Entenda as eleições para comando de Câmara e Senado e o que está em jogo

Deputados federais e senadores tomam posse nesta quarta-feira (1º) e vão decidir o comando do Congresso Nacional pelos próximos dois anos.

Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) deve ser reeleito com facilidade, já que conta com apoio de um arco de partidos que vai da oposição à situação. Por enquanto, apenas Chico Alencar (PSOL-RJ) se colocou como concorrente, em uma candidatura cujo objetivo é apenas o de marcar posição política.

No Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também é favorito, mas enfrentará uma candidatura mais competitiva, a do ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), última esperança do bolsonarismo de manter um naco relevante do poder em Brasília após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são da Folha de S. Paulo.

A cada dois anos, Câmara e Senado realizam eleições para trocar as respectivas Mesas Diretoras. São 11 cargos em disputa em cada Casa: presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes de secretários. As votações são secretas.

Os comandos da Câmara e do Senado estão entre as funções mais importantes da República.

Entenda em detalhes como funcionam as eleições desta quarta (1º) e o que está em jogo.

Como são escolhidos os presidentes da Câmara e do Senado? A cada dois anos, os 513 deputados federais e os 81 senadores se reúnem para a eleição da presidência das duas Casas.

A votação é secreta e vence aquele que obtiver o voto de pelo menos a maioria absoluta na Câmara, ou seja, 257 dos 513 deputados. No Senado, segundo o regimento, é exigida a maioria de votos —se todos comparecerem, são 41 dos 81 senadores.

Caso nenhum dos concorrentes consiga atingir esse patamar, é realizado no mesmo dia um segundo turno entre os dois que se saíram melhor na etapa inicial.

Quando ocorre a eleição? Nesta quarta (1º), tanto na Câmara como no Senado.

Na Câmara, os 513 deputados eleitos tomam posse pela manhã. Às 16h30 começa a votação secreta, em urnas eletrônicas instaladas em cabines dentro do plenário.

A eleição será presidida pelo deputado Átila Lins (PSD-AM), o mais velho e com mais legislaturas dentre os colegas.

No Senado, a posse dos 27 senadores será às 15h. Como os senadores têm mandato de oito anos, o dobro do período dos deputados, a renovação da Casa ocorre de forma diferente a cada quatro anos. Em uma eleição, dois terços das cadeiras são colocadas em disputa. Em outra, um terço.

Em 2022, 27 das 81 vagas foram disputadas.

A eleição para o comando da Casa ocorrerá logo após a posse.

O tamanho dos partidos influencia essa escolha? Em tese, sim, mas como a votação é secreta, pode haver traições, o que já aconteceu algumas vezes na história.

Em geral, aquele candidato que reúne o apoio formal dos maiores partidos tende a ser o favorito e liquidar a fatura. Mas não há nenhuma garantia. Em 2005, por exemplo, o então outsider Severino Cavalcanti (PP-PE) desbancou o candidato do governo, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), e venceu a disputa em segundo turno por 300 votos a 195.

O governo federal influencia essa escolha? O governo federal, caso decida entrar para valer na disputa, tende a beneficiar o candidato escolhido, embora haja exceções, como em 2005 no caso de Severino Cavalcanti.

Outro momento importante em que o Palácio do Planalto se empenhou na eleição —mas foi derrotado— ocorreu em 2015. Na ocasião, Arlindo Chinaglia (PT-SP) tinha o apoio aberto da presidente Dilma Rousseff, que destacou ministros para ajudá-lo a ser eleito.

O petista, porém, foi derrotado ainda no primeiro turno por Eduardo Cunha (MDB-RJ), fundador do centrão em sua configuração atual, que vinha desde o ano anterior sendo uma pedra no sapato do governo.

Cunha fez uma gestão pautada pelo conflito com o Planalto e, menos de um ano depois de ser eleito, deu aval para o prosseguimento do processo que resultaria no impeachment de Dilma.

A regra, porém, é a de que o governo consiga emplacar seus candidatos nas cadeiras de comando do Congresso.

Em 2021, por exemplo, uma aliança de Jair Bolsonaro com Arthur Lira foi fundamental para que o parlamentar de Alagoas vencesse Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado pelo então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).

Quem são os principais nomes na disputa? Na Câmara, Arthur Lira conseguiu em menos de dois meses se mover de uma posição em que era um dos principais aliados de Bolsonaro para a proximidade com Lula. Ele lidera o centrão e conta com o apoio tanto do PL de Bolsonaro como do PT de Lula.

Lira foi beneficiado pela decisão do governo de não se arriscar em confrontá-lo e, em caso de derrota, ter um adversário no comando da Câmara já no primeiro ano do terceiro mandato de Lula.

A esquerda elegeu apenas um quarto das 513 cadeiras na Câmara e não conseguiria uma maioria folgada mesmo com o apoio de MDB, PSD e União Brasil, siglas de centro-direita a quem Lula distribuiu ministérios e outros cargos em troca de base no Congresso.

Lira também fez importantes gestos na direção do PT, como o reconhecimento público da vitória de Lula ainda na noite do segundo turno, a condução da folgada aprovação da PEC que deu fôlego orçamentário ao novo governo e a reação de condenação dos vândalos golpistas que depredaram a sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

Até agora, apenas Chico Alencar se lançou candidato contra ele. O PSOL é aliado do governo Lula e tem apenas 12 das 513 cadeiras.

No Senado, Rodrigo Pacheco também é favorito, mas tem pela frente um concorrente de maior peso.

Ex-deputado e ex-ministro de Bolsonaro, o senador eleito Rogério Marinho é tido como um parlamentar de muito bom trânsito entre os colegas. Tem formalmente apoio do PL, do PP e do Republicanos.

Bolsonaristas têm feito campanha nas redes sociais a seu favor e contra Pacheco, político mais alinhado ao governo. Apesar disso, o atual presidente do Senado ainda é favorito e deve obter o apoio formal de partidos que reúnem um maior número de votos.

Qual o poder de um presidente da Câmara e do Senado? Os presidentes da Câmara e do Senado são o terceiro e quarto na linha sucessória da Presidência da República, respectivamente.

Como comandantes do Congresso, eles têm em suas mãos um poder de decisão que vai desde a ascendência sobre a maioria dos congressistas à decisão sobre ritos que podem levar, inclusive, ao impeachment de um presidente da República.

Cabe ao presidente da Câmara, por exemplo, decidir de forma monocrática se um pedido de impeachment contra o chefe do Executivo deve começar a tramitar. Dois presidente da República sofreram impeachment na história, Fernando Collor de Mello, em 1992, e Dilma Rousseff, em 2016.

Os presidentes da Câmara e do Senado também definem quais projetos vão ser colocados em votação, quem deve relatá-los, além de uma série de outras decisões com implicações legislativas e administrativas.

Em 2019, por exemplo, o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi peça fundamental para aprovação da reforma da Previdência, que não teria condições de ser aprovada sem sua condução política e legislativa.

Os comandantes do Congresso têm ao seu redor, ainda, o poder de decisão sobre a aplicação de bilionárias verbas do Orçamento.

As eleições de 1º de fevereiro são só para o comando da Câmara e do Senado? Não, há outros dez cargos em disputa em cada Casa. São duas vice-presidências, quatro secretárias e quatro suplências. Todas essas votações também são secretas.

Esses cargos são divididos, em tese, entre os maiores partidos, mas acordos e formações de blocos podem mudar o cenário. Há exemplos, também, de votações que elegeram candidatos que se lançaram de forma avulsa, sem apoio formal de seus partidos.

Qual a função e a importância desses cargos da Mesa? Em geral, cada um desses cargos tem uma função administrativa específica dentro do Congresso, como tratar de viagens internacionais dos parlamentares, de moradia funcional e outras.

Na prática, as funções são disputadas pelo status político de integrar a Mesa da Casa e, também, porque elas resultam em mais assessores e adicionais às verbas a que cada parlamentar tem direito.

A Mesa de cada Casa também é responsável por, em conjunto, tomar as principais medidas administrativas. A Mesa pode, por exemplo, segurar na gaveta a abertura de processo contra parlamentares por quebra de decoro parlamentar.

Quais são os outros cargos de comando no Congresso? Há 25 comissões temáticas permanentes na Câmara (Lira deve elevar esse número para acomodar aliados) e 14 no Senado. É por elas que os projetos começam a tramitar. Também é nas comissões que são realizadas a maioria das audiências públicas e que, em alguns momentos, ministros de estado podem ser convocados para dar explicações.

Essas comissões são divididas entre os partidos de acordo com o tamanho de cada um, sendo que é possível a formação de blocos entre eles.

A comissão mais importante é a CCJ, de Constituição de Justiça.

Um presidente da Câmara e do Senado podem ser removidos do cargo antes do fim do mandato? Sim. Na Câmara, por exemplo, Severino Cavalcanti (2005) e Eduardo Cunha (2016) não completaram os mandatos.

O primeiro renunciou ao cargo e ao mandato para escapar da cassação pela suspeita de que cobrava mensalinho de um fornecedor da Casa.

O segundo foi afastado do cargo e do mandato pelo Supremo Tribunal Federal em meio às investigações da Lava Jato. Posteriormente, teve o mandato cassado pelos colegas.

No Senado, Jader Barbalho (2001) e Renan Calheiros (2007) também renunciaram ao comando da Casa em meio a escândalos de corrupção envolvendo seus nomes.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu liberdade provisória aos dois últimos policiais militares do Distrito Federal presos no inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro. Agora, o tenente Rafael Pereira Martins e o major Flávio Silvestre de Alencar terão que seguir medidas cautelares como usar tornozeleiras eletrônicas, não deixar o País e nem acessar as redes sociais.

Os dois permanecem na ativa da Polícia Militar do DF (PMDF). A decisão de Moraes atendeu a uma recomendação da Procuradoria Geral da República (PGR), que argumenta que as prisões preventivas não fazem mais sentido dado o estágio avançado das investigações. As informações são do portal Estadão.

“O encerramento da fase instrutória, na presente hipótese, configura importante situação superveniente que altera o cenário fático até então vigente, evidenciando que não mais se justifica a segregação cautelar. Seja para a garantia da ordem pública, seja para conveniência da instrução criminal, pois não está presente a possibilidade atual de reiteração do crime e inexistente o risco de interferência na produção probatória”, disse o ministro.

Outros cinco réus do caso já haviam sido liberados por Moraes quando foram levados à reserva. Os sete integrantes da cúpula da PMDF foram presos no ano passado pela Polícia Federal (PF) no bojo da Operação Lesa Pátria, acusados de omissão durante a invasão das sedes dos Três Poderes.

A operação investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Acusação de orientar desmonte de bloqueio

Alencar, alvo da 5ª fase da operação deflagrada em fevereiro, foi preso pela segunda vez em maio de 2023, na 12ª etapa da ofensiva da PF. O major é suspeito de ter orientado o desmonte do bloqueio tático posicionado próximo ao Congresso Nacional, que servia para impedir a invasão dos golpistas à praça dos Três Poderes. O recuo dos policiais militares facilitou o acesso de extremistas ao edifício sede do STF.

No mesmo ano, em agosto, Alencar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) também por omissão frente ao ataque antidemocrático. De acordo com o órgão, as investigações demonstraram que “havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF, que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.

Neste sentido, o major, de acordo com a denúncia, “apresentava postura subversiva” e instigava “que seus pares deixassem de agir, em perspectiva de movimentos golpistas”. Apesar de estar ciente da posição que ocupava, menciona a PGR, Alencar permaneceu “inerte” e não confrontou os extremistas que atacaram o Congresso.

Alvo da mesma acusação, Martins, que já havia sido preso por ordem de Moraes em fevereiro, também foi preso preventivamente uma segunda vez após o ministro receber a denúncia. De acordo com a PGR, o oficial, que na data dos atos golpistas era responsável pelo comando do 1º pelotão da tropa de choque da PM, se omitiu ao ver, “diante de seus olhos”, “o risco de depredação e invasão à sede do Supremo Tribunal Federal”.

“Vendo o início dos atentados ao Poder Judiciário, tomou conhecimento da necessidade de salvamento, mas aguardou a concretização dos danos”, destacou o órgão denunciante em relação à atuação do tenente, que deixou de “atuar na contenção dos insurgentes, deixando a Polícia Judicial à própria sorte”.

Jaboatão - Espaço vida marinha

A eleição para escolha da nova presidência do tradicional Instituto de Advogados de Pernambuco – IAP teve um resultado inovador. Sai o advogado Gustavo Ventura, da área de Direito Tributário Internacional, e entra Érika Ferraz, especialista em Direito Comercial e Civil, sua vice desde o pleito de 2020.

Erika Ferraz ocupará o cargo como a primeira mulher a comandar o IAP. Ela é graduada em Direito, pela UFPE (1996), e pós-graduada em Direito Empresarial, pela Escola Superior de Magistratura de Pernambuco. Tem mestrado em Direito Comercial pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e integra o escritório Ferraz & Friedheim. Na presidência, Ferraz terá como vice Eric Castro em Silva, advogado tributarista, com mais de 15 anos de experiência.

Paulista - Prêmio Sebrae

A vice-presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes, desembarca no próximo sábado, na cidade de Serra Talhada, para selar o apoio à Márcia Conrado (PT), candidata à reeleição nas próximas eleições, negando, de uma vez por todas, as pretensões do deputado estadual Luciano Duque, de usar a legenda do partido para ser o candidato de oposição a prefeita.

Marília Arraes, segundo pesquisas para consumo interno, é a segunda liderança fora do município com maior influência junto ao eleitorado local. Só perdendo para o presidente Lula. Por isso, sua decisão de se aliar a Márcia Conrado, com o aval da direção nacional do Solidariedade, será o principal movimento do palanque da prefeita neste período de pré-campanha.

A presença de Marília, em função do ambiente envolvendo o próprio Duque, ex-aliado, é o assunto que domina as conversas políticas e partidárias no município, e a expectativa é um cenário de grande festa para recepcioná-la, assim como aconteceu em Jaboatão dos Guararapes, em apoio a Elias Gomes, também do PT.

Após as eleições, com a derrota de Marília para a atual governadora, Raquel Lyra, Luciano Duque  evou a bancada do partido (a exceção de Lula Cabral) para a base da governadora, à revelia  das direções estadual e nacional. Vice-presidente nacional da legenda, Marília Arraes aguentou resiliente à traição e, ao contrário do que muitos esperavam, não pediu a expulsão dos parlamentares. Agiu é se comportou sem ansiedades, observando a massaranduba do tempo, como dizia e recomendava nestas situações, o ex-governador Joaquim Francisco.

Na política, a pressa não é uma boa companheira. E não se deve ignorar e nem subestimar a capacidade de reação dos outros. O resultado desse processo é exemplo ilustrativo. Sábado próximo, Luciano Duque colherá uma lição muito comum na linguagem e ambiente popular: “vingança é um prato igual a papa. Se come frio e pelas beiradas”.

Petrolina - Viva a nossa arte

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou, hoje, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma melhora na “organização” das conversas de articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso, após deputados e senadores derrubarem uma série de vetos do petista.

Em sessão conjunta nesta terça-feira, 28, Câmara e Senado decidiram rejeitar os vetos presidenciais à chamada “saidinha” de presos do regime semiaberto para ver familiares e à proibição de uso de recursos públicos para promover, por exemplo, ações contra a chamada “família tradicional”, uma pauta cara ao bolsonarismo.

Mesmo assim, Wagner considera que o governo saiu vitorioso ao conseguir manter o veto ao calendário de pagamento de emendas impositivas (obrigatórias) que tornaria o Orçamento da União ainda mais engessado. O Executivo conseguiu fechar um acordo com os parlamentares após acelerar a liberação desses recursos, cruciais para irrigar bases eleitorais de deputados e senadores em ano de disputa por prefeituras.

“Acabei de sair da sala dele (Lula). Ele está absolutamente tranquilo. Ele tem 78 (anos), já apanhou, já comemorou, já chorou, já riu. Então, não assusta isso”, afirmou o líder do governo, a jornalistas. “O balanço é de que a gente precisa melhorar a nossa organização nesse processo de governo e Legislativo”, emendou.

De acordo com Jaques Wagner, melhorar a organização do governo envolverá uma “sistemática de acompanhamento mais próxima” do Congresso. Quando houver uma sessão de vetos, os articuladores do governo terão de se reunir uma semana antes e debater os acordos, exemplificou. “É preciso um afinamento melhor para que o que aconteceu aqui (Congresso) seja totalmente absorvido lá (Planalto)”.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), entrou na mira do PT, que atribuiu ao senador a culpa pela derrota na sessão de vetos. Líderes da Câmara costumam reclamar que Randolfe não os procura para negociar as pautas prioritárias de Lula.

A manutenção do veto à “saidinha”, por exemplo, chegou a ser tratada como “questão de honra” no governo, mas a articulação não funcionou, mesmo com apelos à bancada evangélica e envolvimento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na tentativa de convencimento dos parlamentares.

“Todos sabemos que matéria econômica tramita de um jeito e matéria que eu vou chamar, genericamente, de costumes, tramita de outro. Qual é a base? Depende do tema”, minimizou Jaques Wagner.

“Estamos em um período em que a política não é mais a política que a gente conhecia, de oito, dez anos atrás. A política está totalmente bipolarizada, fanatizada e alguns já estão em campanha eleitoral para 2026, seja no Senado, seja para a Presidência da República”, emendou o líder do governo.

Jaques Wagner disse que a defesa que Lula fez da “saidinha” para os presos verem os familiares tem relação com o tempo em que o presidente ficou detido em Curitiba, entre 2018 e 2019, após condenações da Operação Lava Jato que foram posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“O próprio presidente, é bom lembrar – e ele é ser humano, não é feito de aço -, já na sua vida recente, passou por algo semelhante, quando lhe foi vetada a hipótese de ele ir ao enterro do irmão. E, depois, foi no enterro do neto parecendo um terrorista de alta periculosidade. Achar que esse ser humano não tem sensibilidade para isso é pedir, na minha opinião, um pouco demais”, disse o líder.

“Ele fez consciente o veto. A derrubada do veto, ok, não é uma questão programática para a gente, como a questão da Lei de Segurança Nacional não é programática para a gente, era uma questão mais partidária. O que era essencial para nós, foi mantido, as questões orçamentárias”, acrescentou Wagner.

Ipojuca - Minha rua top

Representantes das executivas nacional, estadual e municipal da Rede Sustentabilidade emitiram nota de repúdio à movimentação isolada encampada por três pré-candidatos a vereador no Jaboatão dos Guararapes que estiveram reunidos, ontem, com o prefeito Mano Medeiros (PL). Ao classificar como “covarde” a atitude de Avatar do Povo, Paulo Rafael e Capitã Verônica, o partido reafirmou não possuir “nenhum alinhamento programático, partidário ou ideológico” com o PL de Mano Medeiros e Anderson Ferreira.

“É com indignação que vemos os pré-candidatos a vereador Avatar do Povo, Paulo Rafael e Capitã Verônica, vinculados ao deputado federal Túlio Gadelha, declararem apoio ao bolsonarista e atual prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, do PL, sigla de extrema-direita. Esta aliança não só é alheia aos nossos valores como também vai de encontro ao nosso compromisso com um Jaboatão, um Pernambuco e um Brasil progressistas, com uma agenda que prioriza os mais necessitados em nosso orçamento”, disse a Rede.

A Rede Sustentabilidade ressaltou a aliança com a federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB), representada, no Jaboatão dos Guararapes, pelo ex-prefeito Elias Gomes (PT), e destacou que o alinhamento se dá em acordo com a diretriz emitida pela resolução nacional da federação Rede/Psol.

O partido disse ainda que vai levar o caso às instâncias cabíveis e “exigir a imediata expulsão dos responsáveis por este ato isolado”. “É imperativo reafirmar que esta ação não representa a Rede Sustentabilidade, um partido de esquerda e comprometido com a justiça social, a sustentabilidade e o progressismo”, conclui a nota.

Caruaru - Geracao de emprego

Rota de acesso ao Litoral Sul pernambucano, a PE-060 passará por obras de requalificação, de acordo com o anúncio feito pela governadora Raquel Lyra (PSDB) no início do mês. A rodovia corta os municípios do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros e São José da Coroa Grande, e ainda liga o estado a Alagoas. Serão 85 quilômetros contemplados com drenagem, pavimentação, sinalização horizontal e vertical e outros serviços. Mas, a pedido do deputado Romero Albuquerque (UB), a obra poderá ser ainda maior: o parlamentar aprovou um requerimento que pede que também seja feita a duplicação da via.

“A duplicação trará benefícios substanciais para a segurança viária, reduzindo o risco de acidentes e proporcionando maior fluidez ao tráfego, reduzindo tempo de viagem e impactando positivamente a qualidade de vida aos usuários, além da competitividade do estado”, defende o requerimento aprovado pelos deputados estaduais na última terça-feira.

O deputado defende a medida como um “investimento estratégico para o desenvolvimento de Pernambuco, promovendo a segurança, a mobilidade e o crescimento econômico de toda a região”.

“Moradores da região e turistas sofrem com a péssima qualidade da rodovia. Não podemos esquecer o histórico de acidentes e de vítimas fatais. Um problema que afeta diretamente o turismo em Pernambuco. Muitas vezes, evitei viagens ao Litoral Sul por conta das más condições da rodovia, que inclusive chamaram a atenção de celebridades que criticaram publicamente a falta de cuidado do Governo do Estado”, disse Albuquerque.

Em 2021, o ator global Nelson Freitas “puxou a orelha” do Governo de Pernambuco nas redes sociais ao criticar as condições da via. Em viagem de Recife a Maragogi, Nelson fez um apelo ao Executivo para melhorar a estrada. “Ela é uma pista de mão dupla, não tem acostamento, propicia acidentes e, como a região vive essencialmente do turismo, melhorar as condições, beneficiando os hotéis, os restaurantes, os receptivos, os passeios, isso vai com certeza melhorar a receita do estado”, pediu.

Camaragibe Agora é Led

A Prefeitura de Petrolina voltou a se destacar no tema educação pública. O município conquistou a 1ª posição, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes em Pernambuco, no ranking de classificação da taxa de crianças alfabetizadas na idade certa. Um relatório divulgado nesta semana pelo Ministério da Educação apontou que quase 70% das crianças que estudam em escolas da prefeitura estão plenamente alfabetizadas até os 7 anos de idade.

O 1º Relatório de Resultados do Indicador Criança Alfabetizada mostra que Petrolina superou também as médias nacionais e estaduais. O município sertanejo atingiu 66,2%, superando o índice nacional de 56% e o de Pernambuco (59%). Petrolina também ficou à frente de cidades como Igarassu, Recife, Olinda, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Caruaru.

De acordo com o prefeito Simão, apesar dos grandes avanços, o compromisso da gestão municipal segue firme no objetivo de alcançar 100% de crianças alfabetizadas ao final do segundo ano do ensino fundamental.

“Estamos muito orgulhosos de mais esse reconhecimento. Ano passado, conquistamos dois prêmios em educação e agora esse é mais um indicador importante que o esforço está dando certo. Todo o investimento e planejamento feito por nós está melhorando o desenvolvimento de nossas crianças. Como filho de professor, sei o impacto da alfabetização e da educação de qualidade para o desenvolvimento de uma sociedade. Por isso, essa é uma prioridade nossa. Aproveito para agradecer a todos os nossos gestores, coordenadores pedagógicos, professores, merendeiras e auxiliares, enfim, a todos que fazem a educação de Petrolina”, ressaltou o prefeito.

Ano passado, Petrolina conquistou o primeiro lugar também nos prêmios Band Cidades Excelentes e no Idepe (Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco). O município também já foi reconhecido pela Unicef e Fundação Abrinq pelas políticas públicas para as crianças e adolescentes. Petrolina tem também a maior rede de creches com mais de 20 mil vagas. O município ainda conta com 18 escolas em tempo integral, o que garante o maior número de matrículas nessa modalidade entre as cidades pernambucanas.

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Por Edward Pena – repórter do Blog

O Governo Federal destinou R$ 15 bilhões em três novas linhas de crédito em apoio a empresas do Rio Grande do Sul. A Medida Provisória que garante o recurso foi assinada, hoje, pelo presidente Lula (PT) e vai auxiliar os empresários que tiveram suas negociações impactados por calamidades públicas – como a tragédia climática que devastou o Estado.

No discurso de hoje, o presidente informou a União mudou o paradigma de tratar de problemas climáticos no país e assegurou que “a partir de agora, não apenas o Rio Grande do Sul, mas qualquer região que tiver um problema climático terá que ter uma ação especial. É por isso que nós estamos trabalhando na construção de um plano antecipado, para que a gente tente evitar que as coisas aconteçam neste país”.

As linhas de crédito, continuou o petista, são destinadas à contratação de serviços, à aquisição de máquinas e equipamentos, ao financiamento de empreendimentos (incluindo construção civil) e para capital de giro emergencial. O limite por operação é de R$ 300 milhões para linhas de investimento produtivo, de R$ 50 milhões para capital de giro emergencial de micro, pequenas e médias empresas (MPME) e R$ 400 milhões para capital de giro emergencial de grandes empresas.

“As empresas que forem beneficiárias dessa linha, em mais uma parceria da Fazenda com o BNDES, têm que manter o compromisso com o nível de emprego, porque a gente está fazendo um esforço conjunto. Aqui é preciso envolver o Estado, as empresas e os trabalhadores dessas empresas para que a gente tenha uma redução ao máximo do impacto no Rio Grande do Sul”, ressaltou Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, ao apresentar as medidas.

Serra Talhada - Saúde

Por Aldo Paes Barreto*

Meu amigo querido, Arthur Carvalho, em linguagem amena, musical, escreve no Jornal do Comercio para quem gosta, para os de gosto simples e de bem com a vida. Hoje, Arthur lembra de um de dos ícones da nossa juventude, o jóquei Luiz Rigoni. É por ele e por José Paulo Cavalcanti, Gustavo Krause, Luiz Otávio Cavalcanti que os jornais locais ainda mantêm alguma coisa de inteligente. Faz falta. Em Redações dominadas pela mediocridade premiada, são insubstituíveis.

Crise na Imprensa, transformada em negócios de secos e molhados, os jornais deixaram de ser impressos; são espremidos e sobra pouco. Os profissionais que lá estão, são os que se encontram no mercado. Não se pode exigir qualidade. Vá ver, nem bons livros leram na vida. Pena.

Arthur Carvalho de tanta experiência ao longo de uma vida bem vivida, boêmio sem mácula, cultor da boa mesa, do melhor uísque escocês, cultiva agora uma experiência na Academia Pernambucana de Letras. Promissórias? Não custa lembrar que, ali, em passado não muito ressente, funcionou uma estribaria. O ar nauseabundo, nunca saiu de todo. A presidente mais recente, andou misturado a alfafa e impediu o ingresso do historiador Leonardo Dantas Silva, por motivos inteiramente pessoais.

Também não custa lembrar que a área territorial cultivada por um psiquiatra da extrema direita, ligado à Tradicional Família e Propriedade, baluarte do Golpe de 1964, quis se apropriar do pedaço.

Não fora Andrade Lima Filho e Marcos Vilaça, com apoio do então governador Eraldo Gueiros, o local continuaria criando bestas e jegues, longe dos cavalos conduzidos por Rigoni. Pernambuco tinha tradição. O primeiro cavalo premiado em grades corridas no Brasil fora criado no Haras Mamaguape, aqui no município do Paulista, do empresário Arthur Lundgren. Era Mossoró e o ano de 1933.

Arthur, escreve sobre tudo isso com muita graça e leveza. Coisas que estão em falta no mercado, tomado pela ignorância tonitruante. O que existe lembra um bombo; pode fazer zoada, mas é vazio por dentro.

*Jornalista

Vitória Reconstrução da Praça

O Senado aprovou, hoje, um projeto que reajusta os salários de carreiras da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Penal Federal. O texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A proposta segue os termos de acordos firmados pelo governo federal junto às categorias entre dezembro de 2023 e janeiro deste ano.

Pelo texto, os reajustes serão concedidos de forma gradual, em três parcelas. A primeira deverá ser paga em agosto de 2024. As seguintes, nos meses de maio de 2025 e 2026.

O topo da carreira na PF – delegados e peritos criminais federais – sairá dos atuais R$ 33.721 para R$ 41.350. Na PRF, o topo das chamadas categorias especiais chegará a R$ 23 mil em 2026.

Os servidores da Polícia Penal Federal, que atuam em unidades prisionais, terão um aumento médio de cerca de 60%, com o salário da principal categoria chegando a R$ 20 mil.

Segundo cálculos do Planalto, ao final das parcelas dos reajustes, em 2026, o impacto orçamentário será de cerca de R$ 2,24 bilhões.

Líder do governo no Senado e relator da proposta, o senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que a atualização dos vencimentos estabelece um “quadro sólido para fundamentar a atuação do Poder Público”.

“Na área da segurança pública, que sempre é alvo de grande atenção do governo, os reajustes salariais dos policiais federais e policiais rodoviários federais, e a estruturação das carreiras, com aumento salarial, da Polícia Penal Federal, estabelecem um quadro sólido para fundamentar a atuação do Poder Público”, disse.

Terceiro maior partido do País, o União Brasil formalizou, hoje, o seu apoio ao prefeito do Recife, João Campos (PSB). Durante reunião realizada em Brasília, a direção nacional do partido anunciou o alinhamento à reeleição do gestor.

“Estou muito feliz de poder contar com o apoio do União Brasil, através da sua direção nacional. É um reforço extremamente importante para a caminhada que estamos trilhando com muita dedicação e compromisso com os recifenses”, destacou João Campos, completando: “quero agradecer a confiança do presidente nacional Antônio Rueda, do deputado federal Elmar Nascimento, do ex-prefeito Miguel Coelho e do deputado Fernando Filho, que foram primordiais para a construção desse alinhamento”.

Antônio Rueda destacou a capacidade de diálogo do seu partido e do PSB, que buscaram fortalecer as convergências existentes para encontrar o melhor caminho para o Recife, para Pernambuco e para o Brasil. “Esse é um momento histórico, de uma parceria que vai refletir em avanços para o Recife e que nos permite fortalecer o projeto liderado por Elmar na Câmara dos Deputados”, frisou.

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, pontuou que a formalização do apoio hoje é resultado de uma discussão que foi aberta no início do ano, quando o seu grupo político em Pernambuco celebrou um alinhamento com o prefeito João Campos. “O nosso alinhamento é fruto de um processo que aponta para um novo caminho no nosso Estado. Desde o início do ano, externamos o nosso entendimento de que João representa o melhor para o Recife e que nossa parceria possibilitará a Pernambuco uma alternativa que prioriza, sempre, a população”, afirmou Miguel Coelho.

Também participaram da reunião o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira; o líder do PSB na Câmara, Gervásio Maia; o deputado federal Felipe Carreras (que liderou a bancada do PSB) e o deputado federal Pedro Campos, que será o próximo líder da bancada.

A Sudene e o IBGE anunciaram, hoje, a criação do Observatório do Nordeste, uma plataforma de informações com as dimensões, seja ambiental, cultural, econômica e social. Além disso, as duas instituições instalarão a Casa Nordeste, uma iniciativa derivada da Casa Brasil, lançada pelo Instituto.

Essas iniciativas fazem parte de acordo de cooperação técnica assinado entre a Sudene e o IBGE durante a cerimônia de 88 anos do Instituto, realizada na capital fluminense. “Esse movimento vai permitir olharmos os indicadores do Nordeste a partir das informações colocadas pelo IBGE para o aperfeiçoamento das políticas públicas da nossa área de atuação”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

De acordo com o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, a instituição tem a produção de dados por excelência, mas é preciso disseminá-los para que as políticas públicas sejam feitas de forma adequada. “Especialmente, no desafio que o Brasil vive, como a mudança do regime demográfico do país como mostrou o Censo 2022, a importância do que significa a nova era digital, a centralidade de dados, o novo regime climático antropoceno”, disse. Ele ressaltou a importância dos diálogos entre as instituições para vencer esses desafios.

Pelo acordo de cooperação, as instituições esperam atuar com a disponibilização de informações com recortes regionais, qualificação das equipes técnicas e construção de indicadores que utilizem territórios estratégicos para o desenvolvimento do Nordeste, especialmente o semiárido e ao bioma da caatinga.

A diretora executiva do IBGE, Flávia Vinhaes, afirmou que o acordo com a Sudene possibilitará a “produção de conhecimento para subsidiar a sociedade, as políticas públicas no esforço na direção do desenvolvimento regional”. É estratégia do Instituto se aproximar da sociedade e como parte disso foi criada a Casa Brasil IBGE, um espaço de memória e tecnologia, reunindo em um mesmo local as diferentes áreas do Instituto e suas atuações, para que o visitante, seja de maneira presencial ou virtual, possa visualizar tanto a história de quase 90 anos do IBGE, quanto os caminhos e perspectivas do Instituto para as próximas décadas.

A ideia é regionalizar essas casas e a primeira será no Nordeste em parceria com a Sudene, a ser instalada em Pernambuco. O local terá diversos objetivos, principalmente disseminação e facilitação ao acesso das pesquisas, base de dados, programas e projetos do IBGE, por parte de pesquisadores e gestores públicos regionais, aproximando o IBGE e a Sudene.