Senadores da oposição se somam aos deputados e apoiam impeachment de Lula

Um grupo de 16 senadores da oposição assinou um manifesto em apoio ao pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), protocolado ontem, na Câmara. No último domingo, Lula comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus promovido pela Alemanha nazista, o que gerou uma crise diplomática e, internamente, embasou o requerimento dos deputados oposicionistas.

No documento assinado pelos senadores, eles declaram “manifestar e atestar o seu inteiro apoio” ao pedido, que afirma que o presidente da República cometeu “ato de hostilidade contra Israel” por meio de “declarações de cunho antissemita”. As informações são do portal Estadão.

Para os senadores, o Brasil foi exposto a um risco por Lula, porque a fala do presidente “compromete a neutralidade do País”. No manifesto, se dizem dispostos a exercer suas atribuições no caso de a Câmara votar favoravelmente ao pedido – nesse caso, após a aprovação, o julgamento ocorre no Senado.

“Confiamos que as partes envolvidas cumprirão com seus deveres constitucionais, permitindo aos senadores que exerçam suas atribuições”, diz o texto. Segundo o senador Carlos Portinho (PL-RJ), o manifesto será entregue à Câmara na próxima semana. Advogados e juristas não veem no pedido dos deputados fundamentos que se enquadrem na Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento de impeachment. Confira lista de senadores que apoiam o pedido de impeachment:

  • Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
  • Carlos Portinho (PL-RJ)
  • Cleitinho (Republicanos-MG)
  • Damares Alves (Republicanos-DF)
  • Eduardo Girão (Novo-CE)
  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
  • Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
  • Izalci Lucas (PSDB-DF)
  • Jaime Bagattoli (PL-RO)
  • Jorge Seif (PL-SC)
  • Magno Malta (PL-ES)
  • Marcos do Val (Podemos-ES)
  • Marcos Rogério (PL-RO)
  • Rogério Marinho (PL-RN)
  • Styvenson Valentim (Podemos-RN)
  • Wilder Morais (PL-GO)

O pedido de impeachment contra Lula, com 139 assinaturas, está na mesa de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, desde a noite de ontem. Encabeçado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), o requerimento deve passar por um aditamento para inclusão de mais cinco nomes.

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A Primeira Câmara do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) aplicou multa no valor de R$ 5,2 mil ao prefeito de Belém de São Francisco, Gustavo Henrique Granja, e à Controladora, Fabrícia Romão Duarte, por irregularidades na transparência pública identificadas em uma auditoria especial realizada nos anos de 2023 e 2024.

O processo (nº 24100187-0) foi analisado no último dia 8 pela Primeira Câmara, sob relatoria do conselheiro Rodrigo Novaes, que considerou irregular o objeto da auditoria.

De acordo com o voto, a prefeitura não disponibilizou no site oficial informações necessárias, como o detalhamento sobre pagamentos e contratos, e a íntegra das leis de Diretrizes Orçamentárias e Orçamentária Anual.

Apesar de ter apresentado um avanço na transparência em relação a 2023, passando do nível “Inicial” (26%) para o “Básico” (47%), a prefeitura permaneceu com um percentual abaixo do necessário, de acordo com os critérios do levantamento nacional que classifica em oito níveis a transparência dos portais dos municípios e Poder Público.

O voto foi aprovado por unanimidade. Os interessados ainda podem recorrer da decisão.

Do TCE-PE.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse em uma entrevista ao canal Globovisión que o presidente Lula (PT) e o presidente do Chile, Gabriel Boric, são agentes da CIA, a agência de espionagem dos EUA.

“Para mim, Lula foi cooptado na prisão. Essa é a minha teoria”, disse Saab, que é aliado do ditador Nicolás Maduro. “Não é o mesmo que fundou o PT, que fundou e uniu os movimentos trabalhadores no Brasil. Não é o mesmo nem no seu físico, nem como se expressa”.

Após anos de proximidade, Lula se afastou do regime chavista depois que Maduro foi declarado vitorioso pelo órgão eleitoral do país no pleito de julho, contestado pela oposição e por parte da comunidade internacional.

Da Folha de São Paulo.

O ex-vereador, escritor e professor Antônio Rafael de Menezes, conhecido como professor Beza, faleceu na madrugada de ontem (14), aos 97 anos. O velório e sepultamento ocorreram no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região metropolitana do Recife.

Paraibano, natural do município de Monteiro, Rafael de Menezes exerceu o mandato de vereador do Recife por quase duas décadas – entre os anos de 1982 e 2000. O professor “Beza” também se dedicou por muitos anos à vida acadêmica, ensinando em universidades da capital pernambucana.

Em 2017, já aposentado, chegou a receber a medalha da Ordem do Mérito Capibaribe, a mais importante comenda concedida pela Prefeitura do Recife, no grau Grã-Cruz. “O professor Rafael é reconhecido não só pelos projetos que ele tocou diretamente, nas bibliotecas e escolas que ele montou, mas também pela sua liderança, nas palestras, nas entrevistas, em que ele mostrou como é importante a educação para uma cidade melhor, com menos desigualdade e mais oportunidade”, afirmou, na época, o prefeito Geraldo Júlio, ao conceder a comenda ao professor.

Antônio Rafael de Menezes teve destaque na atuação principalmente na área da educação, em especial na construção gestão de 11 bibliotecas públicas na cidade do Recife. Em sua trajetória, estima-se que mais de 25 mil alunos passaram pelas suas mãos em salas de aula.

Do JC.

Pesquisa Quaest divulgada ontem mostra o deputado federal Paulinho Freire (União), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) numericamente à frente da também deputada Natália Bonavides (PT), candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da governadora Fátima Bezerra (PT), na disputa pela prefeitura de Natal. O parlamentar tem 45% das intenções de voto, enquanto a petista soma 39%. Os dois aparecem empatados no limite da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Veja os números da pesquisa estimulada:

Paulinho Freire (União): 45%
Natália Bonavides (PT): 39%
Branco/nulo/não vai votar: 13%
Indecisos: 3%

A pesquisa Quaest, encomendada pela Inter TV Cabugi, afiliada da TV Globo, entrevistou 852 eleitores na cidade de Natal entre os dias 11 e 13 de outubro. O nível de confiança é de 95%. O registro na Justiça Eleitoral tem o protocolo RN-03945/2024.

Do Jornal O Globo.

Nesta terça-feira (15), moradores de Verdejante bloquearam a PE-450, principal acesso à cidade, em protesto contra a falta de abastecimento de água. A população, indignada com a situação, exige providências imediatas das autoridades e da Compesa.

Os manifestantes relatam que a cidade enfrenta uma grave escassez de água há vários dias, afetando a rotina das famílias e o funcionamento do comércio e dos serviços públicos. “Estamos sem água para as necessidades básicas, e a situação está insustentável. Queremos uma solução urgente“, disse uma moradora durante o ato.

O protesto visa pressionar as autoridades locais e estaduais para garantir o restabelecimento do serviço. “Não podemos mais aceitar esse descaso. Pagamos as contas, mas água que é bom, nada”, afirmou outro manifestante.

Até o momento, a Compesa não se manifestou oficialmente, e a expectativa é que a mobilização continue até que uma solução seja apresentada.

Do Blog do Didi Galvão.

Pesquisa do Instituto Real Time Big Data sobre as intenções de voto no segundo turno para a Prefeitura de Belém (PA), encomendada pela RECORD e divulgada ontem (14), mostra o deputado estadual Igor (MDB) à frente da disputa, com 60% das intenções de voto. O candidato Delegado Éder Mauro (PL) aparece com 35%. O segundo turno das eleições municipais ocorre no próximo dia 27.

O levantamento foi realizado com 1.000 entrevistados, entre os dias 11 e 12 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número PA–04196/2024, tem um nível de confiança de 95%.

Votos válidos

Considerando os votos válidos, excluindo nulos e brancos, Igor aparece com 63% contra 37% de Delegado Éder Mauro.

Por Houldine Nascimento*

O presidente do Sport Club do Recife, Yuri Romão, 55 anos, disse ontem (14) acreditar que a Betvip, patrocinadora máster do clube, deve resolver o impasse envolvendo a licença para operar em todo o Brasil. A casa de apostas só obteve credenciamento da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro).

Em entrevista ao Poder360, Romão também disse que departamento de marketing do clube está preparado para obter um novo patrocinador máster se a Betvip não conseguir solucionar a situação. “Entendo que, até pelo tamanho da empresa, eles irão resolver a questão por esses dias. Não havendo a solução, nosso departamento de marketing já deve ter aí uma lista de possíveis patrocinadores que podem ocupar o patrocínio máster da nossa camisa”, declarou.

O Ministério da Fazenda (leia nota ao final) reforça que as casas de apostas que tenham a outorga estadual só poderão fazer propaganda nesses locais. A posição sobre o tema se dá depois que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) encaminhou ofício aos presidentes dos clubes filiados e das federações estaduais afirmando que as bets credenciadas pela Loterj estariam autorizadas a fazer propaganda em todo o país.

Romão está chefiando a delegação da seleção brasileira de futebol masculino durante os jogos contra Chile e Peru pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O dirigente afirmou que a tendência seria uma nova casa de apostas como patrocinadora máster do Sport em eventual mudança.

“Acredito que sim. Hoje, o futebol brasileiro tem uma predominância de patrocínio de casas de apostas. São várias. Não trabalho com essa hipótese, mas se houver, possivelmente deve ser outra casa de apostas ou até mesmo uma casa bancária, ou um varejista que deve ocupar esse espaço”, disse.

A resposta da Fazenda se dá depois de questionamento deste jornal digital sobre a atitude da CBF. Eis a íntegra da nota do ministério:

“Em vigor, está o que dispõem as Leis Federais: os Estados e o Distrito Federal são autorizados a explorar, no âmbito de seus territórios as modalidades lotéricas previstas na legislação federal, inclusive as apostas de quota fixa, ficando expressa também que a comercialização e a publicidade de loteria pelos Estados ou pelo Distrito Federal realizadas em meio físico, eletrônico ou virtual serão restritas às pessoas fisicamente localizadas nos limites de suas circunscrições ou àquelas domiciliadas na sua territorialidade.

Do Poder 360

“Tais comandos derivam do pacto federativo, constitucionalmente estabelecido. A União usará as ferramentas que forem necessárias, para fazer cumprir a Constituição e as Leis Federais”.

Do Poder 360*

Por Renata Berenguer*

A recente manifestação de Pedro Henrique Reynaldo, ex-presidente da OAB/PE, revela uma prática comum em tempos de eleições na Ordem: o “rei posto” tenta recuperar o protagonismo, reivindicando um espaço que já deixou, numa tentativa de reescrever sua própria história, neste caso, apresentando a defesa de gênero como um artifício retórico para favorecer uma única candidata nas eleições do Quinto Constitucional que ele apoia.

Até pouco tempo, Pedro Henrique era visto em almoços e eventos ao lado de Ingrid Zanella, demonstrando total alinhamento com a gestão atual. Pernambuco sempre contou com ex-presidentes admiráveis, mas tem sido um hábito que, a cada eleição, um deles busque retomar os holofotes, virando-se contra antigos aliados, movido por ambições pessoais.

Esse comportamento não é novidade para quem acompanha o histórico de Pedro. No passado, sua chapa contou com uma única mulher na diretoria e, subsequentemente, sob sua coordenação, houve um fato irreverente em que incluiu inicialmente uma mulher em sua chapa, mas, posteriormente, essa mulher foi substituída por ninguém menos que o próprio sócio dele. Esse tipo de artifício revela, já naquela época, o seu real objetivo.

A resolução que Pedro hoje contesta foi aprovada em abril de 2022 e amplamente festejada. Curiosamente, sua súbita defesa da paridade só surgiu quando sua candidata pessoal entrou na disputa do Quinto Constitucional; antes disso, ele nunca se opôs. Ainda mais contraditório é o fato de Pedro não apoiar outra candidata ao Quinto, que foi sua vice e a única mulher em sua chapa. Agora que seus interesses estão em jogo, ele tenta criar a impressão de que a mulher não tem sido prestigiada.

A adoção da paridade na lista sêxtupla não é um ato isolado, mas parte de um conjunto de avanços indiscutíveis promovidos pela OAB/PE em prol da equidade de gênero e raça. A nossa Ordem foi a quarta seccional do País a adotar a paridade na lista do Quinto Constitucional, o que é de grande relevância considerando que muitos Estados do Brasil ainda não contam com essa mudança e que não há uma regra estabelecida pelo Conselho Federal sobre o tema.

Na Paraíba, a paridade foi adotada recentemente, mas a cota racial mínima de 30% ainda não foi implementada. Lá, mesmo com uma mulher sendo a mais votada, o quarto candidato mais votado- um homem – não entrou na lista devido à aplicação da paridade. Isso demonstra que a realidade é muito mais complexa do que Pedro tenta simplificar. Ao contrário do que ele sugere, a atuação da Ordem tem sido firme e à frente no que diz respeito ao tema.

De maneira contraditória, Pedro agora promove a candidatura de um homem do interior, claramente tentando impedir a eleição de Ingrid . Essa estratégia só reforça a falta de coerência em seu discurso. Fica claro que, quando o interesse pessoal bate à porta, os princípios tendem a pular pela janela.

Não é salutar alinhar a regra pela exceção, nunca na história de Pernambuco tivemos três mulheres como as mais votadas na lista do Quinto Constitucional. A presença feminina sempre foi esparsa, e essas conquistas, até então, eram raras. Esse avanço é significativo, mas sabemos que ainda há muito a ser feito. Continuaremos trabalhando para que a realidade de Pernambuco sirva de exemplo ao Conselho Federal, e que, em breve, possamos aprovar uma nova redação em que a paridade de gênero não seja apenas uma meta mínima, mas uma regra efetiva e estabelecida.

*Advogada e Conselheira Federal da OAB.

Minha corridinha de 8 km, hoje, em Brasília, foi na companhia de Aristeu Plácido Júnior, embaixador da colônia de Pernambuco em Brasília. Ele me convidou para conhecer o parque Bosque do Sudoeste, inaugurado em 2013, frequentado pelos moradores do Setor Sudoeste e da Octogonal, áreas de expansão habitacional mais chics da corte.

Bom e agradável, cercado por muito verde e prédios residenciais belíssimos. Mas a pista de cooper é pequena, tem menos de 1 km. O parque foi inaugurado em 2013. Até dezembro de 2019, o parque era administrado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), mas então passou para a gestão da Administração Regional do Sudoeste/Octogonal. O parque conta com pista de caminhada, pista para bicicletas, aparelhos para ginástica, parque infantil e uma pequena arena.

Por Rodrigo Fernandes
Do JC

O ex-senador e ex-ministro Fernando Bezerra Coelho avaliou que o prefeito João Campos (PSB) foi o grande vitorioso da eleição municipal de 2024 no estado, e que o resultado do pleito foi “muito ruim” para a governadora Raquel Lyra (PSDB). A declaração foi dada ontem em entrevista ao Jornal do Commercio.

“Politicamente, ela [Raquel Lyra] sofreu um grande revés, de certa forma amortecido pela vitória que ela conseguiu em Caruaru, que foi uma vitória pessoal dela. Mas o conjunto do estado, sobretudo a derrota acachapante do candidato dela no Recife, deve remeter a ela uma grande reflexão sobre os resultados”, analisou FBC.

Na visão do ex-ministro, o resultado do grupo de Raquel foi reflexo do modelo de gestão utilizado pela tucana. “Acho que no governo dela falta muito a política. É um governo muito centralizado. É preciso dar mais autonomia à equipe”, disse, ponderando que o governo estadual tem condições para Raquel obter um desempenho melhor daqui adiante.

“O governo, de certa forma, tem condições e tem recursos para que ela possa, nos próximos dois anos, ter um desempenho melhor do que teve até aqui. Acho que, completando metade do mandato, a governadora fará uma ampla avaliação sobre os resultados eleitorais, assim como o presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores”, declarou.

Em contrapartida, o ex-senador destacou a vitória do prefeito do Recife, João Campos (PSB), a quem rasgou elogios, especialmente em relação à ampla vantagem obtida na capital. O clã dos Coelho, vale lembrar, se aliou ao grupo de Campos no ano passado, após não obter o espaço esperado no governo estadual.

“Sem dúvida nenhuma, o grande vitorioso nessa eleição foi o prefeito João Campos, pela expressiva votação que teve. A nível nacional ele também se coloca muito bem, porque representa a renovação das forças de esquerda e centro-esquerda no Brasil. Acho que o protagonismo de João Campos na política estadual e nacional será cada vez mais crescente”, disse.

“O testemunho do presidente Lula foi inédito nesse sentido. O posicionamento do presidente, o apoio à candidatura de Júnior Matuto (PSB) em Paulista é um reconhecimento a essa liderança de João Campos a nível estadual e nacional. Acho que Pernambuco está muito bem servido de quadros políticos”, completou.

“PT teve derrota dura”
O ex-senador também relacionou o baixo desempenho do PT diante do PL ao trabalho realizado por Lula neste terceiro mandato, apontando que o mandatário precisa se modernizar e ampliar o olhar para as forças de centro.

“Os resultados das eleições municipais foram um recado muito claro de que o governo do presidente Lula precisa se reciclar e se aproximar dos sentimentos da população. A derrota do PT foi uma derrota muito dura, muito clara. Então, é preciso que o governo se mexa com o centro da política. O grande vitorioso das eleições municipais foram as forças de centro”, disse FBC.

O Partido dos Trabalhadores, vale lembrar, conquistou 248 prefeituras no primeiro turno. Foram 65 cidades a mais do que em 2020, mas o número é menor que a metade dos 509 prefeitos eleitos pelo Partido Liberal de Bolsonaro.

“O governo precisa rejuvenescer, se reciclar. Acho que estamos caminhando aí para uma ampla reforma ministerial, que deverá tomar forma entre o final de janeiro e início de fevereiro, após o encaminhamento das eleições das mesas diretoras do Senado e da Câmara. Mas é preciso fazer uma reflexão sobre o recado das urnas. Foi muito duro para a governadora e foi muito duro para o presidente Lula”, finalizou.

Miguel Coelho no Senado
Ainda na entrevista, Fernando Bezerra Coelho confirmou que seu filho Miguel Coelho (União Brasil), ex-prefeito de Petrolina, deverá ser candidato ao Senado por Pernambuco nas eleições de 2026.

FBC afirmou que, embora ainda seja cedo para cravar as alianças políticas que poderão ser firmadas até lá, Miguel está credenciado para disputar o pleito majoritário. Ele já havia mencionado a candidatura do filho anteriormente, em um vídeo publicado nas redes sociais.

“O resultado da eleição, sobretudo a partir de Petrolina, mas também em outras cidades importantes, como Araripina, Salgueiro e Surubim, de fato cria uma expectativa muito grande de que Miguel possa ter a possibilidade de disputar uma eleição majoritária em Pernambuco em 2026”, disse o ex-ministro.

“A vitória de Simão [Durando, prefeito reeleito em Petrolina] foi uma vitória muito expressiva. Petrolina é hoje o principal colégio eleitoral do interior de Pernambuco, então nós estamos vivendo essa expectativa. É claro que ainda é muito cedo, temos ainda um ano e seis meses para essas definições, mas eu acredito que daqui pra lá é muita conversa, muito diálogo, muita aproximação”, acrescentou FBC.

Dívida pública
Também nesta segunda, Fernando Bezerra Coelho participou do programa Debate da Super Manhã, da Rádio Jornal. Ele discutiu o problema da dívida pública do país com o economista e cientista político Sandro Prado e com o mestre em Gestão Pública e especialista em Direito Administrativo André Albuquerque.

FBC afirmou que a expectativa em relação ao cenário fiscal do país “não é muito boa”, mas elogiou o trabalho do ministro da Fazenda Fernando Haddad, ainda que tenha criticado setores do PT por não estarem, segundo ele, facilitando o trabalho do ministro.

“Nesse exato momento, a expectativa em relação ao cenário fiscal não é muito boa. Temos projeção de déficit fiscal de R$ 60 bilhões. É possível que algumas medidas não recorrentes reduzam isso para algo como R$ 45 ou 40 bi, o que vai deixar o déficit público dentro da meta do arcabouço fiscal. O ministro Haddad tá fazendo um belíssimo trabalho, isso é importante dizer. Ano passado tivemos um déficit de quase R$ 180 bi, e ele vai entregar esse ano um déficit de cerca de R$ 40 bi, então o trabalho é muito bom, é preciso ser dito. Agora, o ministro Haddad vem sendo enfrentado por setores do PT e do governo que não têm muito compromisso em relação ao controle do gasto público”, avaliou.

“O Brasil vai crescer em torno de 3,5% ou 3,2%, o que é uma excelente taxa. Mas é preciso conjugar o verbo de cortar despesas. Esse governo não está conjugando esse verbo, só está conjugando o verbo de aumentar receita, e na realidade isso já está começando a mexer com o sentimento do profissional liberal, do médio empresário, porque tem muita arrecadação e isso certamente rebate no sentimento dos negócios. Defendo muito o trabalho do ministro Haddad, ele botou o dedo na ferida, que são os incentivos fiscais, e ele está reduzindo essa despesa”, acrescentou.

O advogado criminalista Cláudio Soares e seu auxiliar João Neto apresentaram, há pouco, ao Batalhão da Policia Militar de Arcoverde, o senhor Nelson Aleixo de Araújo, conhecido como Nelson do Consórcio, acusado de desferir um golpe com arma branca no prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira, no dia 29 de agosto passado. Segundo o advogado, ele se apresentou por por livre e espontânea vontade, no intuito de colaborar com a justiça. Em instantes, mais informações.

Uma semana após a surpreendente vitória no primeiro turno em Caruaru, no Agreste pernambucano, onde derrotou o ex-prefeito José Queiroz (PDT) e o bolsonarista Fernando Rodolfo (PL), o prefeito reeleito Rodrigo Pinheiro (PSDB) aposta que a governadora Raquel Lyra (PSDB) será reeleita em 2026. Para ele, o resultado das eleições municipais deste ano fortaleceram a tucana. Em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, Pinheiro disse que Raquel consolidou a liderança no Estado.

A vitória do senhor no primeiro turno surpreendeu o Estado, menos seus aliados?

“É verdade. A gente também tinha pesquisas internas, que sempre davam a possibilidade maior do primeiro turno. No final, as pesquisas que a gente fazia internamente, praticamente diárias, já cravavam esse resultado no primeiro turno e assim aconteceu. A pesquisa Opinião realmente sempre deu essa vantagem para a gente.”

Prefeito bem avaliado, é prefeito reeleito?

“Verdade, Magno. A gente vem fazendo um trabalho muito forte, desde que assumi, quando Raquel se descompatibilizou para ser candidata, já tinha uma gestão bem avaliada. A gente conseguiu manter e avançar em outras áreas e manter esse ritmo de entregas, muitas obras, e o bom relacionamento também com a Câmara de Vereadores.”

O senhor foi bem votado na Zona Rural. Acha que a descentralização do São João em Caruaru pode ter ajudado?

“Foi um fator positivo também, a descentralização com o São João na Roça. Mas a gente conseguiu avançar fazendo entregas importantes de novas escolas. A primeira escola de tempo integral do interior de Pernambuco em uma Zona Rural é em Caruaru, aqui em Serra Velha.

A gente entregou outras que estão sendo construídas, lâmpadas de LED que colocamos em 100% da área rural. Então, além do São João na Roça, as entregas, a melhoria da qualidade dos serviços, o investimento com a agricultura familiar, estamos organizando as cooperativas.”

O senhor acha que a votação na Zona Rural foi decisiva para resolver a eleição no primeiro turno?

“Com certeza. A gente já tinha esse estudo e não foi diferente. A Zona Rural sempre fez a diferença nas eleições em Caruaru, assim como o bairro do Salgado. É o maior bairro de Caruaru e a gente fez grandes investimentos na segurança, quando construímos o prédio para a segunda companhia e fizemos uma parceria com a Polícia Militar. Ruas que foram asfaltadas, binário, as creches que construímos e ampliamos. Então, no nosso mapeamento estaríamos bem na Zona Rural e no Salgado.”

O que o senhor diz para a oposição que afirma que a governadora usou a máquina pública estadual para a sua reeleição?

“Ela fez o que todo governador faz: veio pedir voto para seus aliados, não foi só aqui em Caruaru. Ela é daqui e vota aqui e veio participar dos eventos assim como está fazendo no segundo turno em Olinda e Paulista. Então assim, com muita tranquilidade, eles têm que dizer alguma coisa para justificar a derrota, mas, como dizia Fernando Lyra, ganha quem tem voto e faltou voto para eles e teve o voto para mim. Então, a gente logrou êxito e agora nossa responsabilidade é muito maior nesses próximos quatro anos. A governadora também sabe que tem uma responsabilidade maior ainda com Caruaru.”

Qual a prioridade agora no segundo mandato?

“Nesses próximos quatro anos pretendemos calçar 500 ruas em Caruaru, com o programa Rua Nova, para de maneira definitiva ter as ruas calçadas e, em conjunto com o Estado, há um compromisso de Raquel, que ela já anunciou e começou as obras de saneamento. Caruaru precisa ampliar a rede. Hoje, a cidade tem 70% da rede coletora. A gente precisa aumentar e melhorar a coleta.”

O que o senhor pensa em relação às intervenções para melhorar o trânsito?

“Quando a gente fala em infraestrutura e ruas calçadas, falamos nessas conexões entre os bairros. O trânsito também é impactado quando falta calçamento, apesar que a gente já avançou muito no trânsito de Caruaru.

Havia uma frota de 140 mil veículos em 2017, hoje passa de 200 mil, sem falar nos veículos de outras cidades. Se não fossem os investimentos que a gente vem fazendo na infraestrutura e pavimentação, o trânsito seria ainda pior. Vamos continuar investindo para melhorar as conexões entre os bairros.

O senhor pensa em complementar o anel viário iniciado no governo de Tony Gel?

“A gente tem hoje um plano diretor muito mais convidativo e o setor dos empreendimentos imobiliários em Caruaru, da construção civil, está muito pujante. Muitos empreendimentos estão surgindo e estão sendo aprovados pela Prefeitura de maneira estratégica à margem desse anel viário que ainda não existe na sua totalidade.

É compromisso nosso fazer a parceria com essas empresas para que cada empreendimento que for surgindo vá fazendo essas conexões, até porque é uma exigência da Caixa ter a pavimentação.”

Como o senhor vê essa prévia de 2026 entre Raquel e João Campos na disputa pelo Governo de Pernambuco?

“A gente teve o resultado no último dia 6 muito mais favorável para Raquel. O número de prefeituras foi muito maior. Ela consolida essa liderança em Pernambuco. Caruaru era uma das cidades que precisava ser vencida já no primeiro turno para ratificar a liderança de Raquel e ficamos muito tranquilos.

Temos ainda duas cidades importantíssimas. Tenho certeza de que Mirella ganha em Olinda e, em Paulista, Ramos vai ser o prefeito. Isso consolida ainda mais a eleição de 2024 para o grupo de Raquel. Ela vem muito forte, claro, para 2026. Eu não tenho dúvidas de que ela vai ser reeleita diante desse cenário.”

O senhor acha possível o presidente Lula estar no palanque de Raquel e no de João em 2026?

“Isso já aconteceu com o ex-governador Eduardo Campos. Então, não acho difícil. A gente tem que ver como vai ser a conjuntura partidária daqui a dois anos. Vi sua coluna e concordo. O PT saiu fragilizado a nível nacional e em Pernambuco não foi diferente.

Dentro desse cenário, a depender se Lula for para uma reeleição daqui a dois anos, porque muita coisa pode acontecer, pode existir essa composição de neutralidade e isso favorece 100% Raquel, ela vai mais forte.”

Mesmo não indo a nenhum debate, o senhor conseguiu ser eleito no primeiro turno. Foi estratégia?

“Isso foi uma estratégia dentro do nosso planejamento de comunicação. A gente sabia que de maneira natural a eleição estava polarizada. Todo mundo acompanhou, meu principal adversário era o ex-prefeito José Queiroz (PDT).

Dentro dessa polarização, ele tinha a obrigação de ir por não estar como prefeito. A gente sempre estava à frente nas pesquisas e geralmente essa estratégia é usada por quem está à frente.

Na medida em que estava polarizado e ele foi aos debates, ele foi o alvo na maioria das vezes, inclusive em alguns se saiu muito mal, e isso nos favoreceu e deu certo. A gente vinha acompanhando por pesquisas também que os debates não influenciavam em nada.”