Na escola macielista, Marco Maciel fomentou um conceito novo de gestão e formou um exército de discípulos fiéis

Escola Macielista

Capítulo 14 

Um dos clichês mais presentes no debate político é que o Brasil virou um deserto de bons líderes. Dos bons líderes não dependem apenas as boas e práticas políticas públicas, mas também a capacidade de montar seus exércitos de seguidores para vencer a guerra e os desafios da gestão pública. Há políticos que formam quadros e deles nunca mais abrem mão da sua presença, da sua colaboração.

Há quem crie quadros, há quem faça escola com discípulos fiéis. Governador também biônico, como Marco Maciel, que o sucedeu, nomeado igualmente por Ernesto Geisel na ditadura, Moura Cavalcanti ganhou fama na literatura política de Pernambuco por ter gestado quadros de futuro promissor, dentre eles, três ocuparam funções as mais relevantes depois de trabalharem no Governo Moura: Gustavo Krause, José Jorge de Vasconcelos e Joaquim Francisco.

Krause foi prefeito do Recife, governador, deputado federal e ministro de Estado. José Jorge também foi ministro, deputado federal e senador, enquanto Joaquim Francisco, como Krause, foi prefeito do Recife, governador de Pernambuco e ministro de Estado. Enquanto Moura soube descobrir talentos, Marco Maciel, além de jogar o anzol da pescaria de quadros promissores para a vida pública, avançou muito mais. Criou uma escola, a escola macielista.

“Formou uma equipe de jovens auxiliares destinados a revolucionar a história de Pernambuco, que marcaram época e fizeram história”, resume o jornalista Anchieta Hélcias, que também trabalhou na equipe de Moura, mas com o tempo se embriagou pela doutrina macielista. Entre os macielistas, há de se destacar também o ex-presidente da Assembleia, José Ramos, que cumpriu um papel importante: assumiu o Governo por 11 meses, substituindo Marco Maciel, para que Roberto Magalhães, o vice, pudesse ser candidato a governador. 

“Mais que um estilo, Marco criou uma Escola pelo zelo e respeito à Coisa Pública. Criou o que denominei de “preâmbulo da gentileza”, revela o ex-ministro Gustavo Krause, sobrinho de Moura. Como bem observou o agora imortal José Paulo Cavalcanti Filho, em discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, Marco Maciel fez uma administração inovadora em Pernambuco. 

“Montou uma equipe com jovens e competentes técnicos trazidos do IPEA, como Aluízio Sotero, Everardo Maciel, Joel de Hollanda e Jorge Cavalcanti. A estes, juntou outros importantes nomes, como o de Margarida Cantarelli, Silvio Amorim e Gustavo Krause”, diz Joel de Hollanda, um dos mais fervorosos discípulos de Maciel, a quem serviu como secretário de Educação e a quem substituiu no Senado quando Marco eleito vice-presidente da República.

Quando governou Pernambuco, Marco Maciel confiou a uma mulher, a professora Margarida Cantarelli, a gestão da Casa Civil, uma das pastas mais importantes de uma gestão. Antes de ingressar na vida pública, Margarida já era amiga de Maciel, contemporânea dele na Faculdade de Direito da UFPE e aliada na política estudantil e depois partidária. Foi, também, assistente de Marco Maciel na disciplina Direito Internacional, na UNICAP, em 1967. 

Os ensinamentos macielistas, na convivência do dia a dia com ele, viraram uma prática diária no seu viver do corretamente político até hoje. “Nunca vi um gesto de Maciel que considerasse inadequado ou que, em situação semelhante, eu não fosse capaz de repetir. Das quatro operações, ele só fazia duas: somar e multiplicar. Diminuir, nunca, dividir, jamais. Ainda hoje repito aos amigos e colaboradores os seus ensinamentos: nunca passe recibo por uma crítica recebida, nem responda imediata ou diretamente. O silêncio incomoda muito mais o ofensor. Deixe passar um tempo, depois apresente um fato positivo. Sábios ensinamentos, evitam polêmicas”, destaca Margarida, para acrescentar:

“Trabalhar com Marco Maciel era um aprendizado permanente. Em cada gesto, decisão ou projeto era possível identificar um administrador ético, competente, compromissado com seus ideais e com uma capacidade de trabalho ilimitada. Tornava-se fácil lidar com ele porque tinha equilíbrio e gentileza no trato. Portanto, era previsível no que lhe agradava ou no que era preciso mudar”. Para a professora, Maciel faz muita falta ao Brasil nesse tempo de uma polarização quase que insana e burra.

Além de chefiar o Gabinete Civil, Margarida foi levada por Maciel para trabalhar com ele no Ministério da Educação, na Casa Civil da Presidência da República e dela não se afastou em nenhuma das campanhas políticas. “Só parei quando ingressei na magistratura”, diz a professora, agora desembargadora do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Mesmo não estando na mesma atividade, Margarida nunca se afastou dele. “Fomos duplamente compadres. Ele e Anna Maria são padrinhos da minha filha Anna e eu sou madrinha de Gizela. Um cristão verdadeiro”, disse. 

“Uma coisa inédita: quando governador, todos os seus secretários iniciaram e terminaram o seu mandato com ele, que formou um grupo perene, sólido e solidário. Nunca vi uma palavra dele denegrindo alguém. Nem dos adversários. Sempre olhava o que as pessoas tinham de melhor. Muito bem-humorado, não perdia uma boa história. Ednaldo Alves, seu cunhado, que o diga”, atesta, por sua vez, Silvio Amorim, braço direito de Margarida Cantarelli no Gabinete Civil.

Para Amorim, Marco Maciel é imortal “pelo seu legado de repercussão social inimaginável, resultado do seu trabalho Político, com “P” maiúsculo”, diz, acrescentando: 

“Estar ao lado de Marco Maciel no exercício da vida pública e tê-lo como amigo foi um aprendizado. Homem conciliador e de bons propósitos, tinha a confiança não só dos correligionários, mas também dos adversários”. 

Marco Maciel, segundo Gustavo Krause, no trabalho com a equipe ouvia mais do que falava, mas ao falar reforçava o rumo estratégico da ação política. “Como prefeito, percebi que o governador MM era um ator fundamental na redemocratização do Brasil. O tempo histórico confirmou”, disse. Por 13 anos, Vandenbergue Sobreira Machado foi secretário de Marco Maciel, cuidava de tudo, especialmente da agenda.

Quando ministro da Educação, Maciel reservava um dia por semana para atender políticos em audiências. Certa vez, um deputado federal do Acre pediu para ser recebido por ele. Maciel autorizou Vandenbergue a marcar a conversa para as duas da madrugada. “Quando foi por volta das duas e meia da manhã, Marco me perguntou pelo deputado. Eu respondi que não havia aparecido. No dia seguinte, às 14 horas, o parlamentar chega ao gabinete. Eu tive que ser sincero. Deputado, a audiência era de duas da madrugada e não da tarde. Ele não acreditou e só nos restou uma boa gargalhada”, relembra.

“Marco Maciel foi um exemplo para toda classe política brasileira. Sabia como ninguém escolher seus auxiliares e era rigoroso no trato com a coisa pública. Nunca misturou assuntos do seu interesse, que era a política, com familiares. Era um exemplo. Aos seus auxiliares sabia cativar. Sempre procurava em seus despachos colocar “parabéns pelo trabalho”. Sabia respeitar e era respeitado por todos. Não só tinha fama de trabalhador e de quem comia pouco. Isso era verdade porque eu acompanhei de perto. Trabalhava muito e comia pouco”, conta Vandenbergue. 

Na política, um dos herdeiros de Maciel é o deputado federal André de Paula Filho, filho do empresário André de Paula, que no Governo Maciel presidiu o Bandepe. Pelas mãos do ex-governador, André Filho ocupou vários cargos e dirigiu o PFL. “Nos 17 anos em que presidi o partido, que tinha nele a sua maior liderança, aprendi, na análise cuidadosa, que ele sempre fazia, a identificar e valorizar as características de cada município e a importância da política na resolução dos problemas do nosso Estado”, disse.

Para André, participar da elaboração das estratégias e dividir as decisões do partido ao lado de Maciel foi um aprendizado que levará para sempre na sua vida pública. “Agradeço a Deus, todos os dias, pelo privilégio que tive de conviver intensamente com Marco Maciel, e de tê-lo como professor e fonte permanente de inspiração”, testemunha André.

André conheceu Marco Maciel quando ele era governador de Pernambuco e o seu pai André de Paula era o seu presidente no Bandepe. “Um político diferenciado, o principal incentivador do meu ingresso na vida pública, que sempre apostou na renovação dos quadros do partido. Sinônimo de trabalho, espírito público e de política feita com ética e com P maiúsculo, Dr. Marco foi um homem público com extrema capacidade de diálogo e que nos deixou lições valiosas de honradez e decência”, afirmou. 

Macielista convicto, o engenheiro Aloízio Sotero tomou um susto quando o então governador Marco Maciel o convidou para a pasta de Agricultura. “Governador, eu não distingo um pé de feijão de um pé de soja”, reagiu Sotero, que mais tarde virou, mesma na área que dizia não conhecer, um dos mais eficientes auxiliares do primeiro escalão macielista.

“Tive o privilégio de conviver e trabalhar com um homem extraordinário e político exemplar. Aprendi que a política se faz construindo pontes de entendimento e consensos. Ele foi um grande construtor da passagem para a democracia que vivemos. Seus ensinamentos muitas vezes pautaram os meus caminhos. A ele, a minha Gratidão. Tenho na minha memória dezenas de exemplos “Quem tem prazo não tem pressa”, “Não dou status de inimigo a qualquer pessoa. Se for caso, eu escolho os meus”, “Quem briga, não ganha”, “Sempre coloque o sinal de somar”, entre outros”, disse Sotero. 

Jornalista, Otávio Veríssimo foi assessor de Imprensa de Marco Maciel no Senado e na Vice-Presidência, uma relação que durou 13 anos. Ele guarda na memória momentos importantes que presenciou e que revelam a enorme capacidade de articulação do ex-senador. “Em 2007, durante tumultuada sessão para discussão da PEC que prorrogava a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), líderes empresariais tentavam, por meio de uma ação midiática, invadir o plenário da CCJ com carrinhos de supermercado abarrotados de folhas de um abaixo-assinado contrário à manutenção do tributo”, relembra Veríssimo.

E acrescenta: “Em meio aos protestos de representantes do governo e da oposição, o então presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Marco Maciel, usou de sua experiência e bom humor para apaziguar os ânimos, levar todos às gargalhadas e restabelecer a ordem dos trabalhos. Com suavidade, ligou seu microfone e alertou: o óbvio não é tão simples de ser enxergado. Lembrem-se das palavras do Conselheiro Acácio, personagem da obra O Primo Basílio, de Eça de Queirós: “As consequências sempre vêm depois”. 

Para ele, essa passagem resume bem o que foi trabalhar por 13 anos ao lado de Marco Maciel. “Foi e continua sendo um exercício diário de buscar sempre o entendimento com humildade, simplicidade, equilíbrio, respeito, serenidade e dedicação no servir ao povo”, afirmou. 

Já Roberto Pereira, secretário de Educação no governo Joaquim Francisco em subistituição a José Jorge, revela que trabalhar com Marco Maciel, além de ser uma honraria, foi um prazer porque ele era um aglutinador e motivador das ações realizadas por sua equipe. “A sua conduta ética e moral era o nosso orgulho. Ele foi um missionário do bem público, este o seu legado”, disse Pereira, que foi assessor especial de MM durante seus 8 anos na vice-presidência da República. 

No resumo da ópera, Marco Maciel, conforme atesta Gustavo Krause, um dos mais fiéis discípulos da escola macielista, foi um ser humano quase perfeito. “Foi o menos imperfeito que conheci em toda minha vida”, disse.

Veja amanhã

Governador, Marco Maciel andava de ônibus e não de avião pelo Interior 

Veja outras postagens

O Ministério do Esporte fez uma postagem racista nesta sexta-feira (26) ao citar o barco da delegação do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris.

A conta oficial do ministério na rede social X postou a imagem de um chimpanzé dirigindo um barco com a mensagem: “Todo mundo aguardando o nosso barco”, com a bandeira do Brasil fechando a frase. As informações são do G1.

O conteúdo foi retirado do ar logo depois, mas ficou publicado tempo suficiente para que prints circulassem pela web. Com a repercussão negativa, o ministério divulgou uma nota para lamentar a postagem e admitiu que foi racista

“O Ministério do Esporte reconhece e lamenta profundamente o erro cometido ao publicar uma imagem inadequada em nossas redes sociais na data de hoje, antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas. A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva”, disse a pasta.

O ministério afirmou ainda que a imagem é incompatível com os valores que defende. “Entendemos que a imagem carrega conotações racistas históricas e perpetua estereótipos prejudiciais. O Ministério do Esporte reconhece que essa publicação foi um erro grave e incompatível com os valores que defendemos. Lamentamos profundamente por qualquer ofensa causada e estamos empenhados em garantir que algo semelhante não ocorra novamente”, continuou a nota oficial.

O texto não informa, porém, se o responsável pela postagem foi demitido.

Confira a nota na íntegra

O Ministério do Esporte reconhece e lamenta profundamente o erro cometido ao publicar uma imagem inadequada em nossas redes sociais na data de hoje, antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas. A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva.

Entendemos que a imagem carrega conotações racistas históricas e perpetua estereótipos prejudiciais. O Ministério do Esporte reconhece que essa publicação foi um erro grave e incompatível com os valores que defendemos. Lamentamos profundamente por qualquer ofensa causada e estamos empenhados em garantir que algo semelhante não ocorra novamente.

Reafirmamos nosso compromisso inabalável no combate ao racismo e a qualquer forma de preconceito. O Ministério está implementando medidas rigorosas para garantir que nossa comunicação institucional seja sempre guiada por princípios de respeito, inclusão e diversidade. Estamos revisando nossos processos internos e oferecendo treinamento contínuo a nossa equipe para garantir que todas as nossas comunicações futuras reflitam nosso compromisso com a justiça social e a igualdade.

Em Arcoverde, o pré-candidato do Podemos à Prefeitura, Zeca Cavalcanti, recebeu, há pouco, mais uma adesão de um vereador ligado ao prefeito Wellington Maciel (MDB), que desistiu da reeleição: Everaldo Lira, do PP. Ontem, o vereador Luciano Pacheco, eleito pelo MDB e principal aliado de Wellington, fez uma grande festa de adesão a Zeca. O que se diz em Arcoverde é que a próxima adesão será a do próprio Wellington.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta sexta-feira (26), ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A denúncia ocorreu porque, no ano passado, Nikolas chamou Lula de “ladrão que deveria estar na prisão”.

A investigação foi aberta a partir de uma representação feita pelo próprio Lula ao Ministério da Justiça. A Polícia Federal (PF) solicitou ao STF, então, a abertura de um inquérito, o que foi autorizado pelo ministro Luiz Fux, relator do caso. As investigações são do O GLOBO.

Em junho, a PF concluiu a investigação e apontou que Nikolas cometeu injúria contra Lula, mas deixou de indiciar o deputado por se tratar de um “crime de menor potencial ofensivo”.

A declaração de Nikolas ocorreu em novembro do ano passado, durante evento realizado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), mas sem relação com a entidade. Na fala, ele mencionou um suposto apoio a Lula da ativista ambiental Greta Thunberg e do ator Leonardo Di Caprio.

“Isso se encaixa perfeitamente com Greta e Leonardo Di Caprio, por exemplo, que apoiaram o nosso presidente socialista, chamado Lula, um ladrão que deveria estar na prisão”, disse.

Para o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, a declaração não deve ser protegida pela imunidade parlamentar, porque não tinha relação com o mandato.

“Não havia, no contexto da referência depreciativa feita pelo denunciado ao presidente da República, nenhuma possível correlação com o exercício do mandato parlamentar. O que se evidenciou foi a clara intenção de macular a honra da vítima”, escreveu Chateaubriand Filho.

Proposta de acordo

Ao oferecer a denúncia, a PGR solicitou que seja designada uma audiência para negociação de um acordo de transação penal, quando o acusado aceita cumprir certas medidas, em troca do arquivamento do processo. Caso não haja acordo, a denúncia tramita normalmente.

O crime de injúria prevê pena de um a seis meses de detenção (quando não há regime fechado) ou multa. A PGR, no entanto, solicitou que sejam aplicados três agravantes de pena, pelo crime ter sido cometido contra o presidente da República, contra pessoa maior de 60 anos e por ter sido divulgado em redes sociais.

Deputado alegou ‘livre manifestação’

Em depoimento, em maio, Nikolas afirmou que estava “exercendo a livre manifestação do seu mandato” e que “a intenção não foi ofender, apenas se manifestar dentro dos direitos garantidos por sua imunidade parlamentar.

O parlamentar ainda acrescentou não se arrepender das palavras proferidas e que defende sua imunidade parlamentar. Também pontuou que “não pode se arrepender de um direito baseado na Constituição”.

Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista do cantor e compositor Silvio Brito ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!

O Governo de Pernambuco divulgou edital para requalificação da PE-060, principal via de acesso ao Litoral Sul do Estado. O processo licitatório para contratação de empresa para execução das obras de requalificação da rodovia foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (26). Com investimento de quase R$ 75 milhões em recursos estaduais, a iniciativa irá beneficiar mais de 400 mil pessoas que moram nos municípios que serão contemplados pela requalificação da estrada.

“A recuperação da malha rodoviária de Pernambuco é um compromisso da nossa gestão. Em 18 meses de Governo, alcançamos a marca de 800 quilômetros de estradas requalificadas. Temos obras em todas as partes do Estado, do Litoral ao Sertão. Para isso, já investimos R$ 1,5 bilhão, garantindo o escoamento da produção e a melhoria na trafegabilidade“, afirmou a governadora Raquel Lyra.

Os serviços serão realizados no trecho de 85 quilômetros, com início na entrada da BR-101, no município de Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, seguindo até a divisa com Alagoas. A obra contempla os serviços de drenagem, para evitar pontos de alagamento na via, além de pavimentação, sinalização horizontal, vertical e turística.

A restauração da PE-060 é importante para o desenvolvimento econômico de Pernambuco, pois ela também se conecta com o Porto de Suape e faz parte da rota turística das praias mais procuradas do Litoral Sul. “A recuperação dessa importante rodovia estadual vai proporcionar uma melhor trafegabilidade aos moradores de todos os municípios que margeiam a via, assim como os turistas de várias partes do Brasil e do exterior que chegam para conhecer as belezas naturais do nosso Estado”, disse o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra.

Com um histórico crônico de inundações, em virtude de ocupações e aterros irregulares realizados há décadas, as regiões das bacias do Baixo Rio Jaboatão e da Lagoa Olho d’Água vão receber um aporte de peso, que dará melhor qualidade de vida aos moradores dessas áreas. Projetos de R$ 73,3 milhões para requalificação de canais, inseridos no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pela Prefeitura do Jaboatão, foram selecionados pelo Governo Federal. 

O anúncio foi feito em Brasília, na manhã desta sexta-feira (26), em evento que contou com a presença de várias autoridades, inclusive da governadora Raquel Lyra e do prefeito Mano Medeiros.

Serão beneficiados os canais Muriçoca, Integração Muribeca, Curado I, Riacho da Prata, Mariana e Três Carneiros, todos afluentes do Rio Jaboatão. Do valor total, R$ 69,8 milhões serão do Governo Federal e 3,5 milhões, contrapartida do município. “A Prefeitura do Jaboatão já vem enfrentando esse problema, com execução de obras de manutenção dos cursos d’água e adequação da estrutura de macrodrenagem dessas regiões, com recursos municipais, emendas parlamentares e, também, da iniciativa privada. Já tivemos resultados significativos, nas últimas chuvas. Mas a requalificação desses (e outros) canais é fundamental para vencermos esse desafio, por isso estávamos na torcida pela aprovação dos projetos”, declara o secretário-executivo de Saneamento e Elaboração de Projetos, Alex da Silva Ramos.

Além de vir buscando viabilizar essas obras via PAC, a gestão Mano Medeiros também tem se articulado com o Governo do Estado, para a retomada de um outro projeto indispensável, para reter inundações no Rio Jaboatão (que tem 48 afluentes): a barragem do Engenho Pereira, paralisada em 2014. Sem ela, mesmo não havendo chuva em Jaboatão, Muribeca acaba sofrendo alagamentos quando chove em Vitória de Santo Antão e Moreno, pois a água vai descendo pelo Rio Jaboatão e transborda. 

O prefeito Mano Medeiros já teve reuniões sobre o tema com o Estado e a própria governadora Raquel Lyra sinalizou que a retomada da obra da barragem é uma das prioridades da gestão.

Nesta semana, o prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela, assinou uma nova ordem de serviço para calçamento e saneamento de oito ruas do bairro Maria Cristina. O gestor aponta que esta ordem de serviço atende a um pedido antigo dos moradores, que há anos clamavam por melhorias. 

No mesmo dia da assinatura, as obras começaram imediatamente na Rua Filomena de Souza Galvão. Além do calçamento, as demais ruas também serão beneficiadas com saneamento, atendendo a uma necessidade urgente dos moradores.

Essa ação faz parte do projeto “Minha Rua Vai Ficar Top”, que já beneficiou vários bairros e centenas de ruas em Belo Jardim. Segundo o prefeito, até dezembro de 2024, a gestão planeja ampliar ainda mais esses benefícios, alcançando novas localidades e melhorando a qualidade de vida dos moradores.

“Estamos trabalhando incansavelmente para construir, de fato, uma nova história para Belo Jardim. Investir em infraestrutura é fundamental para proporcionar mais dignidade e qualidade de vida aos belo-jardinenses. Sabemos que essas obras são aguardadas há muito tempo e estamos empenhados em atender essas demandas. A cidade inteira está sendo beneficiada por essa transformação”, pontuou.

O Sextou de logo mais, programa musical que ancoro pela Rede Nordeste de Rádios, no mesmo horário do programa Frente a Frente, trará uma super entrevista com o cantor e compositor Silvio Brito. 

Silvio fez muito sucesso na época da Jovem Guarda com as canções “Tá todo mundo louco” e “Espelho mágico”. Além de cantar, atualmente ele apresenta um programa de TV aos sábados, na Rede Vida, a partir das 21h30. Na companhia de sua esposa, filhas e do maestro e pianista Maurílio Kobel, recebe grandes artistas brasileiros. É um artista eclético e múltiplo, tendo começado no rock.

O Sextou vai ao ar em instantes, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente em destaque acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Por conta da situação decadente das estradas no trecho que liga a cidade de Tabira, no Sertão pernambucano, até a divisa com a cidade de Água Branca, na Paraíba – e Tabira até o município de Afogados da Ingazeira, o advogado José Cláudio Soares entrou com uma representação contra o Governo de Pernambuco no Ministério Público.

Na representação, o advogado alega que as vias públicas têm causado graves transtornos aos moradores e viajantes que utilizam essas rotas diariamente. “Os buracos e a deterioração das estradas representam riscos significativos à segurança dos usuários e têm causado roubos, danos materiais aos veículos, além de contribuir para um aumento no custo de manutenção dos mesmos”, destacou Soares.

Ele aponta ainda que a falta de manutenção e reparos adequados nessas estradas tem impacto direto na qualidade de vida dos cidadãos e compromete a mobilidade e o desenvolvimento econômico da região. “Diante do exposto, solicito que sejam tomadas as medidas necessárias para que as autoridades competentes providenciem a recuperação e manutenção adequada dessas vias”, pontuou.

O Governo de Pernambuco decretou luto oficial de três dias pela morte do artista pernambucano J. Borges. Pintor, poeta, cordelista e xilogravurista, Borges levou a cultura pernambucana ao mundo, sendo reconhecido internacionalmente ao receber a comenda da Ordem do Mérito Cultural, entregue pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O luto foi oficializado nesta sexta-feira (26), em edição extra do Diário Oficial.

“J. Borges foi um herói que levou Bezerros, o Agreste e Pernambuco para o mundo. Vai deixar uma saudade imensa, mas a sua grandiosidade permanecerá aqui pelas mãos de seus filhos, discípulos e centenas de xilogravuras que representam tão bem a nossa cultura. Meus pêsames aos familiares e amigos”, declarou a governadora Raquel Lyra.

George Braga, presidente do PCdoB em Recife, saiu em defesa da  escolha do empresário Celso Muniz Filho, do PCdoB, como vice na chapa da pré-campanha de Vinícius Castello (PT) à Prefeitura de Olinda. A indicação causou polêmica por conta do apoio do empresário ao ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018. O dirigente, no entanto, pondera que a escolha deve ser analisada além do contexto da polarização política do passado.

“É preciso considerar a circunstância da polarização política que vivemos no passado e colocá-la no contexto daquela época. Se a gente colocar um ‘carimbo’ dizendo que, naquele momento, fizeram a opção por reforçar aquele projeto, estaremos apenas mantendo o país dividido para sempre”, declarou o presidente do PCdoB em Recife.

Ele também reforçou o apoio do partido à pré-candidatura de Vinícius. O PCdoB faz parte de uma federação com o PT e PV. “Estamos totalmente empenhados na candidatura de Vinícius, que é um jovem que tenho certeza de que, se for eleito prefeito, pode fazer um excelente trabalho e realizar grandes coisas por Olinda”, completou.

Do Blog da Folha

O sextou de hoje traz o cantor, compositor e apresentador de TV, Sílvio Brito, autor de grandes sucessos na Jovem Guarda, entre os quais “Tá todo mundo louco” e “Espelho mágico”.

O Sextou vai ao ar logo mais, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. 

Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente em destaque acima, ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.