Governo de Pernambuco boicota o São João de Gravatá em publicidade sobre as festas juninas no interior

O Governo de Pernambuco, por meio de suas redes sociais, compartilhou um vídeo institucional convidando os pernambucanos e os turistas, que visitam o estado nesta época junina, para curtir os festejos nos mais diversos municípios que terão uma programação especial durante todo o mês de junho. 

No entanto, o que chamou a atenção é que, mesmo abrindo o vídeo mostrando o túnel Plínio Pacheco, na Serra das Russas, em Gravatá, o município foi totalmente ignorado na chamada. O fato, claro, não passou despercebido pelas pessoas que assistiram a gravação.

Confira o vídeo:

“Quando farão um vídeo falando de Gravatá? A cidade terá um mês de festejos juninos. Não esqueçam que temos memória e lembraremos desse ‘esquecimento’ nas eleições”, escreveu a página Destino Gravatá na publicação do Governo de Pernambuco – sendo um dos vários comentários feitos na publicação reclamando do episódio.

Paulista - Boa praça

Da Veja

Passadas as eleições municipais, a movimentação política em Brasília vai se concentrar na disputa pelo comando do Congresso. No Senado, se não houver nenhuma reviravolta, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) deve assumir o posto pela terceira vez. Na Câmara dos Deputados, ao contrário, o cenário ainda é de absoluta indefinição. Se dependesse apenas da vontade de Arthur Lira, o atual presidente, o nome do seu sucessor já estaria definido. O problema é que, no momento, há quatro postulantes ao cargo, cada um representando um partido diferente. Para evitar que a corrida se transforme num confronto fratricida, Lira busca um consenso mínimo em torno de um candidato. 

Ele já se reuniu com o presidente Lula, garantiu o apoio do partido do ex-­presidente Jair Bolsonaro, sentou-se com caciques de legendas de centro e prometeu a todos espaços privilegiados em troca de votos. Se tudo transcorrer conforme o planejado, até agosto ele encerra o suspense e anuncia quem será o escolhido — aquele que, em tese, conseguir captar o máximo de apoio entre os colegas. Não será uma tarefa simples para os parlamentares que já se apresentaram como pretendentes ao cargo.

Apontado como favorito, o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-­BA) tem muitos votos entre os mais conservadores, mas patina na desconfiança dos petistas. No início do governo Lula, ele chegou a ser anunciado como futuro ministro, mas acabou tendo o nome vetado na última hora. Comenta-se que o autor do veto foi o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Os dois eram adversários políticos na Bahia. Ao que tudo indica, eram. Em campanha, Elmar foi recebido para um almoço pelo governador baiano Jerônimo Rodrigues (PT), acompanhado de Lira. A cena foi devidamente registrada em uma foto em que ele aparece sorrindo e fraternalmente abraçado aos petistas. Pareciam velhos companheiros. A dificuldade depois foi convencer os bolsonaristas, principalmente os ligados ao PL, o maior partido da Câmara, de que a simpatia foi apenas um gesto político necessário para viabilizar sua candidatura. Quem também não gostou nada do movimento foi o principal cacique do União Brasil, ACM Neto, que pretende disputar o governo baiano na próxima eleição — contra o PT.

Apesar do gesto e da reaproximação de Elmar com o próprio Rui Costa, o nome dele ainda encontra muita resistência dentro do partido do presidente, mas nada que pareça intransponível. Recentemente, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, acompanhada do deputado Lind­bergh Farias (PT-RJ), convidou Lira para uma conversa para lá de pragmática: reclamou da falta de espaço do partido, o segundo maior da Câmara, e cobrou alguns compromissos — leia-se cargos. Lira entendeu a sinalização, concordou que a legenda merece mais espaço, mas deixou claro que essas negociações serão feitas diretamente com Lula. Gleisi, óbvio, não gostou muito, mas não fechou as portas. 

A dificuldade em aglutinar apoios também atinge os deputados Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) — os outros três concorrentes ao cargo. E já pipocam intrigas. Há alguns dias, ventilou-se que o PSD e o MDB poderiam firmar um pacto e lançar um nome para enfrentar o candidato de Arthur Lira, seja ele quem for. O presidente da Câmara correu para checar se era verdade. Ouviu dos líderes a garantia de que não havia nada disso, mas não ficou totalmente convencido.

Lira não descarta a possibilidade de que candidatos que, porventura, tenham os interesses contrariados resolvam se unir contra ele. Isso justifica a busca pelo consenso. Para evitar essa possibilidade, o presidente da Câmara tem até um plano de contingência que envolve outros dois possíveis candidatos. 

Aos 34 anos, o deputado paraibano Hugo Motta, líder do Republicanos, é apontado como um nome que reuniria com mais facilidade os votos à esquerda e à direita. Discreto, ele é um fiel aliado de Arthur Lira e braço direito de Ciro Nogueira, cacique do PP. O parlamentar transita com facilidade em todos os nichos — dos xerifes aos mais inexpressivos congressistas. “Ele é um cara do baixo clero. É muito querido e tem a confiança de todo mundo”, elogia um aliado. 

Difícil vai ser convencer Marcos Pereira, que também é presidente do Republicanos, a abandonar a disputa. Os dois já foram consultados sobre a possibilidade. Mas não haverá impasse, ao menos por enquanto. Pereira jura que não vai recuar da candidatura, enquanto Motta jura que não vai bater de frente com o “chefe”. Se isso for verdade, Lira tem na manga uma segunda opção.

Ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, o médico e deputado Doutor Luizinho já está de prontidão para uma eventual emergência. Formalmente, ele garante que nunca passou pela sua cabeça a possibilidade de disputar a presidência. Como bom político, dedica-se apenas à intensa agenda legislativa, que abrange uma variedade de temas. Na última semana, ele se reuniu com os presidentes da Caixa e do Flamengo para discutir o avanço de um estádio para o seu time do coração e acompanhou as articulações do projeto sobre as taxações de produtos comprados no exterior enquanto se empenhava em negociar as candidaturas na disputa municipal deste ano. 

Em conversas reservadas, gosta de dizer que é chamado de “milagreiro”, pela habilidade de tocar temas difíceis. Articulado, já foi apontado como potencial ministro da Saúde de Lula. Seus aliados contam que ele só não chegou lá porque, em meio às negociações, os petistas propagaram uma foto dele vestindo a camisa de campanha de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. A posição política, claro, ajuda e atrapalha a cooptação de apoio dentro da Câmara. Mas isso hoje está longe de ser considerado um impeditivo. A trajetória de Lira é uma prova disso.

Principal cacique do Centrão na Câmara, ele foi reeleito presidente no ano passado em uma votação recorde — com o apoio do PT ao PL, 90% dos deputados votaram nele. Mantendo a mesma composição da disputa anterior, a avaliação é que tanto a esquerda quanto a direita, sozinhas, não têm tamanho para vencer a eleição, o que leva novamente a definição para os parlamentares de centro. Lira tem ascendência sobre os colegas e trânsito no Palácio do Planalto. Consegue se equilibrar entre não ser governo nem oposição. O apoio dele é fundamental, seja para Elmar Nascimento, Marcos Pereira, Antonio Brito, Hugo Motta, Doutor Luizinho ou qualquer outro nome. 

A exceção é Isnaldo Bulhões, considerado carta fora do baralho, exatamente por causa de suas ligações com o senador Renan Calheiros, inimigo político número 1 de Lira. Poderoso, o presidente da Câmara quer bater o martelo sobre o seu candidato no máximo em três meses e submeter o nome do escolhido ao presidente Lula. Aliados do deputado dizem que essa antecipação facilita a consolidação do candidato, permite ampliar o arco de alianças e evita surpresas na reta final. Todos esses argumentos são reais, mas tem um ainda mais importante para ele. Se conseguir concretizar o cronograma exatamente da maneira como planejou, Lira estenderá seu poder e influência até o último dia na presidência da Câmara e, muito provavelmente, depois também.

Petrolina - Viva a nossa arte

Do Estadão

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022, que transfere terrenos da Marinha a proprietários particulares mediante pagamento, defendeu o texto neste sábado (1º), em suas redes sociais. Flávio Bolsonaro afirmou que “andam inventando que praias serão privatizadas” e atribuiu a narrativa a “malucos de esquerda”.

A PEC das Praias foi aprovada na Câmara dos Deputados em fevereiro de 2022, após votação em dois turnos, e agora tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ).

A PEC das praias tem gerado polêmica nos últimos dias e motivou discussão entre celebridades, como o jogador de futebol Neymar e a atriz Luana Piovani. Ela tem acusado Neymar de ter interesse no projeto por causa de um acordo do jogador com a incorporadora Due, que pretende construir um empreendimento turístico no Nordeste conhecido como ‘Caribe Brasileiro’. Ao Estadão, a assessoria do atleta reforçou que o projeto não terá impacto com a PEC.

Segundo especialistas, a proposta de acabar com taxas cobradas pela União dá margem para criação de praias privadas, gerando ocupação dessas terras e aumentando, consequentemente, os riscos das mudanças climáticas

Em vídeo publicado no “X”, o senador afirma que a possibilidade de privatização das praias é uma narrativa inventada. Ele defende que a população seria beneficiada pela mudança e cita a Favela da Maré, na capital fluminense, como exemplo de território submetido às taxas pagas à União. Cidades como o Rio de Janeiro, Florianópolis e Fortaleza têm áreas dentro da faixa da Marinha.

“Obviamente, isso é uma grande mentira. Uma narrativa que a esquerda está criando, porque o governo está com medo de perder a arrecadação”, afirma o senador.

Atualmente, pessoas que detêm propriedades em uma faixa de 33 metros de uma posição média do mar, considerando a maré alta, precisam pagar uma taxa anual à União. Ele argumenta que acabar com essas cobranças seria benéfico para ampliar negócios na orla.

“Imagina se você tem um grande empreendimento que quer se instalar na Bahia e a gente acabou com o Foro, com o Laudêmio (exemplos de taxas pagas), acabou com a taxa de ocupação. Obviamente que o empresário vai ter mais interesse, porque vai ficar mais barato sim. Ele não vai ter que pagar essas taxas todo ano nem no caso de transferência de propriedade para ninguém”, afirma o senador.

“É óbvio que o investimento para se criar um novo empreendimento na beira da praia vai ser menor, portanto vai ser mais fácil gerar emprego”, acrescenta o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, parte da oposição ao projeto se deve ao receio do governo federal de perder arrecadação.

Os chamados terrenos da Marinha são áreas na costa marítima brasileira, incluindo as praias e o contorno de ilhas.

Eles correspondem a uma faixa de 33 metros, medidos a partir da posição do preamar médio (maré cheia). Também são considerados terrenos marinhos as margens de grandes rios, lagos e lagoas.

Os moradores que ocupam essas áreas estão sujeitos ao regime de aforamento, sendo obrigados a pagar anualmente à União uma taxa sobre o valor do terreno. A propriedade do imóvel é compartilhada na proporção de 83% do terreno para o cidadão e 17% para a União. Sobre o percentual federal, os ocupantes pagam as taxas de foro e laudêmio. O tributo é calculado sobre o valor venal (estimado pela prefeitura) do imóvel.

Segundo Flávio Bolsonaro, é “óbvio que não se pode proibir o acesso à praia de ninguém” e que isso seria um “caso de polícia”. Especialistas alertam, no entanto, que caso aprovada, a legislação poderá abrir brecha para tal e agravará os danos ambientais.

“Prédios e condomínios foram construídos quase dentro da água, com retirada de restinga e manguezais que protegem a faixa de areia. O desprovimento das áreas de marinha levará a uma maior ocupação dessas áreas no momento em que as mudanças climáticas tornam as grandes ressacas mais frequentes”, diz Ronaldo Christofoletti, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Luana Piovani x Neymar

Na quinta-feira (30), Luana Piovani publicou vídeos nas redes pedindo que as pessoas fossem contrárias à PEC. A iniciativa foi acompanhada por instituições ambientais. “Lembrá-los que todos têm que votar contra a privatização das praias. É, senhoras e senhores, 2024 e a gente já chegou nesse lugar. Lembra que eu falei que é difícil ser cidadã no Brasil. É a mesma coisa, é o que eu estou querendo dizer. Como é que a gente tem que batalhar por não privatizar praia?”, afirmou a atriz no Instagram.

Neymar foi associado à polêmica porque, na semana passada, anunciou uma parceria com uma incorporadora em um projeto anunciado como “Caribe brasileiro”, com imóveis de alto padrão em uma área de 100 quilômetros entre os litorais de Pernambuco e Alagoas.

Após a aprovação da PEC, o vídeo foi resgatado nas redes sociais para demonstrar quem será beneficiado, caso haja mudança na regra atual. A incorporadora Due, parceira do atacante, nega que a PEC vá beneficiar seu empreendimento. 

Leia o texto na íntegra:

“Garantindo a transparência das nossas comunicações, reforçamos publicamente que a responsabilidade ambiental e social são valores imutáveis dentro da nossa empresa e projetos. Cumprimos as mais rigorosas leis de proteção ambiental e realizamos projetos próprios de preservação do meio ambiente. Tais valores e práticas permanecem e permanecerão.

Nossos empreendimentos não sofrerão qualquer impacto, seja positivo ou negativo, com a PEC 03/2022, como levianamente imputado por algumas pessoas em seus canais de mídia social e replicado em alguns veículos de comunicação. Nos colocamos à disposição da sociedade, governos e clientes para mais esclarecimentos pelo email [email protected].”

Na discussão nas redes sociais, a atriz e o atleta trocaram uma série de insultos. Ela o chamou de “péssimo cidadão”, pai e marido, além de “mau caráter”. Ele, por sua vez, disse que Luana é “maluca” e a acusou de querer “lacrar na internet”.

Ipojuca - Minha rua top

Da Agência Brasil

A família da jornalista Mônica Siqueira teve uma surpresa desagradável quando tentou fazer a inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Moradora de Brasília, a filha dela, ainda menor de idade, quer fazer a prova como forma de treinamento, mesmo antes de concluir o ensino médio.

Ao tentar fazer a inscrição na última quinta-feira (30), ela usou o Google para pesquisar o endereço da página de inscrição e encontrou um site que se passava pelo oficial. Era, no entanto, uma página falsa.

“Eu olhei e estava direitinho o design, o layout. A página era igual, estava escrito ‘Inscrição Enem 2024’, tinha o robozinho (chat de inteligência artificial) que ensina o passo a passo”, lembra Mônica, destacando as semelhanças.

Ao seguir o procedimento e informando alguns dados, a estudante chegou à página da cobrança de R$ 85, que oferecia a opção de pagamento por boleto ou pix. Mônica fez o pagamento, inclusive com pequeno desconto, por ter escolhido a opção pix.

Sem receber qualquer email de confirmação, mãe e filha passaram a desconfiar de que se tratava de um golpe. Inclusive, a filha notou que o site da suposta inscrição sequer perguntou se a prova seria feita por participante “treineiro”, que é o caso dela, ou “para valer”.

Após buscar mais informações com amigos e nas redes sociais, Mônica viu relatos parecidos e entendeu que realmente tinha sido vítima de uma enganação.

Para ela, além da questão financeira, o golpe é um prejuízo para a educação. “Pessoas que podem não perceber que caíram no golpe e achar que estão inscritas”.

Sem contar, acrescenta ela, que para muitas pessoas, é um dinheiro que faz falta. “Pessoas que estão em situação de vulnerabilidade e estão conseguindo dinheiro para poder fazer o Enem, isso é muito grave”.

Site derrubado

Nas redes sociais, há relatos semelhantes nos últimos dias de pessoas que quase foram enganadas ou que caíram no golpe. O site relatado é o mesmo, inscricao-2024.com, que já foi retirado do ar. Usuários citam que o link aparece em forma de anúncio no Google.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação responsável pelo Enem, reforçou nas redes sociais que a inscrição para o exame deve ser feita exclusivamente pelo endereço enem.inep.gov.br/participante.

“Após a realização da inscrição, o sistema gerará um boleto do Banco do Brasil para o pagamento da taxa. Esse boleto só é disponibilizado ao inscrito após acesso ao sistema do exame por meio do login único do Gov.br.”, alerta.

Aliás, outra diferença para o site fraudulento é que as inscrições corretas podem ser pagas por cartão de crédito e débito e não apenas por boleto e pix.

Procurada pela Agência Brasil neste sábado (1º), a Polícia Federal informou que “não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento”.

Também procurada pela Agência Brasil, a Google informou que adota políticas rígidas que delimitam a forma como pessoas e empresas podem anunciar produtos por meio do Google Ads, a plataforma de anúncios do site de buscas.

“Quando identificamos uma violação às nossas políticas, agimos imediatamente suspendendo o anúncio e, até mesmo, bloqueando a conta do anunciante”, diz o comunicado.

Ainda segundo a empresa, em 2023 foram bloqueados ou removidos, globalmente, 5,5 bilhões de anúncios e 12,7 milhões de contas por violações às políticas da companhia.

“Se algum consumidor suspeitar ou for vítima de golpe, oferecemos uma ferramenta para denunciar violações de nossas políticas”, finaliza. As denúncias podem ser feitas neste endereço.

Provas

As inscrições para o Enem 2024 estão abertas até 7 de junho (estudantes do Rio Grande do Sul terão o prazo ampliado, por causa da calamidade causada pela chuva). A taxa é de R$ 85 e deve ser paga até 12 de junho. O prazo para solicitar isenção terminou em abril. As provas serão nos dias 3 e 10 de novembro, nas 27 unidades da Federação.

Além de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica, o Enem se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), empregado por universidades públicas, e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), utilizado por faculdades particulares.

Ipojuca - Minha rua top

Da Agência Brasil

A maioria dos institutos de pesquisa do México dão como certa a vitória neste domingo (2) da candidata à presidência Claudia Sheinbaum, de 61 anos, de perfil progressista e do partido Morena, o mesmo do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, considerado de centro-esquerda e que governa o México desde 2018.

Em segunda nas pesquisas está a candidata Xóchitl Gálvez e, em terceiro, Jorge Álvarez Máynez, ambos da oposição a Obrador. Enquanto as pesquisas dão entre 52% a 60% dos votos para Claudia, Xóchitl varia de 21% a 36%, e Jorge entre 6% e 23% das intenções de votos. Não há 2º turno no México. Vence quem tiver mais votos absolutos, independente da porcentagem.

Em eleição histórica que deve colocar a primeira mulher na presidência mexicana, mais de 99 milhões de eleitores vão às urnas para eleger, além do novo presidente, 128 senadores ou senadoras, 500 deputados federais e mais 20 mil cargos em eleições locais, para prefeituras e câmaras de vereadores.

Violência

Marcada pela violência dos cartéis de droga que dominam regiões inteiras do México, a eleição deste ano custou a vida de, ao menos, 30 candidatos. Entre os assassinados durante a campanha, 73% deles disputavam prefeituras. Os cálculos são do Seminário Sobre Violência, grupo de estudos mexicano ligado à universidade El Colégio de México. Na última eleição, em 2021, o grupo calculou um total de 32 candidatos assassinados.

Não à toa, a violência foi o tema principal da campanha presidencial. Uma das vitrines da campanha da candidata favorita é a queda na taxa de homicídios que conquistou quando foi prefeita da capital mexicana, entre 2018 e junho de 2023.

“Conquistamos a taxa mais baixa de homicídios desde 1989. Agora a Cidade do México se encontra entre as sete entidades com menos homicídios por 100 mil habitantes”, anunciou em uma rede social. De 16 assassinatos por 100 mil habitantes, em 2018, a capital mexicana registou 8 homicídios por 100 mil, em 2022.

Políticas sociais

O professor de história da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Waldir Rampinelli, explicou que, no México, as eleições costumam ser violentas o que, segundo o especialista, é uma herança da Revolução Mexicana de 1910 e também devido ao controle que os cartéis de drogas têm no país.

Rampinelli destacou ainda que o atual presidente deve fazer a sucessora devido ao sucesso das políticas sociais do governo mexicano. “Ele criou uma espécie de ajuda mensal para os idosos. Todo idoso, tenha contribuído ou não à previdência, recebe por mês uma quantia. Eu conheço pessoas que, se não recebessem essa quantia, passariam fome. Isso salva totalmente essas pessoas. Elas não gostam do López Obrador, elas adoram”, afirmou.

O mexicano Mario Farid Reyes Gordillo, doutorando em estudos latino-americanos na UNAM, diz que Obrador conquistou apoio dos mais pobres devido às políticas sociais e ao aumento do salário mínimo, mas destaca também a debilidade da direita mexicana.

“A direita não conseguiu se livrar da imagem de corrupção, repressão policial e dos benefícios aos amigos empresários que marcaram os governos anteriores. Esse estigma ainda pesa sobre eles. E também não conseguiram uma candidatura forte para ganhar”, destacou.

Perfil progressista

Ex-prefeita da Cidade do México, Claudia é pesquisadora científica nas áreas de energia, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Ela ainda trabalhou no Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), tendo sido também secretária do meio ambiente durante o governo de López Obrador na prefeitura da Cidade do México, ainda no ano 2000.

O professor Waldir Rampinelli avalia que ela deve continuar as políticas de seu antecessor na Presidência, e que ela tem um perfil progressista de centro-esquerda.

“Toda essa pauta de direitos humanos, de meio ambiente, de respeito às mulheres. A pauta dela será essa. Só que ela vai administrar um grande navio que não vai poder mudar de rumo. Ela vai ter que fazer o que o López Obrador fez, tudo muito ligado aos Estados Unidos”, disse.

O especialista lembrou que 80% de tudo que o México exporta vai para os Estados Unidos, o que deixa o país muito dependente do vizinho do norte. Outro problema grave do país é a imigração e a fronteira com os EUA.

“Se o Trump ganha nos Estados Unidos, complica mais ainda a vida dela. Morrem no ano passando na fronteira, só de mexicanos, mais de 500 pessoas. É a região mais perigosa do mundo. Compare com o muro de Berlim, que morreram 800 pessoas em 30 anos tentando passar”, lembrou.

Mulheres

O pesquisador Mario Farid Reyes Gordillo destacou também que as relações entre México e Estados Unidos são um dos principais temas da eleição, assim como a violência, a corrupção e os direitos das mulheres.

“Como as duas principais candidatas são mulheres, há um certo peso dessa agenda. O movimento feminista, o movimento de mulheres, durante todo os seis anos de López Obrador, teve muita participação política. Isso deve fazer com que muitas mulheres saiam para votar nessa eleição”, afirmou.

Professor da UFSC, Waldir Rampinelli destacou que esta é uma situação inédita, já que nunca uma mulher venceu a eleição presidencial no México.

“O México seguramente é o país mais machista da América Latina e a Claudia se impôs como uma grande prefeita da cidade do México. Com o governo do López Obrador, ela cresceu. E o López também não teve outra saída a não ser indicá-la. Era a candidata que mais chance tinha de ganhar”, comentou.

México e Brasil

Com quase 130 milhões de habitantes, o México tem a 2ª maior economia da América Latina, atrás apenas do Brasil. Em 2023, a economia do país cresceu 3,2% do PIB, segundo ano consecutivo de crescimento acima dos 3%.

A taxa oficial de pobreza caiu de 43,9%, em 2020, para 36,3%, em 2022, tirando da pobreza 8,8 milhões de mexicanos. A economia recuperou os níveis de emprego e de PIB de antes da pandemia. Os dados são do Banco Mundial.

As relações comerciais entre Brasil e México têm crescido nos últimos anos. De 2019 a 2023, as exportações brasileiras para o México cresceram 74%, isso com a pandemia no meio, passando de US$ 4,8 bilhões para US$ 8,5 bilhões.

Apesar do crescimento, as exportações do Brasil para o México representam apenas 2,5% do total, similar ao Chile, para onde o país exporta 2,3% do total. Por outro lado, as importações brasileiras de produtos mexicanos representam 2,3% do total das importações. Em 2023, o Brasil importou do México US$ 5,5 bilhões, crescimento de 4,9% em relação a 2022.

Os dados do comércio exterior entre Brasil e México são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Serra Talhada - Saúde

Da Folha de São Paulo

A Polícia Federal tem concentrado inquéritos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na DIP (Diretoria de Inteligência Policial) e esvaziado o setor responsável por conduzir investigações que correm em tribunais superiores.

A mudança desvirtuou a missão principal da diretoria de inteligência e aproximou as investigações sensíveis ao diretor-geral da corporação, delegado Andrei Rodrigues, segundo integrantes da PF ouvidos sob reserva pela Folha.

A DIP é o setor da Polícia Federal responsável por definir a política de inteligência e realizar ações de contrainteligência e investigações sobre terrorismo. Até 2022, os delegados vinculados à área dirigiam inquéritos geralmente relacionados à segurança nacional.

Atualmente, a diretoria é responsável pelos inquéritos das milícias digitais —que envolvem os planos golpistas de Bolsonaro e aliados após as eleições de 2022 e a fraude no cartão de vacinação— , das fake news, do uso ilegal de sistema de monitoramento por integrantes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e das blitze montadas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no segundo turno das eleições presidenciais.

Os delegados do setor ainda foram incumbidos de investigar a hostilidade ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no aeroporto de Roma, na Itália.

A Polícia Federal tem uma área específica para conduzir investigações que tramitam no STF. Trata-se da CINQ (Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores), setor ligado à Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor).

A coordenação está esvaziada e com poucos delegados. Hoje, coordena principalmente a Operação Lesa Pátria, com foco em organizadores e financiadores dos ataques de 8 de janeiro de 2023, e inquéritos sobre desvios em obras custeadas com emendas, entre eles o caso do ministro Juscelino Filho (Comunicações).

Delegados ouvidos pela Folha afirmaram, sob reserva, que o desvirtuamento da diretoria de inteligência gera desajustes entre os setores da PF, retirando relevância do departamento responsável pelas investigações.

Por tratar de assuntos sensíveis, a DIP também fica mais próxima da direção-geral da Polícia Federal —e sua recente metamorfose trouxe para próximo de Andrei inquéritos ligados ao golpismo.

A direção é chefiada pelo delegado Rodrigo Morais, amigo de Andrei Rodrigues. Ele ficou conhecido por ser o delegado responsável pela investigação sobre o atentado a faca contra o então candidato Jair Bolsonaro, em 2018.

Em nota, a Polícia Federal afirmou que a mudança ocorreu a partir do entendimento de que normas internas permitem que “casos sensíveis pudessem tramitar na Diretoria de Inteligência Policial”.

“Essa atuação sempre ocorreu e foi intensificada com a reestruturação realizada na diretoria no início de 2023, com seu crescimento e fortalecimento”, disse.

“Diante disso, sempre que for verificada a necessidade, poderá a DIP ser designada para atuar em quaisquer casos, vez que a ‘ligação direta com a inteligência’ é aferida internamente”, concluiu.

A DIP é a principal área da Polícia Federal que possui expertise e equipamentos de inteligência. Foi por meio dela que peritos e técnicos conseguiram desbloquear travas e acessar dados armazenados nas nuvens do celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A investigação inicialmente devassou o dia a dia da Presidência da República em 2022 e, meses depois, descobriu a possível fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e aliados, o que motivou a prisão e posterior delação de Cid.

Por outro lado, no inquérito da hostilização de Moraes, o delegado Hiroshi Sakaki Araújo teve de deixar a investigação após incluir em relatório o diálogo entre Roberto Mantovani, suspeito de agredir o filho do ministro, e seu advogado —motivo de revolta na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Sakaki era do setor de contrainteligência da PF e foi substituído no inquérito pelo próprio chefe, Thiago Rezende.

As primeiras investigações sobre Bolsonaro foram para a DIP, em 2022, por acaso. A delegada Denisse Ribeiro conduzia o inquérito das milícias digitais, que tinha Bolsonaro como um dos alvos, quando precisou deixar a função para entrar em licença-maternidade.

O delegado Fabio Shor ajudava Denisse no inquérito e havia sido transferido meses antes para a diretoria de inteligência. Ele acabou escolhido para conduzir o caso. A apuração não voltou às mãos da delegada original e permaneceu na DIP.

Vitória Reconstrução da Praça

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em vez de se preocupar em governar, opta por estimular a polarização política no país. A declaração se deu na sexta-feira (31), em entrevistas ao programa “Os Três Poderes”, da revista Veja.

“É compreensível, neste momento, essa polarização na política do Brasil. Ao invés do presidente Lula se preocupar em governar, ele se preocupou em continuar esse enfrentamento […] Se eu, como governador, fosse perder tempo atacando outros que me antecederam, eu não chegaria ao resultado que cheguei, como sendo o governo mais bem avaliado no país”, declarou Caiado.

O governador também foi questionado sobre a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na candidatura dos conservadores. “Sobre Bolsonaro, o seu apoio, indiscutivelmente, nós temos um eleitorado, o mesmo eleitorado. Este eleitorado não tem como querer rotulá-lo apenas de bolsonarista ou não-bolsonarista. É um eleitorado conservador, que acredita na economia de mercado. É um eleitorado que quer buscar também o equilíbrio, a paz, a governança, a convivência entre os poderes”, afirmou o governador goiano.

Sobre as eleições de 2026, Caiado disse que seu partido, o União Brasil, deve lançar candidatura própria. Em janeiro, Caiado já havia dito que a legenda não apoiaria Lula na próxima eleição presidencial. À época, afirmou que o partido “caminha ao lado do governo nos projetos de interesse”, mas que a sigla “é conservadora, e seguirá sendo”.

Versa “esportivado” custa R$ 124 mil 

A Nissan anunciou a chegada ao Brasil, vindo do México, da variante Versa SR. Ela fica abaixo da topo de linha Exclusive e se destaca pelo visual de apelo esportivo (não tem qualquer modificação técnica ou mecânica) e preço de R$ 124 mil. Nos destaques da parte estética, elementos como aerofólio sobre a tampa do porta-malas, grade frontal escurecida, emblemas ‘SR’ gravados na carroceria, retrovisores na cor preta e bancos em tecido com detalhes em laranja. A Nissan é uma das poucas marcas japonesas a crescer com vigor este ano (as demais estão estagnadas), com 3,3% de participação em 2023, pulando para 4,1%, com Versa e Sentra dobrando suas vendas nesse período no primeiro trimestre. A motorização permanece a mesma, com o 1.6 aspirado que entrega 113cv de potência e 15,3 kgfm, combinado com o câmbio CVT que simula seis marchas. A lista de equipamentos inclui carregador de celular por indução, 6 airbags, multimídia com tela de 7 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, bancos dianteiros com tecnologia Zero Gravity, apoio de braço frontal, piloto automático, visão 360º com detector de objetos em movimento (MOD), alerta de colisão frontal (FCW), assistente inteligente de frenagem (FEB), alerta de objetos no banco traseiro, entre outros.

VersãoPreço
Versa 1.6 Sense CVTR$ 110.590
Versa 1.6 Advance CVTR$ 117.990
Versa 1.6 SR CVTR$ 123.990
Versa 1.6 Exclusive CVTR$ 132.190

Novos Minis no Brasil – A nova família de veículos da carismática marca chegará ao Brasil em breve e os primeiros modelos da marca a desembarcar por aqui serão o Countryman SE ALL4, em sua inédita versão 100% elétrica, e o Cooper S com motorização a combustão. “A nova família Mini é feita sob medida para todo mundo. O novo Countryman totalmente elétrico, o maior modelo da nova família, cresceu em relação ao modelo anterior, e já está preparado para a era de mobilidade elétrica localmente livre de emissões”, Mike Peyton, vice-presidente para a região Américas. “Manteremos em nosso portfólio versões com powertrain 100% elétricos e outros com powertrain a combustão, conferindo ao cliente a escolha do desejar”, completa o executivo. E não para por aí. A nova família terá mais novidades e outros modelos revelados ao longo do ano de 2024. Os preços não foram divulgados. 

Enfim, chega o Volvo EX30 – A marca sueca finalmente trouxe um dos seus mais importantes lançamentos globais, o elétrico EX30. Para se ter uma ideia, a temporada de pré-venda começou em setembro do ano passado. O modelo tem quatro versões, que variam de R$ 229.950 a R$ 293.950. A Volvo quer dobrar as vendas no país até o fim do ano. E olhem que o ano passado foi o melhor de sua história por aqui, registrando o emplacamento de 8,6 mil veículos, volume 65% superior ao registrado no ano anterior. O EX30, projetado para nascer elétrico, é bonito e traz muita tecnologia, principalmente de segurança – como é, aliás, padrão Volvo. São seis airbags, detector de fadiga, assistente de partida em rampas, piloto automático adaptativo (ACC), e alertas de ponto cego, de tráfego cruzado e de mudança de faixa. O entre-eixo é 2,6 metros de distância. Por dentro, chama atenção os poucos botões ou teclas: quase tudo fica centralizado na central multimídia em tela de 12,3 polegadas. A depender da versão, traz bateria de 51 kW (de entrada) ou 69 kW (demais variantes). Isso significa alcance de 250 km ou 338 km, respectivamente, pelo ciclo do Inmetro. O conjunto elétrico do EX30 desenvolve 272 cv e mais de 34kgfm de torque.

Versões e preços

  • EX30 Core Single Engine (51 kWh): R$ 229.950
  • EX30 Core Single Engine Extended Range (69 kWh): R$ 249.950
  • EX30 Plus Single Engine Extended Range (69 kWh): R$ 277.950
  • EX30 Ultra Single Engine Extended Range (69 kWh): R$ 293.950

Mais uma chinesa no país – O Brasil continua sendo interessante para os veículos chineses, basta ver o sucesso de marcas como o BYD e a GWM. E isso desperta a cobiça. Essa semana, foi a vez da chegada da Neta Auto, que anunciou duas coisas: o início de importação de três modelos ainda em 2024 e produção local brasileira já a partir de 2026. A Neta é o braço automotivo da empresa de tecnologia Hozon – e seu primeiro carro, o SUV elétrico compacto Neta N01, tem apenas cerca de seis anos. De lá para cá, sobre duas plataformas, fabrica sete modelos e já tem também linhas de produção na Tailândia e Indonésia, com 9 mil funcionários. Ao todo, já foram produzidos 400 mil veículos desde sua fundação, com presença em 29 países, inclusive no México, onde terá uma fábrica. A Neta só não informou ainda qual o portfólio de produtos oferecerá aqui, embora as suspeitas recaiam sobre o SUV médio L e utilitários esportivos compacto X e Aya, além do V, mais barato, num primeiro momento. Mas sempre terá alternativas elétricas e híbridas.

Autonomia de 2,1 mil quilômetros? – A BYD apresentou na China a tecnologia DM-i de 5ª geração, usada para veículos híbridos plug-in, especialmente nos novos modelos Qin L DM-i e Seal 06 DM-i. Com ela, os dois veículos têm, segundo a BYD, o motor a combustão 1.5 de maior eficiência térmica, 46%, consumo de gasolina de até 34,5 km/l e a autonomia de nada menos do que 2,1 mil quilômetros, considerando a combinação com o motor elétrico. A nova geração do sistema de Dual Mode tem versão atualizada do motor 1.5 litro, com, dentre outras melhorias, taxa de compressão elevada e sistema de combustão inteligente. O EHS, sistema elétrico híbrido em inglês, também sofreu aprimoramentos e tem agora eficiência de 92%. A parte elétrica ainda envolve baterias do tipo Blade, que, a depender do produto e versão, oferecem capacidade de 10,08 kWh e 15,87 kWh, e tiveram a densidade energética melhorada em 15,9%. A BYD informa que, com a nova geração, o tempo de recarga DC de 30% a 80% é de apenas 21 minutos, enquanto o carregamento AC de 6,6 kW teve seu tempo reduzido em 60%.

Navio próprio – E por falar em BYD, a empresa trouxe um navio próprio da China, o Explorer, cheio de veículos eletrificados para comercialização em sua rede local de concessionárias. O navio atracou no Porto de Suape, em Pernambuco, no começo da semana, com 5.459 veículos – na maior movimentação de carros de uma única vez na história do complexo portuário pernambucano. A marca comemora o bom momento no mercado brasileiro, com mais de 25,5 mil emplacamentos de janeiro a maio, alta de 43% sobre idêntico período de 2023. Com a oferta de modelos híbridos e elétricos importados, é a 10ª marca mais vendida no país no ranking de veículos leves. Com 199,9 metros de comprimento, o Explorer tem capacidade para até 7 mil automóveis e levou 27 dias no trajeto China-Brasil. A embarcação conta com 23 tripulantes, sendo a maioria deles da Bulgária.

Cresce a busca por SUVs – Levantamento inédito da Webmotors, principal portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, revela que a busca por SUVs 0km e seminovos na plataforma cresceu 85% entre 2021 e 2023. Os dados do Webmotors Auto Insights indicam outras carrocerias que registraram alta nas pesquisas no marketplace no período: cupê (+72%); sedã (+64%); conversivel (+61%); e hatch (+56%). Já levando em consideração o ranking de buscas por carrocerias tanto de veículos novos como usados ao longo de 2023 na Webmotors, a liderança continua com o SUV, mas agora seguido por sedã (2°), hatch (3°), picape (4°) e cupê (5°). 

Preço da gasolina fecha maio a R$ 6,02 – A mais recente análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, mostra que no fechamento de maio o preço médio do litro da gasolina foi encontrado a R$ 6,02, com tendência de estabilidade ante à primeira quinzena do mês. O litro do etanol foi comercializado à média de R$ 4, também estável em relação à quinzena anterior. “Ao compararmos o consolidado de maio com o de abril, quando o litro da gasolina fechou a R$ 5,96, identificamos um aumento de 1% no preço médio. Já o etanol, que fechou o mês anterior a R$ 3,93, ficou 2% mais caro para o consumidor. Os motoristas desembolsaram, em média, R$ 331 para abastecer por completo com gasolina um tanque com capacidade para 55 litros, e R$ 220 para ter o mesmo tanque cheio com etanol”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. A região Centro-Oeste registrou a redução mais expressiva de todo o país para a gasolina, de 0,17%, em relação à primeira quinzena, fechando o mês a R$ 5,98. Nos destaques por estado, o Rio Grande do Norte registrou os aumentos mais expressivos de todo o país para os dois combustíveis, com a gasolina a R$ 6,16, com acréscimo de 1,65% ante a quinzena anterior, e o etanol a R$ 4,84, após ficar 1,26% mais caro. A média mais cara para a gasolina foi registrada no Acre, a R$ 6,83, e em Sergipe para o etanol (R$ 5,04). Já a redução mais significativa para a gasolina, de 1,10%, foi identificada nas bombas de abastecimento da Bahia, que fechou o mês com litro a R$ 6,29. 

BMW confirma R 12 no Brasil – A BMW Motorrad promete para o segundo semestre deste ano a chegada oficial da R 12 ao mercado brasileiro, segundo informou o site Motor1. A marca ainda não deu todos os detalhes da configuração que será trazida para cá, mas ela mantém o visual mais clássico. O motor tem 1.170 cm3 divididos entre os dois cilindros. A potência declarada é de 95 cv a 6.500 rpm, enquanto o torque máximo de 11,2 kgfm é atingido a 6.000 rpm. O câmbio é mecânico de seis velocidades e a transmissão final é feita por eixo cardã, como já é tradicional nos motores boxer da BMW. As rodas podem ser raiadas ou de liga leve. A R 12 tem 2.200 mm de comprimento, 1.110 mm de altura e 1.520 mm de entre-eixos. Seu peso é de 227 kg já contando o tanque de combustível de 14 litros. O assento é bem baixo, ficando a 754 mm do solo. Na dianteira, usa garfo invertido com bengalas de 45 mm de diâmetro e 90 mm de curso. A traseira conta com balança de braço único e amortecedor com 90mm de curso. As rodas têm 19″ na dianteira e 16″ na traseira. Os freios, sempre a disco e com ABS, possuem duplo disco na dianteira e único na roda de trás.

1 – Mantenha o nível adequado de gás – O gás do ar-condicionado é essencial para o processo de resfriamento do ar. Ao longo do tempo e devido a diversos fatores, como desgaste natural e potenciais vazamentos, é possível que o nível de gás refrigerante diminua, comprometendo o desempenho do ar-condicionado. Por isso, o ideal é realizar verificações regulares do nível de gás e, se necessário, recarregar o sistema. Mas quanto tempo dura o gás do ar-condicionado automotivo? Essa resposta não tem uma resposta certa, uma vez que em condições normais, o gás refrigerante pode durar por anos sem a necessidade de recarga, desde que não haja vazamentos no sistema. No entanto, o desgaste natural e o envelhecimento dos componentes podem levar a pequenas perdas ao longo do tempo. Orientamos que pelo menos uma vez ao ano, o nível do gás seja verificado. Esse procedimento deve ser conduzido por um profissional qualificado, que possui o conhecimento e os equipamentos necessários para realizar a recarga de forma segura e eficaz, garantindo assim o funcionamento ideal do sistema.

2 – Utilize a recirculação de ar de forma inteligente – A função de recirculação ajuda na regulação da temperatura interna do veículo, especialmente em condições climáticas extremas, como dias muito quentes. Ao recircular o ar já resfriado dentro do carro, essa função ajuda a manter uma temperatura mais confortável e estável no interior do veículo como um todo. No entanto, o uso excessivo dessa função pode resultar no acúmulo de umidade no interior do veículo, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de mofo e bactérias, além de contribuir para o embaçamento dos vidros, comprometendo a visibilidade e a segurança durante a condução. Portanto, recomenda-se alternar entre a recirculação de ar e a entrada de ar fresco externo, especialmente em ambientes úmidos ou após períodos prolongados de uso da recirculação, a fim de manter um equilíbrio saudável entre conforto e segurança dentro do veículo.

3 – Cuidado com os produtos utilizados na limpeza – O uso de produtos químicos inadequados na limpeza do sistema de ventilação pode resultar em danos às suas superfícies e componentes. Produtos agressivos, como limpadores multiuso ou solventes fortes, podem corroer ou deteriorar as peças internas do sistema, comprometendo sua eficiência e funcionalidade. Além disso, substâncias químicas abrasivas podem causar danos estéticos às superfícies, como descoloração ou manchas permanentes. Para evitar esses problemas, é indicado utilizar produtos específicos desenvolvidos para a limpeza de sistemas de ar-condicionado automotivo, que são formulados para serem suaves o suficiente para não danificar as peças, mas eficazes o bastante para remover sujeira e resíduos acumulados. Ao escolher um produto de limpeza, é recomendável seguir as recomendações do fabricante do veículo e utilizar apenas produtos aprovados e compatíveis com o sistema de ventilação do seu carro.

4 – Verifique o funcionamento do termostato – O termostato é o controle preciso da temperatura do ar que é liberado pelo sistema de ventilação. Este componente atua como um sensor, monitorando constantemente a temperatura interna do veículo e ajustando a saída de ar conforme necessário para alcançar e manter a temperatura desejada. No entanto, quando o termostato está com defeito, pode resultar em problemas significativos de aquecimento ou resfriamento inadequados. Por exemplo, um termostato que falha em detectar corretamente a temperatura ambiente pode causar o superaquecimento ou o resfriamento excessivo do interior do veículo, tornando a viagem desconfortável para os ocupantes.

5 – Atenção à manutenção preventiva – Além de adotar as práticas mencionadas anteriormente, é fundamental implementar manutenções preventivas regulares em todo o sistema de ar-condicionado automotivo. Essas medidas incluem inspeções periódicas minuciosas, limpezas abrangentes e ajustes necessários para assegurar o desempenho ideal do sistema a longo prazo. Esse cuidado deve ser tomado com o ar-condicionado e com todo o veículo. A realização dessas manutenções preventivas não apenas ajuda a identificar e corrigir potenciais problemas antes que se tornem mais sérios, mas também prolonga a vida útil do sistema de ar-condicionado, garantindo assim o conforto e a segurança dos ocupantes do veículo durante suas jornadas.

E mais:

Ar-condicionado ligado gasta mais combustível?

Sim, o ar-condicionado automotivo pode aumentar o consumo de combustível, especialmente em veículos de menor potência, porque o compressor do ar-condicionado exige energia do motor para funcionar, o que pode afetar o rendimento do veículo. No entanto, em velocidades mais altas, o impacto no consumo tende a ser menor.

Quais sinais podem indicar problemas no ar do carro?

Alguns incluem a diminuição da eficiência de resfriamento, odores desagradáveis, ruídos incomuns e vazamentos de líquido refrigerante. Se notar qualquer um desses sintomas, é importante procurar um profissional qualificado para fazer uma inspeção e reparo adequados.

Problemas no ar-condicionado podem resultar em status “não conforme” na vistoria?

A resposta é não em uma vistoria veicular, principalmente a vistoria Certicar, exclusiva da Super Visão, o funcionamento inadequado ou defeitos no sistema de ar-condicionado apenas poderá ser indicado no laudo de vistoria, uma vez que os itens acessórios presentes no veículo não alteram o status da vistoria.

Por mais que não impeça o carro de rodar nas ruas, a verificação do estado do carro pode ajudar a valorizar em um processo de compra e venda. Portanto, a manutenção do ar-condicionado automotivo não apenas garante seu conforto, mas também pode evitar problemas futuros na hora de negociar o veículo.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico

Da Agência Brasil

A catástrofe climática no Rio Grande do Sul ainda está longe de terminar para o povo gaúcho, que vive agora os efeitos prolongados da devastação causada pelas enchentes e inundações. No dia em que o decreto que reconheceu a calamidade pública completa um mês, ainda há 37,8 mil pessoas em abrigos e mais de 580 mil fora de casa. Quem conseguiu voltar para casa encontrou um cenário de absoluta destruição e perdas inestimáveis.

A catadora de material reciclável Claudia Rodrigues, 52 anos, que mora na região da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, voltou há menos de dois dias para casa. Antes, ela passou quase quatro semanas acampada à beira da rodovia Freeway, que corta a cidade pela zona norte, em uma cena que se tornou comum na região metropolitana. A rua ainda está alagada na altura dos calcanhares, mas dentro de casa a água baixou completamente, revelando um ambiente repleto de lama, ratos mortos, móveis revirados e eletrodomésticos perdidos.

“A dor que eu estou sentindo não tem como explicar, uma mágoa. Olhar para o teu próprio lar e ver um nada. A gente se vê na escuridão. Mas eu creio que vai dar certo e que isso é passageiro, só que até as coisas se ajeitarem é complicado”, desabafa.

Ela só conseguiu voltar para casa porque o terreno tem um desnível e a parte do quarto, que fica acima, não foi alcançada pela água, preservando apenas a cama e o guarda-roupas. Com tanta sujeira e camadas de lama e entulho acumulados, a limpeza deve levar vários dias. Outro problema é o comprometimento da estrutura do imóvel. Claudia notou que as paredes estão com rachaduras e a laje está se soltando. Sem o fogão, destruído pela inundação, ela está dependendo da doação de quentinhas para se alimentar. A energia no bairro só foi religada na manhã deste sábado (1º).

Em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, a autônoma Andressa Pires, 31 anos, mãe solo de três filhos, ainda não conseguiu voltar para casa. Ela vive com os filhos, os irmãos, uma cunhada e os pais em um terreno grande com três casas, no centro da cidade. Eldorado do Sul teve praticamente 100% da área urbana inundada.

“Tá tudo muito úmido em casa, o pátio ainda está sujo e com muita lama para conseguir levar meus pais e as crianças de volta ao lar”, conta. A reportagem da Agência Brasil esteve com Andressa no dia 22 de maio, quando ela estava já no quarto dia de limpeza da casa. Outro problema, segundo ela, é que nem todo o comércio da cidade voltou ao normal, então não há padarias, farmácias nem mercados próximos. Andressa e os familiares fazem parte da estatística das pessoas desalojadas. Eles estão na casa de parentes em Charqueadas, município vizinho.

Vale do Taquari

No Vale do Taquari, que sobreviveu a três enchentes, sendo a do mês passado a pior de todas, o momento ainda é de recuperação do básico. Um dos epicentros da tragédia foi o pequeno município de Muçum, com seus 4,8 mil habitantes. Cerca de 80% da área urbana foi inundada. A prefeitura calcula que vai precisar realocar cerca de 40% dessa área para outros locais seguros contra enchentes e deslizamentos, que também causaram danos e bloqueios de estradas.

“O município de Muçum está no momento ainda de limpeza urbana, de desobstrução de vias e de condições de trafegabilidade, principalmente para o pessoal do interior [zona rural]. A gente destaca que algumas propriedades do interior do município ainda não têm energia elétrica e que o trabalho é intenso para poder devolver essa condição para esses moradores, que é o mínimo que eles podem ter para conseguir restabelecer sua produção. [Aqui] tem muitos produtores de leite que estão, infelizmente, tendo que jogar fora sua produção por falta de condições e também de acesso. E isso tem sido o foco principal do nosso trabalho”, explica o prefeito do município, Mateus Trojan (MDB), em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Trojan, a continuidade das chuvas, mesmo após a baixa do Rio Taquari, que chegou a subir mais de 25 metros, acabou prejudicando os esforços de recuperação da infraestrutura.

O Vale do Taquari compreende dezenas de municípios na região central do Rio Grande do Sul, com forte presença da agricultura familiar e uma agroindústria pujante. Um dos desafios é conseguir reter empresas e empregos na região, que começa a sentir os efeitos da devastação. “O processo, agora, é gradativo pela recuperação das empresas, do comércio, do setor primário como um todo. As lavouras foram muito prejudicadas sem os acessos, gerando custos maiores de produção, mas são coisas que também ao longo das semanas a gente vai buscando amenizar os impactos, buscando alternativas de linhas de crédito e de incentivos para que a gente possa reverter essa situação e recuperar todo o nosso setor produtivo”, acrescentou Trojan.

Região Sul

Enquanto a água das inundações no Vale do Taquari e na região metropolitana de Porto Alegre baixaram, na Região Sul do estado os alagamentos ainda persistem. Em Pelotas, por exemplo, cerca de 4 mil moradores da Colônia Z3, uma comunidade de pescadores artesanais às margens da Lagoa dos Patos, estão com as casas inundadas.

“A água estabilizou, não encheu mais, o que é um bom sinal. E começa a baixar. As coisas vão se normalizar, mas vai levar um tempo. Tem muita gente em abrigo, na casa de parentes, cerca de 70% dos moradores desalojados”, estima o presidente do Sindicato dos Pescadores da Colônia Z3, Nilmar Conceição. A preocupação segue sendo uma crise econômica prolongada para o setor pesqueiro de toda a região sul do estado, que abrange municípios como Pelotas, Rio Grande, São José do Norte e São Lourenço, já que a perspectiva dos pescadores artesanais é que a lagoa não renda mais pesca este ano, mesmo após o período do seguro-defeso.

A Lagoa dos Patos recebe as águas que vêm do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e de outros afluentes. No último dia 29 de maio, o nível da água estava 2,20 metros, mais baixo do que medições anteriores. Já o canal São Gonçalo, um canal natural de 76 quilômetros (km) que liga a Lagoa dos Patos à Lagoa Mirim, passando pela área urbana de Pelotas, estava com inundação de 2,86 metros, bem abaixo dos 3,13 metros que havia chegado na semana passada, o maior volume da história. O canal é fonte de preocupação porque há um dique de 3 metros protegendo cerca de cinco bairros com mais de 40 mil pessoas.

Serra Gaúcha

Outra região do estado atingida pelas enchentes também tenta se recuperar após um mês da tragédia. Gramado, na Serra Gaúcha, que registrou deslizamentos de terra, bloqueio de estradas e mais de 1 mil desabrigados, retomou a atividade turística. A cidade é o principal destino turístico do Rio Grande do Sul.

“Todos os atrativos reabertos. Muitos hotéis com boa ocupação. Ainda não é o normal, estamos um pouco longe disso, mas é um respiro em meio a isso tudo”, disse à Agência Brasil o secretário de Turismo do município, Ricardo Bertolucci Reginato.

Ações de reconstrução

No dia 17 de maio, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou a criação do Plano Rio Grande, iniciativa estadual destinada a reparar os danos causados pelas enchentes.

O plano prevê ações em três frentes. A primeira, com ações focadas no curto prazo, prioriza a assistência social; a segunda envolve ações de médio prazo, como empreendimentos habitacionais e obras de infraestrutura; e a terceira prevê ações de longo prazo, como um plano de desenvolvimento econômico mais amplo.

Já o governo federal, entre liberação de recursos, antecipação de benefícios e outras ações destinou até o momento R$ 62,5 bilhões. Entre outras medidas para prestar assistência às famílias, foi criado o Auxílio Reconstrução, que pagará R$ 5,1 mil a cada família em parcela única. Também foi anunciado o adiantamento do Bolsa Família para os beneficiários, a liberação do FGTS para 228,5 mil trabalhadores em 368 municípios, além da restituição antecipada do imposto de renda para 900 mil pessoas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes desmembrou o caso que levou à prisão preventiva de dois suspeitos de ameaçarem sua família e também pregar contra o Judiciário e o Estado de Direito. No que diz respeito às mensagens endereçadas a seus familiares, Moraes declarou-se impedido de seguir na relatoria do caso.

Na decisão obtida pelo blog da Daniela Lima no G1, Moraes também manteve as prisões preventivas de Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior pelos fortes indícios, segundo a PGR, de crime contra a democracia.

O ministro manteve sigilo dos autos sobre as ameaças a sua família até que um novo relator para o caso seja escolhido.

Na decisão, Moraes afirma que “a presente investigação abrange duas espécies de infrações penais, conforme bem destacado pela Procuradoria Geral da República”.

Segundo ele, ao pedir a prisão dos investigados, a PGR demonstra que “o conteúdo das mensagens, com referências a ‘comunismo’ e ‘antipatriotismo’, evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do Ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023”.

Em outra frente estão “fortes indícios de materialidade e autoria dos crimes previstos nos arts. 147 (ameaça) e 147-A (perseguição) do Código Penal.”

O ministro remeteu para apuração da PF os indícios de crimes contra o Estado de Direito, que entendeu terem conexão com apurações que já tramitam no Supremo e que estão vinculadas à tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023.

Da Agência Brasil

O número de mortos em decorrência das fortes chuvas, enchentes e enxurradas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril aumentou para 171, de acordo com balanço divulgado neste sábado (1º) pela Defesa Civil gaúcha.

De acordo com os dados, o número de desaparecidos caiu para 43, enquanto o de feridos permanece em 806. Outras 618 mil pessoas seguem desalojadas, com 37.812 em abrigos temporários, mais de um mês desde o início do mau tempo. Ao todo, mais de 2,3 milhões de moradores foram afetados, em 475 municípios.

As fortes chuvas que atingiram o estado começaram em 27 de abril, tendo avançado na direção norte por mais de uma semana. O mau tempo deixou um rastro de enxurradas e inundações, com mortes e destruição ao longo de rios como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. Um imenso volume de água depois desembocou no Rio Guaíba, que banha a capital Porto Alegre.

O transbordamento do Guaíba inundou diversos bairros da capital gaúcha, provocando mortes e destruindo os bens de milhares de famílias. A água em seguida continuou em direção à Lagoa dos Patos, provocando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.

A infraestrutura em todo o estado também ficou fortemente comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, o que deixou milhares de famílias ilhadas. Até o momento, foram mais de 77 mil resgates. A rodoviária e o aeroporto da capital gaúcha foram alagados e pararam de operar.

Neste sábado (1º), o nível do Guaíba ficou abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês e pessoas em bairros como Humaitá e Vila dos Farrapos retornam para casa pela primeira vez, encontrando muito lixo e lama.

Do Poder360

A avaliação positiva do STF (Supremo Tribunal Federal) caiu 17 pontos percentuais desde o início do 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dados são de pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de maio de 2024.

Em dezembro de 2022, logo depois das eleições, a Suprema Corte desempenhava um trabalho “ótimo” ou “bom” para 31% dos eleitores –a maior taxa desde que o PoderData começou a fazer a pergunta, em junho de 2021. Agora, os percentuais estão em 14% –os mais baixos desde o início da série histórica.

Já a taxa dos que acham que o STF faz um trabalho “ruim” ou “péssimo” saltou 11 pontos percentuais, de 31% para 42%, em um ano. Retomou o patamar registrado ao final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando era 40%.

Há ainda 33% da população que avalia a Corte como “regular”. Outros 11% não souberam responder.

A avaliação do STF havia tido um respiro de setembro de 2022 a junho de 2023 –possivelmente um reflexo da menor influência do ex-presidente Jair Bolsonaro na percepção da população. Bolsonaro tinha uma relação conflituosa com a Corte e sua escalada retórica contribuía para que as taxas de “ruim”/”péssimo” avançassem (atingiram o ápice em setembro de 2022: 46%). Na reta final das eleições de 2022 e no início do governo Lula, em especial depois dos atos extremistas do 8 de Janeiro, o discurso de que a Corte teria sido responsável por supostamente “salvar a democracia” parece ter arrefecido as críticas.

Agora, sem Bolsonaro e com apoio de Lula, o STF tem discutido temas sensíveis (aborto, responsabilização de jornais, 8 de Janeiro e porte de drogas) e entrado em conflito, inclusive, com o Congresso –que aprovou, no Senado, uma PEC para reduzir os poderes dos ministros. A sequência de duras decisões monocráticas e o ativismo do STF, pelo que indicam os dados acima, não tem agradado os eleitores e a Corte voltou a ser criticada.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 25 a 27 de maio de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 211 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. 

Em um evento lotado, a pré-candidata à prefeita de Itambé pelo PDT, Manuella Mattos, recebeu o apoio da senadora do PT, Teresa Leitão. Em um discurso carregado de emoção e simbolismo, a senadora destacou o apoio firmado. “Quem quiser pegar carona no meu partido, mostre que tem sangue vermelho, porque o vermelho autêntico está aqui, e nós não vamos arredar não. Eu tenho certeza que se Lula fosse escolher um palanque, era esse palanque que ele ia escolher” destacou a líder petista. 

Manuella relembrou a luta do seu pai, Manoel Mattos, reforçando que, assim como ele, seguirá “sem medo de sonhar, sem baixar a cabeça para quem quer que seja” e que agora a sua pré-campanha “está oficialmente nas ruas e nas redes para levar uma mensagem de esperança a cada cidadão de Itambé”.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de vincular os recursos de emendas parlamentares para consórcio de saúde aos limites fixados para repasses aos municípios-sede, foi derrubada pelo Congresso. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) comemorou a derrubada desse veto à Lei 14.791/2024 de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Foi uma grande vitória para o municipalismo e a saúde da população”, disse o presidente da instituição, Paulo Ziulkoski.

Com isso, os recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de emendas parlamentares, não ficarão sujeitos ao limite de repasse fixado para municípios-sede de consórcios públicos em 2024. Parte do veto 1/2024, derrubado pelo Congresso, prejudicava a população de todos os municípios consorciados. Do total de 310 vetos à lei orçamentária, o Congresso Nacional derrubou 28, em sessão da última terça-feira.

“Agora, emendas destinadas a essa modalidade de consórcios não consumirão o limite financeiro de incremento temporário do município-sede e os demais integrantes não serão prejudicados caso também seja favorecido com recursos decorrentes de emendas parlamentares”, explicou  Ziulkoski. Segundo o Observatório Municipalista de Consórcios Públicos da CNM, são mais de 300 consórcios públicos de saúde e mais 4,2 mil municípios vinculados a eles, em todos os Estados.

Compete ao Congresso deliberar sobre orçamento. Contudo, o presidente da República promoveu o mesmo veto à lei orçamentária de 2023, e o Congresso Nacional decidiu, por maioria de votos, não o derrubar. Além de apontar o impacto negativo da medida em 75% dos municípios, a CNM também alertou: “Desde 2020, esse tipo de recurso destinado aos consórcios não ficava limitado ao teto para repasses ao Município-sede”.

A entidade municipalista atuou junto aos parlamentares, refutou o veto e alertou sobre o teto para recursos de emendas parlamentares. De acordo com a equipe técnica da entidade, uma vez que os consórcios de saúde estão democraticamente disseminados em todo o território nacional, desvincular as emendas parlamentares do SUS dos limites fixados para repasses viabiliza mais recursos e benefícios a população dependente da prestação de serviços públicos.

Surge mais um fato fortalecendo as evidências de que o Circuito Literário de Pernambuco é uma grande armação para beneficiar um grupo de amigos do Palácio das Princesas. O cartão que administra as transações do bônus livro abocanha nada menos que 10% do valor transacionado, onerando ainda mais o preço  dos livros, que já estão sendo vendidos a preços maiores do que os de mercado.  

A cada nova descoberta, aumenta a indignação dos professores, obrigados a usar o bônus nesse evento, e das editoras pernambucanas independentes. Elas estão constatando que existe uma espécie de mandacaru que dá sombra, e é muita! 

Mas só para alguns.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) fez uma nomeação, hoje, no mínimo inusitada, para não dizer suspeita: Ubiracira Lima da Cruz. Segundo publicação da portaria no Diário Oficial do Estado, ela vai exercer o cargo comissionado de coordenadora na Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas. 

Até aí, nada de anormal – a não ser pelo fato de que a nomeação é com efeito retroativo a 10 de janeiro deste ano. Ou seja, a nomeação acontece cinco meses depois. Nunca na história do Estado. A pergunta que fica: a mulher exerce o cargo desde janeiro sem receber? Ou a governadora pagou do seu próprio bolso? Sabemos que a segunda opção é bem difícil de ter acontecido.

Confira abaixo o print da nomeação:

Solicitamos uma resposta do Governo de Pernambuco, para entender melhor o que aconteceu para essa nomeação ter sido realizada quase cinco meses depois. Até a publicação deste post, o Governo do Estado não havia respondido as perguntas.

O GLOBO

Com cinco ministérios no governo Lula, PP, Republicanos e União Brasil não só apoiarão candidatos a prefeito contra o PT nas capitais como também estarão na mesma aliança do PL, de Jair Bolsonaro, em municípios tidos como prioritários pelo partido do presidente. Em dez cidades, num rol que inclui São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, pelo menos um dos três partidos estarão com bolsonaristas contra petistas. Já o inverso só está previsto para acontecer nas disputas do Rio, Fortaleza e Recife. Nas outras cidades, ou há indefinição de cenário ou as legendas do Centrão estarão em alianças opostas às siglas do ex e do atual presidente.

Na maior parte desses casos, os partidos com cargos no governo federal e o PL apoiam políticos que já são prefeitos ou são pré-candidatos considerados competitivos. Uma das cidades mais emblemáticas do afastamento é São Paulo. Lá, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já tem a promessa de apoio do PL, PP e Republicanos e deve conseguir também o endosso do União Brasil. Do outro lado, o PT e Lula apoiam o deputado Guilherme Boulos (PSOL).

Em Salvador acontecerá algo parecido. O prefeito Bruno Reis (União Brasil) terá o apoio do PL, do PP e do Republicanos. Na capital baiana, o PT apoia Geraldo Júnior (MDB). O mesmo cenário se repete na tentativa de reeleição do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), que também deve reunir os quatro partidos e enfrentará o petista Lela Faria.

O prefeito de Maceió, JHC (PL), também deverá ter em sua coligação PP, União Brasil e Republicanos. Tião Bocalom (PL), que tenta se reeleger em Rio Branco, já tem o endosso de duas dessas legendas, restando a indefinição do Republicanos.

Uma exceção é Recife, cujo prefeito João Campos (PSB), que deve ter o endosso do PT, já tem o apoio do Republicanos e do União Brasil e ainda tenta conquistar o PP. Também há sincronia entre o cenário nacional e local em Fortaleza, cujo pré-candidato petista é o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, que já tem a promessa de apoio do PP e do Republicanos, mas vai enfrentar Capitão Wagner (União Brasil).

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que deverá ser apoiado pelo PT, tem o Republicanos em sua base na prefeitura e tenta ainda amarrar uma aliança com o União Brasil e o PP.

Olho em 2026

Os três partidos estão à frente de ministérios com peso na Esplanada. O União Brasil indicou os titulares do Desenvolvimento Regional (Waldez Góes), Comunicações (Juscelino Filho) e Turismo (Celso Sabino), enquanto o Republicanos comanda Portos e Aeroportos (Silvio Costa Filho). O PP, por sua vez, ficou com o Esporte (André Fufuca).

Após um péssimo resultado em 2020, quando saiu das urnas sem estar à frente de nenhuma capital, o PT tenta usar a força da máquina do Executivo para retomar espaço nos municípios — tarefa que enfrenta barreiras nos próprios aliados a nível federal. Além disso, vê adversários tentarem usar a via municipal para fortalecer laços na tentativa de derrotar a gestão petista em 2026.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do partido, é um dos maiores apoiadores de uma aliança nacional que envolva sua legenda, PL, Republicanos e União Brasil para o próximo ciclo presidencial. De acordo com ele, as alianças nas capitais servem como indicativo para uma aglutinação em uma candidatura presidencial de oposição a Lula.

Além disso, Nogueira tenta amarrar uma federação com PP, União Brasil e Republicanos, o que tem esbarrado em divergências regionais.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reconhece que o cenário de desalinhamento com as legendas não é o ideal, mas descarta vinculação com a eleição nacional de 2026 e diz que é esperado dos três partidos que sejam base de Lula no Congresso e apoiem a reeleição do presidente. Mesmo no Parlamento, no entanto, a aliança é frágil, como mostram as derrotas do governo sobre a saída temporária de presos e a disseminação de notícias falsas eleitorais.

“Acho que fica estranho, mas aliança para as eleições municipais nunca foi condição para a composição da base de apoio no Congresso. Nós também temos poucos apoios a candidatos destes partidos e todos eles têm como condição o apoio a Lula em 2026”, disse Gleisi.

Por outro lado, o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, justifica o descompasso entre a aliança nacional e os apoios municipais pelo fato de o PT não ter investido tanto em nomes próprios: “O PT não vai ter candidatura própria em quase nenhuma capital”, disse.

Até agora, o partido de Lula definiu pré-candidaturas próprias em apenas 12 capitais. Como mostrou o GLOBO, o PT deve lançar em 2024 o menor número de candidatos do partido dos últimos 32 anos.

Candidaturas próprias

Rueda também evitou falar que há enfrentamento com o PT e disse que o União Brasil tem como prioridade ter candidaturas próprias. São 18 lançadas pelo partido, mas, em algumas delas, como em São Paulo e no Rio, pode haver intervenção para apoiar os atuais prefeitos — Ricardo Nunes (MDB) e Eduardo Paes (PSD), respectivamente.

Outra justificativa dada por dirigentes partidários é que as alianças nas eleições municipais são feitas por pragmatismo e que o PT hoje não se apresenta competitivo em quase nenhuma capital.

Dentro do Republicanos, o entendimento é que o comando nacional da legenda não interfere nas definições municipais e que é dada liberdade para os diretórios decidirem. Integrantes do partido, presidido pelo deputado Marcos Pereira (SP), também negam que haja confronto com o PT e dizem que é cedo para definir se vão apoiar a reeleição do presidente ou oposição em 2026.

A avaliação é que, dentro da sigla, é precipitado fazer qualquer previsão, pois ainda há a possibilidade de o comando nacional do Republicanos mudar. Se Pereira, que é pré-candidato a comandar a Câmara, conseguir vencer a disputa no ano que vem, ele já acordou que o deputado Hugo Motta (PB), líder da legenda na Casa e atual primeiro vice-presidente da sigla, vai assumir o comando.