Ramos promete Incentivar o uso de energia solar nos prédios públicos do Paulista

O candidato à Prefeitura do Paulista, Ramos (PSDB), elencou no programa de governo uma série de compromissos para o meio ambiente e sustentabilidade. Entre as suas prioridades, se eleito, será a defesa do uso de energia solar e outras fontes renováveis em prédios da administração pública e residenciais.

Ramos também tem como objetivo a criação de programas de conservação das áreas verdes e de recuperação das margens do Rio Paratibe. O candidato incluiu ainda na lista de propostas a promoção da coleta seletiva com a reciclagem dos resíduos sólidos com campanhas educativas, além do fortalecimento do Conselho Municipal do Meio Ambiente e a atualização da legislação ambiental.

O Instagram do blog atingiu, nos últimos 30 dias, a impressionante marca de 7,5 milhões de contas alcançadas. Isso nunca havia acontecido, me pegando de surpresa e toda minha equipe. É mais uma demonstração da confiança do eleitor na credibilidade do blog, o mais lido do Nordeste e um dos mais acessados do País. 

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O deputado federal Lula da Fonte (PP) promoveu uma audiência pública na Comissão de Saúde para discutir a talassemia e os diversos tipos de cânceres hematológicos. O momento foi um marco importante para ampliar a visibilidade das condições e reforçar o compromisso com a melhoria dos cuidados e recursos para os pacientes portadores das doenças. 

O debate ressaltou a necessidade de um esforço conjunto dos poderes Legislativo e Executivo para enfrentar esses desafios e oferecer melhores perspectivas aos pacientes, como destacou o deputado federal Lula da Fonte. “Destinei 100% das minhas emendas impositivas e individuais para a saúde. Nosso esforço está focado em mobilizar o maior número possível de parlamentares para que se unam a essa importante causa. Esta não deve ser uma luta exclusiva nossa; ela deve ser encampada por todo o parlamento”, disse. 

Durante a audiência, médicos, pesquisadores e pacientes compartilharam suas experiências e destacaram a necessidade de mais investimentos e conscientização a nível nacional. A talassemia, uma doença genética que afeta a produção de hemoglobina, e os cânceres hematológicos, como leucemia e linfoma, impõem aos pacientes uma série de desafios, desde o acesso a tratamentos especializados e melhores condições para o diagnóstico precoce. 

O evento contou com a presença de importantes convidados, incluindo a Conselheira Nacional de Saúde Talita Garrido e o Dr. Eduardo Fróes, representante da Associação Brasileira de Talassemia – Abrasta.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (12) que o Brasil vive um momento que é “o melhor dos mundos” porque está com uma taxa de desemprego historicamente baixa e com uma inflação também baixa, mas reconhece que ainda há pessimismo em parte do mercado financeiro. Para Haddad, parte desse pessimismo é especulação.

“Nós crescemos em três meses o que o mercado projetou para o ano inteiro. Entendo que tem os especuladores que ganham com isso, nós não podemos desconsiderar a especulação. Tem gente que ganha com esse tipo de conversa, mas tem gente que erra também. Tem gente que erra a previsão, e de boa fé”, comentou Haddad durante entrevista ao Bom Dia Ministro, programa do Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O ministro Fernando Haddad disse que há uma contradição no mercado financeiro que vem celebrando os resultados da Argentina, que registrou uma queda no PIB de -5,1% no 1º trimestre do ano, enquanto ainda critica os números brasileiros.

“Quando eu falo com empresários argentinos, que o País está derretendo, eles estão otimistas. A recessão na Argentina é brutal, a pobreza passou de 50%. E quando você fala com alguém do mercado financeiro aqui, no Brasil, você vê exatamente o contrário. Ele fala que tudo está indo errado. Agora, as previsões catastrofistas não estão acontecendo”, completou Haddad.

No 2º trimestre de 2024, o PIB do país cresceu 1,4% em relação ao trimestre anterior, superando as expectativas do mercado financeiro. Já o desemprego fechou junho em 7.1%, menor taxa para o trimestre desde 2014. 

Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou deflação em agosto, com redução de 0,02%, puxado pela queda no preço dos alimentos (-0,44%). No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA está em 4,24%. 

Juros

Apesar desses números, o mercado financeiro prevê que o Banco Central deve aumentar os juros em 0,25 ponto percentual na próxima semana, quando ocorre a reunião do Conselho de Política Monetária (Copom). Na última ata, o Copom citou a previsão de aumento nos gastos públicos como um dos motivos para um possível aumento dos juros. 

Atualmente, a taxa básica de juros brasileira está em 10,5% ao ano. Essa é a terceira maior taxa de juros reais do mundo, atrás apenas da Turquia e Rússia, que está em guerra, segundo levantamento da MoneYou de julho. 

Sobre os gastos públicos, Haddad comentou as dificuldades que recebeu do governo anterior que transferiu para a atual gestão os gastos com os precatórios. “Se não fosse a obrigação de pagar o calote dos precatórios, nós teríamos chegado num déficit próximo do projetado pelo governo pra pagar justamente as despesas contratadas e não previstas no orçamento recebido do governo anterior”, afirmou.

No geral, Haddad se mostrou otimista com os resultados brasileiros, mas ponderou que ainda há desafios para o ciclo de desenvolvimento sustentável. “O Brasil pode viver um ciclo de crescimento sustentável. Essa é a minha opinião. Está contratado? Não. Nós estamos indo, nós estamos avançando. Estamos avançando até surpreendentemente para muitos, mas há muito o que fazer”, completou.

Da Agência Brasil

A 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), julgou uma auditoria especial realizada em contratos de locação da Nunes & Nunes Transportes e da NOVALOC TRANSPORTE E LOCAÇÕES LTDA – ME, no Brejo da Madre de Deus, durante a gestão de José Edson de Sousa e Hilário Paulo da Silva, que segundo relatório de auditoria existiu indícios de irregularidades, que chegaram a gerar prejuízo ao município de mais e R$ 11 milhões de reais.

Com isso, a ex-secretária de Ação Social, Maria da Paz, conhecida por Nininha, que é candidata a vice de Josevaldo Cowboy, teria assinado contratos irregulares com a empresa Nunes e Nunes Transportes, gerando assim sua condenação pelo TCE ao pagamento de multa de R$20.904,08 e julgamento de seus atos como irregular.

Ainda foi determinado pela 1º Câmara do TCE-PE o envio dos autos para o Ministério Público para apuração dos possíveis crimes de Contratação Ilegal, (art. 337-E), frustração do caráter competitivo de licitação (art. 337-F) e modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo (art. 337-H) do Código Penal Brasileiro.

De acordo com os autos, a DRACCO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) já foi notificada das irregularidades.

O candidato a prefeito de Vicência, Éder Waltter (PSDB), foi condenado pela Justiça Eleitoral, na manhã desta quinta (12). Ele sofreu derrota na Justiça por não cumprir a Lei n⁰ 9504/97, que determina a obrigatoriedade da menção do nome do vice em proporção mínima de 30% nos materiais de campanha. Devido à irregularidade cometida, todo o material do candidato precisa ser recolhido e removido das redes sociais, sob pena de multa diária no valor de mil reais.

O julgamento foi realizado após ação de autoria da Frente Popular de Vicência, que constatou as irregularidades no material de campanha do candidato. Haverá, ainda, busca e apreensão no comitê de Éder para a retirada de toda a propaganda, que está incoerente com a determinação da Legislação Eleitoral. “Em todo o material gráfico, o nome do candidato a vice-prefeito é suprimido, escondido[…] Logo, salta aos olhos as irregularidades de todo o material de campanha dos representados, de modo que deve ser, imediatamente, retirado de circulação“, observou o magistrado.

Nova pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12) mostra uma mudança no cenário da corrida eleitoral em São Paulo. O candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), tem 27% das intenções de voto e agora está tecnicamente empatado apenas com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem 25%. O ex-coach Pablo Marçal (PRTB) agora aparece destacado do psolista, com 19% das menções, ainda em situação de empate técnico com o psolita, no limite da margem de erro, estimada em três pontos percentuais para mais ou menos.

Em relação ao levantamento divulgado na semana passada, Nunes teve variação positiva de cinco pontos, enquanto Boulos oscilou dois pontos para cima, e Marçal, três para baixo — o que sugere uma contenção da ‘onda marçalista’, estagnada pela sua segunda rodada seguida. O atual prefeito, por sua vez, registra crescimento de oito pontos desde o início do horário eleitoral no rádio e na TV, onde Nunes concentra sozinho 65% do tempo disponível aos candidatos.

Os resultados da nova pesquisa guardam distinções para o cenário indicado ontem pela Quaest, que mostrava vantagem numérica para Nunes (24%) frente a Marçal (23%) e Boulos (21%), com os três empatados. As pesquisas foram feitas com um dia de diferença e adotam metodologias distintas, o que não permite uma comparação direta entre elas.

No Datafolha, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) é a quarta colocada na disputa, passando de 9% para 8% em uma semana. Ela está tecnicamente empatada com o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que variou de 7% para 6%. A candidata Marina Helena (Novo) soma 3% das menções.

São 7% dos eleitores os que declaram a intenção de votar em branco ou nulo (eram 8% da pesquisa anterior), e outros 4% se declaram indecisos — mesmo percentual registrado há uma semana.

Os candidatos Bebeto Haddad (DC) e Ricardo Senese (UP) marcaram 1% cada um, enquanto João Pimenta (PCO) e Altino Prazeres (PSTU) não pontuaram.

A nova pesquisa, contratada pelo jornal “Folha de S.Paulo”, foi realizada de terça a quinta-feira e capta os impactos dos dez primeiros dias de propaganda eleitoral no rádio e na TV, e também análises já mais assentadas dos eleitores em relação aos eventos do 7 de Setembro, quando Nunes e Marçal desempenharam papéis distintos em manifestação da direita na Avenida Paulista. O candidato à reeleição subiu no carro de som ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), enquanto o ex-coach fez aparição para fotos e vídeos em meio aos manifestantes de verde-amarelo.

Do O GLOBO

O advogado Antônio Xavier Borba Neto, que representa a coligação de Diego Cabral em Camaragibe, fez uma grave denúncia que aponta a campanha de Jorge Alexandre como protagonista de mais um episódio escandaloso.

De acordo com a denúncia, Jorge Alexandre teria mandado imprimir e distribuir milhares de panfletos com informações falsas contra seu principal adversário, Diego Cabral. Segundo o advogado, o material teria sido distribuído por pessoas contratadas com recursos oriundos de caixa 2. Antonio Neto afirma que o esquema envolveu a contratação de diversas pessoas que receberam R$ 500,00 para distribuir o conteúdo difamatório.

O advogado Antônio Xavier aponta ainda que a Polícia Militar já deteve três mulheres que participaram da distribuição dos panfletos, e as mesmas teriam confessado que foram pagas por Jorge Alexandre para cometer o ato. 

Além desse flagrante, um dos coordenadores da campanha adversária, Roberto Ferraz, registrou em vídeo um outro episódio que compromete a campanha de Jorge Alexandre. A gravação mostra o atual vice-prefeito de Camaragibe, Délio Júnior, que está rompido com a atual prefeita do município, Doutora Nadegi, distribuindo o mesmo panfleto apócrifo, ação que configura clara violação das normas eleitorais.

Confira:

“Agora, com as investigações em curso e mais um processo judicial a caminho, Jorge Alexandre vê sua já desgastada candidatura afundar ainda mais. A população de Camaragibe, que já havia demonstrado sua insatisfação com o ex-prefeito, deve acompanhar de perto os desdobramentos dessa denúncia, que escancara os abusos e crimes cometidos em nome de uma disputa eleitoral”, diz o advogado.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio PE) realiza, nos dias 23 e 24 de setembro, a segunda edição dos Debates com os candidatos à prefeitura de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda. O evento, cujo acesso é restrito a convidados, reunirá 11 candidatos, conforme a resolução nº 23.610 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e tem como objetivo discutir os planos de governo para o setor de comércio, serviços, turismo, planejamento urbano e outras áreas estratégicas dos municípios. O debate será realizado em formato de sabatina, na Casa do Comércio, localizada na Avenida Visconde de Suassuna, 265, Santo Amaro, com transmissão ao vivo pelo Youtube.

“Decidimos fazer essa segunda edição dos debates com os prefeituráveis do Recife, Olinda e Jaboatão devido ao sucesso do primeiro evento que realizamos, em 2020. Nosso objetivo é que os empresários do comércio conheçam as ações do plano de governo dos candidatos para o fortalecimento e crescimento de um dos segmentos que mais geram emprego e renda. Nosso ciclo de debates irá ajudar a classe empresarial na tomada de decisão consciente e transparente”, afirmou Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE.

O DEBATE — A escolha dos postulantes para participar dos debates seguiu a resolução nº 23.610 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o TSE, as candidatas e candidatos de partidos, de federações ou de coligações com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares devem ser convidados a participar de debates em Rádio e Televisão.

RECIFE — Na segunda-feira (23), os debates começam com os candidatos à Prefeitura do Recife. A primeira participante será Dani Portela (PSOL), às 10h, seguida por Gilson Machado (PL), às 11h, e Daniel Coelho (PSD), às 12h. Encerrando o bloco de Recife, João Campos (PSB) será sabatinado às 14h.

JABOATÃO — Ainda na segunda-feira, três candidatos à prefeitura de Jaboatão dos Guararapes participarão do evento: Mano Medeiros (PL), às 16h; Daniel Alves, às 18h; e Clarissa Tércio, às 19h.

OLINDA — Na terça-feira (24), será a vez dos candidatos à prefeitura de Olinda. Vinicius Castello (PT) abrirá a sabatina às 10h, seguido por Izabel Urquiza (PL), às 11h, e Márcio Botelho (PP), às 12h. O último debate será com Mirella Almeida (PSD), às 13h.

Todos os candidatos confirmaram presença. A mediação ficará a cargo do jornalista Aldo Vilela, da CBN Recife, enquanto a sabatina será conduzida pelo presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE,  Bernardo Peixoto, pela jornalista e cientista política Priscila Lapa e pelo economista Luiz Maia.

O presidente em exercício do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Fausto Campos, participará, nesta sexta-feira (13), da solenidade de inauguração da Casa de Justiça e Cidadania em São José do Egito. O evento será realizado na sede da Faculdade Vale do Pajeú, que tem como proprietário Cleonildo Lopes da Silva. 

Após a solenidade, que inicia às 14h, será realizado o 1º Simpósio de Ciências Criminais, que também terá o presidente do TJPE como um dos palestrantes, ao lado do professor e juiz aposentado, Adeíldo Nunes, o promotor de Justiça André Rabelo, o advogado criminalista Ademar Rigueira e a vice-presidente da Ordem dos Advogados de Pernambuco, a advogada Ingrid Zanella.

Confira o Card abaixo:

A Polícia Federal indiciou o deputado federal André Janones (Avante-MG) pelo crime de corrupção passiva, em peça enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (12). Janones havia sido acusado por dois ex-assessores de pedir parte do salário da equipe para proveito próprio, esquema conhecido como “rachadinha”.

A PF considerou que foram colhidos elementos suficientes para imputar a autoria do crime do artigo 317 do Código Penal. Ele diz ser crime “solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”.

De acordo com o relatório, um dos mecanismos utilizados por Janones para obter de volta parte dos salários de assessores foi o uso de um cartão de crédito adicional que tinha como titular um deles.

“Confirmou-se a existência de dois cartões de crédito Ourocard Visa Infinite (um em nome de Mário e outro em nome do Deputado Federal André Janones), sendo que os resultados de gastos e despesas de ambos eram direcionados para uma única fatura”, diz parte do texto, se referindo ao assessor Mário Celestino da Silva Júnior.

“Ao que tudo indica, o único objetivo de Mário ao emitir o cartão adicional era o de repassar parte da sua remuneração para o parlamentar. Afinal, o cartão principal, de sua titularidade, somente veio a ser utilizado aproximadamente quatro anos após sua obtenção, enquanto isso, o adicional, em nome do deputado Federal André Janones passou a ser usado imediatamente”, prossegue a polícia no relatório.

“Some-se a isso o fato de que os gastos feitos por meio do cartão adicional foram liquidados por meio da conta bancária de Mário, e os indícios de devolução salarial se tornam ainda mais contundentes.”

A PF diz que os pagamentos de fatura desse cartão ultrapassaram R$ 1 milhão em quatro anos, valor que também ultrapassaria a remuneração formal total do assessor.

A polícia afirmou que os dados fiscais também “não deixam dúvidas no que concerne ao exaurimento do crime de corrupção passiva”.

“Por meio deles, a equipe investigativa se deparou com uma variação patrimonial “a descoberto” do parlamentar, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente de R$ 64.414,12 e R$ 86.118,06 “, diz o documento.

Da Folha de São Paulo

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo de 60 dias para que a Controladoria-Geral da União (CGU) amplie o relatório sobre os municípios mais beneficiados pelas emendas parlamentares RP8 (emendas de comissão) e RP9 (emendas de relator), de forma a informar os que mais receberam recursos por região do país. A decisão foi tomada na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, que trata do orçamento secreto.

Na decisão, o ministro entendeu necessário ampliar a amostragem de municípios para obter um diagnóstico federativo mais equilibrado e permitir dimensionar melhor os impactos da falta de transparência e rastreabilidade na execução de emendas.

Na última sexta-feira (6), a CGU apresentou um relatório com os 10 municípios mais beneficiados, mas a metodologia utilizada – emendas parlamentares por número de habitantes, de 2020 a 2023 – resultou numa amostragem de municípios concentrados na região Norte (seis municípios, cinco deles no Amapá). A região Nordeste teve dois municípios, a Centro-Oeste e a Sul tiveram um cada, e a Sudeste nenhum.

Tendo como parâmetro o número já trazido em relação à região Norte, o novo relatório deverá informar os seis municípios mais beneficiados nas demais regiões. Segundo o ministro, com as amostragens regionais será possível ter uma compreensão melhor sobre os efeitos do chamado “orçamento secreto” e sobre a manutenção ou não dessas práticas orçamentárias após o julgamento do STF que as declarou inconstitucionais.

A inflação desacelerou para todas as classes de renda em agosto na comparação com julho deste ano. Para as famílias de renda muito baixa, ela recuou de 0,09% para -0,19% no mês passado. Para as famílias de renda alta, que registraram aumento de 0,80% em julho, o resultado de agosto ficou em 0,13%. Os dados são do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Todas as classes de renda apresentaram desaceleração da inflação acumulada em 12 meses. As famílias de renda muito baixa tiveram a menor inflação acumulada no período (3,72%), enquanto a faixa de renda alta anotou o percentual mais elevado (4,97%).

Os grupos alimentos e bebidas e habitação foram os principais pontos que influenciaram a queda inflacionária para praticamente todos os segmentos de renda. As deflações registradas em setores importantes – cereais (-1,3%), tubérculos (-16,3%), hortaliças (-4,5%), aves e ovos (-0,59%), leites e derivados (-0,05%) e panificados (-0,11%) – provocaram um forte alívio inflacionário, especialmente para as famílias de menor poder aquisitivo, visto que a parcela proporcionalmente maior do seu orçamento é gasta com a compra desses bens.

Energia elétrica

Em relação à habitação, a queda de 2,8% nos preços de energia elétrica – refletindo o retorno da bandeira tarifária verde e das reduções tarifárias em algumas capitais – contribuiu para diminuir a inflação em agosto.

No caso das famílias de renda alta, mesmo com a deflação dos alimentos, da energia e a queda de 4,9% nos preços de passagens aéreas, o reajuste de 0,76% das mensalidades escolares fez com que o grupo educação exercesse forte contribuição para a inflação dessa classe.

O aumento dos planos de saúde (0,61%), dos serviços médicos e dentários (0,72%) e das despesas pessoais (0,25%) também ajuda a explicar esse quadro de pressão inflacionária nos segmentos de renda mais elevada, em agosto.

“A desaceleração da inflação corrente em relação ao registrado em agosto do ano passado é explicada, em grande parte, pela melhora no desempenho dos grupos habitação e saúde e cuidados pessoais. No primeiro caso, a alta no preço da energia elétrica em 2023 (4,6%) ficou bem acima da queda apontada em 2024 (2,8%). Já para o grupo saúde e cuidados pessoais, o alívio inflacionário em agosto deste ano veio da deflação de 0,18% dos artigos de higiene, que contrasta com os reajustes de 0,81%, em agosto de 2023”, diz o Ipea.

Da Agência Brasil

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais três dias úteis para que governo e Congresso finalizem acordo em torno projeto de lei (PL 1847/2024), que trata da desoneração da folha de pagamentos, aprovado ontem (11/9) no Congresso Nacional.

A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (12/9) e acolhe o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7633. além de manter a suspensão da eficácia da liminar deferida no último mês de maio.

No pedido da AGU, a União informa que a tramitação do projeto de lei foi concluída no Congresso Nacional, com a aprovação no Senado Federal em agosto de 2024, e na Câmara dos Deputados no dia de ontem, 11/9, data limite autorizada pela liminar do STF.

Dados de uma nova pesquisa Ipec divulgados nesta quinta-feira mostram que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerado ótimo ou bom por 35% dos brasileiros. A avaliação positiva, no entanto, está no mesmo patamar de sua reprovação, já que outros 34% definem a gestão como ruim ou péssima. Outros 28% apontam o governo como regular.

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 9 de setembro e entrevistou 2 mil pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento mostra ainda um recuo na aprovação do presidente de julho deste ano até agora, já que 37% dos entrevistados consideravam sua gestão ótima ou boa antes. A negativa, por sua vez, avançou três pontos percentuais. Já o percentual de pessoas que avaliam de forma regular o governo Lula era de 31%, em julho.

Com o resultado da atual pesquisa, as avaliações positivas e negativas do governo Lula voltaram a se aproximar. A diferença entre os dois grupos havia passado de 1 ponto percentual para 6 pontos entre março e julho. Agora, essa distância volta ao patamar de apenas 1 ponto.

O levantamento perguntou ainda se os entrevistados aprovam ou desaprovam a forma como Lula está governando. O resultado apresenta variações dentro da margem de erro da pesquisa. São 49% da população os que aprovam e 45% os que desaprovam (eram 50% e 44% em julho, respectivamente). Os entrevistados que não souberam responder foram 6% nos dois levantamentos.

A confiança no presidente Lula também oscilou, passando de 46% na pesquisa passada para 45% agora. O percentual de quem respondeu não confiar passou de 51% para 52%. Nos dois levantamentos, 3% não souberam responder.

A confiança em Lula é maior entre quem considera ótima ou boa sua gestão (92%); declara ter votado em Lula na eleição de 2022 (82%); tem renda mensal familiar de até 1 salário mínimo (61%); é menos escolarizado (59%); morador da região Nordeste (57%) e entre quem é católico (51%).

Já entre quem respondeu não confiar no petista, são maioria os que consideram ruim ou péssima a sua administração (97%); quem afirma ter votado em Jair Bolsonaro (89%) ou ter votado em branco/nulo na eleição de 2022 (71%); quem tem renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (69%); evangélicos (64%); moradores da região Sul (63%); quem tem ensino superior (62%); aqueles com renda mensal familiar de mais de 2 a 5 salários mínimos (59%) e quem se autodeclara branco (58%).

Do Jornal O Globo

A coordenação da campanha do candidato a prefeito de Camaragibe, Diego Cabral (Republicanos), anunciou que recorrerá da decisão da Justiça Eleitoral que indeferiu seu registro de candidatura após solicitação de adversários políticos. O recurso será apresentado ainda nesta quinta-feira (12), segundo a assessoria jurídica do candidato.

Apesar da decisão judicial, a coordenação de campanha confirmou que todos os atos de campanha, como caminhadas, programas de rádio, postagens nas redes sociais e reuniões com candidatos a vereador e lideranças locais, seguirão conforme o planejado.

O advogado Delmiro Campos, que representa Diego Cabral, afirmou que a decisão judicial é passível de recurso e que a equipe jurídica já está preparando o instrumento para ser apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

“Diego Cabral foi surpreendido pela decisão, mas está confiante de que reverteremos essa medida e garantiremos seu direito de participar da eleição”, declarou Delmiro.

O advogado ressaltou que a equipe discorda da decisão, pois considera que a desincompatibilização de Cabral foi feita dentro do prazo legal.

“Embora respeitemos a decisão da magistrada, acreditamos que a legislação foi corretamente seguida”, afirmou.

A nota oficial da campanha destacou que a oposição está utilizando manobras jurídicas como reação ao crescimento de Diego Cabral nas pesquisas eleitorais. “Estamos fortalecidos e confiantes na vitória nas urnas no dia 6 de outubro”, conclui o comunicado.

Por Fabiana Moraes
Do Intercept Brasil

Há poucos dias, a repórter Nayara Felizardo, do Intercept Brasil, noticiou que o paredão conservador e negacionista no Conselho Federal de Medicina, o CFM, ganhou mais argamassa após as últimas eleições para 27 conselheiros de cada estado e do Distrito Federal.

Além da reeleição de mais de 60% dos antigos representantes, entrou mais gente disposta a defender, por exemplo, absurdos como o não respeito ao aborto legal no Brasil — para os casos de estupro, risco de vida para mãe ou de anencefalia fetal —, direito existente desde 1940.

Mas é também verdade que a transformação dessa importante entidade em uma espécie de clube privilegiado da extrema direita passou a enfrentar, por dentro, uma resistência cada vez mais organizada.

Em dois estados, ela conseguiu abrir uma fenda no paredão: Pernambuco e Paraíba. No primeiro, venceu a Chapa 3 (Movimento e Ética), que obteve 41,19% dos votos. No segundo, foram eleitos os conselheiros da Chapa 1 (A gente sabe quem faz), com 69,35% dos votos.

O pediatra Eduardo Jorge Fonseca (titular) e a obstetra e ginecologista e obstetra Leila Katz (suplente) serão os representantes de Pernambuco, enquanto o pediatra Bruno Leandro de Souza (titular) e o obstetra e ginecologista Antônio Henriques de França Neto (suplente) representarão a Paraíba.

Não menos importante: em Fortaleza, a Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia, a ABMMD, ganhou musculatura e hoje conta com mais de dois mil associados.

Conversei remotamente com Eduardo e Leila: me interessa entender não só como vão se posicionar profissionalmente e politicamente frente ao tal paredão que tem impacto direto na vida de todo país.

Mas também interessa saber o que pensam sobre representar a classe no mesmo estado no qual nasceu o coração cloroquinista do grupo Médicos Pela Vida, entidade que apoiou Jair Bolsonaro em sua cruzada antivacina.

O então presidente do coletivo, Antônio Jordão, participou de lives com o ex-presidente. Ele encabeçava a chapa 2 (Luta pela medicina), derrotada no recente pleito do CFM.

“Temos muitos desafios nessa nossa chegada ao Conselho Federal de Medicina, especialmente nas discordâncias de muitas das decisões tomadas pelo colegiado em idos recentes”, diz Leila.

Ela ilustra as diferenças trazendo a atitude do conselho durante a pandemia, mas não só: lembra que a entidade chegou a iniciar uma, muito criticada, pesquisa entre médicos para saber se eles e elas acreditavam na vacinação de crianças contra Covid-19 – e isso ocorreu este ano, vale dizer, não no passado período pandêmico.

“A atuação da Associação Médicos pela Vida durante a pandemia foi flagrantemente anticientífica, promovendo tratamentos sem eficácia, atacando vacinas. Do ponto de vista prático, o fato de estarem sediados no Recife não é um obstáculo”, diz Leila.

E completa: “Sabemos, felizmente, que a maioria dos médicos e médicas do estado querem o fim da partidarização da prática em saúde e estão do lado da ciência e da ética. Sentimos isso muito fortemente a partir de nossas visitas aos serviços de saúde, da capital ao interior, durante a campanha para o CFM”.

Mas é sem dúvida em relação ao aborto que os novos conselhos deverão sofrer mais pressão, afinal o CFM é a entidade que deu e dá tração para os pedidos de revisão da legislação que assegura o direito à interrupção legal da gravidez em casos de estupro, anencefalia ou risco de vida para a mãe.

Falei sobre isso em coluna recente para o Intercept. Mas não só: os casos de perseguição a médicas e médicos são reais.

Em São Paulo, profissionais atuando em serviços de referência de aborto legal foram afastadas por estarem cumprindo seus deveres dentro da lei. Uma delas coordenava o setor de procedimentos de interrupção gestacional no hospital, enquanto a outra realizava a assistolia fetal, procedimento necessário após 22 semanas de gravidez.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, o Cremesp, braço paulista do CFM, puniu as médicas que realizaram abortos em mulheres encaminhadas para hospital pela Defensoria Pública com decisão judicial favorável à realização do aborto. Ambas tinham fetos com má formação e sem expectativa de vida após o parto.

“A interrupção da gravidez em casos de estupro e em casos específicos de risco grave à gestante ou anencefalia fetal é um direito assegurado em lei desde 1940. É uma medida de saúde coletiva importante, compreendendo os impactos para a saúde física e mental em cada um desses cenários, e é papel do Conselho, em nossa compreensão, assegurar esse direito. Não se pode punir profissionais que atuem pautados por esses princípios na garantia do direito à saúde da população”, diz Eduardo Jorge.

Importante pontuar que apenas os casos de estupro e risco de vida à gestante foram assegurados em 1940. Os casos de anencefalia fetal foram incluídos no rol do aborto legal por decisão do Supremo Tribunal Federal em abril de 2012, no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 54.

Na Paraíba, a chapa eleita com quase 70% dos votos derrotou a dupla concorrente, formada pelas médicas Annelise Mota de Alencar e Vanessa Rolim Barreto. Elas eram apoiadas pelo ex -ministro da saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga. Obtiveram pouco mais de 1.700 votos. O conselheiro titular eleito, o pediatra Bruno Leandro de Souza, é considerado um perfil moderado e sempre expressou publicamente seu assombro com as decisões anticientíficas do CFM.

Em 2021, no período mais letal da pandemia, ele ocupava o cargo de Diretor de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina da Paraíba, o CRM-PB.

Ali, disse em uma entrevista: “Sou absolutamente contra a prescrição destes kits covid, porque cientificamente não funcionam e podem provocar um dano. E se eles podem provocar um dano, eu prefiro sempre a prudência. Está mais do que provada na minha opinião e de muitos milhões de pessoas que, infelizmente, essa medicação não é eficiente, mas alguns ainda insistem na prescrição, ainda mais com essa permissão do Conselho Federal, o que na minha opinião é lamentável.”

Em diversos estados do país, a estratégia para barrar o avanço de ultra-direitistas no conselho federal foi aquela usada nas eleições presidenciais de 2022: a formação de frentes amplas.

Para o presidente da Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD), Arruda Bastos, essa reunião conseguiu manter afastados profissionais que poderiam tornar a entidade ainda pior, ao contrário da percepção que entende o fortalecimento conservador no CFM.

“Eu não vejo um fortalecimento da extrema direita no CFM, pelo contrário. Não tínhamos antes chapas progressistas, acho que avançamos nessa eleição. Em outros estados, embora não fossem tão progressistas, chapas melhores conseguiram ganhar, escanteando as de ultra-direita”, diz Bastos.

Ele acompanha há tempos e de muito perto a radicalização ideológica à direita da medicina brasileira: estava no episódio triste no qual médicos cubanos foram atacados, em 2013, quando desembarcaram no aeroporto de Fortaleza. Arruda era secretário de saúde e recepcionava profissionais vindos pelo programa Mais Médicos na Escola de Saúde Pública do Ceará.

Ele aponta que é preciso observar outras entidades médicas no Brasil neste momento, não somente o CFM: diversas delas nunca se associaram ao negacionismo bolsonarista, como, por exemplo, a Associação Médica Brasileira.

A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) também se posicionaram contra o vagalhão negacionista que ainda assola o país.

A fundação da ABMMD em outubro de 2019, em Fortaleza, reuniu 98 médicos de dez estados. O mapa mostrando as federações nas quais a associação não tem núcleos (em azul) é bastante revelador: Acre, Roraima, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia, Pará.

Os primeiros deram mais 70% de votos para Bolsonaro nas eleições de 2022. O mesmo aconteceu em Rondônia, onde o atual presidente do CFM, José Hiran Gallo, foi candidato único (ele, nome chave no atual ataque aos direitos das mulheres, está na entidade há 25 anos). Bolsonaro também ganhou no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Os próximos conselheiros de Pernambuco no CFM também entendem que o passeio do negacionismo e obscurantismo na entidade não vai ser feito com lustrosos sapatinhos dourados.

Leila Katz diz que viu, em todo país, importantes movimentos pedindo mudanças na condução do CFM e cobrando uma postura pautada em evidências e no cuidado efetivo com a população.

“Sentimos que a maior parte dos médicos e médicas do nosso país deseja ver um Conselho diferente. Aqui em Pernambuco, essa conquista só foi possível graças à união de semelhantes que, a despeito das diferenças, se uniram em torno do propósito comum”, disse Leila.

Para Eduardo Jorge, a maioria dos médicos e médicas deseja superar a partidarização que tomou conta do CFM “em favor da medicina baseada na melhor evidência, da defesa da ciência como norte de nossa atuação e da ética como princípio basilar de cuidado humano”.

Nas redes sociais, a disputa foi especialmente acirrada este ano, o que também resultou em uma ampla participação dos médicos no processo eleitoral: dos 534 mil habilitados a votar, 408 mil depositaram suas escolhas, uma abstenção de 25%.

No post do conselhos regional de medicina de Pernambuco no Instagram, muitos celebraram o futuro novo conselho, mas os que entendem o CFM como árbitro do corpo alheio também apareceram: “Felizmente o país segue com um CFM que zela pelo nascituro na maioria dos Estados!”, disse um. “Que pena ! Quero só ver para crer”, escreveu uma médica que, em suas redes, continua publicando sobre os efeitos “danosos” e “irreversíveis” das vacinas contra Covid-19.