Federação ou coligação partidária: qual a melhor escolha para agregar partidos políticos?

Por Hérica Nunes Brito*

Atualmente, há duas formas de os partidos políticos se unirem para disputar uma eleição: por meio de uma coligação ou de uma federação. Apesar de algumas semelhanças, há diferenças importantes entre elas, como a duração da aliança e a sua abrangência. Enquanto a coligação só vale para o período eleitoral, a federação tem duração mínima de quatro anos.

Já em relação à abrangência, a federação obrigatoriamente é nacional, ao passo que a coligação pode ser apenas regional. Outra diferença é que as coligações valem apenas para eleições majoritárias; já as federações partidárias podem apresentar concorrentes a todos os cargos, tanto nas eleições majoritárias quanto nas proporcionais.

Federações

Inovação introduzida pela Lei nº 14.208/2021, as federações podem ser formadas por dois ou mais partidos políticos e têm duração mínima de quatro anos, com prazo final indeterminado – ou seja, a aliança estende-se após o período eleitoral. Em 2024 ocorrerá a primeira eleição municipal com a participação das federações partidárias.

Justamente por esse caráter mais permanente e pela sua abrangência nacional, a tendência é que se reúnam em federações legendas com afinidade programática, o que não necessariamente ocorre nas coligações. A união pode funcionar como um teste para eventual fusão ou incorporação.

A aliança formada por meio de federações vale tanto para eleições majoritárias (para a Presidência da República, Senado Federal, Governos de Estado ou Prefeituras) quanto proporcionais (para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais).

No caso das eleições proporcionais, para a distribuição das cadeiras nas casas legislativas, são somados os votos dos partidos que integram a federação e aplicados os quocientes eleitoral e partidário. Dessa forma, a federação pode ajudar legendas menores a superarem a cláusula de barreira e continuarem a existir.

Em relação à cota de gênero nas eleições proporcionais, ela deve ser atendida tanto pela lista de candidaturas da federação quanto individualmente pela lista de cada partido que a integra, de acordo com resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovada em dezembro de 2021.

A norma também determinou que a aplicação irregular de recursos públicos transferidos entre legendas da mesma federação acarreta a desaprovação das contas tanto do partido beneficiado quanto do partido doador. O objetivo da medida é tornar inócua eventual utilização de uma das agremiações como intermediária para a prática de irregularidades.

Para participar da eleição, a federação precisa ser constituída até o prazo final das convenções partidárias (5 de agosto do ano eleitoral) e que o seu registro tenha sido deferido pelo TSE até seis meses antes do pleito.

Para obter o registro, é preciso constituir uma associação, registrada em cartório de registro civil, com personalidade jurídica distinta da dos partidos. A federação deve ter ainda um estatuto próprio, com regras sobre fidelidade partidária e sanções para quem não seguir as orientações de votação, por exemplo.

Se um partido sair da federação antes de quatro anos, não poderá utilizar recursos do Fundo Partidário até o final do período que faltaria para concluir esse prazo mínimo. Também não poderá entrar em outra federação nem celebrar coligação nas duas eleições seguintes.

As federações podem ainda fazer coligações para cargos majoritários com outros partidos políticos. No entanto, os partidos que integram uma federação não podem se coligar a outras legendas de forma isolada.

Nos estados, no Distrito Federal e nos municípios o funcionamento da federação não dependerá de constituição de órgãos próprios, bastando que exista, na localidade, órgão partidário de algum dos partidos que a compõe. A manutenção e o funcionamento da federação serão custeados pelos partidos políticos que a compõem, cabendo ao estatuto dispor a respeito.

As controvérsias entre os partidos políticos relativas ao funcionamento da federação constituem matéria interna corporis, de competência da Justiça Comum, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral para dirimir questões relativas ao registro da federação e das alterações previstas resolutivamente, ou que impactem diretamente no processo eleitoral.

Existem atualmente três federações, que tiveram seu registro deferido em maio de 2022 e, portanto, têm o prazo mínimo de duração até maio de 2026: Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), Federação PSDB-Cidadania e Federação PSOL-Rede.

Coligações

As coligações para eleições proporcionais foram extintas em 2017, mas continuam valendo para as disputas dos cargos majoritários. Estão previstas na Constituição Federal, no Código Eleitoral e na Lei das Eleições, entre outros diplomas legais.

De natureza puramente eleitoral, as coligações extinguem-se automaticamente após o pleito. Podem ter abrangência municipal (nas disputas para prefeituras), estadual (para governos estaduais e Senado) ou nacional (para a Presidência da República).

Atualmente, não existe obrigatoriedade de vinculação das coligações em âmbito nacional, estadual e municipal (a chamada verticalização). Apenas não é permitido que partidos coligados para a eleição de um governador ou governadora façam uma coligação diferente para o cargo de senador ou senadora, segundo decisão do TSE de 2022. No entanto, é permitido que os partidos coligados na eleição para o governo lancem candidaturas isoladas ao Senado.

O partido político ou a federação que formar coligação majoritária somente possui legitimidade para atuar de forma isolada, no processo eleitoral, quando questionar a validade da própria coligação, durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatura; sem excluir a Iegitimidade do partido político ou da federação para isoladamente impugnar candidaturas, propor ações, requerer medidas administrativas relativas à eleição proporcional.

A união de partidos para disputar uma eleição traz vantagens para as campanhas eleitorais, como mais tempo de televisão, rádio e a possibilidade de receber verbas dos outros partidos integrantes.

As coligações devem ser celebradas durante as convenções partidárias, que se realizam de 20 de julho a 5 de agosto do ano eleitoral. Cada coligação precisa ter um nome próprio, que tem que ser exibido nas propagandas eleitorais, acima das legendas de todos os partidos que a integram; porém a denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos políticos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere ao processo eleitoral, devendo funcionar como um só partido político no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.

A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou a número de candidata ou candidato, nem conter pedido de voto para partido político ou federação. A Justiça Eleitoral decidirá sobre denominações idênticas de coligações, observadas, no que couber, as regras constantes da resolução relativas à homonímia de pessoas candidatas.

Os partidos políticos e as federações integrantes de coligação devem designar uma ou um representante, que terá atribuições equivalentes às de presidente de partido político no trato dos interesses e na representação da coligação no que se refere ao processo eleitoral perante a Justiça Eleitoral pela pessoa designada ou por delegadas ou delegados indicadas (os) pelos partidos políticos e federações que a compõem.

Federações x Coligações

Para entendermos melhor discorremos às semelhanças e diferenças entre as federações e coligações partidárias; entretanto podem participar de uma eleição: o partido político e a federação que, até seis meses antes da data do pleito, tenham registrado seus estatutos no TSE e tenham, até a data da convenção, órgão de direção, definitivo ou provisório, constituído na circunscrição, devidamente anotado no tribunal eleitoral competente, de acordo com o respectivo estatuto partidário; e na federação conte em sua composição com ao menos um partido político que tenha, até a data da convenção, órgão de direção.

Deste modo, tanto a federação de partidos quanto a coligação partidária são formas de cooperação eleitoral entre partidos políticos em um sistema multipartidário. Mas, quais são as vantagens e desvantagens de cada uma delas?

Uma das principais vantagens da federação de partidos é que ela permite que os partidos mantenham sua identidade e independência, ao mesmo tempo em que se unem em torno de um programa comum. Os partidos mantêm suas próprias estruturas e direções, mas concordam em formar uma aliança eleitoral comum e apresentar uma lista conjunta de candidatos. Com isso, se argumenta que os eleitores teriam uma visão mais clara das diferenças entre os partidos, já que poderiam ter a opção de votar em uma aliança eleitoral mais ampla de partidos que compartilham seus valores.

Também é apresentada como uma vantagem da federação ela contribuir para reduzir a fragmentação política, uma vez que incentiva os partidos a se unirem em coalizões em torno de questões importantes e de ideias semelhantes. O argumento é que esta união de partidos pode tornar a governabilidade mais fácil e ajudar a evitar impasses políticos, especialmente entre o Executivo e o Legislativo.

Por outro lado, a coligação partidária pode ser mais eficaz do que a federação em eleições proporcionais, quando o objetivo é ganhar o maior número possível de assentos parlamentares. Portanto, é uma relação feita em bases pragmáticas, onde os partidos se unem e apresentam uma lista conjunta de candidatos para os eleitores escolherem, como se fosse um só partido, na esperança de que haverá um aumento da força eleitoral da aliança por meio da conquista de mais assentos no Legislativo.

No entanto, a coligação também pode dificultar a distinção entre os partidos e seus programas políticos, já que os candidatos são apresentados em uma lista conjunta. E ainda mais, normalmente se desfaziam após as eleições, diferentemente das federações que tem que permanecer, mesmo depois dos pleitos eleitorais.

Em resumo, a federação pode ter a vantagem de manter a identidade dos partidos e ao mesmo tempo oferecer uma plataforma comum, enquanto a coligação partidária pode ser mais eficaz em eleições proporcionais, mas pode levar a uma perda de identidade dos partidos envolvidos. Ambas as formas de cooperação eleitoral têm suas vantagens e desvantagens, e a escolha entre elas dependerá do contexto político específico de cada eleição.

*Advogada eleitoralista

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No PL de Pernambuco, quem vai encarar a “missão 2026”?

Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Muito se fala da disputa entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), pelo Governo do Estado, em 2026. Mas nenhum dos dois, hoje, representa o campo bolsonarista, que detém uma fatia do eleitorado pernambucano, embora os dois tenham um voto aqui e outro ali de eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Raquel, inclusive, foi eleita graças à votação da extrema direita. Mas vem se aproximando cada vez mais do presidente Lula (PT).

Na última semana, um dos deputados estaduais do PL, Renato Antunes, defendeu que a legenda é grande e por isso não pode ficar de fora do pleito no Estado. Precisa lançar candidato, o que seria interesse do próprio presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, que quer nomes do PL liderando em todos os Estados.

Em entrevista à Rádio Folha, na última quinta-feira (23), o parlamentar reforçou: “precisamos de um jogador para jogar em 2026. Sou adepto de que a governadora Raquel Lyra tem feito um bom trabalho, mas partido grande como o PL não pode ficar de fora, até porque Pernambuco é importante para o debate nacional. Precisamos ter palanque aqui”.

Com a possibilidade de o presidente Lula (PT) subir nos palanques de Raquel e de João ao mesmo tempo, como apontam as articulações até aqui, ficará difícil para o eleitor mais alinhado à extrema direita de Pernambuco escolher entre a governadora e o prefeito.

Embora com as chances reduzidas, o PL poderia representar uma terceira via. O problema é a falta de nomes para encarar a missão. O ex-ministro Gilson Machado (PL), que tem o nome cogitado para o Senado, tem chances de se eleger facilmente para deputado federal. Os irmãos Ferreira, de Jaboatão dos Guararapes, também. O casal Tércio deve tentar renovar os mandatos, Clarissa para federal e Júnior para estadual.

Os outros deputados estaduais também buscarão suas vagas na Assembleia Legislativa. Quem entrar na disputa pelo Partido Liberal vai encarar sabendo que os dois palanques principais, de Raquel e de João, chegarão fortes e é muito pequena a possibilidade de um dos dois não sair vitorioso.

Raquel tem a máquina estadual nas mãos e o apoio de vários prefeitos. João tem a Prefeitura da capital e a chancela das urnas em 2024, que o fizeram prefeito novamente com quase 80% dos votos. Quem no PL de Pernambuco vai topar entrar nessa parada? E se o PL não tiver candidato próprio, vai subir no palanque de quem, com Lula nos dois principais?

TRÊS NOMES NO RADAR – Para Renato Antunes, a chapa deveria ser Gilson Machado para governador e Anderson Ferreira para senador. Mas o deputado estadual coronel Alberto Feitosa também teria chances de disputar o Estado por ter sido o mais votado nas últimas eleições. “De toda forma, vai ter que ter um candidato por causa da conjuntura nacional. Temos entre 30% e 40% do eleitorado que se identifica com a direita e essas pessoas precisam ter em quem votar. Também ajuda na construção das chapas proporcionais. O PL hoje tem quatro deputados federais, queremos ampliar para cinco e temos cinco deputados estaduais e queremos ampliar para seis ou sete. Isso só será possível se tivermos candidatura própria”, considerou o parlamentar.

Por falar em Raquel – Mal voltou do recesso e a governadora já caiu em campo pegando a estrada em Pernambuco, na companhia de prefeitos e deputados. A gestora foi ao Litoral Sul do Estado, onde realizou uma vistoria técnica nas rodovias PE-09, PE-60 e PE-51, na cidade de Ipojuca. Estiveram com ela o deputado federal Clodoaldo Magalhães (PV) e os deputados estaduais France Hacker (PSB), Jefferson Timóteo (PP) e Romero Sales Filho (UB). Também estiveram ao lado da governadora os prefeitos Carlos Santana (Republicanos), de Ipojuca; Fátima Borba (PSDB), de Cortês; Carol Jordão (PSB), de Ribeirão; Neto Melo, em exercício de Palmares; Carlinhos da Pedreira (PP), de Barreiros; Barbosa (PSD), de São José da Coroa Grande; Manoel da Retífica (Podemos), de Sirinhaém; e Berg de Hacker (PSDB), de Rio Formoso.

Sobre a Educação – Apesar de especulações em torno de nomes técnicos e políticos para a Secretaria de Educação, a governadora vem defendendo que a escolha deve combinar ambas as características. “Todo mundo tem que fazer as duas coisas”, declarou Raquel Lyra ao ser questionada sobre o assunto. A governadora não está com pressa para resolver e defendeu o trabalho do secretário interino. “O secretário de educação está designado. Gilson tem ampla experiência, já trabalhou na área e está lá desde o início do nosso mandato e está respondendo pela Secretaria. Estamos trabalhando para a volta às aulas e já já a gente começa a entregar nas escolas, fardamento e kit escolar”.

Canal do Sertão – Um movimento em defesa do projeto do Canal do Sertão de Pernambuco vem ganhando força nos últimos meses e promete cobrar mobilização da classe política do Estado para tirar a iniciativa do papel. Entre os defensores da obra está o ex-deputado estadual Antônio Fernando (PP), de Ouricuri, no Sertão do Araripe, que inclusive já elaborou um abaixo-assinado endereçado ao presidente Lula (PT). O documento solicita a retomada das obras, paralisadas desde 2003.

Amupe pegando fogo – A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), está se posicionando como uma das principais candidatas à presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). A decisão foi definida em uma reunião realizada nesta sexta-feira no Recife, que contou com a presença de prefeitos e ex-prefeitos de diversos municípios do estado. A eleição promete ser disputada, já que outros nomes também aparecem no cenário. Entre eles, o atual presidente da Amupe e ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, e o prefeito de Aliança, Pedro Freitas. Márcia Conrado já comandou a Amupe em gestões anteriores, sendo amplamente elogiada por sua atuação à frente da associação.

CURTAS

Medidas contra a impopularidade – O Governo Federal avalia reduzir as alíquotas de importação sobre alimentos que estejam mais caros no mercado interno do que no exterior, informou, ontem (24), o ministro da Casa Civil, Rui Costa. A declaração foi realizada em coletiva de imprensa após reunião com o presidente Lula (PT) para tratar do tema. Com a popularidade em queda, Lula tenta realizar mais ações de repercussão no bolso do povo.

José Múcio – O pernambucano José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, deve deixar a pasta por vontade própria para se dedicar mais à família. Ele comunicou seu desejo ao presidente Lula desde o fim do ano passado. Na bolsa de apostas de quem o substituirá há, pelo menos, cinco nomes, entre eles o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Múcio já declarou a interlocutores que gostaria de sair antes da reforma ministerial que Lula deve promover no início de fevereiro.

Carlos Veras defende Hugo Motta – Em entrevista à Folha de Pernambuco, o deputado federal Carlos Veras (PT) destacou a postura republicana e a capacidade de diálogo do deputado Hugo Motta (Republicanos), um dos mais cotados para suceder Arthur Lira (PP) no comando da Câmara dos Deputados. “Acredito que irá construir uma relação producente com o governo Lula, preservando a autonomia entre os poderes, assegurando o desenvolvimento do Brasil e fortalecendo a democracia”, disse. 

Perguntar não ofende: quem vai topar ficar sem mandato para cumprir a missão de abrir um palanque do PL em Pernambuco, em 2026?

Conheça Petrolina

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, visitou o prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, nesta sexta-feira (24). Em pauta, ações e investimentos federais para a cidade. O presidente estadual do Republicanos, Samuel Andrade, também esteve na reunião, que contou ainda com secretários municipais.

Em seguida, o ministro e o prefeito vistoriaram a Escola Professor Merval dos Santos Oliveira. O equipamento público municipal foi construído a partir de uma verba de mais de R$ 10 milhões, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), viabilizados pelo ministro.

“Trabalhamos pelos portos, aeroportos e hidrovias do Brasil. Mas trabalhamos também muito por Pernambuco! A gente tem trabalhado muito ao lado do presidente Lula ajudando o país. Mas, ao longo do ano de 2025, eu quero andar nosso estado também mostrando todas as ações e obras que estamos trazendo para Pernambuco. Essa escola está pronta para receber agora em fevereiro mais de 300 alunos. Essa escola será muito importante em Nossa Senhora do Ó para o desenvolvimento da Educação da cidade”, pontuou Silvio Costa Filho.

Antes, Silvio se reuniu com o prefeito na sede do Executivo municipal, quando se colocou à disposição para trabalhar por Ipojuca em Brasília. “Ministro, obrigado pela parceria de sempre com Ipojuca. Vamos trabalhar muito”, comentou o gestor.

Camaragibe Avança 2024

Marco da arquitetura moderna no Recife, capital do Estado de Pernambuco, o Edifício Holiday vai a leilão judicial no próximo dia 30, às 11h. O certame será conduzido de modo on-line pelo leiloeiro Luciano Rodrigues, da Lance Certo Leilões, e terá lance inicial mínimo de R$ 35.731.026,76. “O leilão será a melhor e mais justa solução para os condôminos que comprovem a propriedade ou posse legítima, e também para os vizinhos e transeuntes, que vêm sofrendo com os problemas que a situação atual do edifício ocasiona”, afirma Luciano Rodrigues, que realizará o leilão a partir de decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Localizado no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, o Edifício Holiday possui 476 apartamentos, distribuídos em 17 andares.Tem ainda 17 lojas comerciais e boxes. São cerca de 15 mil metros quadrados de área construída e aproximadamente cinco mil metros quadrados de área de terreno. Em março de 2019, após requerimento da Prefeitura do Recife, o prédio foi completamente desocupado. A decisão foi tomada a partir de estudos que demonstraram risco elevado de incêndio e também na estrutura do prédio.

“Apesar das oportunidades concedidas aos condôminos para resolver os problemas estruturais, nenhuma solução foi tomada nos últimos anos. Diante dessa realidade, a melhor solução encontrada pela Justiça foi determinar a alienação do imóvel, por meio de leilão, com o intuito de arrecadar fundos para indenizar os proprietários e possuidores devidamente comprovados”, explica Luciano. Não será possível a demolição integral da edificação, devendo o vencedor do leilão obedecer às diretrizes para intervenção estabelecidas no Plano Diretor do Recife.

Os interessados em participar do certame devem se cadastrar no site da Lance Certo Leilões (https://www.lancecertoleiloes.com.br/) com antecedência de dois dias da data do primeiro leilão. Ele será realizado na modalidade on-line, mas sua dinâmica será bem parecida com aquela que o público já se acostumou a ver em filmes e séries, com o leiloeiro recebendo os lances e os interessados cobrindo as propostas. Caso a venda não seja concretizada no dia 30, ocorrerá um outro leilão, no dia 20 de fevereiro, também às 11h, com lance mínimo no valor de R$ 21.438.616,05. O valor arrecadado será depositado em uma conta judicial para posterior rateio entre os moradores que comprovarem a propriedade do imóvel.

Caruaru - IPTU 2025

O PFL (Partido da Frente Liberal) completaria 40 anos nesta 6ª feira (24.jan.2025), tendo sido fundado em 24 de janeiro de 1985. Surgiu como uma força política significativa durante a transição do regime militar para a democracia, ao apoiar o movimento Diretas Já e promover uma dissidência dentro do PDS (Partido Democrático Social), partido sucessor da Arena.

Como parte da Aliança Democrática, o PFL foi fundamental na articulação política que possibilitou a eleição de Tancredo Neves e José Sarney no Colégio Eleitoral, um passo decisivo para a abertura democrática de forma pacífica e sem rupturas.

O PFL foi fundado por políticos que buscavam se alinhar às forças democráticas emergentes, dentre os quais se destacam Jorge Bornhausen, Marco Maciel (1940-2021) e Guilherme Palmeira (1938-2020). Durante o Congresso constituinte, de 1987 a 1988, o partido exerceu uma influência significativa na elaboração da nova Constituição, que lançou as bases da democracia moderna no Brasil.

Nas décadas de 1990 e 2000, o PFL integrou diversas coalizões governamentais, desempenhando um papel importante na implementação de políticas de estabilização e modernização econômica. O partido só apresentou candidatura à Presidência da República nas eleições de 1989, com Aureliano Chaves (1929-2003), mas também considerou candidaturas próprias em 2002, com Roseana Sarney, e em 2006, com César Maia.

Com a eleição do presidente Lula em outubro de 2002, o PFL migrou para a oposição e precisou se reinventar. O partido buscou se reposicionar mais ao centro do espectro político, passou por uma transição geracional e por um processo de rebranding, que culminou na mudança de nome para Democratas (DEM), em 2007.

Na época da alteração da nomenclatura, o PFL já existia há 22 anos, e seus integrantes haviam ocupado cargos públicos importantes, incluindo a Vice-Presidência da República (Marco Maciel), a presidência do Senado (Antônio Carlos Magalhães [1927-2007]), a presidência da Câmara dos Deputados (Inocêncio de Oliveira, Luís Eduardo Magalhães [1955-1998] e Efraim Morais), além de diversos governos estaduais, prefeituras de capitais e ministérios do Poder Executivo Federal. O partido atuou como PFL nas eleições gerais de 1986, 1990, 1994, 1998, 2002 e 2006, e como DEM em 2010, 2014 e 2018. Em 2022, o partido deixou de existir por causa da fusão com o PSL, resultando na formação do União Brasil.

A ideologia do PFL, centrada em princípios liberais na economia e conservadores nos costumes, ainda ressoa em partidos atuais, mas o ambiente contemporâneo exige muito mais flexibilidade e capacidade de diálogo. Ao contrastar o PFL daqueles tempos às agremiações políticas da atualidade, percebe-se que o cenário político brasileiro se tornou muito mais polarizado e fragmentado, o que dificulta a formação de maiorias estáveis nas Casas do Congresso Nacional.

Enquanto o PFL atuava em um contexto de transição, os partidos contemporâneos enfrentam desafios relacionados à representatividade e ao e ao fortalecimento das instituições democráticas em meio a crises de confiança. Além disso, a realidade atual é marcada por uma competição mais profissional e digitalizada pela atenção do eleitor, refletindo uma nova dinâmica na relação entre cidadãos e informação política. A horizontalidade dos meios de comunicação e a mudança na forma de consumir informações alteraram significativamente o comportamento do eleitor, que busca interações mais ativas e diretas. Isso enfraquece estruturas tradicionais, como os partidos políticos, ao facilitar a formação de conexões fora dos canais convencionais.

A celebração dos 40 anos da fundação do PFL proporciona uma excelente oportunidade para relembrar seu papel histórico na redemocratização do Brasil e para refletir sobre os desafios que o sistema partidário enfrenta atualmente, especialmente no que diz respeito à sua função e relevância na sociedade contemporânea. Por fim, a trajetória do PFL destaca a importância do diálogo e da negociação política, oferecendo lições valiosas para os partidos de hoje em sua busca por fortalecer a democracia brasileira.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Em meio ao momento hídrico preocupante vivido no Estado, nesta sexta-feira (24), a esperança deu as caras. Na Barragem de Brotas, na cidade de Afogados da Ingazeira, no Sertão pernambucano, as primeiras lâminas de água caíram.

As informações são do Mais Pajeú. Nas fotos publicadas é possível ver a movimentação da água escapando para fora da barragem.

Na última atualização do monitoramento da Barragem feito pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), apontou que a capacidade estava em 96,48% na última quarta (22).

Ainda de acordo com a APAC, a previsão do tempo para a região do Sertão de Pernambuco é de parcialmente nublado com chuva rápida de forma isolada no período da tarde e noite com intensidade fraca. Para o Sertão de São Francisco a previsão é de parcialmente nublado sem chuva em toda a região ao longo do dia.

Do Diario de Pernambuco.

O advogado Antônio Campos emitiu nota nesta sexta-feira (24) apontando uma situação de desorganização financeira e falta de transparência na gestão da Prefeitura de Olinda. Segundo ele, apenas a Secretaria da Fazenda estaria operando plenamente, com foco na cobrança de impostos, enquanto outros prédios municipais permanecem praticamente vazios.

Campos atribui o cenário ao desequilíbrio financeiro herdado pela atual prefeita Mirella Almeida, sucessora de Lupércio, a quem ela teria tentado proteger ao não divulgar o balanço de transição da administração, como determina a Lei Complementar Estadual nº 260/2014. O advogado afirma que solicitou acesso ao relatório da comissão de transição por meio da Lei de Acesso à Informação, mas não obteve retorno, levando-o a formalizar uma denúncia ao Ministério Público de Contas.

“Os olindenses, que acabaram de receber os carnês do IPTU, têm o direito de conhecer a real situação financeira da Prefeitura e onde seus impostos estão sendo aplicados”, afirmou Campos.

Ao tomar conhecimento do lançamento da candidatura de Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada, à presidência da Amupe, o prefeito de João Alfredo, Zé Martins, uma das principais lideranças do PSB no Agreste, declarou apoio de imediato. Isso pode ser um indicativo de que os prefeitos ligados a João Campos, provável adversário de Raquel Lyra em 2026, tendem a abraçar a candidatura de Conrado contra dois outros candidatos – Marcelo Gouveia, atual presidente, e Pedro Freitas, prefeito de Aliança, lançado pelo presidente do PP, Eduardo da Fonte.

A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), está se posicionando como uma das principais candidatas à presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). A decisão foi definida em uma reunião realizada nesta sexta-feira no Recife, que contou com a presença de prefeitos e ex-prefeitos de diversos municípios do estado.

A eleição promete ser disputada, já que outros nomes também aparecem no cenário. Entre eles, o atual presidente da Amupe e ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, e o prefeito de Aliança, Pedro Freitas. Márcia Conrado já comandou a Amupe em gestões anteriores, sendo amplamente elogiada por sua atuação à frente da associação. Reconhecida pela articulação política e pelo comprometimento com os interesses municipalistas, a prefeita de Serra Talhada surge como uma das favoritas para o cargo, contando com o apoio de importantes lideranças locais.

A eleição da Amupe promete movimentar os bastidores da política pernambucana, com um embate entre nomes de peso e propostas que buscam fortalecer a representatividade dos municípios do Estado.

A deputada estadual Roberta Arraes participou de uma reunião estratégica na sede da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (ADEPE), em Recife, ao lado do presidente da agência, André Teixeira, do secretário de Desenvolvimento Econômico de Araripina, Alexandro, e do empresário Joaquim, proprietário da Qbombom Sorvetes. A pauta foi a busca por investimentos em infraestrutura de acesso à nova fábrica da empresa, que terá um aporte de cerca de R$ 40 milhões e promete gerar mais de 500 empregos diretos na região, dobrando o número atual de 250.

A iniciativa da reunião partiu do prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, que solicitou à deputada sua mediação para acelerar o desenvolvimento econômico local. Durante o encontro, Roberta destacou o papel estratégico da governadora Raquel Lyra no incentivo ao crescimento regional e afirmou que levará a demanda diretamente à gestora estadual. “Essa pauta será levada à governadora, que certamente apoiará a iniciativa, garantindo o fortalecimento da economia de Araripina”, afirmou a parlamentar.

Além disso, a deputada e o secretário Alexandro participaram de outra reunião na Secretaria de Mobilidade do Estado, onde discutiram melhorias de segurança no aeroporto regional.

A reforma do Hospital da Restauração (HR), maior emergência pública do Norte e Nordeste, tem avançado em ritmo lento, frustrando as expectativas criadas pelo Governo de Pernambuco. Apesar do início oficial das obras em agosto de 2024, após a homologação da licitação em abril, os dados do Portal da Transparência mostram que apenas 1,17% do projeto foi executado até o momento. A obra, orçada inicialmente em R$ 23 milhões e contratada por R$ 19.738.838,58 junto à empresa Directa Engenharia e Projetos LTDA, é uma das promessas de campanha da governadora Raquel Lyra.

O contrato da reforma, com previsão de conclusão para agosto de 2026, permanece inacessível no Portal da Transparência e no sistema Tome Conta, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o que dificulta o acompanhamento público. Até agora, apenas R$ 230.892,81 foram pagos após medições realizadas, gerando questionamentos sobre a seriedade e eficiência do projeto.

Enquanto isso, problemas estruturais continuam a comprometer a unidade de saúde. Em 11 de janeiro, um vídeo divulgado pelo Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco mostrou o rompimento de uma tubulação em um dos andares, o que fez parte do forro ceder, destacando as condições precárias do hospital.

Parlamentares e entidades têm cobrado maior transparência e agilidade na execução da reforma. “Vamos seguir acompanhando, fiscalizando as ações do Governo Estadual, fazendo do nosso mandato na Assembleia Legislativa uma ferramenta de trabalho em benefício da população de Pernambuco”, afirmou o deputado estadual Cayo Albino.

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, manifestou sua insatisfação com o relatório final da Polícia Federal (PF) que investigou as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições de 2022. Em nota assinada por seu advogado, Eumar Novacki, nesta sexta-feira (24), Torres afirmou que o documento está “completamente dissociado da realidade dos fatos” e contestou as conclusões do inquérito.

Torres argumenta que o relatório não apresenta elementos que comprovem sua atuação para “restringir, impedir ou dificultar” o exercício de direitos políticos, como previsto no artigo 359-P do Código Penal. Ele também destacou que, segundo a investigação, a PRF na Bahia negou qualquer interferência em seu planejamento operacional durante o pleito. A Delegacia de Defesa Institucional da Bahia afirmou que “não houve efetivamente qualquer atuação conjunta, ajuste prévio, fixação de fluxo de trabalho ou providência similar ajustada entre a coordenação da PRF na Bahia e a Polícia Rodoviária Federal”.

A defesa do ex-ministro informou que apresentará ao Ministério Público Federal (MPF) as supostas falhas apontadas na apuração, afirmando que o inquérito “não seguiu o padrão de zelo e cuidado que a Polícia Federal costuma ter em suas investigações”.

Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com o cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical Luiz Caldas, precursor do axé, ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!