O corregedor da Justiça Eleitoral e ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, afirmou que há elementos indicativos de que um documento com ilações sobre as urnas eletrônicas foi produzido e divulgado por iniciativa do PL. O ministro disse ainda que ação contou com “a participação dirigentes máximos” do partido. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, contratou em julho um instituto para fazer uma análise do sistema eleitoral.
As conclusões, com suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas, foram divulgadas na quarta-feira (28). O TSE cobrou do PL esclarecimentos sobre o material. Nas explicações enviadas ao TSE, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, negou o uso de recursos públicos no pagamento ao instituto que fez o relatório sobre o sistema eleitoral.
Leia maisDisse ainda que o documento é de “responsabilidade da equipe técnica contratada, cujos termos devem ser avaliados dentro de tal contexto e sob a responsabilidade de seus subscritores”. Ao encaminhar o caso para o Ministério Público Eleitoral tomar providências, o ministro Gonçalves escreveu que “não há como” atribuir a responsabilidade exclusivamente à equipe técnica.
“Não há como atribuir exclusivamente à equipe técnica a responsabilidade pelo teor do documento, uma vez que: a) o PL contratou o projeto e, recebendo o relatório, validou seu conteúdo, remetendo-o formalmente ao TSE; b) o Presidente e o vice-presidente Nacionais do PL, Valdemar da Costa Neto e Capitão Augusto, são apontado como “participantes” do projeto, compondo a coordenação geral do relatório; c) Carlos Rocha, coordenador técnico e Presidente do Instituto Voto Legal, assina o comunicado ao TSE na qualidade de “representante do Partido Liberal, para a Fiscalização no TSE”, escreveu.
O PL disse que a intenção era contribuir para aperfeiçoar o sistema. Autoridades eleitorais e entidades de fiscalização e controle têm ressaltado que as urnas eletrônicas são seguras, auditáveis e livres de interferência externa.
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