No jornal errado  

Miguel Arraes era mito e com mito não se brinca. Mito é uma pessoa cujas ações estão além dos comuns mortais. Por trás da sua aparência carrancuda, se escondia um homem sagaz e bem humorado. O ex-governador tinha fair play. E usava nas horas certas. Era um gozador, em algumas ocasiões.

Ranilson Ramos, hoje presidente do Tribunal de Contas do Estado, sonhava acordado com a Secretaria de Agricultura no último Governo Arraes, de 1995 a 1999. Na montagem do Secretariado, seu nome virou arroz doce nas colunas de jornais. Era dado como certo para ocupar o cargo.

Toda vez que seu nome aparecia no noticiário, Ranilson, que caiu nas graças de Arraes, adentrava no gabinete do governador com trânsito livre, sem aviso prévio da secretária ou do chefe de gabinete da Excelência. E ficava batendo papo por horas com o chefe. Ninguém decifrava, aliás, o que Arraes queria dizer por parábolas melhor do que Ranilson.

Mas Ranilson queria ser secretário de Agricultura e caiu na besteira de perguntar ao governador se ele estava sabendo da sua alta cotação pelos jornais para a pasta agrícola.

Provou do veneno do bom humor sarcástico de Arraes, que olhou para ele e sapecou:

“O senhor não foi nomeado ainda porque seu nome só sai nos jornais errados. Não saiu ainda no jornal certo, o Diário Oficial”.

E deu uma sonora gargalhada, ouvida até nos jardins do Palácio do Campo das Princesas.

Veja outras postagens

Por Paula Azevedo de Castro*

A assinatura do acordo de repactuação para a compensação das vítimas do desastre de Mariana, firmado no Brasil e homologado pelo STF no último dia 7 de novembro, marca um passo conclusivo significativo na busca por justiça e reparação. Procura mitigar os impactos ambientais e sociais do desastre, ao mesmo tempo em que estabelece um compromisso contínuo das partes envolvidas para promover a recuperação e a reparação das comunidades afetadas.

Este acordo surge como uma opção às vítimas, que poderão escolher pela reparação mais imediata, ao invés de prosseguir com a discussão em território estrangeiro. Ao optarem por um acordo dentro do território brasileiro, as vítimas não renunciarão a seus direitos, mas escolhendo resolver a questão de imediato, já que o desfecho na jurisdição britânica não deve acontecer em curto prazo.

Aqueles que optarem por aguardar o processo na justiça de Londres têm, naturalmente, o direito de fazê-lo. Mas essa escolha pode estar sujeita a uma série de desafios e incertezas. Como destacou o Advogado-Geral Jorge Messias no programa “Bom Dia, Ministro” realizado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o governo brasileiro não possui qualquer participação nas ações em curso no exterior, que são uma escolha individual de quem deseja prosseguir com o litígio no Reino Unido. Essas ações são conduzidas em outra jurisdição, onde as peculiaridades do direito material brasileiro podem não ser plenamente compreendidas, o que tende a tornar o processo imprevisível.

No contexto do acordo, a participação de diferentes instâncias da justiça brasileira — do Ministério Público à Defensoria Pública — é um indicativo de que o país possui estrutura necessária para lidar com litígios de alta complexidade. A composição entre as autoridades brasileiras e as mineradoras demonstra que o sistema legal do Brasil é capaz de promover uma justiça abrangente e significativa, assegurando uma compensação definitiva para as vítimas.

Ainda, como destaca Messias, “a preocupação do governo é fazer com que a cooperação prevaleça, a cooperação entre os estados e a cooperação entre as representações da sociedade civil. A premissa desse acordo é colocar o povo nele. Colocar o povo nele é dizer como vai gastar, orientar o gasto e fiscalizar o gasto.” Ou seja, inegável que haverá a participação da   população atingida pelo desastre ocorrido em Mariana.

Para além das vítimas, é importante destacar os reais interesses do grupo está envolvido no litígio internacional. São investidores e fundos estrangeiros que, por meio de escritórios de advocacia que atuam no exterior, tentaram levar a discussão para cortes estrangeiras, com base no argumento de que a justiça brasileira seria insuficiente para as vítimas. E a motivação desses investidores, longe de ser uma busca por justiça social, se baseia em interesses financeiros, uma vez que seu objetivo final é o retorno dos investimentos realizados no custeio dos processos.

Ao insistirem em ações fora do Brasil, ignoram o papel fundamental do nosso sistema de justiça, desconsiderando também o impacto de anos de trabalho e negociação de um acordo que representa o compromisso de nossas instituições com as vítimas.

A escolha pela reparação mais imediata pode representar a manifesta vontade dos afetados pelo desastre em não trocar “o certo pelo duvidoso”, já que não se pode garantir o deslinde da questão na corte estrangeira. O discurso de prejuízo das vítimas que escolherem participar do acordo no Brasil esconde, na verdade, o interesse financeiro daqueles que esperam lucrar com a tragédia, — um interesse que, em última análise, não é dos brasileiros.

O compromisso nacional em restaurar o que foi perdido e garantir justiça às vítimas é uma reafirmação do compromisso com a soberania e, por esta razão, deve ser sempre ponderado.

*Advogada e presidente da Comissão de Direito Minerário da OAB/MG

Jaboatão dos Guararapes - Matriculas 2025

A Prefeitura do Recife anunciou, ontem, durante a celebração da 120ª edição da Festa de Nossa Senhora da Conceição, o restauro da imagem de Nossa Senhora do Santuário, uma das mais importantes representações religiosas da cidade. O anúncio foi feito pelo prefeito João Campos, durante a missa de encerramento da festividade, no Morro da Conceição, na Zona Norte, destacando o compromisso da gestão municipal com a cultura e a religiosidade local.

“Todo ano venho ao Morro da Conceição para agradecer, pedir a Deus e à Nossa Senhora que cubra nossa cidade, as famílias e os trabalhadores do Recife com seu manto. O Padre Emerson, reitor do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, me pediu para realizarmos o restauro da imagem da Santa, e a Prefeitura do Recife atenderá a esse pedido, garantindo que ela continue a proteger o povo da nossa cidade”, afirmou o prefeito, emocionando a multidão de fiéis presentes.

A imagem, trazida da França em 1904, representa Maria Santíssima vestida de branco e envolvida em um manto azul. Com 3,5 metros de altura e pesando 1.840 kg, tornou-se um ícone da religiosidade e da cultura de Recife. O restauro visa preservar suas características originais e garantir a continuidade de sua importância histórica e religiosa para a cidade. A imagem foi restaurada pela primeira vez em 2001 e passou por uma nova intervenção em 2014, que durou três meses.

O encerramento da celebração contou com a tradicional procissão, que percorreu as ruas da cidade, com fiéis acompanhando a imagem em um ato de fé emocionante. A missa solene, celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson, foi realizada aos pés da Igreja de Nossa Senhora da Conceição e reuniu milhares de fiéis, que rezaram e cantaram em homenagem à Santa.

A 120ª Festa de Nossa Senhora da Conceição do Morro teve como tema “120 anos de peregrinação e esperança com a Imaculada Conceição do Morro”, em referência ao Jubileu de 2025, que será celebrado pela Igreja no próximo ano.

Conheça Petrolina

Uma conselheira tutelar morreu, ontem, no Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, no Agreste do Estado. Segundo a Polícia Civil, a vítima, de 42 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo, no dia 28 de novembro, no município de Angelim, local onde ela trabalhava.

Ao portal G1, a polícia disse que Rosimere Bizarria Silva Barbosa foi morta por suspeitos que ainda não foram localizados. Eles se aproximaram da vítima em uma moto. A investigação está sob o comando da Delegacia de Polícia de Angelim. Por meio das redes sociais, a gestão municipal informou que decretou ponto facultativo hoje, em virtude da morte da servidora.

Jornal do Commercio

O deputado federal e autor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mendonça Filho, rebateu o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, ao classificar de versão fantasiosa e inverídica as afirmações de Gordon de que a PEC 03 prejudica as exportações do País.

“Respeito a instituição BNDES e todo seu corpo técnico, mas a interpretação dada por Gordon manipula a verdade e é inverídica. Ele sabe que exportação de bens não será afetada pela PEC”, afirmou.

Em seguida, ele destacou: “Bastar ler o texto da PEC, que dá ao Congresso a prerrogativa de “autorizar a realização de operações de crédito por instituições financeiras, controladas pela União, sempre que o objeto da operação vier a ser executado fora do País”, para constatar a estratégia do governo de tentar tumultuar o processo de tramitação da PEC.

Segundo Mendonça, o projeto quer maior controle em operações de crédito pelo BNDES ou outras instituições controladas pela União para financiamento de obras executadas em outros países, mesmo que a empresa que vai tocar a obra seja brasileira.

“Infelizmente, na falta de argumentos concretos, o governo recorre a narrativas fantasiosas e inverídicas para gerar terror e tentar impedir um maior controle sobre essas operações”, criticou Mendonça.

O deputado lembrou que, após ser aprovada na CCJ, a PEC 03 será analisada por uma comissão especial, que poderá aperfeiçoar o texto original. “Submeter esse tipo de operação ao Congresso Nacional reforça a transparência e o controle sobre o uso dos recursos públicos. A autorização do parlamento não precisa ser operação por operação e pode ser plurianual”, explicou.

A aprovação da PEC do BNDES na CCJ da Câmara dos Deputados, representou uma derrota para o Governo do PT, que trabalhou até o último segundo da votação para derrotar o projeto. O autor da proposta garante que a PEC do BNDES está sintonizada com os anseios da população, que está cansada de decisões pautadas por motivações ideológicas, que levaram o Brasil a prejuízo bilionário.

“Queremos garantias sólidas, avaliação de impactos e se a operação de crédito pode trazer prejuízos ao Brasil, como as que financiaram a construção do porto de Mariel, em Cuba, e do metrô de Caracas, na Venezuela”, garantiu. Mendonça ressalta que o objetivo é garantir que os recursos públicos sejam aplicados de forma responsável e estratégica.

O Partido Progressista (PP) protocolou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) na 149ª Zona Eleitoral de Recife, denunciando suposta fraude à cota de gênero nas eleições municipais de 2024. A ação acusa o Partido da Renovação Democrática (PRD), Democracia Cristã e Mobilização Nacional de registrarem candidaturas femininas fictícias para cumprir formalmente a exigência legal de 30% de participação feminina, sem intenção real de concorrência. 

Apesar de mirar diretamente na cassação do mandato do vereador Gilberto Alves, eleito pelo PRD, a ação ignora a inclusão de Gilberto como investigado ou litisconsorte passivo necessário, o que levanta questionamentos processuais importantes. A acusação menciona candidatas do PRD que teriam tido votação inexpressiva, ausência de atos de campanha e prestação de contas zerada, como parte de uma suposta estratégia para beneficiar candidatos masculinos. 

Se acolhida pela Justiça Eleitoral, a ação poderá resultar na cassação do mandato de Gilberto Alves, na nulidade dos votos atribuídos ao PRD e na recontagem dos quocientes eleitorais, além da inelegibilidade dos responsáveis por até oito anos. O caso reflete a complexidade das disputas eleitorais e reforça o papel da Justiça Eleitoral na garantia do equilíbrio e da legitimidade do processo democrático.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

Dedico este artigo ao meu colega o filósofo grego Platão, idealizador da Alegoria da Caverna

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Nesta era de intelligentsia artificial e ao completar 95 anos de idade, estou ficando a cada dia mais intelijumento. Não sei mais rabiscar minhas garatujas semanais.  Perdi o tino. Coitado do papaizinho! Para não passar vergonha adquiri um cérebro eletrônico inteligente no Império GAFA — Google, Apple, Facebook, Amazon. O nome dele é Corisco, o cangaceiro dos computadores. Pedi ele falar sobre guerras e outros trecos. Vejam o que ele aprontou. Tô tremendo de medo. Fala, Corisco!

Câmbio! O mundo está em guerra. Aliás, a humanidade adâmica continua em guerra desde os tempos primevos de Abel e Caim. Ecoa a sentença bíblica, segundo o evangelista Mateus, os versículos 30-34. “Não pensem que eu vim para trazer a paz ao mundo, eu vim para trazer a espada”. Está escrito.

Daqui a 50 anos, os líderes mundiais Donald Trump III e Emanuel Macron Bisneto irão reunir-se em Genebra para discutir um cessar-fogo e no Oriente Médio e no Extremo Oriente e na guerra interna do BR. A ONU aprovou, por unanimidade, a centésima resolução para cessar entre árabes, judeus e brasileiros. Inútil. 

Foi descoberta no reino de Pindorama uma múmia de barbas vermelhas. A múmia confessou ser analfabeta de nascença. Aprendeu a ler segundo o panfleto A pedagogia do oprimido. Este panfleto revolucionário prega que o aluno sabe mais que o professor e o mais importante não é estudar, é fazer agitos nas escolas.

Por conta desse panfleto o autor foi proclamado patrono nacional da educação. As esquerdas o celebram como se fosse um gênio. A sabedoria popular ensina que pelo fruto se conhece a árvore. Vejamos.

O BR ocupa a 44a. posição no ranking mundial do Pisa – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, promovido pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, órgão da ONU. Que tal?

Eis um gênio do conjunto vazio. Minha inteligência artificial está dizendo aqui que ele é o patrono do analfabetismo cultural, uma farsa.

Corisco dai-me algumas luzes sobre a alegoria da Caverna de Platão na Antiguidade:

– As cavernas de Platão a escuridão da ignorância. Os habitantes das cavernas são prisioneiros das trevas. As paredes das cavernas projetam falsidades como se fossem realidades. Nas trevas da ignorância também prosperam as maldades humanas. Os prisioneiros que se libertam da caverna são incandescidos pelas luzes dos saberes.

O reino de Pindorama é povoado de cavernas. Existem cavernas high-tech com tapetes vermelhos e auriverdes, computadores e smartphones inteligentes.

Os príncipes de Pindorama andam nus com as mãos nos bolsos das cuecas, “não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas”, na expressão do meu colega o repórter Pero Vaz de Caminha, na crônica sobre o achamento desta Terra de Vera Cruz, palácios, nas praias, nas avenidas e nas ruas, nos aeroportos, nas esquinas e encruzilhadas. Mas, se um Zé Mané disser que eles estão nus, será esculachado, espinafrado, reprimido e poderá até ser capado. Fique ligado!

Corisco se despede: Hasta, la vista, Cabroeira!

*Periodista, escritor e quase poeta

A desculpa esfarrapada do PT

Nas eleições municipais de outubro passado, o PT só elegeu um prefeito entre todas as capitais, o de Fortaleza, mesmo assim, no sufoco, por menos de 1%. Foi rabo da gata na soma geral nos municípios,  emplacando apenas 252 gestores. Diante disso, seria cômico, se não fosse trágico, encontrar um culpado pelo desastre eleitoral petista: as emendas parlamentares.

Na resolução aprovada no encontro do partido na última sexta-feira, seus dirigentes escreveram: “O mau desempenho da legenda nas eleições municipais de 2024 foi causado pelo “crescimento desproporcional para R$ 50 bilhões” das emendas de congressistas”. E acrescentou: “A questão é uma distorção no orçamento público herdado do governo Bolsonaro”.

Engraçado, mas a dinheirama das emendas também não entrou nos cofres dos prefeitos petistas? Claro! E muito! Mas o PT teria que encontrar um bode expiatório para esconder a profunda decepção do povo brasileiro com os seus dirigentes municipais e com o próprio jeito petista de governar. Há de se registrar, também, que as emendas não são exclusividades do PSD, partido do Centrão campeão em número de prefeitos eleitos.

Foram modificadas, aprovadas e tramitaram no Congresso com o aval de todos os partidos, inclusive com o voto dos seus 69 deputados e nove senadores. O que o PT está vivendo, e não dá o braço a torcer, é uma corrida ao fundo do poço. Está na iminência de virar uma legenda, não diria nanica, mas no futuro sem expressão alguma.

Já nas eleições de 2020, o partido só elegeu 183 prefeitos, dos quais nenhum nas capitais. Virou, literalmente, uma agremiação dos grotões. Em Pernambuco, por exemplo, nas eleições deste ano, só emplacou seis prefeitos, todos de pequeno porte, com exceção de Serra Talhada, município de médio porte.

MAIS PRONUNCIAMENTOS – No documento, o PT também diz que Lula faz “um ótimo governo” e que precisa “apenas ajustar o modo de comunicar e formar o seu povo”.  O diretório defende que o presidente e ministros do governo façam mais pronunciamentos oficiais em rádio e televisão e não deixem o expediente para ser usado apenas em datas comemorativas como o 7 de Setembro. “Internamente, é nítida a percepção e o reconhecimento de que a gestão Lula tem garantido muitas conquistas populares e apresenta excelentes resultados em inúmeras áreas. Ainda mais se considerarmos o estado de destruição nacional deixado por [Jair] Bolsonaro”, destaca.

Partido quer Lula reeleito – Na resolução, o presidente Lula é tratado como candidato à reeleição pelo PT, que o classifica como a “maior expressão” do partido. “Como candidato à reeleição, Lula, nossa maior expressão, deve recalibrar toda sua sabedoria e liderança para o mundo digital, sintonizando-as novamente para absorver anseios, frustrações e mudanças pelos quais atravessa nossa juventude. O PT está empenhado nesta causa”, diz o documento. A resolução afirma ainda que porta-vozes petistas são tímidos no debate e na disputa política contra “forças conservadoras e reacionárias”.

O próprio Lula culpa a comunicação – No seminário petista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à comunicação do seu governo. Disse que há equívoco seu por não organizar entrevistas com jornalistas e cobrou a realização de uma licitação para mídia digital. O petista afirmou que a questão é uma de suas preocupações para resolver a partir de 2025, porque a população precisa saber das realizações de sua gestão. “Há um erro no governo na questão da comunicação e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame que não está se comunicando bem”, disse.

Edinho, o sucessor de Gleisi – O PT também definiu, no mesmo encontro, o calendário de atividades internas para a escolha de um novo presidente e novos diretores locais para a legenda. A eleição será realizada em 6 de julho e o voto registrado em urnas eletrônicas. O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, é o nome mais cotado para substituir Gleisi Hoffmann. Ele conta com apoio de Lula e de integrantes da cúpula do partido. O favoritismo de Edinho chegou a ser arranhado logo depois do 1º turno das eleições municipais, quando fracassou em eleger sua sucessora, Eliana Honain, na cidade do interior paulista.

Hoje tem avaliação da gestão de Adelmo – Na sequência das pesquisas do Opinião, em parceria com este blog, trazendo a avaliação dos gestores municipais que encerram um ciclo de oito anos, ou de quatro para os que não se reelegeram, sai hoje o desempenho do prefeito de Itapetim, Adelmo Moura (PSB), que encerrou mais um duplo mandato, fechando uma era de 16 anos no poder, isso sem contar com um mandato de quatro de um aliado que elegeu, um somatório de 20 anos. A propósito, Adelmo é um dos nomes lembrados para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026, para ocupar o vácuo no Sertão do Pajeú deixado pela morte do ex-deputado José Patriota.

CURTAS

VERTENTES – Na sexta-feira passada, o Opinião, através deste blog, trouxe a avaliação de mais um ciclo de oito anos do prefeito de Vertentes, Romero Leal (PSDB). Fechou mais dois mandatos, completando 16 anos como gestor municipal, com 72,5% de aprovação. De alma lavada, pois elegeu o seu sucessor, o tucano Rael, que foi secretário na atual gestão.

MAIS PESQUISAS – Até o dia 31, este blog trará mais pesquisas de avaliação dos gestores pernambucanos que estão se despedindo. O Opinião apresenta um verdadeiro diagnóstico, com a visão da população em todos os segmentos da administração, da saúde ao serviço de coleta do lixo. Um documento e tanto!

VIROU ESTRELA – Uma das petistas mais festejadas no encontro do partido em Brasília, sexta-feira passada, foi Márcia Conrado, prefeita reeleita em Serra Talhada. Está sendo tratada tão bem por Lula e aliados que há quem desconfie que reservam para ela novos desafios eleitorais pela frente, quem sabe uma disputa majoritária.

Perguntar não ofende: Quando Miguel Coelho assume a comissão estadual provisória do União Brasil no Estado?

Neste domingo (08), data dedicada à celebração de Nossa Senhora da Conceição, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado e o vereador eleito do Recife, Gilson Filho (PL), marcaram presença na tradicional subida ao Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife.

Segundo Gilson Machado, o evento deste ano foi marcado pela recepção calorosa dos fiéis, que paravam para cumprimentá-los e “enviar mensagens de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro”. A caminhada também contou com a presença do deputado estadual Coronel Alberto Feitosa.

“O povo sente que estamos aqui por eles, para lutar por seus valores e pela reconstrução de um Brasil que respeite Deus, pátria, família e liberdade”, destacou Gilson Machado durante o percurso.

Por Claudemir Gomes

Botafogo campeão! Estava escrito na estrela solitária. Os números da campanha do alvinegro carioca atestam o que todos haviam previsto: 38 jogos, 23 vitórias, 10 empates, 5 derrotas e um saldo de 30 gols. O novo campeão brasileiro teve um aproveitamento de 69%. Portanto, nada a contestar.

“Vai vencer o melhor!”, profetizou o mestre, José Joaquim Pinto de Azevedo, durante um bate papo que tivemos pela manhã. Lhe falei sobre uma “teoria da conspiração” que rolava nas redes sociais, dando conta de que o São Paulo faria corpo mole para evitar o título do arquirrival Palmeiras. 

Azevedo descartou tal possibilidade, mas, após analisar os fatos, me enviou uma mensagem dizendo: “o São Paulo vai jogar normalmente, entretanto, ao mandar a campo um time misto deixou a porta aberta”, enfatizou para em seguida enaltecer a campanha superlativa do Botafogo.

Numa competição de pontos corridos, com trinta e oito rodadas, o campeão vir a ser conhecido somente na última partida é pouco provável, fato que enaltece a conquista do título que a torcida aguardava há 29 anos. Para tornar o enredo mais dramático, o gol da vitória aconteceu no minuto final. Gregore foi o herói improvável, ele que foi protagonista de uma lambança histórica, na decisão do título da Libertadores, o que lhe custou uma expulsão no primeiro minuto da partida.

E o herói será sempre lembrado como “o homem do primeiro e do último minuto”. O que dá pra rir, dá pra chorar, principalmente no futebol onde nenhuma verdade chega a ser absoluta. Coisa de um movimento constante, onde tudo muda o tempo todo.

Mas este título do Botafogo parecia real desde o início. Os deuses do futebol resolveram abençoar o futebol arte. O time que durante todo o campeonato mostrou a verdadeira essência do futebol brasileiro. Essência essa que fora derramada, em outras épocas, por um batalhão de craques tão bem representado por Luiz Henrique, que recebeu o prêmio de melhor jogador da competição.

Na prática, o título foi assegurado na 36ª rodada, com a vitória – 3×1 – sobre o Palmeiras, na casa do adversário. Vitória com assinatura de campeão. O que estava por vir era apenas manutenção de uma supremacia que consolidaria a conquista. Foi isso que testemunhamos nas vitórias sobre o Internacional (1×0) e sobre o São Paulo (2×1).

A três partidas do final do campeonato, Botafogo e Palmeiras estavam com a mesma soma de pontos. O time carioca contabilizou 3 vitórias e somou 9 pontos no cumprimento da sua agenda de jogos. Por outro lado, o Palmeiras somou apenas 3 pontos, produto de uma vitória obtida em 3 partidas. Contra números não existem argumentos.

O choro do técnico Artur Jorge se confundiu com o do torcedor na arquibancada do Estádio Nilton Santos. No centro do campo, os jogadores se abraçavam embalados por gritos roucos que traduziam as inúmeras histórias de superação que emolduram a conquista do novo campeão brasileiro. E todos os fantasmas foram exorcizados.

“Vencer é o céu!”.

De braços abertos o Cristo Redentor contempla o BRILHO DA ESTRELA SOLITÁRIA.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), subiu o Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, para participar da missa solene que encerra as homenagens à Nossa Senhora da Conceição, na noite deste domingo (8).

Vestido em tom discreto de azul, a cor da padroeira afetiva da capital pernambucana, João foi tietado durante o trajeto por diversos devotos e entrou no Santuário sob aplausos. Ele chegou à celebração por volta das 18h.

Ainda antes da missa, o prefeito fez um discurso curto, em que celebrou a Imaculada Conceição e desejou “Feliz Natal” aos moradores do Recife, da Região Metropolitana e “de fora”.

“(Quero) pedir sabedoria, para seguir trabalhando pelo povo e por quem precisa, e fazer bem feito. Viva Nossa Senhora da Conceição, nossa padroeira”, disse.

“Desejar um feliz Natal a todos do Recife, de fora, da Região Metropolitana… Que Deus abençoe e que tenham um Natal de muita luz e esperança, com Deus no coração e com a certeza de um futuro próspero.”

A segunda edição do Festival Mulherar a Política, iniciativa da startup Quero Você Eleita em parceria com o escritório Gabriela Rollemberg Advocacia, reunirá, nesta terça-feira, lideranças femininas do Distrito Federal para debater o tema “Que pontes existem entre mulheres progressistas e conservadoras?”. O evento, exclusivo para convidados, visa fomentar um espaço de diálogo que permita a construção de consensos e avanços políticos com a participação da sociedade civil.

Entre as confirmadas estão a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, e as deputadas Erika Kokay (federal), Jaqueline Silva, Dayse Amarílio e Doutora Jane (distritais). A proposta do encontro é a criação de um fórum permanente para o alinhamento de estratégias conjuntas entre mandatos e a população, fortalecendo a presença feminina no debate político e social.

A programação também contará com o lançamento da obra “Lugar de Fala: um retrato das campanhas femininas no Brasil”, que traz relatos sobre a experiência de mulheres candidatas nas eleições de 2024. Outro destaque será a apresentação do projeto “Bancada Feminina na COP30”, que propõe formar prefeitas de diversos biomas para liderar pautas climáticas na conferência global. O encerramento será marcado por uma apresentação artística da cantora Joana Duah, às 20h30.

Por Andreza Matais
Do UOL

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse à coluna que, enquanto o governo não liberar as emendas parlamentares, não irá indicar o relator das proposta do pacote fiscal para redução de gastos públicos.

“Não temos apoio nem da Câmara nem do Senado sem resolver o impasse do projeto votado e sancionado”, disse, neste domingo (08).

Na última semana, a Câmara aprovou urgência na discussão das medidas, o que significa pular o debate nas comissões (o que pode arrastar a discussão por meses ou, até mesmo, colocá-la numa gaveta e jogar as chaves fora) e votar diretamente no plenário da Câmara.

O movimento, contudo, deve parar na urgência. Sem relator no plenário, a votação não pode prosseguir. É o relator quem faz a primeira análise do texto, recomendando aprovação na íntegra ou alterações no texto.

O governo aposta no pacote para evitar uma crise fiscal diante do descontrole dos gastos públicos.

Embora tenha anunciado a liberação dos recursos após o ministro Flávio Dino (Supremo) autorizar a volta dos pagamentos com restrições, nada saiu do caixa do governo.

O Congresso ainda foi surpreendido na última semana com um ofício da SRI (Secretaria de Relações Institucionais) que, na interpretação do Congresso, descarta a liberação das emendas Pix que estão represadas. A orientação é que os parlamentares devem direcionar as emendas para ministérios como emendas individuais.

Na prática, significa que terão de abrir mão de enviar os recursos às suas bases eleitorais como emenda Pix (dinheiro que cai diretamente nas contas das prefeituras e governos estaduais) e usar o caminho mais burocrático das emendas individuais, começando o processo do zero.

No “modelo tradicional” das emendas individuais, é preciso preencher relatórios indicando o que deve ser feito com o dinheiro e os ministérios analisam o passo a passo.

A medida inflamou ainda mais a relação do Congresso com o governo.

Líderes de partidos aliados já informaram ao Planalto que irão paralisar também a votação da lei orçamentária para 2025, o que significa para o governo entrar o ano sem dinheiro novo em caixa.

O comando do Congresso também não gostou de descobrir pelo DOU (Diário Oficial da União) que o governo bloqueou R$ 1,3 bilhão de emendas de comissão. Nenhum dirigente da Casa foi informado com antecedência da medida.

As emendas de comissão são usadas pelo Congresso para garantir aos líderes partidários um extra para enviarem às suas bases eleitorais. No parlamento, é vista como uma “recompensa” por se desgastarem em votações impopulares que atendem aos interesses do governo.

O ministro Flávio Dino determinou que, a partir de agora, as emendas devem conter a identificação de qual parlamentar a indicou e foi explícito que não são de uso restrito dos líderes.

A coluna apurou que o núcleo político do governo foi informado de que, prevalecendo essa medida, o governo terá dificuldades em garantir a governabilidade a partir de 2025. Ouviu a promessa de um acordo informal de que nada mudaria nesse caso. O ofício da SRI, contudo, indicou que o acordo apalavrado não será cumprido. Procurada, a SRI não ligou de volta.

O que também gerou desconfiança sobre um outro combinado. O núcleo palaciano tem sinalizado que, em troca da votação do pacote fiscal, irá liberar recursos extras para o Congresso enviar às bases eleitorais no ano pré-eleitoral de 2025. Antes da criação do orçamento secreto, funcionava assim. O que é conhecido na política como toma-lá-dá-cá.