “Jornalismo são pessoas. Estamos usando IA [inteligência artificial] com intensidade crescente. Mas jornalistas bem treinados serão sempre insubstituíveis”, afirma Rodrigues.

Em 2025 também haverá a 1ª edição do Prêmio Poder de Jornalismo. Um dos integrantes do júri é o jornalista Janio de Freitas.

“O Poder360 é minha 1ª aventura no jornalismo digital e a última aventura da minha vida. Para mim, vai ser um imenso prazer poder ajudar a escolher bons trabalhos, dar reconhecimentos a bons trabalhos. Imagino que não seja uma escolha fácil a julgar pelo que a gente lê diariamente no Poder360 em termos de jornalismo”, declara Janio.

Monitoramento de dados

Em 2023, foi lançado o Poder Monitor, ferramenta de monitoramento de dados exclusiva para assinantes. O sistema torna possível acompanhar de forma minuciosa projetos e decisões sobre itens específicos. Cerca de 400 órgãos públicos são monitorados on-line e o usuário pode fazer pesquisas sobre qualquer tema do seu interesse – e receber alertas quando surge algo novo.

O Poder360 tem uma política de preservação do material produzido para que tudo fique organizado e pesquisável. Trata-se de registro histórico para consulta no futuro. O Poder Hoje, por exemplo, é um índice por data com tudo o que foi publicado.

Há também no Poder Monitor a seção Máquina do Tempo (para assinantes). É possível pesquisar as homepages –as capas– do jornal digital a partir de 2022 (homes mais antigas serão inseridas em breve). As páginas são reais e todas as notícias são clicáveis. Permitem acesso a todas as reportagens em destaque na data e horário em que foram publicadas. “É uma contribuição para historiadores e estudantes”, afirma Rodrigues.

Outro acervo relevante para todos os leitores é o painel com resultados eleitorais. Há uma granulação difícil de ser encontrada em outros veículos jornalísticos. No caso das eleições municipais de 2024, é possível visualizar os resultados por cidade, por zona eleitoral e até por urna em que o eleitor depositou o voto. São dados públicos e que podem, em certa medida e com algum trabalho e paciência, também ser encontrados no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “Mas não com a facilidade em que estão no Poder, de maneira gráfica muito intuitiva e que permite ao leitor chegar à informação com rapidez.”

Também na área política, o Políticos do Brasil tem o maior acervo de candidatos a cargos públicos no Brasil desde 1998. São milhões de fichas de políticos com suas fotos na urna eletrônica em cada eleição, gráficos de evolução patrimonial e muito mais.

O Poder Monitor também oferece aos seus assinantes o mais longevo Agregador de Pesquisas da internet brasileira. Há pesquisas eleitorais de todas as empresas e para todas as eleições desde o ano 2000. Além disso, há compilações de estudos sobre popularidade e aprovação dos Três Poderes e outros temas.

Em 2024, o Poder360 abriu uma sucursal em São Paulo. Hoje, trabalham na empresa em todas as suas unidades cerca de 100 profissionais formalmente contratados (via CLT). Além do jornal digital, há o PoderIdeias (divisão de eventos e seminários) e o PoderData (pesquisas de opinião).

A audiência do jornal digital Poder360 flutua na faixa de 8 a 12 milhões de visitantes únicos por mês. Cerca de 90% desse público acessa as reportagens de maneira orgânica ou direta – o público mais qualificado. Menos de 10% vêm por meio de redes sociais. O canal do YouTube do Poder já passa de 1,4 milhão de inscritos. No Congresso, o Poder360 é o veículo com maior taxa de leitura entre deputados e senadores, de acordo com pesquisa do final de 2023.

Do Poder360.

Em 2019, um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) chocou o mundo após ser preso com 39 kg de cocaína na bagagem, em um voo da comitiva da Presidência da República. O avião tinha como destino Tóquio, no Japão, mas fez escala em Sevilla, quando a alfândega espanhola identificou os entorpecentes. O caso chegou à última página em setembro de 2024, depois de a maior instância da Justiça Militar manter a condenação de Manoel Silva Rodrigues.

O agora ex-sargento é apenas um dos 641 militares condenados nos últimos sete anos por envolvimento com drogas. De 2018 a 2024, o Superior Tribunal Militar (STM) condenou integrantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.

Os dados das condenações foram obtidos pelo Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), com o detalhamento do tipo penal e das patentes dos envolvidos.

Soldados do Exército foram os mais condenados, somando 563 do total. Apenas em 2019, 158 militares foram condenados pelo crime, a FAB teve 6, sendo 1 cabo e 5 soldados, e a Marinha, 1 cabo, 8 marinheiros e 2 soldados navais. No ano anterior, o Exército teve 77 soldados condenados e 1 cabo; a Aeronáutica, 4 soldados e 1 cabo; e a Marinha, 1 cabo, 3 marinheiros e 2 soldados navais.

Veja os dados por ano:

Em 2018

  • Aeronáutica

3 soldados

  • Exército

1 cabo

77 soldados

  • Marinha

1 cabo

3 marinheiros

2 soldados fuzileiros navais

Em 2019

  • Aeronáutica

1 cabo

5 soldados

  • Exército

1 sargento

1 cabo

158 soldados

  • Marinha

1 cabo

8 marinheiros

2 soldados navais

Em 2020

  • Aeronáutica

5 soldados

  • Exército

57 soldados

  • Marinha

3 cabos

4 marinheiros

2 soldados fuzileiros navais

Em 2021

  • Aeronáutica

8 soldados

  • Exército

1 cabo

57 soldados

  • Marinha

3 marinheiro

1 soldado fuzileiro naval

Em 2022

  • Aeronáutica

2 soldados

1 cabo

  • Exército

75 soldados

2 cabos

  • Marinha

5 marinheiros

Em 2023

  • Aeronáutica

2 soldados

  • Exército

66 soldados

  • Marinha

2 marinheiros

  • 2024

1 sargento

2 soldados

  • Exército

55 soldados

  • Marinha

2 marinheiros

Relembre o caso do Sargento FAB:

  • Manoel Silva Rodrigues fazia parte de uma comitiva com 21  militares que acompanhava a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Tóquio, no Japão, para reunião do G20;
  • Antes de partir da Base Aérea de Brasília, Manoel recebeu a droga em um motel, no Núcleo Bandeirante;
  • Ele foi preso no aeroporto de Sevilla, na Espanha, com 39 kg de cocaína na mala;
  • A droga foi avaliada em 1.306.695 euros, o equivalente a R$ 6.399.083,62 na época;
  • Em 2022, o ex-sargento foi condenado a 14 anos de prisão pela Justiça Militar. O sargento recorreu;
  • Em 2024, o STM não só manteve a condenação como a aumentou para 17 anos.

214 tabletes de cocaína

Também em 2024, o STM manteve a condenação de dois militares do Exército que foram flagrados transportando 230 kg de cocaína em viatura militar. A droga saiu de Corumbá (MS), região oeste do estado, fronteira com a Bolívia, com destino a Campo Grande (MS), capital do estado de Mato Grosso do Sul.

Informações de inteligência indicaram que os dois militares estavam utilizando uma viatura Toyota Hilux 4×4, do quartel, para o transporte de entorpecentes, conforme foi divulgado pelo próprio tribunal.

Feita na rodovia BR-262, próximo à região do Indubrasil, em Campo Grande, por uma equipe do 9º Batalhão de Polícia do Exército (9º BPE), a abordagem possibilitou a descoberta de que a Toyota Hilux tinha como motorista um soldado do efetivo profissional do Exército e como chefe de viatura o sargento indiciado nos autos.

Os militares conduziam 214 tabletes de cocaína acondicionados dentro de três caixas e três sacolas guardadas na carroceria.

Estelionato

O levantamento ainda apontou casos de estelionato, em que de aspirantes a coronel foram penalizados por esse tipo de crime. No recorte pesquisado, dois coronéis do exército foram condenados como estelionatários. Os julgamentos ocorreram em 2018 e 2024.

Do Metrópoles.