Senado aposta em enfrentar Câmara em 2025 para recuperar poderes perdidos

Senadores esperam recuperar poderes considerados perdidos desde o início da legislatura em um rearranjo de forças entre Câmara e Senado a partir da saída dos presidentes Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A disposição de enfrentar a Câmara foi um dos pontos que pesou a favor da candidatura de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), eleito presidente do Senado no sábado (1º) com o terceiro maior placar da história, tendo 73 dos 81 votos.

Reservadamente, parlamentares afirmam que o temperamento de Alcolumbre é completamente diferente do de Pacheco —descrito comumente como diplomático, conciliador, apaziguador e de diálogo. As informações são da Folha de São Paulo.

A avaliação é que a mudança de perfil também acontece pelo lado da Câmara, com o novo presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), mais aberto ao diálogo que o antecessor, Lira.

O desgaste entre as duas Casas escalou diante da mudança patrocinada por Lira no regimento interno da Câmara que deu aos deputados federais a palavra final sobre a maioria dos projetos em tramitação.

Antes da manobra, medidas apresentadas pelos senadores acabavam revisadas por eles próprios após a votação na Câmara. A partir da mudança, as propostas do Senado passaram a ser anexadas a outras similares da Câmara —o que, na prática, alterou a Casa iniciadora e, consequentemente, a revisora.

Um senador que preferiu não ser identificado afirmou que uma das possibilidades é editar também o regimento interno do Senado para tensionar a situação e forçar a Câmara a rever a mudança encabeçada por Lira.

Aliados de Motta minimizam possível atrito. Afirmam que o paraibano é um político de perfil pacificador e apostam que a boa relação entre ele e Alcolumbre evitará qualquer tipo de ruído entre as duas Casas.

Deputados federais dizem que Lira e Pacheco mantinham relação estritamente institucional e que a proximidade —até no âmbito pessoal– dos novos presidentes poderá distensionar o clima com os senadores.

Um cardeal do centrão da Câmara afirma, no entanto, que a Casa não irá abrir mão de prerrogativas conquistadas nos últimos anos. Ele diz que aposta no diálogo e na negociação entre os parlamentares e que sempre será mantido o respeito institucional entre senadores e deputados.

Apesar de ter chegado a outro patamar em 2024, a briga interna se arrasta desde 2023, quando Lira tentou mudar o rito de tramitação das MPs (medidas provisórias) para garantir que a Câmara ficasse sempre com a relatoria e a palavra final.

Para tentar calibrar a influência do Congresso nas medidas editadas pelo presidente da República, a Constituição prevê que a discussão de cada MP seja feita em uma comissão temporária mista, com a relatoria distribuída alternadamente (ora um senador, ora um deputado federal).

Durante a pandemia de Covid-19, no entanto, as MPs passaram a ser votadas diretamente no plenário das duas Casas, começando pela Câmara, e sem comissões formadas por deputados e senadores.

Logo após a vitória, no sábado, Alcolumbre falou abertamente sobre a guerra em curso nos bastidores. “Não é e nunca será correto uma decisão unilateral de um Poder, que é bicameral, acabar tirando a autonomia e a autoridade do Senado”, disse.

O senador afirmou que o distanciamento entre Pacheco e Lira dividiu o Congresso e levou ao enfraquecimento do Legislativo. Alcolumbre discorreu sobre o impasse em torno das MPs e prometeu “restabelecer o curso natural das coisas”.

“Concretamente isso atrapalhou muito porque forçou o Poder Executivo e o governo, que tinha matérias importantes em que cabia, naquele momento, a edição de medidas provisórias, a tratar primeiro com a Câmara para solicitar se poderia mandar um projeto de lei em regime de urgência”, disse.

“O Senado era chamado não para ser ouvido, não para opinar […]. Éramos chamados aos 45 minutos do segundo tempo e era feito um apelo para que a gente votasse direto no plenário, com relator de plenário, uma matéria muito relevante.”

As medidas provisórias têm efeito imediato e, por isso, são consideradas importantes para o governo federal –já que não precisam, no primeiro momento, do aval do Congresso.

A falta de acordo entre os dois presidentes acerca do tema foi duramente criticada por parlamentares aliados de Lula, diante do prejuízo causado ao Executivo pelo impasse.

Agora, deputados governistas acreditam que esse rito poderá ser reestabelecido com o novo comando das Casas. Essa foi uma das demandas levadas pela bancada do PT a Motta para apoiá-lo na disputa.

Mesmo com a perda de poderes do Senado, aliados de Pacheco não poupam elogios ao senador dizendo que ele foi sábio por não ter acirrado ainda mais a relação com Lira.

Segundo um líder, ao ser confrontado uma vez sobre o tema, o mineiro chegou a dizer que seria mais produtivo trabalhar a ficar em um cabo de guerra com o deputado alagoano.

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O deputado estadual Gilmar Júnior (PV) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta terça-feira (4), para denunciar um caso de violência contra uma técnica de enfermagem em um hospital do Cabo de Santo Agostinho. A profissional foi ameaçada, agredida e ficou ensanguentada durante o expediente, episódio que está sendo investigado pela polícia. O parlamentar, que acompanhou o caso pessoalmente durante o recesso, cobrou medidas urgentes para reforçar a segurança dos profissionais de saúde.

Gilmar Júnior destacou que agressões contra trabalhadores da saúde estão se tornando recorrentes e responsabilizou o poder público pela falta de proteção nas unidades hospitalares. “Pacientes e acompanhantes ficam nervosos com o atendimento e descontam, especialmente, nos profissionais de enfermagem. Isso já está virando uma epidemia. Vemos segurança patrimonial nos hospitais, mas não há quem proteja a equipe de saúde. Móveis e cadeiras não são mais importantes do que pessoas!”, afirmou. Além do discurso na Alepe, o deputado enviou uma Indicação à governadora Raquel Lyra e aos prefeitos de Pernambuco, cobrando medidas efetivas para garantir a integridade dos trabalhadores da rede pública de saúde.

Conheça Petrolina

A Rádio Cidade FM 99.7 estreou, ontem (2), sua nova programação, trazendo mudanças que foram bem recebidas pelo público pernambucano. A emissora, que está prestes a completar cinco anos no ar, aposta em uma grade mais dinâmica e interativa, reforçando sua identidade com conteúdos que equilibram jornalismo, entretenimento e análise. Entre os destaques da nova fase estão os comunicadores Vitor Araújo, Dilson Oliveira, Renata Torres, Mário Flávio e este blogueiro, Magno Martins, ampliando a oferta de informação e debate sobre os principais temas do Estado e do País.

Combinando a reformulação de programas já consagrados com a estreia de novas atrações, a emissora fortalece sua conexão com os ouvintes e mantém o compromisso de entregar conteúdo de qualidade. A recepção positiva do público confirma o acerto da estratégia da Cidade FM, que segue inovando e consolidando seu espaço no rádio pernambucano. “A Rádio Cidade FM cresceu muito nesses últimos anos, e essa nova programação reflete nosso compromisso em oferecer sempre o melhor para quem nos acompanha todos os dias”, destacou a direção da emissora.

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Em jogo válido pela 2ª rodada da fase de grupos da Copa do Nordeste, o Sport recebe o Fortaleza (CE), na Ilha do Retiro, às 21h30 desta terça-feira (4).

Ambos os times possuem três pontos, pois venceram seus adversários na 1ª rodada e visam a liderança do Grupo A; no momento o Sport ocupa a 2ª posição da tabela, e o Fortaleza está no topo dela com saldo de gols superior.

O Leão da Ilha entra em campo em busca da segunda vitória na competição, mas não poderá contar com o zagueiro Rafael Thyere, que ainda apresenta desconforto na lombar.

Já o adversário cearense não terá desfalques e entra motivado para enfrentar o Sport.

Torcida única

O Leão conseguiu na segunda (3), o direito de colocar torcida única na Ilha.

Após a liminar que derrubou a portaria da SDS que bania a torcida do clube nos próximos cinco jogos como punição dos atos de vandalismo e violência que ocorreram no último sábado (1º).

Em cumprimento da liminar, os locais destinados à torcida uniformizada deverão estar fechados.

Belo Jardim - Construção do CAEE

O deputado federal Coronel Meira (PL-PE) usou a tribuna da Câmara nesta terça-feira (4) para criticar a condução do governo federal e reforçar seu pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seu pronunciamento, o parlamentar acusou o governo de corrupção, incompetência e retrocesso econômico, afirmando que a gestão atual está “massacrando o povo brasileiro” e conduzindo o país ao “abismo”.

Meira destacou sua atuação como vice-presidente da oposição e presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, ressaltando que foi o primeiro deputado a protocolar um pedido de impeachment contra Lula, em fevereiro de 2023, além de ter assinado novos pedidos em 2024, com base em supostas irregularidades na administração pública. O deputado direcionou sua fala ao novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pedindo que a Casa paute a análise do impeachment imediatamente. Assista:

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Um dos mais fiéis defensores da governadora Raquel Lyra (PSDB) na Alepe, o deputado estadual Renato Antunes (PL) declarou, nesta terça-feira (4), que ela “foi induzida ao erro”, na questão da proibição de torcedores nos estádios de futebol.

A medida foi anulada pelo Tribunal de Justiça (TJPE), por meio de mandato de segurança, atendendo a um pedido do Sport.

“Não é uma questão de proteger três mil pessoas em detrimento de três milhões, como disse o secretário de Defesa Social (Alessandro Carvalho)”, enfatizou Renato.

O parlamentar se referiu à declaração de Carvalho de que o efetivo da Polícia Militar não poderia ser deslocado para acompanhar os membros das organizadas. Mas, para Antunes, o Estado não pode punir o esporte e o futebol, porque há impacto na economia também.

“Além da paixão pelo futebol, é a economia que roda. Decisões simplórias não vão resolver”, acrescentou. Também do PL, porém sem ser aliado de Raquel Lyra, o deputado Alberto Feitosa disse que Alessandro Carvalho foi infeliz nas palavras e que “o Governo e a Secretaria de Defesa Social mostraram primarismo e a coisa saiu totalmente do controle”.

Para Feitosa, também houve “omissão, participação política e comercial dos clubes com essas torcidas organizadas”.

Já o deputado João Paulo (PT) lembrou que esse tipo de episódio é observado também em outras parte do mundo. “Em muitos casos, a violência das torcidas reflete um problema social mais profundo, como a falta de oportunidades para jovens”, comentou.

Nova líder

A deputada Socorro Pimentel (União Brasil), nova líder do Governo na Casa, destacou que todas as decisões da governadora Raquel Lyra foram tomadas por recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

A parlamentar enfatizou a necessidade de punição para os vândalos e disse que a discussão do assunto é suprapartidária.

“Estamos falando pelos torcedores que assistiram aquelas cenas lamentáveis, um episódio grotesco. A gente ficou estarrecido. Esses criminosos devem cumprir penalidades dentro dos rigores da lei”, frisou Socorro.

Mais de 7.000 pessoas deixaram Santorini em 48 horas devido aos terremotos sucessivos que atingiram a ilha grega nesta semana —um fenômeno sem precedentes na região. Quase 6.000 passageiros embarcaram desde o domingo (2) em balsas que começaram a deixar a ilha vulcânica, famosa pelas capelas de cúpulas azuis, segundo uma contagem da guarda-costeira grega obtida pela agência de notícias AFP.

A companhia aérea grega Aegean Airlines informou que transportou quase 1.300 passageiros de Santorini para Atenas na segunda-feira (3), em um total de nove voos, sendo cinco além dos anteriormente agendados.

A atividade sísmica perto da ilha tem uma sequência sem precedentes nesta região desde o início dos registros, em 1964, segundo dados do Instituto Geodinâmico do Observatório de Atenas. Mais de 180 sismos foram registrados diariamente desde domingo. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Em uma área de aproximadamente 1.000 km² ao redor da ilha, entre 24 de janeiro e esta terça-feira (4), foram contabilizados 750 tremores.

“Não temos um terremoto principal, mas uma sequência de muitos terremotos”, observou o professor de sismologia Kostas Papazachos.

“Nunca experimentamos algo assim antes”, acrescentou Athanasios Ganas, diretor de pesquisas do Observatório de Atenas. “Agora, temos mais de 41 terremotos superiores à magnitude 4 em um período de 72 horas”, acrescentou.

Um terremoto de magnitude 4,9 foi registrado nesta terça às 4h45 locais (23h45 de segunda no horário de Brasília) com epicentro no mar Egeu, a cerca de 31 km de Santorini, informou o Instituto Geodinâmico do Observatório de Atenas.

Pouco depois, às 6h (3h em Brasília), outro tremor de 4,7 ocorreu na mesma área, cerca de 19 km a sudoeste de Amorgos, outra ilha turística no arquipélago das Cíclades que tem menos de 2.000 habitantes permanentes.

Cientistas gregos já alertaram que a atividade sísmica, que se intensificou desde sábado (1º), pode continuar por semanas. No entanto, “o cenário de terremotos de magnitude 6 ou mais continua improvável”, disse o presidente da Organização para Planejamento e Proteção Sísmica (OASP), Efthymios Lekkas.

Todas as escolas em Santorini, Amorgos e ilhas vizinhas permanecerão fechadas até sexta-feira, embora as autoridades insistam que são medidas de precaução.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) renovou o alerta de chuvas na tarde desta terça-feira (04) para as Matas Sul e Norte, Região Metropolitana do Recife e Agreste.

O boletim de estado de atenção indica continuidade de chuvas com intensidade moderada a, pontualmente, forte na noite de hoje e ao longo desta quarta-feira (05).

De acordo com a agência, as precipitações são provocadas pelo “posicionamento de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) em associação a um pulso da Zona de Convergência Intertropical (Zcit), que favorece a ocorrência de pancadas de chuvas moderadas em grande parte do estado”.

Em caso de emergência, entre em contato com a Defesa Civil do Recife pelo telefone 0800-081-3400. Já a Defesa Civil de Pernambuco pode ser acionada por meio do número 199 ou pelo telefone (81) 3181-2490.

Da CBN Recife.

Por Raphael Guerra
Do JC

O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal, nesta terça-feira (4), que a pasta está realizando o planejamento da segurança para o jogo do Sport contra o Fortaleza, pela Copa do Nordeste, que ocorre esta noite, na Ilha do Retiro, no Recife.

Ao mesmo tempo, o secretário disse que o governo do Estado ainda está analisando se vai recorrer da decisão judicial que liberou a entrada de torcida em jogos dos times pernambucanos, publicada na segunda-feira (3). Na noite da segunda-feira, o desembargador Fernando Cerqueira, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), derrubou uma portaria do governo estadual que proibia a entrada de torcida nos próximos cinco jogos do Sport e Santa Cruz, em decorrência dos violentos confrontos entre as torcidas ocorridos no último sábado (1º).

“Estamos trabalhando no planejamento da segurança do jogo de hoje, buscando todas as informações. A decisão tem um prazo de recurso e isso está sendo avaliado pelo governo, então não tenho como dizer se haverá recurso ou não. Fato é que já estamos trabalhando para fazer a análise de risco para essa partida”, contou Alessandro Carvalho.

De acordo com o secretário, a preocupação da pasta é com possíveis atos de vingança por parte das torcidas organizadas envolvidas nos atos do último sábado.

“Temos uma preocupação muito grande com atos de retaliação, que é a forma como essas torcidas organizadas funcionam. Elas sempre estão falando em se vingar, e isso é uma preocupação. Porque faz o ataque, alguém vai se sentir vencedor desse ataque e o outro perdedor, e querem fazer uma vingança”, apontou.

“Quando nós tomamos a decisão no sábado de suspender público nas cinco partidas foi justamente com essa precaução. A possibilidade de vingança é muito alta. Por mais que a experiência e a expertise da Polícia Militar de Pernambuco, da Polícia Civil, da SDS, de fazer segurança de jogos, esse problema de torcidas organizadas não é de hoje… Não se resolveu de lá pra cá”, completou.

“Torcida única não é a solução”
Alessandro Carvalho também se mostrou contrário à determinação dada pelo desembargador liberando a presença de torcida única nos estádios. Segundo o secretário, essa estratégia não garante a segurança dos torcedores.

“Torcida única não é a solução, porque você vai ter mandante do jogo e a torcida se deslocando até o jogo, então pode ocorrer confrontos no caminho. Essa tese de que torcida única elimina a possibilidade de confronto, isso não existe, é falácia”.

Segundo o secretário, todos os eventos são precedidos de reuniões de análise de risco. “Analisamos qual é o nível dos times que vão jogar, o tamanho da torcida, o estado de beligerância nas redes sociais, isso tudo gera uma análise de risco e informação. O que a informação diz é que existe nas redes sociais um tom de ameaça recíproca”, complementou.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou à Secretaria de Educação de Surubim a realização de campanhas permanentes nas escolas para conscientizar os estudantes sobre os riscos do uso de cigarros eletrônicos. A medida foi tomada após denúncias de ampla oferta e venda irrestrita desses dispositivos no município, inclusive para crianças e adolescentes, apesar da proibição imposta pela Anvisa. O MPPE também solicitou que a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária intensifiquem a fiscalização para coibir a comercialização ilegal dos produtos, além de incorporar o tema ao calendário pedagógico das escolas por meio de palestras, oficinas e atividades educativas ao longo do ano letivo de 2025.

Por Guilherme Anjos
Do Diario de Pernambuco

Terminado o recesso, os deputados estaduais retomam os trabalhos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta terça-feira (4). A pauta inclui a segunda votação de projeto do Executivo e apreciação de emendas substitutivas de 2024, mas as atenções estão voltadas às composições dos blocos parlamentares e das comissões permanentes.

Com a posse da nova mesa diretora na última segunda-feira (3), na solenidade de reabertura das atividades da Casa Joaquim Nabuco, o presidente Álvaro Porto (PSDB) determinou um prazo de oito dias úteis para que os líderes partidários formalizem seus blocos.

A presidência tem até o dia 14 deste mês para publicar as novas comissões da Casa no Diário Oficial do Legislativo.

Os governistas comandam as três principais comissões da Casa: Antônio Moraes (PP) preside a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ); Débora Almeida (PSDB), Finanças e Orçamento (CFO); e Joaquim Lira (PV), Administração Pública.

O território conquistado através de negociações garantiu governabilidade à governadora Raquel Lyra (PSDB) em 2024. Todos os projetos enviados à Assembleia pelo Executivo foram aprovados sem modificações nas comissões, apesar do esforço da oposição.

Para o novo biênio, no entanto, os socialistas estão exigindo respeito à proporcionalidade da Assembleia. O PSB possui a maior bancada, com 12 deputados. Além disso, ocupa quatro dentre os sete cargos da mesa diretora.

Para garantir maior adesão às comissões permanentes, os governistas se dividiram em dois blocos. O “blocão” composto por PSDB, PRD, Solidariedade e União Brasil foi reforçado pela Federação da Esperança (PT/PV/PCdoB) – um total de 18 deputados.

O PP, por sua vez, formará seu próprio bloco para tentar garantir mais representatividade nas comissões. Os oito parlamentares se juntam aos dois deputados do Republicanos, que votam com o Governo na Alepe apesar de serem parte da Frente Popular do Recife. Com isso, os socialistas ficam isolados, e Raquel Lyra ganha mais território.

Pauta do dia

A principal discussão na primeira sessão ordinária do ano foi a segunda votação do projeto 2426/2024 do Executivo, que cria gratificações para direção, superintendência, gerência, coordenação e chefia dos Hospitais Regionais, de Grande Porte e Hospital do Servidor do Estado de Pernambuco.

O texto deveria ter sido votado na última sessão plenária de 2024, mas acabou adiado por falta de quórum.

Além disso, outros dois projetos do ano passado foram discutidos na Casa. O primeiro, um substitutivo da deputada Débora Almeida sobre os parâmetros para a expedição dos registros de estabelecimentos agroindustriais rurais de pequeno porte. O segundo, do deputado Gilmar Júnior (PV), institui o Cadastro Estadual de Famílias de Baixa Renda e Vulnerabilidade Socioeconômica em Pernambuco.

A pauta também incluiu 247 apelos a prefeitos e à governadora, 10 votos de congratulações, nove votos de aplausos e dois votos de pesar.

Por Ricco Viana
Do Blog da Folha

A Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PV e PCdoB, agora faz parte do “blocão” governista da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A adesão foi consolidada na manhã desta terça-feira (4) e formalizada pelo deputado João Paulo (PT), líder da Federação, à Mesa Diretora.

“Não muda nada, isso (adentrar o bloco governista) foi só para as comissões. Com o blocão, a gente amplia as participações nas comissões”, disse João Paulo.

O grupo formado por PSDB, PRD, União Brasil e Solidariedade ampliou sua base para 18 deputados. Até janeiro, o bloco também contava com Progressistas (PP) e MDB, que optaram por seguir caminhos distintos. Segundo João Paulo, as saídas foram justamente para essas movimentações que visam “ampliar as participações nas comissões”.

Questionado se isso aproxima o Partido dos Trabalhadores de se tornar base da governadora Raquel Lyra (PSDB), João Paulo negou: “Não, é só para composição das comissões. Nada mais além disso”.

As comissões da Alepe ainda não foram definidas. Os líderes das bancadas têm um prazo de até 10 dias para indicar os deputados que vão participar. A partir disso, o presidente de cada comissão será escolhido, com ou sem bate-chapa.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do subprocurador-geral de Justiça em Assuntos Institucionais, Renato da Silva Filho, determinou que os clubes pernambucanos se dissociem das torcidas organizadas, como forma de coibir novos atos de violência, como os registrados no último sábado (1º). O pedido foi feito durante encontro do órgãos público com os clubes, com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e titulares da Secretaria de Defesa Social e da Polícia Militar. Os times receberam um prazo de até 48h para acatar o pedido e oficializarem a medida por meio de uma publicação.

“O que o Ministério Público pede é muito pouco. Primeiro, é que os clubes se dissociem dessas dessas torcidas organizadas. Não tem nenhum cabimento você ter uma torcida organizada que tem CEP, CNPJ e sede. Isso é a falência do estado e o estado não irá ficar a reboque desses vândalos que são, na verdade, bandidos. O que nós pedimos foi que os clubes não dessem guarida, que não fomentassem ou incentivassem esse tipo de torcedor, porque 99% dos torcedores são pessoas boas pessoas e honestas. Os outros estão em número muito pequeno e terminam estragando tudo. Os clubes se comprometeram a fazer isso, dentro das suas limitações”, afirmou.

O MPPE disse ainda que não abrirá mão das investigações e de medidas judiciais que devem ser adotadas, apesar da concordância dos clubes.

Da CBN Recife.