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Sindicato promove Prêmio Mérito Varejista no DF

O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF) promoverá a edição 2024 do tradicional Prêmio Mérito Varejista no dia 24 de outubro, às 19h, no Dúnia Hall. O evento reconhecerá empresários e personalidades que contribuem para o desenvolvimento econômico da capital do País. Esta é a terceira edição da premiação, que busca incentivar e fortalecer o comércio no Distrito Federal.

Dez homenageados, entre empresários e personalidades, serão indicados pela Diretoria do Sindivarejista. “É um reconhecimento para os empresários que mantém o comércio local e às personalidades que, em suas respectivas áreas, apoiam e dão suporte aos empreendedores da cidade”, declarou Sebastião Abritta.

Os principais objetivos da premiação são:

– Reconhecer a contribuição de empresários e personalidades para o desenvolvimento e os avanços da sociedade por meio das atividades realizadas pelo Comércio Varejista na Capital do país.

– Distinguir associados do Sindivarejista-DF por sua contribuição à história do Distrito Federal, geração de empregos e fomento ao desenvolvimento social por meio do trabalho, inovação e produtividade.

– Agraciar quem contribui com a liberdade econômica e o fomento das atividades varejistas no DF, destacando as contribuições que o segmento aporta no desenvolvimento do Brasil.

Petrolina - Testemunhal

Na disputa de segundo turno em Paulista, o candidato do PSB, Júnior Matuto, aposta na força e no prestígio de dois grandes cabos eleitorais: o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que já está efetivamente na sua campanha, e o presidente Lula (PT). Lula, aliás, gravou ontem um vídeo manifestando confiança na eleição de Júnior Matuto. Confira!

Conheça Petrolina

Lula, o grande derrotado

Não foi apenas o PT que saiu menor do que entrou nas eleições municipais. Foi, sobretudo, o presidente Lula, sua esfinge, sua maior liderança. Além de se omitir na disputa de primeiro turno, limitando-se a dois atos em São Paulo, o petista vai sair no prejuízo: seu candidato Guilherme Boulos, do Psol, já que o PT não teve quadros para a disputa, vai levar uma surra do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Pela pesquisa do Datafolha, Nunes aparece com 55% ante 33% de Boulos. São Paulo, território de Lula, Estado que adotou ao sair de Pernambuco num pau de arara, virou um pesadelo para os partidos de esquerda. Por pouco, o aventureiro Pablo Marçal, franco atirador, não chega ao segundo turno. Não fossem os erros infantis e grosseiros que cometeu, teria passado Boulos.

Em Belo Horizonte, capital de Minas, segundo maior colégio eleitoral do País, Lula sequer deu o ar da sua graça e nem pensa em botar os pés no segundo turno por lá, porque a disputa se dá entre dois candidatos da direita: Bruno Engler (PL), bolsonarista, e Fuad Noman, do PSD de Gilberto Kassab, partido que elegeu o maior número de prefeitos no primeiro turno – 882 gestores.

Lula amarga ainda outra grande derrota: os seis partidos que mais elegeram prefeitos – pela ordem PSD, MDB, PP, União Brasil e Republicanos – são do Centrão, movimento conservador do Congresso, alinhado ao ex-presidente Bolsonaro. O PT, para desespero de Lula, foi o nono. Elegeu apenas 248 prefeitos, enquanto o PL elegeu mais que o dobro – 512.

O problema para Lula é que o placar da votação não deixa dúvida: a direita e o conservadorismo ganharam terreno, enquanto a esquerda e o PT ficaram para trás na disputa pelas prefeituras e câmaras municipais. Até 2026, muita coisa pode mudar. O resultado num pleito municipal não tem necessariamente relação direta com o de uma eleição geral, mas não há como negar que, por enquanto, os ventos sopram numa direção contrária sonhada por Lula.

Algumas razões para a desidratação petista e de Lula são conhecidas. Nos últimos dez anos, o partido enfrentou um poderoso processo de desgaste em decorrência da Operação Lava-Jato, que desvendou o maior esquema de corrupção já descoberto no país, e da recessão histórica legada por Dilma Rousseff. A legenda reconhece o peso desses fatores, mas, como de costume, omite os próprios erros e se apresenta como vítima de conspiração. 

AFASTADO DAS RUAS – Vice-presidente do União Brasil, o ex-deputado federal e ex-prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) disse, ontem, em entrevista à Folha de São Paulo, que as eleições municipais mostraram um presidente Lula (PT) enfraquecido e afastado das ruas, o que abre caminho para seus adversários em 2026. ACM Neto, que integra a ala do partido mais refratária ao governo, defendeu o enfrentamento com o PT, afirmando que Lula faz um governo de esquerda, apesar de o próprio União Brasil, além de PSD, MDB, PP e Republicanos somarem 11 ministros na Esplanada. “Se os outros campos políticos se organizarem, é possível ter uma eleição competitiva em 2026”, afirmou.

A grandeza de Valadares – Prefeitos derrotados ou que não conseguiram eleger seus sucessores em Pernambuco deveriam seguir o exemplo de Evandro Valadares (PSB), de São José do Egito, o Reino Encantado da Poesia, no Sertão do Pajeú, a 350 km do Recife: no dia seguinte à eleição, deu início ao processo de transição administrativa para o prefeito eleito Fredson Brito (Republicanos), que derrotou o dentista George Borja.

Sertânia fechada em copas – Já o prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB), não teve a mesma grandeza. Segundo a prefeita eleita Pollyanna Abreu (PSDB), sequer um telefonema foi recebido. Desconfiada de que enfrentará dificuldades em receber o diagnóstico das finanças do município, a tucana escalou dois advogados da sua equipe para irem, hoje, formalmente, ao prefeito e sua equipe, tentar levantar o quadro. “Meu palanque está desarmado. Espero que haja abertura para iniciarmos a transição, o que será extremamente importante para sabermos por onde iniciar nosso trabalho”, disse Tia Polly, como ficou conhecida durante a campanha eleitoral.

Um baque em 20 anos – Na eleição municipal de 2004, disputada no primeiro mandato de Lula, o PT mais do que dobrou o número de prefeituras e venceu em seis capitais no primeiro turno. Em 2012, no mandato inicial de Dilma Rousseff, ganhou em 635 cidades, incluindo São Paulo. Neste ano, as vitórias se concentraram em municípios pequenos, e as mais festejadas ocorreram em Contagem e Juiz de Fora, ambas em Minas Gerais. Em Pernambuco, elegeu apenas seis cidades, sendo Serra Talhada a mais importante, com a reeleição de Márcia Conrado.

A grande surpresa na RMR – Devido ao desgaste da gestão da prefeita Doutora Nadegi, a eleição mais surpreendente na Região Metropolitana do Recife foi a do prefeito eleito Diego Cabral (Republicanos). Ciente de que seu maior desafio era superar o clichê de que seria a continuidade de um governo de oito anos, sem muita sintonia popular, Cabral traçou uma estratégia para se apresentar como o “novo”, nome capaz de evitar um retrocesso com a volta do ex-prefeito Jorge Alexandre (Podemos). Deu certo. Saiu das urnas com 41.968 votos, 45,39% dos votos válidos, ante 33.372 votos do adversário (36,09%). Diego contou também com o empenho do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e ainda arrastou o prefeito João Campos (PSB) para dois grandes eventos na campanha.

CURTAS

GOLPE – Além da carência numérica do PT, houve derrotas simbólicas importantes. O próprio Lula acusa o golpe do fracasso em Araraquara, onde o prefeito petista Edinho Silva — cotado para substituir a deputada Gleisi Hoffmann no comando do partido — não conseguiu eleger a sucessora, que acabou superada por um nome apoiado pela família Bolsonaro.

ALIANÇAS – No segundo turno, o PT concorre em treze cidades, incluindo quatro capitais, nas quais não desponta como favorito. “Hoje, a esquerda não é mais uma posição majoritária no Brasil. É minoria. Por isso, o PT depende cada vez mais de alianças com partidos mais ao centro”, diz o deputado federal petista Rogério Correia, que ficou em sexto lugar na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte.

RESPONSABILIDADE – Por mais que tente negar, Lula também tem responsabilidade direta pelo desempenho municipal da legenda. De olho na eleição de 2026, o presidente determinou ao partido que abrisse mão de candidaturas em grandes colégios eleitorais e apoiasse concorrentes de siglas aliadas, na expectativa de que estas, daqui a dois anos, embarcassem na sua campanha à reeleição.

Perguntar não ofende: Lula se afastou das ruas nas eleições municipais por que não transfere mais votos?

Nos últimos tempos, a figura do senador Ciro Nogueira tem emergido como foco de críticas por parte de líderes evangélicos, gerando discussões intensas dentro do cenário político brasileiro. As críticas ganharam destaque após uma série de acusações do pastor Silas Malafaia, que questionou a atuação do senador em pautas que considera cruciais para a comunidade evangélica e a direita política do país.

As críticas direcionadas ao senador centram-se em três principais pontos de discórdia. Primeiramente, Malafaia destacou o papel de Ciro Nogueira na não indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), uma nomeação esperada por parte de setores evangélicos e do então presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o pastor, o senador, enquanto chefe da Casa Civil, teria trabalhado para dificultar a aprovação de Mendonça.

Outra preocupação levantada por Malafaia refere-se à postura do senador em relação ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O pastor afirmou que Nogueira, juntamente com outros três parlamentares, não assinou o pedido, fato que foi visto como uma contrariedade aos interesses da ala política que o pastor representa.

A legalização de jogos de azar no Brasil é um tema controverso que também esteve no centro das críticas. Segundo Malafaia, Ciro Nogueira foi descrito como o “maior lobista” em prol da legalização, supostamente influenciando votos no Senado para apoiar a proposta. Esta questão ressoa de forma acentuada entre comunidades religiosas, que muitas vezes se opõem à legalização por razões morais e sociais.

O posicionamento de Silas Malafaia

Silas Malafaia defende que sua crítica a Ciro Nogueira não se estende ao presidente Bolsonaro, com quem ele mantém um relacionamento de respeito e amizade. O pastor justifica suas críticas com base no que considera omissões em campanhas importantes, mas reforça que sua relação com o ex-presidente não foi abalada. Malafaia afirma que possui “moral” para criticar quando necessário, destacando a integridade de seu posicionamento.

Ciro Nogueira é reconhecido por sua habilidade política e, ao longo de sua carreira, formou alianças com diferentes lados do espectro político. No passado, já manifestou apoio a figuras políticas diversas, incluindo Lula e Bolsonaro. Esta flexibilidade política é frequentemente abordada por críticos como uma questão de oportunismo, embora Nogueira se defenda como pragmático, buscando o melhor para o país em diferentes cenários.

As críticas de líderes religiosos como Malafaia e a reação do público ilustram não apenas um embate pessoal, mas um cenário mais amplo em que a política e a religião frequentemente se cruzam no Brasil. Conforme o país avança em discussões legislativas significativas, como as mencionadas, o papel dos líderes políticos e religiosos na moldagem da sociedade continua a ser um tópico de relevante discussão pública.

Do Terra

Após a aprovação do pacote de propostas que atingem os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados governistas temem uma nova derrota na votação do projeto de lei que anistia pessoas com envolvimento no ato de 8 de Janeiro do ano passado.

A avaliação é que o PL da Anistia pode ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde a oposição tem conseguido se impor.

O projeto perdoa quem participou, fez doações ou apoiou por meio de redes sociais os ataques do 8 de janeiro, por exemplo.

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizem que o texto poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de alguma forma, o que os apoiadores do ex-mandatário negam.

“Vamos buscar convencer os parlamentares de que não é razoável a CCJ votar uma matéria como essa, flagrantemente inconstitucional”, declarou o deputado Helder Salomão (PT-ES).

“Se abrirmos esse precedente, nós vamos rasgar a Constituição e dar o seguinte sinal para a população brasileira: você pode praticar crimes, pode invadir a sede dos Poderes, defender o fechamento do Congresso e intervenção militar, e está tudo bem. Pode tentar explodir o aeroporto de Brasília e, olha, você vai ser anistiado”, destaca Helder.

Pausa

Na semana passada, a votação do projeto da anistia foi adiada após um pedido de vista – mais tempo para análise do assunto. No entanto, o movimento por parte dos governistas já era esperado e tem base regimental. Portanto, não chegou a causar surpresa.

Para retornar à pauta da CCJ, é necessário que sejam realizadas duas sessões deliberativas do plenário.

Integrante da base governista, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) avalia que a oposição tem maioria na CCJ e, por isso, o projeto não deve encontrar dificuldades para ser aprovado. No entanto, o congressista diz esperar que o governo “se interesse e mobilize sua base” para tentar barrar o avanço do texto.

“Essa é uma ‘anistia fake’. Na verdade, um salvo conduto para novos atentados ao nosso já frágil Estado Democrático de Direito”, disse Alencar à CNN.

Próximos passos

A presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), integrante da oposição, aguarda a definição das próximas reuniões do plenário para definir a pauta da comissão. Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocar as sessões.

O projeto tem como relator o deputado Rodrigo Valadares (União-SE). O congressista projetava a votação do texto já na próxima semana, mas, desde terça-feira (8), o plenário não contou com deliberações.

Para pautar o texto, De Toni também pondera a influência da sucessão à presidência da Câmara no caso. Para ela, o debate do projeto foi contaminado pela disputa sobre quem será o novo sucessor de Lira. Isso porque o avanço da proposta foi colocado por alguns deputados como uma condição para apoiar candidatos.

Se for aprovado na CCJ, o texto seguirá para a análise no plenário, onde é necessária a maioria simples dos votos para ser aprovado.

Da CNN

Por Elcio Braga*

Apesar de ser apenas um bebê quando viveu no bando de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, o pernambucano Inácio Carvalho Oliveira, de 86 anos, carregou por grande parte da vida o peso de ser filho do cangaço. Para fugir de constrangimentos e das zombarias, deixou Tacaratu, pequena cidade no interior de Pernambuco, para viver no Rio de Janeiro, onde o passado entre os cangaceiros seria omitido. Curiosamente, aproveitou a oportunidade para se tornar um homem da lei. Fez carreira na Polícia Militar, onde foi reformado. Atualmente, entre todos que estiveram no bando de Lampião, apenas ele e a própria filha do rei do cangaço, Expedita Ferreira, de 92 anos, estão vivos.

Inácio é casado e mora com Maria Odete Moraes Carvalho, com quem teve um casal de filhos, em Vista Alegre, na Zona Norte do Rio. Lúcido e saudável, costuma passear pela cidade e manter uma rotina com boas caminhadas.

“Hoje, Inacinho e Expedita Ferreira, filha de Lampião e Maria Bonita, são as duas últimas pessoas que estiveram ‘dentro’ do cangaço e com Lampião ainda em plena atividade, se assim podemos dizer. Embora Expedita tenha permanecido alguns dias com os pais, ela não nasceu no cangaço. Maria se ausentou para o parto. Ficou em um ‘coito’ (esconderijo) até a criança nascer”, explica Geraldo Antônio de Souza Júnior, pesquisador do cangaço e responsável pelo canal Cangaçologia, no YouTube.

O último dos cangaceiros foi José Alves de Matos, o Vinte e Cinco, natural de Paripiranga (BA). Ele morreu aos 97 anos em 2014, em Maceió (AL). Lampião, Maria Bonita e mais nove integrantes do bando não resistiram ao ataque da volante (força de segurança) na Grota do Angico, em Sergipe, em 1938.

Lembranças turvas

O filho do cangaço não sabia quase nada sobre suas origens. Tudo o que conhecia até os 67 anos era que os pais, os cangaceiros Moreno e Durvinha, expoentes do bando de Lampião, o haviam deixado com o padre Frederico Araújo, pároco da pequena Tacaratu, no interior de Pernambuco. Uma carta acompanhava a criança: trazia o nome dos avós. Os pais alegaram que o bebê, ao chorar, vinha chamando a atenção das volantes que os perseguiam.

Depois da morte de Lampião, os pais tiveram de abandonar o cangaço às pressas. A perseguição aos cangaceiros remanescentes era intensa. Na fuga, Moreno e Durvinha cruzaram a pé por 60 dias o interior do Nordeste até Minas Gerais, onde passaram a residir escondidos. Durvinha ainda levou uma picada de cobra no caminho e quase morreu.

“Moreno, cujo nome verdadeiro era Antônio Ignácio da Silva, passou a se chamar José Antônio Souto, impossibilitando dessa forma ser descoberto pela Justiça e por antigos rivais. Durvalina adotou o nome de Jovina”, conta Geraldo.

Em 2005, aos 67 anos, Inácio estava sem esperanças de ter notícia dos pais. Mas a curiosidade da irmã mais velha Neli “Lili” Maria da Conceição daria fim ao segredo. Pressionada, Durvinha contou a ela que deixara um filho com um padre em Tacaratu antes de se mudar para Minas. O menino nascera debaixo de uma quixabeira, árvore espinhosa típica da caatinga, possivelmente em território alagoano (embora tenha sido registrado em Pernambuco). Neli ligou para a pequena cidade e deixou o contato para o suposto irmão retornar. Inácio, que morava no Rio, ligou de volta:

“Como é o nome da sua mãe?” Neli respondeu: “Jovina Maria da Conceição”. Aquilo foi um balde de água gelada, porque eu sabia que o nome da minha mãe era Durvalina”, relata Inácio, lembrando a frustração.

Mesmo assim, o PM reformado resolveu esticar a conversa e pedir para falar com a tal Jovina. Ele se emociona ao recordar.

“A senhora tinha um apelido? Era chamada de Durvinha? A senhora era do arrasta-pé?”, perguntou Inácio, citando detalhes que só a mãe biológica poderia saber.

“Como você sabe disso?”, respondeu Durvinha, dando a entender que sabia do que se tratava.

“Achei minha mãe”, concluiu Inácio, vibrando com a realização de um sonho que acalentou por toda a vida.

A ansiedade com a descoberta foi tão grande que Inácio viajou imediatamente do Rio para Belo Horizonte. Não queria perder tempo para encontrar a mãe, o pai e seus cinco irmãos que nem sequer sabiam da história do cangaço. Dois dias depois, ele chegou à casa da nova família, saudado com fogos e festa. Conforme combinado previamente, abraçou ao mesmo tempo o pai, a mãe e a irmã mais velha. Foi a melhor solução para o impasse: todos queriam abraçá-lo primeiro.

Só a partir daí Inácio saberia detalhes da vida dos pais no bando do rei do cangaço.

“Meu pai foi chefe de grupo do bando. Era como um quartel. Tinha um comando geral que era do Lampião. E eles espalhavam a companhia para um lado e para o outro. Senão a polícia atacava e matava todo mundo”, explica.

Moreno era reservado e pouco comentava sobre os tempos do cangaço.

“Meu pai precisava confiar muito na pessoa para falar alguma coisa. Ele contava as bravuras. Um dia, ele me disse: ‘Meu filho, tenho certeza que matei 22 pessoas. Só que foram mais. Só não contabilizei porque não fui lá conferir”, relata.

Durvinha se destacou no período do cangaço. Inicialmente, foi casada com Virgínio Fortunato da Silva Neto, o Moderno, morto em ação. Logo depois, ela se relacionou com outro integrante do bando, com o qual viveria o resto da vida. É ela que aparece num filme do caixeiro viajante sírio-libanês Benjamin Abrahão Calil Botto. Ela abre um sorriso e aponta a arma para a câmera. O filme que retrata em 14 minutos Lampião e seu bando no Sertão, entre 1935 e 1936, chegou a ser proibido na ditadura do Estado Novo. No entanto, os rolos empoeirados da película foram redescobertos em arquivo público em 1955.

Visão tolerante

Apesar de ter conhecido a mãe com idade muito avançada, Inácio guarda boas recordações da curta relação em visitas regulares ao longo de três anos.

“A minha mãe era uma doçura. Me colocava no colo e ficava fazendo carinho na minha cabeça”, recorda o PM reformado. “Me sinto feliz. Conheci meu pai, minha mãe. Foram casados de fato e de direito”, conta ele, que se abatia ao ler a expressão “pai desconhecido” em sua certidão de nascimento.

O reencontro com o filho possibilitou que os ex-cangaceiros voltassem a ter contato com os parentes deixados para trás, com a fuga da polícia e posterior troca de identidade. Após quase 70 anos, a família toda voltou a se reunir no Nordeste. Durvinha morreu aos 92 anos em 2008, e o marido, aos 100, em 2010.

Apesar de ter ficado ao lado da lei por ser PM, Inácio tem hoje uma visão mais tolerante sobre o cangaço.

“Várias pessoas já me perguntaram como classifico o cangaço. Se falarem que os cangaceiros são ladrões, é verdade: roubavam. Eles matavam e furtavam, mas com uma diferença. Eles roubavam o cabrito, o boi e outros animais para se alimentar e não para comprar drogas. O furto deles era para dar a quem tinha menos. Se o fazendeiro tinha muitas posses e era ruim, ele pedia dinheiro para dar aos mais pobres. Meu pai e minha mãe diziam que Lampião não era ruim. Era mau só quando faziam algo contra ele”, comenta Inácio.

Para o pesquisador Geraldo Júnior, Lampião é um mito que merece muitas reflexões sobre a História do Sertão. Mesmo 86 anos após sua morte, o rei do cangaço é motivo de debate acalorado entre admiradores e críticos.

“Há os que definem os atos de Lampião como heroicos, possivelmente por desconhecer a sua verdadeira biografia, enquanto outros o enxergam apenas como um bandido frio, cruel e sanguinário. Herói ou bandido? Uma resposta que jamais será unânime, mas que continuará ecoando através do tempo e atraindo curiosos e estudiosos”, opina.

Jornalista do O GLOBO

A corrida pela presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Pernambuco (OAB-PE), segue a todo vapor. O pré-candidato da oposição, Almir Reis, compartilhou nas redes sociais as suas andanças visando o fortalecimento de sua pré-campanha.

“Domingo quase terminando e estou aqui relembrando alguns dos momentos mais especiais que vivemos na semana passada. Nesta fase final de pré-campanha, o que mais me enche de entusiasmo é ver cada advogado e advogada colocando os interesses da classe à frente dos interesses pessoais, pensando na coletividade e no futuro da nossa advocacia”, destacou.

Confira o vídeo:

Por Gabriela Castello*

Na tarde deste domingo (13), um incêndio atingiu uma loja comercial na Rua das Calçadas, bairro de São José, no Centro do Recife.  O local atingido fica ao lado da Praça Dom Vital e da Basílica de Nossa Senhora da Penha, em frente ao Mercado São José. 

Segundo a equipe do Corpo de Bombeiros, as chamas  se concentraram apenas em uma loja de artigos infantis. O incêndio atingiu a loja de artigos infantis. De acordo com a gerente, Jaciara Maria do Nascimento, esse é o primeiro incidente da loja em 80 anos de existência. 

“Eu estava em casa e o diretor mandou uma foto saindo fogo pela janela que dá para a Rua Direita. Aí peguei uma moto e vim correndo. Só que eu não imaginava que o estrago estava tão grande”, relatou Jaciara. 

A família da empresária Jô Marsarol, proprietária da unidade Romanel que fica ao lado da loja atingida, ajudou no combate abrindo as portas do prédio onde funciona a loja para que os bombeiros pudessem atuar na ocorrência. 

“Estávamos almoçando quando o meu marido foi avisado que havia um incêndio na loja vizinha a nossa. Então, nós viemos correndo, veio toda a família aqui pra acompanhar e contribuir com os bombeiros porque eles precisaram entrar na nossa loja para poder apagar o fogo. Meu marido esteve presente com os bombeiros, abriu a loja, as janelas da sacada, fizemos tudo que foi preciso para ajudar a combater o fogo da outra loja.  Nossa loja, graças a Deus, nada foi atingido”, relatou a empresária. 

Força tarefa 

Na tentativa de reduzir os danos, proprietários e funcionários se uniram em uma força tarefa para resgatar a mercadoria que não foi atingida pelo fogo. O material era levado para um caminhão de mudanças, que foi deslocado pelos proprietários para a Rua das Calçadas para fazer o translado da mercadoria resgatada para um local seguro.

As chamas foram controladas por volta das 16h da tarde deste domingo (13).

Por meio de nota, a Defesa Civil do Recife se manifestou sobre o incêndio ocorrido neste domingo (13): “A Defesa Civil do Recife informa que enviou equipe para realizar o primeiro atendimento no local na tarde deste domingo (13). A vistoria deve ser realizada na segunda-feira, após liberação da área pelo Corpo de Bombeiros. A Defesa Civil do Recife deve ser acionada pelo telefone 0800.081.3400, que é gratuito e funciona 24h por dia”.

Jornalista da Folha de Pernambuco

A pesquisa Genial/Quaest divulgada neste domingo (13), mostra que para 58% dos entrevistados o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026, ante 40% que avaliam que o petista deveria tentar se reeleger na próxima disputa presidencial. O levantamento mostra ainda que 49% não sabem quem seria um candidato forte contra Lula em 2026 caso o ex-presidente Jair Bolsonaro não participe da disputa.

Para 15%, o coach Pablo Marçal seria o nome mais forte, enquanto 13% dizem que seria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e 12% acreditam que seria Michelle Bolsonaro. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) aparecem com 4%, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), 3%. A pesquisa revela ainda que se a eleição fosse hoje e se os candidatos fossem Lula, Marçal e Tarcísio, 32% votariam no atual presidente, 18% em Marçal e 15% no governador de SP. Neste cenário, 18% dos entrevistados se consideraram indecisos. Votos brancos, nulos e aqueles que não votariam somam 18%.

No levantamento, foram entrevistadas 2 mil pessoas acima de 16 anos de 25 a 29 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.

Do Jornal do Commercio

O apresentador e candidato pelo PSDB José Luiz Datena declarou, em um vídeo, que irá apoiar Guilherme Boulos (PSOL) para o segundo turno da eleição à Prefeitura de São Paulo. Segundo ele, trata-se de um voto “contra a infiltração do crime organizado no poder público”.

“Contra a infiltração do crime organizado em São Paulo, contra a infiltração do crime organizado no poder público, eu apoio o Boulos”, disse o apresentador, que ficou em quinto lugar na disputa, com apenas 1,84% dos votos válidos, o pior resultado do PSDB na capital desde 1988.

No vídeo, obtido pela Folha de S. Paulo, Datena acrescenta que irá votar em Boulos para “parar com essa criminalidade” que torna a cidade, o Estado e o País “reféns do narcotráfico”. No segundo turno, Boulos disputa a Prefeitura com o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB).

“Nós não queremos isso (ficar refém do narcotráfico). Por isso eu apoio o Boulos para o segundo turno de São Paulo. Vote com ele. Vote contra o crime”, reforçou Datena.

Na primeira pesquisa Datafolha após o fim do primeiro turno, Ricardo Nunes aparece com 55% das intenções de voto, enquanto Boulos tem 33%. Outros 10% declaram a intenção de votar em branco ou nulo, e 2% se dizem indecisos.

No levantamento anterior, divulgado na véspera do primeiro turno, a simulação do Datafolha indicava o placar de 52% a 37% favorável a Nunes.

Além de Datena, o deputado federal já havia recebido o apoio de Tabata Amaral (PSD), que ficou em quarto lugar na disputa, com 9,91% dos votos válidos. Marina Helena, candidata derrotada do Novo, declarou apoio a Nunes. Em sexto lugar no primeiro turno, ela teve 1,38% dos votos.

O terceiro mais bem colocado na disputa, o empresário Pablo Marçal (PRTB) recusou apoiar Nunes. Na semana passada, ele disse que “liberou” os seus eleitores a votarem de acordo com as suas “convicções, princípios e ideologias”.

Do O GLOBO

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse neste sábado (12) que a proposta que estabelece a revisão de decisões do Supremo Tribunal Federal pelo Congresso, PEC 28/24, pode ser inconstitucional. O congressista deu a entender que não dará andamento à proposta caso seja aprovada no plenário da Câmara dos Deputados e siga para o Senado Federal.

“A palavra final sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei num país democrático de Estado de Direito é do Supremo. Isso nós não discutimos e não questionamos, pelo menos de minha parte”, disse o senador para jornalistas depois de participar do fórum internacional do grupo Esfera, realizado em Roma.

A declaração do congressista ocorre após a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovar PEC por 38 votos a 12. O texto pretende alterar a Constituição para permitir que o Congresso suspenda decisões do STF, mediante aprovação de dois terços dos membros de ambas as casas legislativas: 342 votos na Câmara e 54 no Senado.

Por outro lado, Pacheco defendeu a PEC 08/21, que limita as decisões monocráticas de ministro do Supremo, alegando que o projeto não é um meio de confrontar a Corte. A proposta, que passou pelo Senado, também foi aprovada pela CCJ da Câmara.

“Ela está longe de ser qualquer tipo de revanchismo, de retaliação ou de afronta ao Supremo Tribunal Federal ou ao Poder Judiciário. Eu não me permitiria isso, eu tenho plena noção da importância do Poder Judiciário, da importância do Supremo Tribunal Federal, inclusive na consolidação da nossa democracia”, disse

E ele acrescentou alegando que a constitucionalidade de uma lei que passa pelo Congresso e é sancionada pela presidência da República não pode ser definida por um único ministro em uma decisão monocrática.

“A força do Supremo Tribunal Federal está na sua colegialidade e não na sua individualidade”, pontuou.

Ao comentar sobre a proposta que trata do impeachment de um ministro do Supremo (PL 4754/2016), Pacheco classificou a proposta como “capenga”. O texto considera crime de responsabilidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a usurpação de competência do Poder Legislativo.

“Definitivamente, nós não podemos cuidar do Brasil de sermos casuistas. Ou seja, fazer um projeto de lei para resolver um problema específico de impeachment de ministro do Supremo Penal Federal é algo capenga. É algo isolado, que não estabelece uma conjuntura mais ampla. O que nós queremos é uma lei moderna que sirva para ministro do Supremo Penal Federal, mas sirva também para ministros de Estado, sirva também para o presidente da República. Uma lei geral e não casuista”, disse o presidente do Senado.

Da Gazeta do Povo

Antônio Campos divulgou em suas redes sociais um vídeo confirmando o seu apoio à candidatura de Vinícius Castello (PT), para prefeito de Olinda. Campos saiu das urnas neste ano com 3.124 votos, o que representa 1,51% dos votos válidos. 

No segundo turno, o petista disputa o comando da Prefeitura de Olinda contra Mirella Almeida (PSD), que conseguiu expressivos 62.289 votos, ou 30,02% dos votos válidos, ficando em segundo lugar – enquanto Vinicius abocanhou 80.422 mil votos, o que representa 38,75% dos votos.

Confira o vídeo:

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi vaiado quando se levantou para discursar no 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, cuja abertura foi realizada na noite da última quinta-feira (10). Após as manifestações, o mediador do evento pediu uma salva de palmas para os críticos do ministro, afirmando que era uma honra ter Haddad no evento.

O momento em que Haddad é vaiado está sendo compartilhado por políticos que integram a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um deles foi o vereador de São Paulo, Rubinho Nunes (União). 

O presidente da Fenacor, Armando Vergílio, interrompeu o discurso e pediu “uma salva de palmas” para os críticos. Segundo o presidente da entidade, que é uma das organizadoras do evento que foi realizado no Rio de Janeiro até este sábado (12), o episódio representou “a democracia se manifestando”.

“Eu queria, em primeiro lugar, pedir uma salva de palmas para aqueles que vaiaram o ministro. É a democracia se manifestando, isso é bonito. O mais bonito ainda é nós termos, em um evento do setor de seguros e dos corretores de seguros, o ministro de Estado da Fazenda”, afirmou

Após a manifestação da plateia, Haddad rebateu os autores das vaias e disse que a contribuição dele como professor universitário “supera muitas pessoas” que eles admiram. Ao longo do discurso, o ministro da Fazenda detalhou a sua relação com o setor de seguros e destacou a contribuição dele para a criação da tabela Fipe.

“Não sei quantos políticos trabalharam para o setor de seguros, mas eu tenho certeza que a contribuição que dei como professor universitário supera muitas pessoas que vocês admiram e que talvez não tenham entregado absolutamente nada durante a sua vida pública”, afirmou Haddad.

Do Estadão

A lei no Brasil permite que prefeitos troquem de partido. Dessa forma, há duas maneiras de uma sigla ganhar o comando de cidades: vencendo nas urnas ou cooptando prefeitos insatisfeitos e que estejam dispostos a mudar de legenda.

Depois das eleições municipais de 2020, o PSD (Partido Social Democrático) foi o que mais cresceu fora das urnas. A sigla que tem como presidente nacional o político paulista Gilberto Kassab, 64 anos, elegeu 660 prefeitos em 2020. Em novembro de 2023, já estava com 968 prefeituras.

Agora, em 2024, retrocedeu: conquistou 882 cidades (número que pode aumentar um pouco depois do 2º turno, marcado para 27 de outubro). Tornou-se a agremiação partidária com maior número de cidades –ultrapassando o MDB, que foi durante décadas o 1º colocado. Só que está menor do que há 1 ano.

O cálculo de crescimento do PSD e de outros partidos (de 2020 para 2024) não é o único que pode ser feito. Quando se consideram os prefeitos que várias siglas cooptaram nos últimos 4 anos, a sigla de Kassab encolheu agora nas urnas. Na lista dos 5 maiores partidos em número de prefeitos, só o PSD ficou menor nos últimos 12 meses.

Em novembro de 2023, o Poder360 fez um amplo levantamento sobre quantos prefeitos cada um dos partidos políticos tinha naquele momento. Trata-se de estudo de difícil execução, pois é necessário checar cidade por cidade –não há uma lista consolidada e atualizada na Justiça Eleitoral.

Na lista dos 5 maiores partidos, só o PSD perdeu prefeitos de 2023 para 2024. Legendas grandes como MDB, PP, União Brasil e PL seguiram crescendo –de 2020 para 2023 (cooptando prefeitos) e, depois, de 2023 para 2024 (melhorando o desempenho nas urnas).

O Partido dos Trabalhadores, sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve uma trajetória ascendente nos últimos 4 anos –ainda que a legenda esteja longe de seu desempenho passado, como quando em 2012 elegeu 635 prefeitos. O PT elegeu só 182 em 2020. Passou para 227 em 2023. Nas urnas, em 2024, foi a 248.

PSD E PSDB

O PSD se beneficiou de um fenômeno registrado na política brasileira: a “débâcle” do PSDB. O partido dos tucanos teve seu auge nos anos 1990 e parte da década de 2000. Em 1994, elegeu Fernando Henrique Cardoso presidente da República e os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Por essa razão, chegou a eleger na casa de 1.000 prefeitos na virada do milênio. Nos últimos 24 anos, foi ladeira abaixo.

Os 531 prefeitos eleitos pelo PSDB em 2020 desidrataram para apenas 345 em novembro de 2023. A sangria continuou acelerada. Foi nesse período que Gilberto Kassab pescou os prefeitos que engrossaram o PSD, sobretudo no Estado de São Paulo, berço dos tucanos.

Ex-vereador paulistano, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-prefeito de São Paulo (de 2006 a 2012) e ex-ministro de Estado (de diferentes governos), Kassab se dedica exclusivamente a construir seu partido –lançado em 13 de abril de 2011, num auditório da Câmara dos Deputados, quando foi assinada a ata de fundação da legenda. Kassab não disputa eleições desde 2014, quando tentou ser senador por São Paulo, sem sucesso. Sua vida política é circunscrita a fazer o PSD crescer.

O Partido Social Democrático elegeu apenas 66 dos 645 prefeitos de São Paulo em 2020. Em maio de 2024, já estava com 312 cidades paulistas. Caiu para 205 prefeitos no Estado agora nas urnas, mas ainda tem um crescimento expressivo em relação há 4 anos.

MAIOR DO BRASIL

Apesar do revés nas urnas em relação ao número de prefeitos que tinha há 1 ano e também em maio de 2024, o PSD desbancou nos últimos anos o MDB e se tornou o partido com mais cidades governadas no Brasil. Foram 882 candidatos vitoriosos da sigla no 1º turno ante 856 dos emedebistas.

O MDB ocupava o topo do ranking de prefeitos eleitos no Brasil pelo menos desde 2000. Agora, perde o status. Conquistou 63 prefeituras a mais que em 2020, mas caiu uma posição no ranking.

O PT (Partido dos Trabalhadores) emplacou 248 nomes nos executivos municipais. A legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fica em 9º lugar na lista. Elegeu 66 prefeitos a mais na comparação com 2020. 

Do Poder360

O candidato a prefeito de Olinda, Vinicius Castello (PT) , divulgou neste domingo (13) um vídeo ao lado do presidente Lula (PT), reforçando a sua candidatura no município. “É muito emocionante ouvir do presidente Lula que Olinda pode ser reconstruída através das eleições desse ano. Sabemos o que é pobreza e lutamos em nome das pessoas que mais precisam”, escreveu Vinicius.

Confira o vídeo

No segundo dia após forte temporal, cerca de 900 mil pessoas continuam sem luz ou com serviço instável na Região Metropolitana de São Paulo, segundo comunicado da concessionária Enel.

O Procon-SP anunciou que notificará a empresa para que explique os motivos da demora para restabelecer o fornecimento, e que monitore relatos de problemas em cidades do interior, atendidas por outras concessionárias, com atenção especial ao fornecimento para hospitais e instalações médicas e de saúde, incluindo residências em que haja equipamentos de suporte à vida.

Segundo o Governo do Estado, no interior, 2.668 consumidores estão sem luz na área atendida pela CPFL Paulista; 594, na da CPFL Piratininga; e 99, na da CPFL Santa Cruz. Esses números representam 0,05% do total atendido pelo grupo. Já a Elektro possui 6 mil clientes sem energia, sendo 91% dos casos restabelecidos. 

O questionamento do Procon-SP repetirá pedidos anteriores, quando o órgão pediu esclarecimentos sobre como a concessionária realizou o atendimento ao consumidor e o aumento pontual das demandas, como o fenômeno impactou os equipamentos da ENEL e quais as medidas adotadas para reparos necessários à retomada da distribuição dentro do prazo regulamentar, além de informações sobre as equipes de atendimento de emergência disponíveis. Também serão cobradas as medidas estruturantes adotadas desde os últimos apagões.

A Enel paulista informou que atua com cerca de 1,6 mil técnicos em campo, inclusive com efetivo de outras concessionárias do grupo, atuantes no Rio e no Ceará. Além da capital, com cerca de 552 mil clientes impactados, as cidades mais afetadas no momento são: São Bernardo do Campo com 60,4 mil unidades, Cotia com 59 mil e Taboão da Serra com 55,5 mil. 11% da base de clientes da empresa segue afetada, com previsões de restabelecimento que se estendem até quarta-feira (16). 

Falta de água

O apagão afeta também a distribuição de água na região. Segundo a Sabesp, concessionária que distribui água e coleta esgoto em toda a região metropolitana, no momento, o serviço está prejudicado em regiões de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo, Cotia e Cajamar. A distribuidora recomenda uso controlado nas áreas afetadas.

A Prefeitura de São Paulo informou ter mobilizado 4 mil trabalhadores para zeladoria e apoio ao tráfego, entre outras medidas de recuperação de áreas afetadas.

As chuvas da última sexta-feira (11) tiveram mais de 500 registros de ocorrências, segundo a Defesa Civil estadual, que contabilizou principalmente quedas de árvores. No estado, sete pessoas morreram, sendo três em Bauru, duas em Cotia, uma em Diadema e uma na Capital. Em Taboão da Serra, cerca de 30 pessoas estão desalojadas, recebendo apoio com ajuda humanitária da Defesa Civil e das equipes municipais. A prefeitura de Taboão decretou situação de emergência.

Hotéis e restaurantes

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) informou por meio de nota à imprensa que acionará a ENEL na Justiça por ressarcimento de prejuízos ao setor. Segundo a entidade, cerca de 250 mil estabelecimentos filiados foram atingidos pelo apagão, principalmente bares e restaurantes. Em novembro do ano passado, o blecaute que atingiu a capital de São Paulo e a região metropolitana provocou para o setor um prejuízo de R$ 500 milhões.

Da Agência Brasil

Projeto em tramitação no Senado altera o Código Eleitoral para estabelecer novas exceções para a prisão de eleitores durante as eleições. Do senador Cleitinho (Republicanos-MG), o PL 3.913/2024 determina que sejam permitidas prisões preventivas para indiciados ou acusados de crimes hediondos, além da execução de mandados de prisão já em aberto.

Atualmente, o Código Eleitoral (Lei 4.737, de 1965) proíbe a prisão de qualquer eleitor entre cinco dias antes e dois dias após a votação, exceto em casos de flagrante delito ou sentença penal condenatória por crime inafiançável.

“Não se justifica a ausência de ressalva para o cumprimento de mandado de prisão aberto e decretação de prisão preventiva no caso de crimes hediondos, que correspondem às mais repugnantes condutas delituosas, ou de organização criminosa”, argumenta o senador. Depois que for lido na próxima sessão plenária, o projeto seguirá para análise das comissões temáticas.