Everardo Maciel: “Guarda Nacional seria muito desastrosa para o país”

Um dos mais renomados economistas do país, o ex-secretário da Fazenda do DF e ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, afirmou que a criação da Guarda Nacional para cuidar da segurança dos prédios da Esplanada dos Ministérios — substituindo o papel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) — pode trazer um impacto desastroso para as finanças públicas dos demais estados da federação.

Ao CB.Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília — desta sexta-feira (3), Everardo disse ao jornalista Roberto Fonseca que a proposta do governo federal pode estimular as forças de segurança dos estados a querer igualar o salário com a Guarda Nacional. 

No evento Entre os Eixos do DF, um discurso seu repercutiu bastante nas redes sociais, que era sobre o Fundo Constitucional. Caso o FCDF acabasse, Brasília quebrava. Queria que dissesse sobre a importância do fundo e sobre a sua criação.

O Distrito Federal era chamado pelo Império de município neutro, exatamente para se diferenciar das outras instituições públicas nacionais. Todo financiamento dele era por conta do caso do governo central, governo imperial. Com a Proclamação da República, município neutro foi substituído pelo Distrito Federal, que desde a proclamação, todas as despesas eram financiadas pela União. Em 1988, conferiu-se a autonomia ao Distrito Federal. E a partir daí, reduziu-se o financiamento da União, que ficou limitado para segurança pública, educação e saúde. Isso porque também o Distrito Federal assumiu a competência tributária em relação à cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do ISS e de outros tributos que antes eram cobrados pela União. Em 1988, na Constituição,decidiu-se que o financiamento da Segurança Pública, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, seria de responsabilidade da União. A educação e saúde eram por transferência que faziam mensalmente. E isso era muito problemático, porque consistia em todos os meses o secretário da Fazenda do Distrito Federal ter que ir ao Tesouro Nacional e ao Ministério da Fazenda pedir que fizesse a transferência para o Distrito Federal. Então, foi nesse contexto que se concedeu a ideia de um Fundo Constitucional que conferisse automaticidade a essas transferências: segurança, educação e saúde. Isso veio em 1998, promulgada uma emenda constitucional que permitiu a possibilidade de criação desse Fundo Constitucional, que veio a ser criado por lei no final do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

E quanto o Fundo representa nas receitas públicas do DF?

Hoje representa 40%, em média, das receitas. Obviamente, retirar o Fundo Constitucional significaria dizer “acabar Brasília”, mas mais do que isso: acabar a República, porque Brasília é a sede da República. Quanto a existência desse Fundo Constitucional, todos os estados e municípios têm, como o Fundo de Participação dos Estados e o Fundo de participação dos Municípios, a parte da Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), portanto o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) da mesma forma que os municípios recebem a cota parte do ICMS e do Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA). Portanto, todo o sistema do federalismo fiscal brasileiro está constituído em impostos de competência dos entes federativos e na partilha de renda que implica transferências da União para os estados e municípios e dos estados para os municípios. No caso do Distrito Federal, transferência estrita da União.

 O FCDF também garante uma estabilidade maior do servidor dessas áreas no referente ao recebimento de salário. Correto?

Sem dúvida nenhuma. Ainda que, em relação à educação e saúde, os recursos do Fundo Constitucional não são suficientes para o pagamento das despesas que estão nesses itens de gasto. Ou seja, ao Fundo Constitucional, na área de educação e saúde são acrescidas receitas próprias do Distrito Federal.

Em caráter fiscal, está em discussão no pacote apresentado pelo governo a criação de uma Guarda Nacional. Olhando por este lado, pode aumentar ainda mais uma distorção em referente aos Estados?

Eu não tenho a menor dúvida. Eu não sou especialista em segurança pública, portanto, não vejo os aspectos ligados a essa área, mas sim ao fiscal. É a criação de um paradigma de remuneração para todas as polícias do Brasil. Isso, portanto, tem um impacto desastroso nas finanças públicas dos entes federativos, especialmente dos estados mais pobres, que não terão como enfrentar agora um piso (salarial). Quer dizer: todos vão se espelhar no piso. Olha, se a Guarda Nacional tem uma remuneração X, é fácil imaginar que uma bandeira salarial é fazer uma isonomia com a Guarda Nacional, e isso não haverá possibilidade de estados mais pobres que possam assumir um ônus dessa natureza.

A mensagem do presidente Lula, além de outras questões, também faz menção ao teto de gastos. Queria saber sua opinião, sobre a sua importância e se existe possibilidade que seja aprimorado.

Ninguém tem a menor dúvida de que nós temos um problema fiscal crônico. Quer dizer: as despesas sempre batendo as receitas, então o déficit fiscal ficou crônico. Talvez isso explique o porquê se adotou uma medida que eu considero não muito científica do teto de gastos. Ele quer dizer o seguinte: a despesa total não pode ultrapassar determinado parâmetro. O que que você estabelece? Uma briga entre as despesas. Então, quem tiver mais força ganha. Mas, quem tem mais força não necessariamente deve ganhar. Isso deve ter um uma orientação mais racional, científica sobre o assunto. Se a despesa está crescendo, o que faz ela crescer? Então, eu tenho que identificar quais são as causas de crescimento e tratar delas, senão o problema vai ficar igual. Não vai resolver. Sobretudo no Brasil, onde você tem muitas restrições orçamentárias e vinculações como “parte da receita é vinculada a isso e outra vinculada aquilo”. Tem muito piso e pouco teto. Então, isso evidentemente é a receita do desastre. Quer dizer: isso não dá certo. Isso não funciona. Quando alguém diz “olha, nós temos que fazer investimentos social”. O que é o social? Social geralmente é ele próprio. O que eu vou cortar? Imagina uma família que cuida do orçamento de sua casa e diz que vai eu vou aumentar a despesa. Ou ele vai ter que cortar algumas despesas; ou endividar; ou buscar novas receitas. Não existe órfão nesse país. Toda despesa tem pai e tem mãe. Esse confronto tem que ser arbitrado. Tem que buscar uma solução que resolva essa essa questão. Não há possibilidade nenhuma do Brasil resolver o seu problema fiscal sem tratar da questão previdenciária.

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Após um primeiro leilão sem compradores, o Edifício Holiday, localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, terá um novo certame no próximo dia 20 de fevereiro. O leilão será realizado de forma on-line, às 11h, sob condução do leiloeiro Luciano Rodrigues, da Lance Certo Leilões. O lance inicial mínimo foi fixado em R$ 21.438.616,05. O prédio, que foi completamente desocupado em 2019 por risco estrutural e de incêndio, conta com 476 apartamentos distribuídos em 17 andares, além de 17 lojas comerciais e boxes.

De acordo com Luciano Rodrigues, o leilão representa a melhor alternativa para os antigos condôminos que comprovem a propriedade ou posse legítima, além de ser uma solução para os impactos que a atual situação do edifício tem causado aos vizinhos e transeuntes. O valor arrecadado será depositado em conta judicial para posterior rateio entre os proprietários habilitados. Conforme determinações do Plano Diretor do Recife, não será permitida a demolição integral da estrutura, e o novo proprietário deverá seguir as diretrizes para intervenção no local.

Os interessados em participar do leilão devem se cadastrar no site da Lance Certo Leilões (www.lancecertoleiloes.com.br) com pelo menos dois dias de antecedência. O pregão ocorrerá exclusivamente on-line, com lances recebidos em tempo real. Luciano Rodrigues, responsável pelo certame, tem 27 anos de experiência no setor e já conduziu leilões de imóveis em diversos estados do Nordeste.

Jaboatão dos Guararapes - IPTU 2025

Uma operação de fiscalização da Compesa identificou quatro ligações clandestinas em estabelecimentos comerciais de Petrolina, no Sertão do São Francisco. No bairro Nova Petrolina, um empreendimento foi flagrado desviando água tratada, com duas casas anexas ao negócio também abastecidas de forma irregular. Já no Centro da cidade, um depósito de uma fábrica de gelo também foi identificado como ponto de furto de água.

De acordo com a Companhia, as ligações clandestinas retiradas na operação representavam um consumo mensal de 300 m³, o equivalente ao abastecimento de 30 residências, gerando um prejuízo estimado de R$ 120 mil por ano. A ação foi conduzida pela Coordenação de Segurança Patrimonial da Compesa, com apoio da gerência da Unidade de Negócio de Petrolina. Os responsáveis pelos desvios foram notificados e os casos foram encaminhados à Polícia Civil para investigação, uma vez que o furto de água é crime previsto no Código Penal Brasileiro.

A Compesa reforça que a população pode denunciar ligações clandestinas de forma anônima pelo telefone 0800 081 0195. O nome do denunciante será mantido em sigilo, e as informações ajudam a reduzir prejuízos e garantir o abastecimento regular à população.

Conheça Petrolina

O presidente do PSDB e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, foi um dos alvos de busca e apreensão da Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quinta-feira (6). Segundo a investigação, os alvos teriam desviado recursos da saúde entre os anos de 2012 e 2018.

A operação cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO) e um em Brasília (DF). Os mandados foram expedidos pela 11ª Vara Federal, que também determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões de bens dos investigados. O trabalho da PF e CGU contou com apoio da Receita Federal.

Conforme a investigação, os desvios foram feitos por meio de contratos entre o Governo do Estado e organizações sociais. À época, Marconi Perillo era governador de Goiás.

Essas instituições subcontratavam outras empresas ligadas a políticos e administradores das próprias organizações. Com isso, parte dos recursos voltava para os próprios políticos , prática ilegal, segundo a legislação.

A investigação da PF e a CGU identificou que além de peculato, os investigados cometeram crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais. Ao todo, as penas dos crimes somadas podem ultrapassar 40 anos de detenção.

Em nota, a defesa de Marconi Perillo repudiou a operação e afirmou ser perseguido pela atual gestão do Estado, que tem Ronaldo Caiado (União) à frente. “Eu repudio veementemente a inclusão do meu nome nessa ‘operação’! Estão criando uma cortina de fumaça para não irem atrás de minhas denúncias e investigarem quem deveria ser investigado hoje em Goiás”, afirmou em trecho da nota.

Do Valor Econômico.

Caruaru - IPTU 2025

O cantor, compositor e poeta paraibano Vital Farias faleceu nesta quinta-feira (6), aos 82 anos, no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, na Grande João Pessoa. A causa da morte foi um choque cardiogênico, condição que compromete a capacidade do coração de bombear sangue adequadamente, levando à redução da pressão arterial e à insuficiência de oxigênio nos tecidos. O artista estava em tratamento após sofrer complicações cardíacas.

Natural de Taperoá, no Cariri paraibano, Vital Farias foi um dos grandes nomes da música nordestina e da MPB, com um repertório marcado pela valorização das raízes sertanejas e pela exaltação da cultura popular. Entre suas canções mais emblemáticas estão “Ai que Saudade d’Ocê”, um dos maiores clássicos da música nordestina, além de “Sete Cantigas para Voar” e “Margarida”. Suas composições foram regravadas por diversos artistas e seguem influenciando gerações.

A Secretaria de Cultura da Paraíba (Secult-PB) prestou homenagem ao artista em publicação nas redes sociais: “A Paraíba perdeu hoje uma de suas vozes mais marcantes, um de seus poetas mais sensíveis. Vital Farias é o compositor de músicas que marcaram época, que foram gravadas e regravadas por cantores de todo o Brasil e que deixaram mensagens profundas, duradouras e fortes ao longo das décadas”.

Além da trajetória artística, Vital também se aventurou na política, concorrendo ao Senado pela Paraíba em 2006 e 2010, sem êxito. Seu engajamento refletia o mesmo compromisso social presente em suas letras, sempre voltadas para temas como meio ambiente, sertão e cultura popular. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre velório e sepultamento.

Com informações do Portal Correio.

Belo Jardim - Construção do CAEE

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, conversou na manhã desta quinta-feira (6) com a apresentadora Karine Melo, do programa Bom Dia, Ministro, da EBC, e com emissoras de várias regiões do país. Durante a entrevista, o ministro destacou os programas AmpliAR, que visa expandir a infraestrutura aeroportuária regional e melhorar a conectividade, além de impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país, e o Voa Brasil, que oferece passagens aéreas a preços acessíveis, de até R$ 200, para aposentados do INSS. Além disso, abordou o crescimento do setor portuário brasileiro.

Na entrevista, o ministro explicou que o Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais (AmpliAR) encontra-se atualmente em consulta pública e foi desenvolvido em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU) para viabilizar a gestão e a operação de pequenos e médios aeroportos considerados estratégicos. Com um modelo de contratação simplificado, o programa permitirá que as atuais concessionárias dos principais aeroportos do país administrem e invistam nas localidades ofertadas, sendo remuneradas por meio do reequilíbrio de seus contratos principais.

“Esse é o maior programa da aviação regional da história do Brasil. Nos próximos cinco anos, serão mais de 100 aeroportos requalificados, que passarão por reformas, além da construção de novos aeroportos pelo país, com foco na aviação regional. Na primeira etapa, serão 50 aeroportos com foco nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. E na segunda etapa vamos ampliar para todo o resto do país”, explicou o ministro.

Costa Filho ressaltou ainda que esse modelo traz segurança para as gestões estaduais e municipais, que nem sempre podem arcar com os custos de um aeroporto. Além disso, reforçou que a iniciativa fortalecerá e modernizará a aviação brasileira, gerando desenvolvimento no país e estimulando o turismo em todas as regiões. O edital do AmpliAR deve ser lançado em abril.

Voa Brasil
Perguntado sobre o programa Voa Brasil, o ministro afirmou estar satisfeito com a iniciativa e destacou que ela deve ser ampliada neste ano. “Esse é o primeiro programa de inclusão social da aviação brasileira, sem utilização de recursos públicos. É um trabalho de articulação do nosso Ministério com as companhias aéreas, que possibilita aos aposentados viajar pelo Brasil a um custo de R$ 200”, explicou.

Costa Filho ressaltou que a meta do programa nunca foi comercializar todas as 3 milhões de passagens disponibilizadas pelas companhias aéreas ao longo do ano, mas sim cumprir seu objetivo social e permitir que mais pessoas utilizem o transporte aéreo, algo que já está acontecendo. “Esse programa é voltado para aposentados que não viajaram de avião nos últimos 12 meses. É uma grande oportunidade, que beneficia tanto os aposentados quanto o setor de turismo do país.”

Sobre a possível fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol, Costa Filho garantiu que o governo está acompanhando de perto as negociações e que, caso o acordo se concretize, não permitirá aumentos abusivos no preço das passagens. “O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) é quem decidirá sobre a fusão. Nós, como governo, estamos trabalhando para fortalecer as companhias aéreas no Brasil. Nossa prioridade no momento é garantir que essas empresas não quebrem, evitando impactos negativos na economia brasileira. Por isso, temos buscado diversas alternativas para fortalecer a aviação no país”, destacou.

Portos do Brasil

Ao ser questionado sobre os investimentos no setor portuário, o ministro destacou os aportes financeiros e os leilões em andamento. “Quando assumi o Ministério, conversei com o presidente Lula sobre a importância do setor portuário para o desenvolvimento do Brasil. Ao longo desses dois anos, estamos promovendo o maior volume de investimentos da história do setor. Já foram investidos mais de R$ 3 bilhões, e, neste ano, devemos investir mais de R$ 2 bilhões nos portos públicos brasileiros. No setor privado, em três anos de governo, a iniciativa privada e o setor produtivo devem investir mais de R$ 40 bilhões, o que permitirá a modernização dos portos e fortalecerá o papel do Brasil no cenário global do desenvolvimento”, afirmou.

“Precisamos de portos estruturados para facilitar a exportação e a importação e ampliar os investimentos. O Ministério de Portos e Aeroportos vem promovendo diálogos com o setor produtivo para simplificar, desburocratizar e acelerar empreendimentos. Além disso, estamos estimulando uma agenda de crédito por meio do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para fortalecer o setor portuário brasileiro”, concluiu.

A deputada estadual Rosa Amorim protocolou, nesta quarta-feira (5), dois projetos de lei para fortalecer a prevenção em casos de eventos climáticos, como chuvas, enchentes e alagamentos.

O primeiro estabelece que as operadoras de celular enviem imediatamente mensagens de texto (SMS) classe zero para toda a população com alertas para eventos climáticos. A ideia é de que a população seja informada com antecedência para evitar situações de insegurança como o deslocamento em vias alagadas ou a ida para áreas de riscos. O segundo orienta que o alerta possa ser divulgado por meio de emissoras de rádio e TV em todo o estado.

A proposta do SMS classe zero funcionaria sem custo aos usuários, com a mensagem sendo enviada em forma de notificação no aparelho celular, o que permite que a informação seja lida sem ser preciso abrir o aplicativo de mensagens. 

“A cultura de prevenção é para que mortes sejam evitadas. Inclusive, hoje uma pessoa morreu eletrocutada nos alagamentos de forma muito triste. Foi uma morte completamente evitável. Com esses alertas emitidos com rapidez, nós podemos ganhar tempo antes que a chuva de fato comece e evitar que fatalidades como essa aconteçam”, aponta a deputada.

Um jovem de 18 anos morreu após sofrer um choque elétrico numa área alagada no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife. Ao portal G1, parentes contaram que Valdomiro Simões da Silva Neto estava voltando do trabalho quando se desequilibrou e encostou na parede de uma casa abandonada, sendo atingido por uma descarga de energia.

Assim, subiu para sete o número de mortes em acidentes provocados pelas fortes chuvas que atingem a Região Metropolitana há dois dias. Cinco delas foram na capital pernambucana. Mesmo com o maior número de óbitos, a cidade apresentou apenas o sexto maior acumulado de chuvas nas últimas 48 horas em todo o estado, segundo dados da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).

O caso aconteceu na tarde da quarta-feira (5), na Rua Barão de Anadia, e foi confirmado pelo g1 nesta quinta (6). Segundo a irmã da vítima, Beatriz da Silva Costa, ele sofreu o acidente por volta das 16h enquanto voltava com o irmão do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), no bairro do Curado, onde os dois trabalhavam com o pai numa barraca de frutas.

“Ele passou ao lado de uma casa abandonada. Estava chovendo quando ele veio, se desequilibrou e tocou na parede dessa casa. Aí teve uma descarga elétrica. Corremos eu, meu irmão e minha irmã para ajudar ele. E nisso a gente também tomou choque”, contou Beatriz.

De acordo com ela, um dos irmãos precisou usar uma camisa para cobrir o jovem e conseguir retirá-lo do local. Valdomiro foi levado por um vizinho para o Hospital Otávio de Freitas, que fica no bairro de Tejipió, também na Zona Oeste da cidade. No entanto, ele não resistiu aos ferimentos.

Procurada, a Neoenergia disse que lamenta as fatalidades ocasionadas pelas chuvas e que enviou uma equipe, na noite da quarta-feira, ao local e constatou que se tratou de um “acidente doméstico”. Segundo a empresa, a ocorrência foi provocada por um vazamento de corrente elétrica nas instalações internas do imóvel, sem relação com a rede de distribuição da companhia. A Polícia Civil informou que a Delegacia de Jardim São Paulo abriu um inquérito para apurar o caso, que foi registrado como “morte a esclarecer”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou, hoje, o aumento de impostos e disse que a medida acarreta no empobrecimento do país. “O Estado não cria riquezas. Quem cria riquezas são as pessoas e as empresas. Por isso, aumentar impostos ao invés de reduzir despesas é empobrecer o país. Não se pode sobrecarregar quem já está com peso demais e merece alívio”, declarou o congressista em sua conta no X.

Motta disse que a prioridade do governo deveria ser a contenção de gastos para ter recursos suficientes para manter programas como o Pé-de-Meia. O fundo que custeia bolsas a estudantes do ensino médio foi bloqueado por decisão do TCU (Tribunal de Contas da União). O órgão determinou que o governo não poderia usar R$ 6 bilhões do Fgeduc (Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo) para bancar o programa.

A corte argumenta que os recursos utilizados no programa não estavam previstos no OGU (Orçamento Geral da União) e que a iniciativa não poderia receber o repasse de outro fundo. O governo tenta reverter a decisão. As informações são do portal Poder360.

O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), apresentou um pacote de pedidos de informação para que o governo esclareça a atuação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no Palácio do Planalto. A iniciativa ocorre após o Ministério Público Federal (MPF) abrir um inquérito sobre possíveis irregularidades na Presidência.

Os pedidos são direcionados a cinco ministros do governo: Rui Costa (Casa Civil), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). O governo tem 30 dias para responder aos questionamentos. As informações são do Estadão.

Os documentos solicitam detalhes sobre o papel de Janja no Planalto, os gastos com passagens e diárias no exterior, a legalidade de representar o Brasil oficialmente em eventos e o sigilo sobre suas atividades. Também questionam se há investigações sobre violações de normas éticas.

Para Zucco, a primeira-dama tem exercido um papel que ultrapassa suas funções institucionais. “O Estado de Direito não autoriza que Janja custe milhões aos cofres públicos todos os anos, tendo servidores à sua disposição, influencie em políticas públicas e agrida verbalmente membros do governo americano e, ao mesmo tempo, não esteja obrigada a prestar contas à sociedade porque não está formalmente investida em cargo público e nem cargo eletivo”, afirmou. O documento foi assinado por 20 deputados.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido apresentado pela defesa do tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira e manteve a prisão do “kid preto” suspeito de planejar as mortes de Lula, Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

A decisão do ministro do STF foi tomada na última terça-feira (4). Os advogados pediram a substituição da prisão por medidas cautelares. Para a defesa, a prisão é uma “medida excepcional” e que não se justifica no caso do militar. As informações são do portal G1.

Rafael Martins de Oliveira foi preso preventivamente em novembro de 2024, na Operação Contragolpe da Polícia Federal. Ele está detido em uma unidade militar de Niterói (RJ).

Segundo investigadores, Rafael, outros três militares das Forças Especiais do Exército e um policial federal elaboraram o chamado plano Punha Verde-Amarelo, que teria sido discutido em 2022, na casa do general Braga Netto – candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro na eleição passada.

De acordo com a PF, os investigados pretendiam impedir a posse do governo eleito em 2022 e criar um gabinete de crise para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder com a atuação de generais.

A Rádio Cidade de Caruaru, que retransmite o Frente a Frente naquele município, realiza, amanhã, às 7h, uma entrevista com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A conversa será mediada pelos jornalistas Renata Torres e Vitor Araújo, durante o programa Manhã Cidade. Imperdível!

Além do embate jurídico e da frente política, o núcleo bolsonarista avalia que o bilionário Elon Musk pode interferir na eleição brasileira de 2026, ajudando a extrema direita na disputa contra o campo progressista. A avaliação é feita entre grupos de aliados e familiares de Bolsonaro, que acreditam que Musk usará seu poder nas redes sociais para influenciar o pleito.

Um dos episódios mais comemorados entre os aliados de Bolsonaro ocorreu quando Musk foi provocado por Janja e respondeu que eles perderiam a eleição em 2026. O objetivo do núcleo bolsonarista é chamar a atenção do bilionário, dono do X (antigo Twitter), e incentivá-lo a se envolver na disputa brasileira por meio das redes sociais. As informações são do blog da Andréia Sadi.

Musk já entrou em conflito com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após decisões que determinaram o bloqueio de perfis que publicavam mensagens antidemocráticas ou de ódio contra autoridades. A rede social não cumpriu a determinação, e a tensão escalou a ponto de o X ser bloqueado no Brasil por cerca de 40 dias.

O bilionário agora integra o governo de Donald Trump, de quem já era aliado, como chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). Esse órgão é responsável por aconselhar o novo presidente dos Estados Unidos sobre cortes de gastos públicos. A nova função ampliou o poder de Musk, somando-se ao controle do X, uma plataforma que a extrema direita sabe usar a seu favor.

A outra frente de atuação é a tentativa de alterar a Lei da Ficha Limpa para reduzir a inelegibilidade de oito para dois anos. A proposta estabelece que o prazo passe a contar a partir da eleição que ensejou a punição, abrindo caminho para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disputar a eleição presidencial em 2026. Embora ministros do STF vejam o caso como algo que pode acabar na Justiça, o que importa aos bolsonaristas é criar confusão e caos com o avanço de pautas como essa junto à sociedade.