Ramos toma posse como prefeito de Paulista

O prefeito eleito de Paulista, Ramos Santana (PSDB), foi oficialmente empossado, junto com o vice-prefeito Felipe Andrade (PSD). Marcada por emoção, a solenidade ocorreu na manhã de hoje, no cinema do Paulista North Way Shopping, localizado no Centro da cidade. “Tenho certeza de que vamos administrar com todos vocês, ouvindo a sociedade”, destacou Ramos, em seu discurso oficial. O evento foi restrito a autoridades, convidados e profissionais de imprensa.

Emocionado, o prefeito agradeceu à presença de sua médica oncologista. “Foi muito importante para que neste momento eu estivesse aqui”, apontou. Ramos se dirigiu aos vereadores eleitos, que tomaram posse na mesma cerimônia: “Neste momento, somos todos iguais. Vamos dar resposta a esse povo trabalhando muito, para que tenhamos uma Paulista melhor para todos”. As informações são do Blog da Folha.

Em seu discurso, o vice-prefeito destacou os desafios na transição de governo. “Paulista tem tudo para ser uma cidade melhor para o nosso povo e a gente precisa se unir com esse único objetivo. Não é um momento fácil e a gente que fez a transição sabe do tamanho desse problema”, ressaltou. Logo após a solenidade, Ramos e Felipe Andrade seguirão para um ato público em frente à Prefeitura de Paulista, com hasteamento da bandeira.

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A realidade impiedosa que se impõe perante João Campos e Victor Marques

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Para além do jogo político e das pretensões futuras, de ser ou não governador de Pernambuco, são imensos os desafios do agora do recém-empossado prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), assim como do seu vice-prefeito, Victor Marques (PCdoB).

Passada a fase de celebrar a vitória inquestionável nas eleições de 2024 e o período de acomodação de aliados, bem como de organização de equipe, João Campos e Victor Marques têm pela frente a tarefa de administrar uma cidade cheia de problemas, com qualidade de vida ruim e indicadores sociais difíceis.

O levantamento do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), por exemplo, que analisou em março de 2024 a desigualdade social nas capitais brasileiras, colocou o Recife em segundo lugar no mapa da desigualdade entre as capitais do País, sendo superada apenas por Porto Velho, capital de Rondônia.

O estudo avaliou áreas como educação, saúde, violência, assistência social, meio ambiente e direitos humanos e também trouxe dados sobre ocupação. Segundo o ISC, o Recife enfrenta uma taxa de desemprego que alcança 15% da população, sendo a segunda capital brasileira com a maior desocupação.

Além disso, a capital pernambucana registra uma alta porcentagem de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, com 11,2% da população nessa situação. Outro levantamento que aponta para as dificuldades do Recife é o Índice de Progresso Social – Brasil (IPS Brasil), publicado em julho de 2024.

Esse estudo avaliou a qualidade de vida e o desempenho socioambiental dos 5.570 municípios brasileiros. Foi desenvolvido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com a Fundación Avina, Amazônia 2030, Anattá Pesquisa e Desenvolvimento, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative.

QUALIDADE DE VIDA EM XEQUE – No mapa que mostra o progresso social dos municípios, elaborado pelo IPS Brasil, o Recife figurou entre as capitais que oferecem os piores indicadores de qualidade de vida. No ranking das 27 capitais, ocupou a 21ª colocação e ficou entre as 10 piores cidades em condições de vida do Brasil. A comparação regional também deixou o Recife em posição ruim: ficou na lanterna no ranking das nove capitais do Nordeste, à frente apenas de Maceió.

Cobrança dobrada – Se João Campos pretende ser governador de Pernambuco e fazer de Victor Marques prefeito do Recife, vai ser preciso que os dois trabalhem para melhorar esses indicadores, porque a cobrança em cima de um nome que se propõe a governar o Estado é dobrada, assim como será dobrada a cobrança em cima do nome de Victor, que pode vir a disputar a prefeitura com o aval de João tendo como experiência pública ter sido chefe de gabinete de João e vice-prefeito por dois anos. Tudo isso vai ser colocado em discussão. A qualidade de vida do povo pobre dessa cidade, a oferta de oportunidades na capital, os serviços oferecidos nas áreas sensíveis, como saúde, tudo vai para a conta dos dois.

Oposição sem trégua – A nova oposição na Câmara do Recife, inclusive, já deu sinais de que não vai dar sossego a João e Victor. Mal tomou posse no primeiro dia do ano e o vereador Gilson Filho (PL), filho do ex-ministro Gilson Machado (PL), já esteve no dia seguinte (2) na Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques, no Ibura, para fiscalizar o funcionamento da unidade. Segundo ele, o que encontrou foi um cenário de abandono, que tem gerado indignação entre pacientes e familiares. Encontrou uma paciente de 22 anos que sofreu um aborto e relatou ter chegado à unidade às 9h, mas precisou pagar por exames em uma clínica particular porque a médica responsável pelos exames estava de férias e não houve substituto.

Mais problemas na policlínica – Ainda segundo Gilson Filho, a unidade enfrenta a falta de copos descartáveis, obrigando os pacientes a comprarem água fora, e o banheiro feminino, essencial em uma maternidade, estava sem água. De acordo com o vereador, o pai de uma mulher que deu à luz também denunciou que os quartos não possuem lençóis para os recém-nascidos, forçando as famílias a levarem o material de casa. Outro ponto constatado foi o funcionamento parcial do setor de exames. Nos dias pares, não há médico para realizar ultrassons e exames laboratoriais, deixando pacientes desassistidos. Já nos dias ímpares, a unidade conta com atendimento normalizado.

Mais oposição, mesmo sendo do PT – Também na mesma semana da posse, a vereadora Liana Cirne (PT) já começou o ano dando trabalho à Prefeitura do Recife, mesmo fazendo parte de um partido que (ainda) está na base de João Campos e mesmo o prefeito tendo afirmado diversas vezes que seu candidato em 2026 é o presidente Lula (PT). Liana Cirne protocolou, ontem (3), um ofício na prefeitura apontando inconsistências nas nomeações de novos professores divulgadas no Diário Oficial do dia 2. Entre os problemas, estão nomes repetidos na lista, convocação de candidatos fora da ordem de classificação, uso indevido da modalidade “final de fila” e falhas na classificação de rescisões e substituições. Liana também questionou a renovação de 1.340 contratos temporários, enquanto ainda há candidatos aprovados em concurso aguardando nomeação.

CURTAS

Mendonça Filho segue sem previsão de alta – O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil) segue internado no Hospital Português, no Recife, depois de passar mal, ontem (3), ao praticar uma atividade física em uma praia do litoral pernambucano. O parlamentar passou por cateterismo cardíaco e teve descartada a possibilidade de infarto agudo do miocárdio. Segundo informações de bastidores, o deputado está bem e conversou ontem mesmo com familiares e amigos. Mas está sem previsão de alta.

Novos deputados estaduais – O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), empossou os deputados estaduais Cayo Albino (PSB) e Wanderson Florêncio (SD), ontem (3), no auditório da Casa Joaquim Nabuco. Cayo Albino assumiu a vaga de Eriberto Filho (PSB), que foi empossado como secretário de Esportes do Recife, a convite do prefeito João Campos. O gesto amarrou ainda mais a família do prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), ao grupo de João Campos, uma estratégia para 2026, já que Campos pode vir a precisar de espaço no Agreste, como candidato a governador. Já Wanderson Florêncio assumiu a vaga de Lula Cabral (SD), eleito prefeito do Cabo de Santo Agostinho.

Grupo de Eriberto Medeiros fortalecido – Por falar em Eriberto Filho, o grupo do pai dele, o deputado federal Eriberto Medeiros (PSB), teve uma semana de ouro e entrou em 2025 fortalecido. O pai é federal. Um dos filhos é secretário de João Campos. O outro filho, o vereador Eriberto Rafael (PSB), foi eleito primeiro-secretário da Câmara do Recife, no último dia 1°.

Perguntar não ofende: Como será a relação de Cayo Albino (PSB) e Izaías Régis (PSDB) na Alepe, já que os dois disputarão os holofotes de Garanhuns na Casa?

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O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, escolheu o estrategista em Marketing Siniel Costa para comandar a Secretaria de Articulação Política do município. Com mais de 20 anos de experiência em Gestão de Pessoas e planejamento de campanhas, Costa se destacou como Chefe de Gabinete Parlamentar, sendo reconhecido por sua liderança e articulação política. Em 2012, recebeu o Prêmio de Melhor Gestão de Gabinete pelo Instituto Tiradentes de Minas Gerais. Atualmente, à frente da CandiResultados, atua em palestras, treinamentos e pesquisas eleitorais, implementando estratégias inovadoras que impactaram cenários políticos em diversas cidades.

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O prefeito de Ipubi, João Marcos Siqueira (PSD), reuniu sua equipe de secretários nesta sexta-feira (3) para definir as medidas prioritárias do governo. Saúde e Agricultura foram elencadas como focos iniciais, com ações voltadas para a ampliação do atendimento médico e o fortalecimento do setor rural, incluindo perfuração de poços, recuperação de estradas e distribuição de sementes. Além disso, João Marcos anunciou a realização de um concurso público para provimento de vagas na administração municipal.

O gestor destacou que outras áreas também receberão atenção, como Educação, com a organização do início do ano letivo, e infraestrutura, com a retomada de obras estruturadoras. Nas redes sociais, o prefeito afirmou estar preparando uma grande programação para o aniversário da cidade, no dia 2 de março, reforçando o compromisso com a valorização da cultura local. “Posso afirmar que este time está alinhado, com coragem e disposição para fazer a diferença. Grandes coisas estão por vir”, declarou.

O prefeito de Afogados da Ingazeira, Sandrinho Palmeira, anunciou nesta sexta-feira (3) um investimento de R$ 25 milhões para a retomada das obras do saneamento global no município. O anúncio foi feito por meio do perfil oficial da Prefeitura no Instagram.

Os recursos foram captados através do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, no qual Afogados da Ingazeira tem representação institucional. O montante é proveniente da descentralização da Eletrobrás e teve a autorização de uso publicada no Diário Oficial da União pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Segundo Sandrinho Palmeira, os valores já estão na conta da Codevasf e serão repassados à Compesa, responsável pela execução da obra. O prefeito destacou a importância do investimento para a melhoria da qualidade de vida da população e afirmou que cobrará da Compesa ampliação da rede de abastecimento de água no município. “Saneamento é saúde, é dignidade na vida das pessoas. Estamos inteiramente à disposição para sermos parceiros nessa importante ação”, declarou.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou o plano do Governo Lula para leiloar R$ 106,4 bilhões em 87 concessões na área de infraestrutura de transportes ao longo de 2025. Deste total, aproximadamente R$ 12 bilhões serão destinados exclusivamente para portos e aeroportos, garantindo investimentos estratégicos para o setor e impulsionando o desenvolvimento nacional.

Entre os projetos prioritários, está o leilão do terminal STS10, que dobrará a capacidade do Porto de Santos, em São Paulo, além da concessão de 21 terminais portuários, com previsão de R$ 8,5 bilhões em investimentos. “Este novo ano tem tudo para ser o mais forte das concessões portuárias na história do Brasil. O leilão do terminal STS10 é prioridade máxima”, afirmou o ministro. Também serão concedidos 51 aeroportos de pequeno porte, somando R$ 3,4 bilhões em investimentos.

O plano do governo inclui ainda a ampliação de oportunidades em 51 empreendimentos portuários espalhados pelo país, totalizando R$ 19,27 bilhões em investimentos. Esses ativos movimentam cargas diversas, como granéis sólidos, líquidos e contêineres, e serão leiloados entre 2024 e 2026.

Além disso, o governo trabalha em um projeto inédito para concessões de hidrovias, priorizando um modelo de transporte sustentável, eficiente e econômico. O objetivo é reduzir custos logísticos e tornar a infraestrutura brasileira mais competitiva, garantindo maior conectividade entre os diferentes modais de transporte.

O trade turístico de Pernambuco está preocupado com o aumento do racionamento de água que vai atingir os municípios de Ipojuca e do Cabo de Santo Agostinho, onde estão localizadas a praia de Porto de Galinhas e outros balneários do Litoral Sul. As duas cidades estão entre as que foram afetadas pelos baixos níveis das barragens e terão um calendário mais severo de abastecimento de água até março deste ano.

Em entrevista à Rádio Jornal, o presidente da Associação Brasileira de Agência de Viagens de Pernambuco (Abav), Marcos Teixeira, comentou sobre os prejuízos que o racionamento pode trazer para o principal destino turismo do Estado.

“Vamos falar do Turismo, das necessidades de investimento, melhorias infraestrutura, tudo isso. Estamos no verão, período em que a procura dos turistas aumenta e nós também, que moramos aqui no Estado, vamos mais às praias”, afirmou.

“O prefeito Carlos Santana, já eleito e empossado, disse que está em reuniões com o governo do Estado para tentar discutir a situação de Porto de Galinhas, que é o nosso principal destino, nosso carro-chefe no turismo. É preciso encontrar soluções para minimizar essa situação”, concluiu.

Os municípios de Ipojuca e do Cabo foram impactados pelos baixos níveis das Barragens de Bita (13%) e Utinga (14%), que compõem o Sistema de Abastecimento de Suape.

Do JC.

Por Daniel Pereira
Da Revista Veja

Conhecido pelo otimismo e pela resistência à autocrítica, Lula faz uma análise positiva de seu governo. Ele alega que fortaleceu a democracia, amea­ça­da pela tentativa de golpe sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), reverteu um suposto desmonte do Estado nas áreas de saúde e educação, recuperou programas sociais e reinseriu o Brasil no cenário externo, depois de o país figurar como “pária internacional” na gestão de Jair Bolsonaro. Numa imagem cunhada para rebater a sensação de paralisia, o presidente costuma dizer que a primeira metade de seu terceiro mandato foi dedicada à semeadura de projetos.

Tudo o que tinha de ser plantado, segundo ele, já foi plantado. Nos próximos dois anos, acrescenta, será época de colheita. De bonança. De pavimentar o caminho para a vitória de um candidato governista na eleição presidencial de 2026. O roteiro parece simples, mas omite um ponto central: o governo enfrenta tantos desafios que, se depender de conselheiros e aliados do presidente , será reorganizado — ou refundado — para a segunda e derradeira metade do mandato.

Os problemas da atual administração são apontados há tempos por petistas históricos, integrantes da cúpula do Congresso e auxiliares do presidente. Eles vão da falta de coordenação na equipe à fragilidade na articulação política, das falhas na comunicação à inexistência de rumo, passando por intermináveis disputas internas. Sem paciência para a agenda doméstica, Lula empurrou essas questões com a barriga o quanto pôde. Sua meta inicial era se consolidar como um líder global, o que ainda não conseguiu.

Com a derrota da esquerda na eleição municipal do ano passado e o fortalecimento contínuo do Centrão, grupo que continuará a dar as cartas no Congresso, o presidente parece finalmente convencido a reagir, acionar um freio de arrumação e realizar uma reforma ministerial. As mudanças serviriam para dar uma chacoalhada no governo, fortalecer o conceito de frente ampla usado para vencer Jair Bolsonaro em 2022, mas depois deixado de lado, e tentar amarrar partidos de centro e até de direita a uma eventual candidatura à reeleição de Lula — ou de um nome escolhido por ele.

A reforma também permitiria ao presidente demitir quadros que entregaram mais problemas do que resultados e contemplar nomes de grande prestígio político que ele espera ter como aliados em 2026. Uma mudança dada como certa ocorrerá na comunicação. Em vídeo divulgado num seminário do PT, em dezembro, o próprio Lula declarou que o governo errou nessa área e fará as correções necessárias.

A demissão de Paulo Pimenta do comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência é considerada barbada, e o favorito para assumir o posto é o marqueteiro Sidônio Palmeira, que cuidou da última campanha de Lula, tem aconselhado o presidente e trabalhou na estratégia de divulgação do novo pacote fiscal. Mais do que a troca de nomes, governistas esperam uma mudança de postura.

Dirigente histórico do PT, o ex-ministro José Dirceu, por exemplo, cobra mais combatividade no embate com a direita nas redes sociais, nas quais a esquerda é surrada desde sempre, e em outras arenas que ganharam protagonismo no debate político, como as igrejas evangélicas. A demanda é clara: dar menos atenção ao institucional, voltar às ruas e às redes e, como fazem os bolsonaristas, escolher temas que sejam capazes de engajar a população e dominar o noticiário.

Não parece tão complicado, mas é. A esquerda e o PT não se entendem sobre o que comunicar, até porque não chegaram a um consenso sobre qual caminho seguir — o de suas bandeiras históricas ou o do centro. Tome-se o caso da política externa. O governo defende a democracia como princípio e, ao mesmo tempo, ditaduras amigas. Um contrassenso. Também fala em pragmatismo comercial, mas não esquece o viés ideológico ao tratar de negócios.

“Lula deveria rever um pouco a inclinação tão marcante que ele tem desenvolvido por uma política externa Sul-Sul, contra o Norte, contra o imperialismo norte-americano, que é uma coisa negativa para o Brasil”, diz Alberto Aggio, professor de ciências políticas da Unesp. “Ficar imaginando que o problema do governo é de comunicação, que a sociedade não está encontrando maneiras de ver o que o governo faz, é um erro de avaliação.” Segundo auxiliares, o presidente tende a privilegiar o centro na eventual reforma. Uma das ideias em discussão é dar mais espaço a PSD, MDB e União Brasil, que já controlam três ministérios cada um.

Partido com o maior número de prefeituras conquistadas na última eleição municipal, o PSD pode ser contemplado com uma pasta de mais peso para a sua bancada de deputados federais, hoje representada pelo ministro da Pesca, André de Paula.

Outro integrante da legenda, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também deve receber convite para um cargo no Executivo assim que deixar o comando da Casa. Governistas sugerem que Pacheco assuma a Justiça no lugar de Ricardo Lewandowski, que deixaria o governo ou seria remanejado para a Defesa, substituindo José Múcio, até aqui um sobrevivente do fogo amigo petista.

Mandachuva do PSD, Gilberto Kassab já disse que Lula só não será reeleito se errar muito — e que o governador Tarcísio de Freitas, de quem é secretário, deve disputar um novo mandato em São Paulo em 2026. Com a esperada reformulação no ministério, Lula tentará amarrar Kassab e o PSD à sua candidatura à reeleição e, de quebra, adiar eventual sonho presidencial de Tarcísio.

Por sinal, qualquer mudança terá como base a seguinte premissa: quem se tornar ministro terá de ajudar o governo a conseguir votos no Congresso e, principalmente, convencer seu respectivo partido a se coligar com Lula, ou o concorrente escolhido por ele, na próxima corrida presidencial. Se o plano funcionar, integrantes do União Brasil, por exemplo, trabalharão para impedir a candidatura presidencial pela legenda do governador Ronaldo Caiado, que já está em campanha.

A prioridade na reforma, portanto, não é escolher quadros de excelência técnica, mas políticos com grande capacidade de articulação. É aí que emerge no tabuleiro o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), peça central nas conversas em andamento. Lira deixará o cargo no início do ano, mas fará o sucessor por ampla margem de votos e, assim, manterá sua influência sobre o plenário. Petistas históricos defendem que ele seja convidado para o ministério, o que representaria um senhor reforço para o escrete governista. O problema são os termos da transação. Na campanha presidencial de 2022, Lira apoiou Jair Bolsonaro.

No atual governo, o deputado ajudou a tirar do papel pontos importantes da agenda legislativa de Lula, como o novo marco fiscal e a reforma tributária, mas não aceitou dar um passo atrás no poder conquistado pelo Congresso nos últimos anos, inclusive no caso das emendas. Por isso, há uma série de dúvidas sobre a mesa. Uma delas: se convidado para a Esplanada, Lira fechará com a reeleição de Lula ou de uma candidatura governista em 2026? Outra: qual pasta oferecer ao parlamentar?

“É necessário olhar o destino do Rodrigo Pacheco e do Arthur Lira, ver se eles cabem ou não em um ministério e, a partir daí, imaginar o quebra-cabeça que será montado para os últimos dois anos de mandato”, diz Carlos Melo, professor de ciências políticas do Insper. “Há muitas queixas relacionadas à atuação da Casa Civil. Lula vai mexer na Casa Civil? Essa é uma interrogação importante”.

De fato, fervem as especulações sobre o ministro Rui Costa, que acumulou atritos com colegas, bateu de frente com Fernando Haddad (Fazenda) e colecionou inimizades no Congresso. De líderes petistas a expoentes do Centrão, sobram críticas à sua suposta falta de traquejo político. Para alguns, ele seria uma espécie de vício original, responsável pela falta de coordenação, por trombadas entre as pastas e o descumprimento de acordos no Parlamento. Enquanto os lobbies e as frituras avançam na Praça dos Três Poderes, Lula, o detentor da caneta que nomeia e demite, mantém silêncio sobre a reforma .

Experiente, o presidente sabe que qualquer ajuste em sua equipe, qualquer mudança de rota, depende mais dele, um notório centralizador, do que do elenco de ministros. Numa sinfonia, cabe ao maestro manter a harmonia, e a batuta de Lula tem se mostrado vacilante. O caso da política econômica e de seu condutor formal, Fernando Haddad, é emblemático. O ministro defende o ajuste fiscal, apresenta propostas de contenção de despesas, negocia com o Congresso e tenta sanear as contas públicas.

O presidente avalizou até agora boa parte das iniciativas de Haddad, mas também se consolidou como o principal rival dele ao insistir na tese de que o gasto público deve ser usado para acelerar o crescimento. Essa dubiedade tem cobrado um preço caro ao país na forma de juros, dólar e inflação mais altos. “Acho que um ajuste político importante seria afirmar um apoio maior ao ministro da Fazenda”, declara Alberto Aggio. É um bom conselho.

A economia pode até não decidir sozinha uma eleição, mas tem peso decisivo no humor do eleitorado, que não anda entusiasmado com o governo. Segundo as pesquisas, o país está dividido em três partes quase iguais. Uma aprova a gestão, outra reprova, e a terceira acha regular. Hoje, a avaliação positiva da administração Lula equivale à metade da registrada no mesmo período de seu segundo mandato e é praticamente igual à de seu rival, Bolsonaro.

A aprovação está abaixo de 40%, espécie de número mágico que, conforme especialistas, torna um incumbente favorito na busca de um novo mandato. Outros dados revelam que, se não há motivo para alarme, também não existe razão para euforia por parte do petista.

O Datafolha constatou que apenas 38% dos entrevistados acham que o restante do mandato de Lula será ótimo ou bom, o pior nível desde o início da atual administração. Depois da redemocratização, o presidente disputou seis das nove eleições presidenciais realizadas. Em razão de sua idade e de seu problema de saúde recente, pela primeira vez passou a ser cogitada a possibilidade de ele não concorrer a um novo mandato.

O futuro a Deus pertence, mas o petista — ou qualquer postulante apadrinhado por ele — só chegará com força a 2026 se o governo ampliar seu arco de alianças, apostar em convergências e parar de sabotar a política econômica. A bola está com Lula. Com fama de craque, é dele a responsabilidade de virar a partida na etapa final.

Moradores do bairro de Sítio Novo, em Olinda, bloquearam a Avenida Luís Correia de Brito nesta sexta-feira (3) em protesto pela morte do menino Jean Francisco Macedo, de cinco anos. Eles pedem justiça e denunciam negligência dos pais da criança.

Jean, que tinha deficiência intelectual, foi encontrado morto no Rio Beberibe na tarde de ontem (2), um dia após seu desaparecimento. O caso gerou comoção na comunidade, que cobra esclarecimentos e medidas das autoridades.

O ex-prefeito de Brejo da Madre de Deus, Hilário Paulo da Silva, foi condenado por improbidade administrativa e deverá ressarcir mais de R$ 13 milhões aos cofres públicos. A decisão, proferida pelo juiz Lucas do Monte Silva, também determina a suspensão de seus direitos políticos por oito anos e a proibição de contratar com o poder público por cinco anos.

A condenação tem como base irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) nas contas de 2017, incluindo o não repasse de contribuições previdenciárias ao RGPS e RPPS, um déficit orçamentário de R$ 12,5 milhões e o descumprimento do limite de gastos com pessoal, que chegou a 83,71% da Receita Corrente Líquida no último quadrimestre daquele ano.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também apontou um déficit fiscal de 14,38% da receita arrecadada, indicando irresponsabilidade na gestão. Além do ressarcimento ao erário, Hilário Paulo terá que pagar uma multa correspondente a 20 vezes seu salário como prefeito na época dos fatos.

Com informações do portal Estação Notícias.

A ex-BBB Paulinha Leite, 37, organizou um bolão que acertou a quina na Mega da Virada e faturou R$ 1,5 milhão no sorteio realizado na terça-feira (31). A notícia foi divulgada pela Unindo Sonhos, empresa da roraimense que administra grupos em redes socais e organiza bolão dos principais jogos de loteria.

A aposta vencedora ficou a apenas de acertar as seis dezenas da Mega da Virada. O único erro foi escolher o número 58 em vez de marcar o 57, que acabou sendo sorteado. Os jogos sortudos foram registrados em seis cidades: Brasília (DF), Curitiba (PR), Nova Lima (MG), Pinhais (PR), Osasco (SP) e Tupã (SP).

“Mais uma vez na trave! Por um número não levamos a Sena, mas vamos continuar. Deus, só para avisar, nós estamos todos prontos, pode mandar”, diz a legenda da publicação feita na conta da Unindo Sonhos no Instagram.

Essa não foi a primeira vez que uma aposta comandada por Paulinha Leite bate na trave. Na Mega da Virada do ano passado, uma das apostas vencedoras também errou o último número por pouco. Eles apostaram no 56 em vez de escolher o 57 e levaram mais de R$ 1 milhão em uma das 11 quinas feitas pela Unindo Sonhos.

Participante do Big Brother Brasil 11, Paulinha é conhecida nas redes sociais por sua grande sorte. Segundo a empresária, ela já ganhou mais de 50 vezes na loteria.

Da CNN Brasil.

Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, as chances de ter quadrigêmeos são de aproximadamente 1 em 700.000 gestações. No entanto, um casal da Louisiana desafiou as estatísticas e deu as boas-vindas a suas quatro filhas de forma natural, sem o uso de tratamentos de fertilidade.

Em conversa com a revista People, Farrah Larry contou que a notícia de que seria mãe de quadrigêmeas foi surpreendente: “Eu ria e chorava ao mesmo tempo. Meu marido estava prestes a desmaiar”.

Depois, no dia 20 de novembro de 2024, ela deu à luz, por cesariana, quatro meninas saudáveis: Lyric, Paisley, Psalm e Fallyn. Após algumas semanas na unidade de terapia intensiva neonatal, a mulher, de 29 anos, pôde voltar para casa.

Peyton, seu marido, confessou que agora não dormem mais, pois precisam cuidar das quatro bebês. Apesar de a chegada das meninas ter sido uma surpresa e de os custos com fraldas, mamadeiras e alimentos terem quadruplicado, eles se sentem felizes em ampliar a família.

As quadrigêmeas são, na verdade, dois pares de gêmeas idênticas
As chances de ter quadrigêmeos já são pequenas, e que eles sejam dois pares de gêmeos idênticos são ainda menores, mas foi exatamente isso que aconteceu com Peyton e Farrah. Lyric e Fallyn são gêmeas, assim como Paisley e Psalm.

“É uma verdadeira façanha para os pais. As probabilidades são de 1 em 750.000 a 1 em 1 milhão”, explica a doutora Jane Chueh, professora e diretora de diagnóstico pré-natal na Divisão de Medicina Materno-Fetal e Obstetrícia do Stanford Children’s Health, ao mesmo veículo.

Além disso, foi uma grande bênção que as quatro meninas tenham nascido saudáveis. Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em gestações de trigêmeos ou mais, a taxa de perda fetal pode chegar a 40%.

Os desafios de ter quadrigêmeas
O casal planejava ter dois ou três filhos. Com o nascimento das quadrigêmeas, tornaram-se pais de cinco crianças, já que também têm PJ, de dois anos.

Por enquanto, o maior desafio é diferenciá-las. Farrah não tem problema com isso, mas outros membros da família costumam confundi-las.

“Minha mãe diz: ‘Vou marcar os dedos dos pés delas, vou dar uma cor para cada bebê’. Mas, até agora, estamos improvisando e, no geral, nos saindo bem”, comentou Farrah.

Os desafios a longo prazo, como adquirir um veículo maior, lidar com a falta de espaço na casa de três quartos e, eventualmente, arcar com os custos da universidade, são inevitáveis. Ainda assim, a família mantém a esperança de que tudo se resolverá de forma positiva.

“Não posso me estressar com isso. Nunca nos faltou dinheiro, nunca deixamos de pagar as contas. Sou grata. Vamos seguir em frente, é tudo o que podemos fazer”, concluiu.

Do Jornal O Globo.