O relatório final da Polícia Federal (PF) que pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 16 pessoas por fraude em cartões de vacinação contra a Covid, em 2022, está com o procurador-geral da República, Paulo Gonet. A tendência é que ele denuncie Bolsonaro e os outros envolvidos. Esta será a primeira prova de fogo da Procuradoria-Geral da República (PGR). Moraes deu 15 dias para que a PGR avalie o indiciamento.
O ex-presidente foi indiciado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19. O indiciamento significa, na prática, que a PF entendeu que já há elementos suficientes para apontar responsáveis por um crime. As informações são do blog da Julia Duailibi.
Leia maisForam emitidos certificados falsos de vacinação em nome de Bolsonaro e de sua filha de 12 anos. Segundo o depoimento, que compõe a delação premiada de Cid, a ordem para emitir esses documentos falsos partiu do próprio Bolsonaro. Pelas regras legais, a PGR tem três opções:
- denúncia;
- arquivamento;
- ou pedir mais provas.
Gonet pode até pedir mais provas e ganhar um pouco de tempo, mas a tendência é que ele faça a denúncia, na avaliação de pessoas que estão acompanhando a investigação. O procurador é muito próximo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que junto com Gilmar Mendes, bancaram sua indicação à PGR.
A provável decisão dele de denunciar o ex-presidente vai indicar o grau de endosso que ele dará a Moraes em outras investigações que vão acabar caindo no colo dele, como dos atos golpistas e das joias da Arábia Saudita. A PF deve se manifestar, propondo o indiciamento desses dois casos até junho.
Em tese, o procurador-geral tem 15 dias para se manifestar sobre o relatório final da PF, que foi enviado pelo STF hoje.
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