A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. Os dois são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os dois foram responsáveis, segundo a PGR, pela elaboração e divulgação de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que foi elaborado como se tivesse sido assinado pelo próprio Moraes. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão, vinculado ao CNJ.
Em manifestação apresentada ao STF na sexta-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ainda a aplicação do trecho do Código Penal que determina o aumento de pena de um terço a dois terços caso a invasão resulte em prejuízo econômico.
De acordo com Gonet, Zambelli atuou “com objetivo de gerar ambiente de desmoralização da Justiça brasileira, para obter vantagem de ordem política”
Em depoimento à PF, Walter Delgatti confirmou sua participação no episódio e afirmou que ela ocorreu a pedido de Zambelli. A deputada federal, contudo, nega seu envolvimento.
De acordo com a PGR, “a atuação de Carla Zambelli nos eventos criminosos denunciados é robustecida pelo material apreendido em sua posse, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão”, porque “foram localizados arquivos idênticos àqueles identificados nos dispositivos pertencentes a Walter Delgatti”.
Um arquivo com uma ordem falsa de quebra do sigilo bancário de Moraes, por exemplo, foi criado no computador de Delgatti e acessado 22 segundos depois por Zambelli, “pelo que é possível inferir que, logo após a criação, o arquivo foi enviado à parlamentar”.
Já o arquivo com o mandado falso de prisão contra o ministro do STF foi acessado por Zambelli cerca de 1h30min depois de sua criação.
Também foi encontrado um arquivo com uma decisão falsificada determinando o bloqueio de R$ 22.991.544.60 de Moraes, exatamente o mesmo valor de uma multa que o ministro, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aplicou ao PL em 2022. Nesse caso, a deputada acessou o material 18 horas depois da criação.
Em nota divulgada em maio do ano passado, após a Primeira Turma tornar os dois réus, o julgamento, o advogado Daniel Bialski, que defende Zambelli, afirmou ter “absoluta confiança de que a deputada não cometeu qualquer ilícito penal e tem certeza de que isso vai ficar comprovado durante o trâmite do processo”.
A defesa de Zambelli também afirmou, durante a tramitação da ação, que a palavra de Delgatti não poderia ser levada em consideração porque ele seria “mitômano”. Paulo Gonet afirma, contudo, que “o relato por ele apresentado é coerente com as provas reunidas”.
“Não ficou demonstrado nenhum motivo para a contratação de Walter Delgatti, apesar de ele ser publicamente reconhecido como ‘hacker’, tal qual declarado por Carla Zambelli. Além disso, a Deputada já contava com empresa para a gestão de sítios eletrônicos e redes sociais, sem que sobressaiam razões lícitas para o específico interesse no perfil profissional do réu”, diz a PGR.
Atenção, João Campos! A 14ª edição do TomTom Traffic Index, que avalia o tráfego em cidades ao redor do mundo com dados coletados em mais de 500 localidades de 62 países, revelou que os recifenses perdem, em média, mais de 108 horas por ano em congestionamentos nos horários de pico. Isso significa 4 dias e meio perdidos no meio do rush diário. São Paulo é a primeira em trânsito mais complicado (111 horas) — com Recife em segundo e Curitiba (107 horas) em terceiro.
A pesquisa posiciona Fortaleza como a capital com maior tempo médio de deslocamento por 10km, com 29 minutos. No Recife, o período gasto em média nesses 10km é de 26 minutos. Em Brasília, no Distrito Federal, os motoristas desperdiçam 16 minutos. E se o recifense se descolar por 15km apenas na hora do rush? Vai perder 1h36min, quando poderia, em horários alternativos, gastar 53 minutos — o que, convenhamos, já é um tempo elevado. O paulistano, coitado, faria esse trajeto, nos horários de pico, em impressionantes 1h43min. Os moradores de Fortaleza, por sua vez, gastaram 1h42min.
No ano passado, 379 cidades de 500 (76%) viram sua velocidade média geral diminuir em comparação a 2023. Apesar dessa diminuição, as velocidades médias em condições ótimas, caracterizadas por tráfego fluido, permaneceram estáveis e até mostraram pequenas melhorias na maioria das cidades. Isso sugere que a deterioração observada nas velocidades médias é principalmente impulsionada por fatores dinâmicos que afetam os níveis de congestionamento, em vez de mudanças na infraestrutura rodoviária.
Basalt topo de linha: vale o quanto se cobra? – O Citroën Basalt chegou ao Brasil há três meses, se ‘oferecendo’ como um dos utilitários-esportivos mais em conta do mercado. Mas não era só isso. Com carroceria cupê, que o deixa visualmente bonito, o modelo tem outras características interessantes. Por exemplo: o conhecido e eficiente motor 1.0 turbo usado por outros modelos da Stellantis, dona da marca francesa, que gera até 130 cv e torque de 20,4kgfm com câmbio que simula sete marchas. A coluna não fez testes de consumo. Mas os registros mostram bons níveis na estrada – onde o SUV foi mais usado. Na cidade, registrou uma média de 8,0km/l e, nas rodovias, sempre por volta dos 10 e até 11,3 km/l. Esse propulsor, aliás, não tem pretensão esportiva, mesmo com seu desempenho de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos (números bons para carros, digamos assim, comuns). Mas garante muita segurança em ultrapassagens e retomadas nas congestionadas estradas brasileiras. Esse é, talvez, o principal chamariz de compra para esse modelo: leve (apenas 1.190kg), ágil, bom de dirigir, com direção elétrica levíssima, e bonito. Mas ainda tem a questão do preço e o respectivo custo/benefício. A versão testada foi a topo de linha, a Shine — tabelada no site da montadora em R$ 117.100, mas com valores fixados na aba ‘Monte o seu’ em R$ 105.990 na cor preta (o print da promoção foi guardado). Mas, se você escolher a cor branca com teto preto, por exemplo, o valor dá um pulo para R$ 120 mil (ou R$ 3 mil a mais). A oferta de cores, por sinal, é ampla – e todas bonitas, levando-se em conta aqui a subjetividade do gosto pessoal.
O espaço interno é bom — e o porta-malas garante caprichados 490 litros de capacidade. Deu para perceber que é um carro para família — pequena, mas família, não jovens em busca de status, que certamente preferirão um Peugeot 208, com motor idêntico, mas bem mais compacto. O Basalt usa a plataforma CMP, espécie de base para modelos da PSA, que unia as francesas Citroën e Peugeot, lembram. Tem 4,34m de comprimento e entre-eixos de 2,65m. O que o diferencia dos irmãos C3 e Aircross? Milímetros a menos, mas essa informação se dissipa quando se entra no Basalt – talvez pelo teto alto, mesmo decrescente da frente para trás. Isso, aliás, desaconselha qualquer adulto a ocupar o banco do meio da parte traseira. Sem falar, de novo, que é bem mais bonito – talvez até, quem sabe, pela novidade da carroceria, popularizada no Brasil com o Fiat Fastback. Ambos compartilham um design com caimento suave para a traseira, chamando a atenção por onde passa.
E quanto à segurança e aos pacotes de tecnologia e conveniência? Vamos lá. A tela do visor do sistema de entretenimento é retangular, uma característica da Citroën. São 10 polegadas com as informações básicas – além da gentil mensagem “quer manter o sistema ligado?” quando se desliga o carro. Aceita, claro, o pareamento com Android Auto e Car Play (há quem ainda não ofereça isso?). E ainda tem espelhamento sem fio. O painel de instrumentos também é completo para o padrão de preço do modelo, com 7 polegadas e quase todas as informações relevantes. O ar-condicionado é automático na versão testada. O volante, em couro, só tem regulagem de profundidade.
Agora é a hora, então, de falar dos pontos fracos (ou a melhorar, se você preferir). Pelo preço da versão avaliada, trata-se de um carro ‘popular’ – e, sim, dá para se usar essa expressão. Afinal, não há no país um carro 0km com preço inferior aos R$ 80 mil. As teclas de acionamento dos vidros elétricos traseiros ficam no vão central entre os bancos do passageiro e do motorista. Pode resultar em algum tipo de economia, mas não é nada prático para os passageiros que ficam atrás. Os faróis ainda são halógenos – e sem acendimento automático. As DRLs, as luzes diurnas, são em LEDs – e separadas em duas partes. Há muito plástico no acabamento interno das portas. Em suma: há um excessivo uso de material simples, mesmo que o foco de atenção seja o preço.
Ao contrário do C3 e Aircross, lançados com chave de abertura e ignição para lá de singela, o Basal Shine tem chave tipo canivete, dobrável. Custo, custo, custo: na versão topo de linha não caberia um conjunto de acionamento via aproximação e toque para portas e ignição? E sobre uma questão de segurança: o Basalt topo de linha tem quatro airbags, dois além dos obrigatórios (são dois de cortina, laterais). Essa quantidade é baixa, normal? Para o preço cobrado, dá para se considerar normal. Mas é que cada vez mais os modelos semelhantes nessa faixa de preço já ofertam até sistemas equipamentos, ou apenas, superiores – como sistema de auxílio à condução, por exemplo. A acústica não é boa: acelere acima dos 70km/h ou 80km/h e sinta rapidinho o incômodo barulho do vento na cabine. Enfim: apesar das observações no final deste texto, vale a compra. Mesmo com o acabamento recheado de plástico simples, tem cheiro de carro novo – o que não exige quase nenhuma manutenção por no mínimo três anos.
Toyota: garantia de até 10 anos – A Toyota do Brasil levou para todos os seus veículos o programa Toyota 10, que oferece garantia estendida de até 10 anos – ou 200 mil km para os veículos da marca fabricados a partir de 2020. Sem custo adicional para os clientes, o programa incentiva a manutenção preventiva na rede autorizada. A novidade foi apresentada oficialmente na linha Hilux e SW4 em novembro, em dezembro passou a ser oferecida para o Corolla e agora é disponibilizada para toda a linha. A adesão ao “Toyota 10” não exige pagamento adicional dos clientes. Com isso, a iniciativa não apenas prolonga a cobertura para componentes essenciais, mas também incentiva a manutenção regular, fator crucial para preservar a segurança e o desempenho dos veículos ao longo de sua vida útil. Para estarem cobertos pelo programa Toyota 10, os modelos (Toyota ETIOS, Yaris, Corolla, Corolla Cross, Hilux, SW4, RAV4 e GR Corolla) devem ter sido fabricados a partir de 2020 e ter cumprido as revisões programadas nas concessionárias Toyota.
Yamaha lança primeira scooter híbrida – A Yamaha Motor do Brasil surpreende o mercado brasileiro de motocicletas. Depois de apresentar sua primeira scooter elétrica (Neos’s Connected) no país, a japonesa acaba de lançar a primeira scooter com sistema híbrido do Brasil: a Fluo ABS Hybrid Connected. A nova scooter — que agora exibe uma dianteira mais sofisticada e linhas mais ousadas — tem sistema híbrido leve com uma assistência elétrica especial, o Power Assist. O motor elétrico auxiliar oferece suporte durante a partida e em momentos de maior esforço, como em subidas, acelerações mais intensas, retomadas, ultrapassagens e quando há passageiro ou carga adicionais. Ao detectar o aumento da carga sobre o motor a combustão, o motor elétrico é acionado por três segundos, fornecendo potência adicional e aliviando a sobrecarga do motor principal — resultando em uma redução do consumo de combustível. Esse sistema é mostrado no painel quando está em funcionamento. O modelo continua com sistema Stop & Start, que desliga o motor quando a moto para e o religa automaticamente ao acelerar, reduzindo ainda mais o consumo de combustível e a emissão de poluentes. Segundo a marca, isso garante uma economia de até 12% quando comparado à geração anterior. A scooter da Yamaha está equipada com um motor monocilíndrico de 125cc com comando de válvulas simples no cabeçote e refrigeração a ar, que entrega 8,3 cv de potência e 1,0 kg.m de torque. O sistema de transmissão é automático do tipo CVT.
Audi lança novo A3 sedã – A Audi do Brasil anuncia o seu primeiro lançamento no mercado brasileiro em 2025: o novo Audi A3 sedã, em sua linha 2025, já disponível na rede de concessionárias da marca em todo o país. O modelo recebeu mudanças no design, adotando a nova linguagem visual global da marca, aprimorou a dinâmica de condução com maior torque e ampliou a sua lista de equipamentos. O novo sedã compacto é oferecido em três versões de acabamento — Advanced, Performance e Performance Black — com preços a partir de R$ 290 mil. O A3 possui motorização única para as três versões: o 2.0 TFSI, que desenvolve 204 cavalos de potência e 32,0kgfm de torque, além da transmissão automática S tronic de sete velocidades. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em apenas 7,4 segundos. A velocidade máxima é de 210 km/h, limitada eletronicamente.
BYD trará novo modelo ao Brasil – A BYD já domina o comércio de segmentos elétricos e híbridos, com o Song e o Dolphin Mini. Agora, segundo o portal Webmotors, a marca trará mais um modelo 100% elétrico. O SUV Sea Lion 07 deverá ficar acima do Seal — consequentemente, ficará como um dos BYD mais caros por aqui. O modelo tem faróis de LED com um filete luminoso que se estende ao longo da dianteira. Na traseira, as lanternas também são conectadas por uma barra iluminada – a exemplo do logotipo da BYD. O teto é arqueado. O acabamento, cromado. No interior, o Sea Lion 07 tem um painel de instrumentos digital e uma central multimídia moderna.
Danos ao veículo parado por longos períodos – No período de férias, marcado por viagens, muitos brasileiros optam por deixar seus carros na garagem, usando outros meios de transporte ou alugando veículos no destino. Contudo, a inatividade prolongada pode ser prejudicial ao automóvel, afetando desde o motor até componentes como pneus e bateria. “Quando um veículo permanece parado por muito tempo, diversos sistemas podem sofrer danos devido à falta de movimentação, como o óleo lubrificante, que pode perder propriedades essenciais para proteção do motor”, explica Denilson Barbosa, gerente de qualidade da YPF Brasil. Para quem opta por viajar e deixar o carro em casa, é importante adotar medidas preventivas. Além disso, usar o veículo sem verificar alguns componentes após um período parado também pode causar problemas.
Os riscos da inatividade prolongada – Carros que ficam inativos enfrentam diversos problemas, como a descarga da bateria, deformação dos pneus e até corrosão no sistema de arrefecimento. De acordo com Denilson Barbosa, por mais que o óleo seja uma mistura, pode ocorrer danos se o mesmo ficar muito tempo parado. “A falta de circulação dos fluidos impede a lubrificação adequada de peças cruciais do motor, comprometendo sua durabilidade e desempenho”, ressalta. Além disso, o lubrificante também deve ser trocado com base no tempo de uso, mesmo que o veículo fique parado por longos períodos. Com o passar do tempo, as propriedades do lubrificante, como o TBN (Total Basic Number, em inglês), começam a se deteriorar. O TBN é responsável por neutralizar gases ácidos e combater a oxidação. Quando essa propriedade se reduz, a limpeza do sistema pode ser comprometida, afetando o desempenho do motor. O especialista também alerta que não é suficiente apenas dar partida no carro para evitar problemas. É necessário que o veículo se movimente para minimizar o desgaste. “Se possível, peça para alguém dar uma volta com o carro ou, pelo menos, ligá-lo regularmente”, orienta Barbosa.
Outros componentes também sofrem – Além do motor, outros componentes do veículo também são afetados pela inatividade. A bateria, por exemplo, pode descarregar com o tempo, dificultando a partida do motor. Os pneus também podem sofrer deformações, comprometendo a aderência e a segurança. Sendo assim, durante a inatividade do seu veículo deixe estacionado em local coberto, protegido das constantes mudanças climáticas, revise os níveis de óleo lubrificantes após o período parado. Barbosa ainda reforça: “Manter a manutenção em dia e utilizar produtos que atendam às especificações do veículo são passos importantes para evitar contratempos”, lembra o executivo.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico
O deputado federal Lula da Fonte (PP/PE) foi eleito, na noite deste sábado (1), para a Segunda-Secretaria da Câmara dos Deputados com 437 votos. Aos 24 anos, ele já era o deputado federal mais jovem de Pernambuco e, agora, torna-se também o mais jovem da história a ocupar um cargo na Mesa Diretora da maior Casa Legislativa do país.
Indicado pelo Partido Progressistas, Lula da Fonte agradeceu o apoio e reafirmou seu compromisso com a nova função. “Irei honrar a confiança do nosso presidente Hugo Motta, do líder do PP Doutor Luizinho e de todos os deputados que me confiaram essa responsabilidade. É uma alegria representar Pernambuco e o Brasil neste momento tão importante para a democracia”, destacou.
O deputado Eduardo da Fonte (PP/PE), pai do novo segundo-secretário, celebrou a conquista e reforçou a relevância do cargo. “É um momento de muita alegria para mim como pai, mas também de grande responsabilidade para Lula com Pernambuco e com o Brasil”, afirmou.
A Segunda-Secretaria tem entre suas atribuições representar a Câmara em relações com embaixadas e com o Ministério das Relações Exteriores, além de auxiliar na emissão de passaportes diplomáticos, oficiais e vistos para missões parlamentares.
A governadora Raquel Lyra reuniu equipe para tratar dos casos de violência envolvendo uniformizadas do Sport e do Santa Cruz neste sábado (1º), antes do Clássico das Multidões, que ocorreu no Arruda. As cenas chocantes ganharam as redes sociais e deixaram a cidade sob tensão.
A gestora disse, em entrevista coletiva na noite de hoje, que “o crime organizado travestido de torcida levou pânico para a cidade”.
Lyra ainda disse que o Governo de Pernambuco, em consonância com as Polícias, Ministério Público e Tribunal de Justiça, determinou que os próximos cinco jogos que envolvam Santa Cruz e Sport sejam realizados sem torcida.
O líder do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Sileno Guedes, vai apresentar um requerimento para que a Casa convoque o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, e o comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Ivanildo Torres, a dar explicações após as cenas de barbárie registradas, neste sábado (1º), antes do jogo entre Santa Cruz e Sport, no Recife. Esse comparecimento, se aprovado na Alepe, é obrigatório com base na Constituição estadual. Segundo o parlamentar, as ocorrências demonstram falta de preparo, planejamento e inteligência na segurança pública do estado.
“A segurança pública só vai bem na propaganda da governadora Raquel Lyra. A completa barbárie que vimos hoje entre pessoas que se escondem atrás das camisas dos clubes para cometer crimes mostram o Pernambuco real, sem preparo e planejamento na segurança pública. As cenas de selvageria ocorreram em corredores muito próximos do local do jogo, mas, ainda assim, o aparato de segurança não estava à altura. Onde estavam as câmeras? Onde estavam os policiais? Qual foi o esquema de segurança montado para esse jogo? O secretário e o comandante devem explicações sobre essa operação desastrosa”, criticou o deputado.
Ainda segundo o deputado, a expectativa é de que a apreciação do requerimento ocorra já nos primeiros dias deste mês, com o retorno aos trabalhos no plenário e nas comissões da Alepe, para que as explicações possam ser fornecidas e os parlamentares tenham elementos suficientes para, no menor prazo possível, cobrar a adoção de providências em outros dias de jogos.
A deputada federal Maria Arraes (SD) entrou com uma ação no Ministério Público Estadual para apurar os responsáveis e a atuação da Secretaria de Defesa Social no caso envolvendo torcedores do Santa Cruz e do Sport, que se enfrentaram em clássico neste sábado.
Para Maria Arraes, faltou planejamento por parte das instituições públicas. “Chegou ao nosso conhecimento que essa briga foi amplamente divulgada nas redes sociais durante a semana. Recebemos cards com essas informações. Então, por que a Secretaria de Defesa Social não se antecipou e planejou a segurança? Muitas pessoas que nada têm a ver com esse tipo de violência acabaram presenciando e ficando aterrorizadas com essas confusões”, afirmou a parlamentar.
A deputada também destacou que episódios de violência entre torcedores têm se tornado cada vez mais frequentes. “Não podemos admitir mais um ano com confrontos desse tipo. O futebol precisa ser diferente do que estamos presenciando em nosso estado. As autoridades responsáveis precisam tomar medidas enérgicas para resolver esses conflitos”, concluiu.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou o deputado federal Hugo Motta pela vitória na eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. Em nota divulgada logo após a divulgação do resultado, o petista demonstrou confiança em uma “parceria exitosa” com o novo presidente da Câmara.
“Parabenizo o deputado Hugo Motta pela sua eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. Estou certo de que avançaremos ainda mais nessa parceria exitosa entre Executivo e Legislativo, para a construção de um Brasil cada vez mais desenvolvido e mais justo, com responsabilidade fiscal, social e ambiental”, escreveu o presidente.
Motta foi eleito na tarde deste sábado com o voto de 444 deputados, a segunda maior votação da História. Aos 35 anos, ele será o deputado mais novo a assumir o cargo. A eleição de Motta consolida o domínio do centrão, bloco informal de partidos que há décadas dá as cartas no Congresso. O grupo informal de partidos tem indicados no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas enfrenta divisões internas que tem dificultado a aprovação de projetos de interesse do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em um esforço para se equilibrar entre governistas e oposição, o deputado também afirmou que, caso eleito, ouvirá os colegas para discutir o que será votado na Casa e citou Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, símbolo do fim do regime do apartheid no país africano. Ao todo, Motta conseguiu atrair em torno de seu nome o apoio de 17 legendas. Ficaram de fora do bloco o PSOL, a Rede e o Novo apenas.
Vinte pessoas foram presas por conta das brigas de torcida neste sábado (1°), antes do clássico entre Santa Cruz e Sport. A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) afirmou ainda que segue investigando o caso.
“Os casos serão investigados pela Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva”, garantiu a secretaria.
De acordo com a pasta, antes do jogo, cerca de 650 pessoas foram conduzidas até o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e passaram por revista, sendo acompanhados até o local da partida, no Arruda. Dessas, “14 foram detidas por violência entre torcedores, após incidentes nos bairros da Iputinga, Torre e Madalena”, completa a SDS, por meio de nota.
Outros três foram detidos pela Polícia Civil de Pernambuco, na Delegacia de Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Eles foram autuados em flagrante delito por tentar invadir o TI Pelópidas.
Além dessas, mais três prisões em flagrante aconteceram no Cabo de Santo Agostinho. O motivo foi um confronto no município com uso de explosivos.
Feridos
O Hospital da Restauração (HR), localizado no bairro do Derby, Centro da Capital pernambucana, afirmou que atendeu 12 pessoas vítimas de agressão física por conta das brigas de torcida neste sábado.
Segundo a SDS, nove foram liberadas e mais três seguem internadas. Não houve mortes.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), deve conceder entrevista coletiva sobre o assunto ainda neste sábado. A expectativa é que ela fale sobre os próximos passos da segurança em Pernambuco para eventos esportivos.
Confira, abaixo, a nota da SDS-PE na íntegra.
Cenas lamentáveis foram vistas desde o início da manhã deste sábado (1), em diversos locais da Capital e Região Metropolitana do Recife. Integrantes de organizadas do Santa Cruz e do Sport causaram tumulto pelas ruas, antes do início do clássico, que acontece no Estádio do Arruda.
Após o confronto, 12 pessoas foram encaminhadas para o Hospital da Restauração. Nove delas foram liberadas e três seguem internadas. Importante informar que não houve morte.
Antes do jogo cerca de 650 pessoas foram conduzidas até o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e passaram por revista, sendo acompanhados, até o local da partida, no Arruda. 14 pessoas foram detidas por violência entre torcedores, após incidentes nos bairros da Iputinga, Torre e Madalena. Confusões também foram registradas em locais da RMR.
Horas antes do tão esperado confronto entre Santa Cruz e Sport pelo Campeonato Pernambucano de 2025, o Recife se transformou em um campo de guerra. Vídeos e imagens estarrecedoras circulam nas redes sociais, expondo cenas de violência protagonizadas por facções criminosas disfarçadas de torcidas organizadas. Relatos confirmam mortes, depredações de patrimônios públicos e privados e um estado de ameaça que se espalha pela cidade, especialmente nos arredores do Arruda, o Estádio José do Rêgo Maciel. A paixão pelo futebol, que deveria unir, mais uma vez é sequestrada pela barbárie.
A situação exige medidas imediatas e enérgicas. A paralisação da comercialização de ingressos, o reforço urgente do contingente policial e a adoção de um estado de alerta são passos imprescindíveis para evitar que o espetáculo esportivo se transforme em mais uma tragédia anunciada. Não podemos mais aceitar reações tardias ou paliativas. É hora de agir com firmeza e caráter pedagógico, para que a violência não seja normalizada como parte do futebol brasileiro.
O cenário pernambucano é apenas um reflexo do que ocorre em todo o país. A cada semana, novas manchetes escancaram a recorrência da violência entre torcedores organizados. Esses grupos, que deveriam ser representantes da festa nas arquibancadas, tornaram-se facções criminosas que ameaçam vidas sob o manto da paixão clubística. A omissão estatal e a conivência velada de alguns clubes alimentam esse ciclo vicioso. Até quando permitiremos que as ruas e os estádios sejam palcos de terror?
O exemplo inglês no combate aos hooligans nos anos 1980 é uma referência clara do que precisa ser feito. Após tragédias como a de Heysel, medidas rigorosas foram implementadas: banimento dos torcedores violentos, modernização dos estádios e responsabilização direta dos clubes. O resultado foi a transformação do futebol inglês em um ambiente seguro e familiar. No Brasil, iniciativas como a Lei Geral do Esporte (14.597/2023), que responsabiliza civilmente clubes e torcidas organizadas por atos violentos, são um avanço. Mas sua aplicação ainda é tímida diante da gravidade da situação.
Em Pernambuco, ações como a proibição de torcidas organizadas nos estádios e a criação de delegacias especializadas são importantes, mas insuficientes sem uma mudança cultural mais profunda. Os clubes precisam romper qualquer vínculo com esses grupos criminosos e investir em projetos educacionais que resgatem o verdadeiro espírito do futebol: celebração e união. Além disso, cânticos que incitam violência devem ser tratados como comportamentos ofensivos passíveis de punição na justiça desportiva.
A resposta à crise atual deve ir além da repressão imediata. É preciso banir os criminosos identificados das praças esportivas, aplicar medidas cautelares restritivas e exigir reações firmes dos clubes para sepultar qualquer resquício de conivência com essas falsas torcidas. O Estado tem o dever de agir com urgência para garantir segurança à população e devolver ao futebol sua essência.
Que este “Clássico das Multidões” não seja lembrado pelas manchetes sangrentas fora das quatro linhas, mas sim pelo espetáculo dentro delas. O futebol brasileiro precisa renascer como palco da paixão saudável – não como cenário de tragédias evitáveis.
Diante dos graves episódios de violência protagonizados por integrantes de torcidas organizadas neste sábado (1º), no Recife, o deputado estadual João Paulo (PT) solicitou a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O pedido foi encaminhado à Comissão de Segurança Pública e Defesa Social. O objetivo do encontro é promover um amplo debate sobre as ações necessárias para coibir a violência nos estádios e em seus arredores, garantindo a segurança dos torcedores e da população em geral. No ofício encaminhado, João Paulo ressaltou que as cenas de selvageria registradas em diversos pontos do Recife preocupam e exigem medidas enérgicas por parte do poder público e das instituições esportivas.
“Precisamos conter esse comportamento inaceitável, de pessoas que gostam mais de violência do que de futebol, pois, caso contrário, a violência continuará crescendo e colocando em risco a vida dos cidadãos. O futebol é um esporte apaixonante, mas não pode ser usado como pretexto para manifestações de ódio e atos criminosos”, afirmou o deputado.
A audiência pública visa reunir representantes do Ministério Público, Polícia Militar, Federação Pernambucana de Futebol, clubes, torcidas organizadas e demais entidades envolvidas, para discutir soluções eficazes no combate à violência no futebol pernambucano. A data do encontro será definida pela comissão responsável.
“Nosso papel é formular propostas e diretrizes que assegurem um convívio social harmônico. Para isso, precisamos dialogar com todos os atores envolvidos e buscar soluções que garantam a paz e a segurança nos estádios e nas ruas da nossa cidade”, concluiu João Paulo.
Apoiado por partidos governistas, de centro e da oposição, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito neste sábado (1°), como o novo presidente da Câmara com 444 votos. Ele comandará a Casa pelos próximos dois anos.
Motta assume no lugar de Arthur Lira (PP-AL), que presidiu a Câmara nos últimos quatro anos e apoiou seu sucessor.
Os acordos com as bancadas para a eleição foram articulados ainda em outubro do ano passado. O deputado recebeu o endosso formal de quase todos os partidos da Casa, com exceção do PSOL e do Novo que lançaram candidatos próprios.
O bloco formado na manhã deste sábado para apoiar a candidatura de Motta e indicar representantes para os demais cargos da Mesa é formado por: Republicanos, MDB, PT, PSD, União, Podemos, PP, PL, PDT, PSDB-Cidadania, Avante, PSB, Solidariedade e PRD.
Dias antes da eleição, Motta participou de jantares com as bancadas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Além de congressistas de diferentes partidos, inclusive do PT, os eventos reuniram governadores, prefeitos, chefes de partidos e ministros do governo Lula.
Também participou de eventos em Brasília na véspera da votação.
No seu discurso no plenário neste sábado, antes da eleição, Motta fez diversos acenos às forças políticas da Casa, como para governistas, oposição, partidos pequenos, siglas de centro e a bancada feminina.
Em contraponto às práticas de Lira nos últimos anos, prometeu dar previsibilidade à pauta e às definições de sessões remotas. Também afirmou que vai fortalecer as comissões temáticas e diversificar a indicação de relatores.
A eleição Na disputa, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) recebeu 31 votos e o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) teve 22 votos.
Sucessor de Lira A candidatura de Motta ganhou tração depois da desistência de Marcos Pereira (SP), presidente nacional do Republicanos e então 1° vice-presidente da Câmara.
Desde 2023, o deputado ensaiava se candidatar para presidente da Casa, mas recuou da ideia em prol de Hugo Motta.
A candidatura foi oficializada depois de Lira decidir apoiar Motta e preterir o deputado Elmar Nascimento (União-BA), que até a metade de 2024 era apontado como o favorito para a sucessão na Câmara.
A frente ampla formada em apoio a Motta envolveu a desistência de Elmar e do líder do PSD, Antonio Britto (BA). Ambos saíram da disputa após a negociação e a promessa de cargos aos seus partidos.
Com nome consolidado na disputa, Motta reuniu o endosso de congressistas e empresários, em especial do setor do agronegócio que tem a maior bancada do Congresso.
Mesa Diretora Além do novo presidente, os deputados também votaram para os integrantes da Mesa Diretora. O placar ainda será anunciado. Conforme acordo entre os líderes partidários do bloco que apoiou Motta, a indicações foram:
1º vice-presidente: Altineu Côrtes (PL-RJ)
2º vice-presidente: Elmar Nascimento (União Brasil-BA)
1º secretário: Carlos Veras (PT-PE)
2ª secretário: Lula da Fonte (PP-PE)
3º secretário: Delegada Katarina (PSD-SE)
4º secretário: Sérgio Souza (MDB-PR) -Suplentes: Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP); Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES); Paulo Folletto (PSB-ES); e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP)
O ministro licenciado das Relações Institucionais e deputado federal, Alexandre Padilha (PT), compareceu neste sábado ao Congresso Nacional, empunhando um boné azul com a inscrição: “O Brasil é dos brasileiros”. O slogan foi sugerido pelo novo ministro da Secretaria de Comunicacão, Sidônio Palmeira, e visa fazer um contraponto ao bonés vermelho “Make America Great Again”, da campanha de Donald Trump, utilizado por bolsonaristas nos últimos meses. Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Camilo Santana (Educação) e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), também usaram o acessório.
Pacheco diz que vai avaliar próximos passos em breve e que tem ‘sonho’ de governar Minas Gerais
— A ideia foi minha, mas eu pedi a frase para o Sidônio. Ele que entende. Eu fico agoniado em ver gente batendo continência para outro país e outras bandeiras — disse Padilha, fazendo uma referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e outro parlamentares do PL que gravaram lives exibindo os bonés trumpistas na época da posse do presidente norte-americano.
Com agenda administrativa em Brasília a partir da próxima segunda-feira, o prefeito de Camaragibe, Diego Cabral (Republicanos), e o deputado estadual João de Nadegi (PV), filho da ex-prefeita de Camaragibe, Doutora Nadegi (Republicanos), acompanham de perto as eleições para renovação das mesas diretoras do Senado e Câmara. Na Câmara, comemoram a eleição do primeiro secretário Carlos Veras (PT) e no Senado do segundo-vice Humberto Costa (PT). Entre segunda e quarta, Diego e João têm uma extensa agenda na Esplanada e no Congresso em busca de recursos para Camaragibe.