De bigu com a modernidade

Onix Plus Premier: números explicam sobre ele

O popular Chevrolet Onix acaba de chegar a uma marca histórica: 500 mil unidades produzidas em Gravataí, no Rio Grande do Sul. É o veículo de passeio líder em emplacamento na América do Sul e também o carro mais vendido da Chevrolet no mundo (exceto picapes) – em 10 anos de mercado. Mas, dos dez carros mais vendidos no primeiro semestre deste ano, só um foi sedã: exatamente o Onix Plus, com 26.941. Somente em setembro, o simpático modelo foi para 7.781 garagens de brasileiros. Foi a mesma quantidade da soma das vendas do Volkswagen Voyage e do Toyota Corolla: 3.360.

Apesar das análises pessimistas, de que a existência dos sedãs estaria ameaçada, o segmento sobrevive. No geral, o nono mês do ano trouxe dados bem positivos para ele: foram 25,8 mil emplacamentos, com uma elevação de pouco mais de 33% sobre igual período de 2021. Este colunista testou a versão Premier do Onix Plus, o queridinho da turma – que supera também em vendas o Fiat Cronos, o Hyundai HB20S, o Nissan Versa e por aí vai. O Onix vem ganhando boas atualizações tecnológicas. A versão topo de linha, a Premier, tem itens importantes de segurança. Vale a pena tê-lo? Por um preço sugerido de R$ 113.230?

Consumo – Dados do Inmetro mostram que o gasto médio de combustível (neste caso, gasolina) é de 12km/l nas vias urbanas. E de até 15,7km/l em estradas. Como o veículo só foi avaliado em vias urbanas, com muitos trechos sem semáforos e quase nenhuma ladeira, o consumo se manteve numa média muito boa, com até 16km/l registrados. Não é à toa, portanto, que o modelo seja tão benquisto por motoristas de aplicativos. Não foi avaliado o consumo com etanol, que muito raramente compensa financeiramente. Segundo o Inmetro, com etanol os números chegam a 8,6km/l e 10,9km/l (cidade e estrada, respectivamente).

Agilidade – O conjunto de propulsão do Onix Plus Premier testado se mostrou muito bom: o câmbio automático de seis marchas é suave e certeiro nas trocas e a versão é bem ágil. Lembremos do conjunto: motor 1.0 de três cilindros, recentemente calibrado por determinações legais do governo, e torque de 16,8kgfm de torque) gera 116cv de potência. Por isso, nem adianta reclamar do atraso por uma resposta mais ‘bruta‘ nas acelerações.

Quanto ao visual, ele continua um fator potencial para a compra – embora a linha 2023 tenha pouco mudado: ganhou novas rodas de liga-leve de 16’’, com acabamento diamantado e frisos cromados nas portas, por exemplo. Mas é o menos relevante.

Nele, relevantes – embora esse fator, infelizmente, seja subjetivo para o consumidor brasileiro – são a conectividade 4G Wi-Fi a bordo e, principalmente, o pacote de segurança ofertado. A versão pode até ter assistente de estacionamento, aquele que faz as manobras de forma automática, bastando ao motorista controlar os freios e o acelerador. O sistema de alerta de ponto cego, ótimo na vida urbana, é um dos equipamentos importantes (e agora vale para todas as versões). São seis airbags disponíveis. Além do controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e freios com sistema ABS e distribuição eletrônica de frenagem. A direção, elétrica, é bem leve. Há outros itens convenientes, principalmente para profissionais como motoristas de aplicativos: indicador de nível de vida de óleo, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, carregador wireless e até entrada USB dupla para o banco traseiro (apenas carregamento).

Curiosidades – O Onix é atualmente o veículo de passeio mais emplacado da região e é também o carro mais vendido da Chevrolet globalmente, excluindo as picapes e SUVs da marca. Um exemplar na cor branca, equipado com motor turbo e transmissão automática, representa o marco produtivo histórico e foi destinado aleatoriamente à rede de concessionárias para venda. Somando todas as gerações e versões do Onix desde 2012, o maior volume de produção concentra-se na fábrica em Gravataí, com mais de 2,2 milhões de unidades, ou 80% do volume global acumulado.

Lexus ES300h e UX250h – Os modelos da marca de luxo da Toyota chegam à linha 2023 mais modernos e equipados – e a preços de até R$ 357 mil. Ambos combinam motores a combustão com elétricos: o ES300h sai em versão única Luxury, agora com mais um item no pacote de segurança ativa (o farol alto adaptativo) e novo desenho de rodas. Internamente, o modelo traz o novo sistema de infotainment em tela sensível ao toque de 12,3 polegadas com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay. O ES 300h é equipado com um motor a combustão 2.5 de ciclo Atkinson, combinado com um propulsor elétrico mais compacto e potente, que geram 211 cavalos de potência. O crossover compacto UX 250h vem nas versões Dynamic e Luxury com preços a partir de R$ 271 mil. Lançado no Brasil em 2019, chega à linha 2023 com mais personalidade e modernidade, com itens de luxo exclusivos. Com design marcante e inconfundível, o UX 250h 2023 conta com ganhou novo painel com acabamento mais refinado em couro e nova central multimídia sensível ao toque com uma leve inclinação, facilitando ainda mais a visualização do motorista. O crossover combina um propulsor a gasolina 2.0 com um motor elétrico. Ambos entregam 184 cavalos de potência.

New HR-V: mais versões à venda – A Honda já pôs nas concessionárias mais duas opções do SUV: a Advance e a Touring têm o inédito motor 1.5 turboflex, totalmente de alumínio, com injeção direta de combustível. Segundo os engenheiros, eficiência é alta e prioriza a performance. Ele oferece 177cv de potência e 24,5kgfm de torque. O modelo também traz – como novidade – o myHonda Connect, plataforma de conectividade da marca. Mas o importante mesmo é o pacote de tecnologias de segurança e assistência ao condutor – algo que a Honda demorou, mas que agora passa a ser item de série em todas as versões.

Veja o preços

EX Honda Sensing: R$ 142.500

EXL Honda Sensing: R$149.900

Advance: R$ 176.800

Touring: R$ 184.500

Jeep Commander: 30 mil unidades – Modelo desenvolvido e produzido no Brasil, no Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco, acaba de registrar a importante marca de 30 mil unidades. Ele é líder dos chamados D-SUVs (os grandes) com 33,5% do segmento e tem apenas um ano no mercado brasileiro. O volume de emplacamentos foi de 2 mil unidades em agosto e setembro – e olhe que os preços vão de R$ 235 mil a R$ 315 mil.

Novo Volvo EX90: quase um computador – O próximo SUV totalmente elétrico da marca sueca Volvo terá uma grande tela central para dar acesso rápido à navegação, mídia e telefone – e ainda garantir controles e outras ações comuns. A imagem do interior do veículo foi divulgada esta semana. No geral, o sistema funciona assim: dependendo se você está estacionado ou dirigindo, ou em um telefonema, uma barra vai sugerir as ações que fazem mais sentido para a situação específica em que você está. Para informações mais focadas em condução, como velocidade atual e informações de alcance, há uma segunda tela menor logo atrás do volante. É também aqui que o carro contextualiza a mudança de um modo para outro, certificando-se de saber o que esperar do carro – e o que o carro espera de você. “É tudo sobre fornecer-lhe as informações certas na hora certa”, conta Thomas Stovicek, chefe de UX da Volvo Cars. “Queremos que a experiência de condução seja focada, simples e segura. Como o carro também entende seu entorno e você melhor do que nunca, podemos criar uma situação ainda mais segura reduzindo a confusão do modo, a distração e a sobrecarga de informações”.

RN: gasolina 6,47% – O valor do litro da gasolina no Brasil caiu, em outubro, 0,67% em comparação com o mês anterior, com valor médio de R$ 5,158. Porém, alguns estados registraram alta, sendo a maior delas no Rio Grande do Norte (6,47%). No Distrito Federal, o preço ficou em R$ 5,120 – ou 1,26% maior que o registrado em setembro, segundo levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas. Entre junho e setembro deste ano, a Petrobras reduziu quatro vezes seguidas o valor, para as distribuidoras, da gasolina – e três de diesel. Além disso, o ciclo de queda dos preços dos combustíveis foi alimentado pela limitação do ICMS sobre esses produtos nos estados, instituída pela Lei Complementar 194/22, de 24 de junho. Os dados de outubro mostram que os estados brasileiros que registraram as maiores quedas foram Paraíba (-2,95%), Acre (-2,57%) e Pará (-2,38%). Os outros que apresentaram aumento foram Sergipe (1,56%) e Bahia (1,27%). Considerados os preços médios praticados nos estados, o maior valor foi registrado em Roraima, a R$ 6,113; já o menor valor médio foi de R$ 4,860, no Rio Grande do Sul.

Nova Panigale V4 R: 240cv de potência – A Ducati anuncia que a supermoto Panigale V4 R estará à venda no Brasil só a partir de encomendas – e cada uma numerada com plaqueta. Não há preço definido por aqui, mas nos Estados Unidos será cobrado US$ 45 mil (cerca de R$ 240 mil). Ela gera até 240cv em configuração de pista, com limitador a 16.500rpm, e adota soluções técnicas anteriormente reservadas para MotoGP e Superbike, como bielas e pistões de titânio “perfurados”. Juntamente com o motor, foi desenvolvido um óleo de desempenho, derivado das formulações utilizadas nas corridas, que contribui para atingir o pico de potência máxima.

Já pensou em alugar um caminhão? Pois bem: a Scania anunciou esta semana a criação de uma nova empresa apenas para atuar no ramo de aluguel de caminhões no Brasil. As primeiras entregas serão a partir de fevereiro de 2023, sendo contemplados os futuros caminhões da nova linha P8/Euro 6, a nova gama Super, incluindo os veículos movidos a gás natural e/ou biometano. A iniciativa da Scania vai oferecer, além do produto corretamente especificado para a necessidade do cliente e suas tecnologias, gestão inteligente com solução de serviços e apoio de serviços financeiros da marca. No pacote, poderão contar com conectividade, programas de manutenção, Scania FIT (que permite monitorar os caminhões e entender qual a melhor maneira de otimizar a performance daquela operação) e assistência técnica 24 horas.

Volks lança nova família Constellation – Os novos modelos Volkswagen Constellation 27.260 6×4, 31.320 6×4, 32.380 6×4 e 33.480 6×4 Tractor acabar de estreiar no mercado. Ganham nova identidade visual: adesivos laterais e frontais e as luzes de posição em LED, luzes de condução diurna (DRL, na sigla em inglês) integrado ao farol e lanternas em LED. O para-choque metálico, antes disponível apenas para a versão Tractor, agora se estende para as versões 31.320 6×4 e 32.380 6×4 com proteção nos faróis e o VW 27.260 ganha o para-choque metálico curto. O novo pacote Off-Road está disponível para os modelos acima de 31 toneladas e é composto pelo volante multifuncional, banco com novo revestimento e cinto integrado, rádio com bluetooth, ar-condicionado e trio elétrico de série. Além disso, estão equipados com a nova transmissão automatizada V-Tronic de 12 marchas e com funções exclusivas para a operação para as versões 32.380 e 33.480: off-road, que proporciona trocas de marchas rápidas de acordo com a velocidade, estabilidade e mais tração; e a rock-free, que auxilia a saída de atolamentos e buracos.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

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Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

No Brasil, o que se assistiu, historicamente, foi troca de farpas entre presidentes da República, mas entre primeira e ex-primeira-dama nunca antes no quartel de Abrantes. Isso se instalou na era Lula III, pós-Bolsonaro. Lá atrás, Janja jogou pesado contra Michele e Bolsonaro, acusando-os pelo sumiço de móveis no Palácio da Alvorada.

Foi a justificativa para Lula comprar móveis no valor acima de R$ 400 mil, mas o sumiço era mentira e os móveis apareceram no depósito do Alvorada. Ontem, a mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a primeira-dama Janja Lula da Silva por “viajar” e pela compra de móveis sem licitação para o Palácio do Alvorada.

A declaração foi dada em um evento do PL Mulher e compartilhada, ontem, nas redes sociais. “Infelizmente, algumas primeiras-damas têm vocação para trabalhar, mas outras têm vocação para viajar e articular compra de móveis sem licitação”, disse. Michelle falava sobre o programa Pátria Voluntária, criado em 2019 durante o governo Bolsonaro.

Era coordenado pela Casa Civil da Presidência da República e chefiado por ela. Tinha como objetivo incentivar o trabalho voluntário. A ex-primeira-dama criticou Janja por não dar continuidade à iniciativa. “Como presidente do Pátria Voluntária, nós ajudamos o Brasil inteiro. Em lugares mais remotos, a nossa ajuda chegou, nós incentivamos, fomentamos o voluntariado e estamos colhendo os frutos hoje […] Infelizmente, está parado o programa de governo”, declarou.

Umas ‘gastam’ a si mesmas para ajudar o próximo. Outras ‘gastam ‘o que é do próximo para ajudar a si mesmas. C’est la vie. La vie est belle [Isso é vida. A vida é bela]!”, completou Michelle na legenda da publicação.

Janja viajou para a França para acompanhar os Jogos Olímpicos. Recebeu credencial de chefe de Estado e representará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que resultou em críticas por parte da oposição. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse ter protocolado um pedido de esclarecimento ao Itamaraty sobre a viagem.

É comum que Janja acompanhe Lula em idas ao exterior. Essa não é a primeira vez que a passagem da primeira-dama por destinos internacionais é alvo de críticas da oposição. Em junho, o casal presidencial viajou para a Europa próximo ao Dia dos Namorados, o que foi comentado pela família Bolsonaro nas redes sociais.

Em 3 fevereiro de 2023, o governo publicou no DOU (Diário Oficial da União) um extrato da contratação para aquisição, sem licitação, de 11 móveis pelo valor total de R$ 379,4 mil. O mobiliário era voltado para a área íntima do palácio, como o quarto do presidente e da primeira-dama Janja, que ganhou 5 novos móveis e 1 colchão pelo valor de R$ 196,7 mil.

Na época da compra, o governo alegou que parte da mobília do palácio tinha sumido. Lula e Janja fizeram várias críticas à gestão de Bolsonaro. A primeira-dama chegou a levar uma equipe do Grupo Globo ao local para reclamar das condições deixadas por Bolsonaro. Já o petista disse que o ex-presidente teria levado os móveis do Alvorada. 

Em março de 2024, a Secom (Secretaria de Comunicação Social do governo) informou que a Presidência localizou os 261 móveis do Palácio da Alvorada que estavam desaparecidos. 

Na quarta-feira, o TCU (Tribunal de Contas da União) julgou improcedente representação que questionava possíveis irregularidades na compra dos novos móveis. O entendimento da Corte de Contas é que o processo de contratação, embora tenha sido realizado sem licitação, correu de forma legal.

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), com o apoio do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), realizou nesta sexta-feira (26), a 38ª Operação de Repressão Qualificada, denominada como “Operação Escroque”. Com o objetivo de combater crimes contra a administração pública municipal. Na ação, foi recomendado o afastamento das funções de dois vereadores da Câmara Municipal de Lagoa Grande, no Sertão do estado.

Esta etapa da operação apurou o desvio de valores referentes ao pagamento de diárias pela Câmara Municipal de Lagoa Grande. Segundo o MPPE, até o momento, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassa a marca dos R$ 4 milhões. Também foram executados dez mandados de busca e apreensão, sequestro de bens, além do bloqueio de ativos financeiros. As informações são do G1.

As investigações foram iniciadas em março de 2023 pela PCPE, com o apoio do MPPE, onde se apurava o desvio de valores referentes ao pagamento de diárias pela Câmara Municipal de Lagoa Grande.

Na operação, foi identificado o desvio de dinheiro público por meio de contratos com locadoras e construtoras pela Câmara Municipal, as quais devolviam cerca de 25% do valor recebido para os investigados.

A terceira parcela do mês de julho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) será creditada nas contas das prefeituras brasileiras na próxima terça-feira (30). O repasse é referente ao 3º decêndio do mês, no valor de R$ 4.268.907.936,56, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 5.336.134.920,70.

O levantamento dos Estudos Técnicos da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que, de acordo com os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o 3º decêndio de julho de 2024, comparado com mesmo decêndio do ano anterior, apresentou um crescimento de 18,12% em termos nominais. O acumulado do mês, em relação ao mesmo período do ano anterior, teve crescimento de 11,20%.

A CNM ressalta que a arrecadação da base de cálculo do FPM subiu R$ 3,6 bilhões no terceiro decêndio de julho de 2024, passando de R$ 20 bilhões para R$ 23,7 bilhões. O fator preponderante para o aumento de 18,12% do FPM foi o crescimento de R$ 4 bilhões do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), nas modalidades de rendimento do trabalho e do capital, que explica quase integralmente a variação positiva do fundo no terceiro decêndio. Contribuíram negativamente o IRPF (-R$ 40 milhões), o IRPJ (-R$ 329 milhões) e o IPI (-R$ 104 milhões).

A despeito do elevado crescimento do FPM até este momento, a CNM orienta aos gestores municipais o uso dos repasses com cautela e atenção. “É de suma importância que o gestor tenha pleno controle das finanças da prefeitura, sobretudo no período final de mandato. A Confederação seguirá acompanhando de perto a evolução do FPM a fim de garantir a autonomia dos Municípios brasileiros”, diz.

Por Marcelo Tognozzi*

Aquele ano de 1980 começara quente. Bancas de jornais eram bombardeadas por grupos terroristas de direita. Em 10 de junho, operários trabalhavam na demolição do antigo prédio da UNE (União Nacional dos Estudantes) na praia do Flamengo, 132, quando um grupo de mais de 1.000 estudantes começou a protestar. Queriam manter de pé o prédio condenado pelo governo do general João Figueiredo a ser riscado do mapa.

Dentro do prédio, Flavinho, fotógrafo cego de um olho, perdido num acidente com arpão, registrava a demolição. Foi preso pela polícia. Cercados por mais de 500 policiais, nós seguimos protestando e repetindo o velho slogan de guerra: “A UNE somos nós, nossa força e nossa voz”.

A Lei da Anistia, sancionada em 28 de agosto de 1979, ainda não havia completado 1 ano de vida. O país vivia uma polarização entre os apoiadores do regime militar e seus adversários que pediam Diretas Já e Constituinte.

No meio daquela confusão, bombas de gás lacrimogêneo, bordoadas e gritaria, conseguimos fugir em direção à Glória, meu amigo Ricardo Lessa, mais uns 3 ou 4 amigos e eu. Lessa era um jornalista ligado ao MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) escrevia para o jornal Hora do Povo, em circulação desde 1979 e um dos ícones da chamada imprensa nanica, a qual explodiu em uma multiplicidade de títulos e estilos no fim dos anos 1970 e início dos 1980.

Lessa, nossos amigos e eu corremos muito. Escapamos da pancadaria, que naquela época era rotineira. Naquele Rio de Janeiro convulsionado, o tenente Martinelli da tropa de choque da PM era o terror de qualquer moleque que cruzasse seu caminho. Fui um dos poucos a escapar dele durante uma manifestação contra a posse do presidente Figueiredo em 15 de março de 1979, não sem antes levar umas borrachadas de cassetete e ficar 1 semana descadeirado.

Ricardo Lessa cresceu e amadureceu lutando contra o arbítrio. Por causa da sua militância política foi mandado para a cadeia, mesmo depois da Lei da Anistia, e ficou preso no quartel dos Bombeiros da rua Humaitá, onde nós íamos visitá-lo. Era tratado com toda dignidade e ainda por cima teve a sorte de ficar preso perto da casa da sua mãe, o que era, no mínimo, a garantia de mimos. Saiu daquela cadeia bem mais gordo do que quando entrou.

Dono de um texto leve e ágil, ele acaba de publicar “O Primeiro Golpe do Brasil”. Lessa dá um mergulho na nossa História e volta ao ano de 1823, quando d. Pedro 1º mandou fechar a Constituinte e decidiu ele mesmo escrever a Constituição do Império, a qual sobreviveria até 1891, quando o Brasil republicano elaborou uma nova Carta.

O livro é uma delícia. Mostra um imperador muito mais preocupado com a manutenção dos seus poderes absolutistas do que com o futuro da nação que ele acabara de tornar independente de Portugal. Expõe as raízes do autoritarismo brasileiro, seja de pequena ou grande monta, cuja síntese é o manda quem pode e obedece quem tem juízo.

D. Pedro desmanchou a Constituinte na porrada, com soldados comandados por portugueses, seus homens de confiança. E o fez convencido de que deputados queriam transformar o Brasil numa monarquia constitucional nos moldes daquelas que hoje funcionam na Europa, onde o rei reina, porém, não governa.

Oriundo de uma linhagem real acostumada a ser a personificação da lei, D. Pedro não poderia escolher outro caminho. Fez aquilo que Getúlio Vargas repetiu em 1937 ao produzir ele próprio uma Constituição capaz de dar respaldo jurídico à ditadura do poder absoluto.

O livro exibe sem retoques uma sociedade escravagista, comandada por burocratas pagos regiamente com dinheiro público, mas que ao mesmo tempo faziam negócios e mais negócios. Um Rio de Janeiro cuja elite era formada por traficantes de escravos, contrabandistas e outros aventureiros. O próprio imperador vendia cavalos e seus amigos e assessores vendiam prestígio e até títulos de nobreza.

O governo de D. Pedro descrito no livro de Ricardo Lessa é o pai do jeitinho brasileiro. Olhar para o passado pelo texto de Lessa é entender um pouco das origens do poder no Brasil e sobre como ele continua sendo exercido.

O absolutismo de D. Pedro causou revoltas, como a Confederação do Equador (1824), cujo líder frei Caneca foi condenado à morte. Em 13 de janeiro de 1825, frei Caneca deveria ser enforcado. João Cabral de Melo Neto, no seu poema “O Auto do Frade”, narra a recusa dos carrascos em enforcar Joaquim do Amor Divino Rabelo. A solução foi fuzilar o padre pernambucano.

Pedro deixou o Brasil depois de abdicar em favor do seu filho, o futuro imperador D. Pedro 2º. Ficou 5 dias num navio fundeado na baía da Guanabara antes de partir para a Europa. Lessa narra a conversa do imperador com seu ex-ministro Francisco Vilela Barbosa, que implora para voltar a Portugal. “Já trago muita gente nas costas. Por que não roubou que nem o Barbacena (Felisberto Caldeira Brant, o marquês de Barbacena)?”, reagiu o imperador.

Roubar era o normal para quem mandava e a corrupção já era um meio de vida, digamos, aceitável. Deveria ser terrível viver naquele Brasil de 200 anos atrás com a roubalheira correndo solta e totalmente impune, com ladrões sendo cortejados e admirados. Desde sempre, esse gene faz parte do DNA nacional.

Aquele ano de 1831 pegou fogo. Havia protestos em várias partes do país. O próprio D. Pedro teve de ir à Minas conter uma revolta. O ponto alto dos conflitos se deu em 7 abril, na famosa noite das garrafadas, quando portugueses e brasileiros se enfrentaram quebrando garrafas uns nos outros.  Pedro partiu do Brasil em 13 de abril, praticamente expelido pela oposição. Tinha 33 anos.

Ricardo Lessa, adversário figadal do arbítrio, nos leva a desvendar um Brasil que não está nos livros escolares. Uma viagem ao passado para entender o presente, num país em que prédios como o da UNE não são mais destruídos. Agora, a força bruta reprime a liberdade de expressão, apoiada por uma grande imprensa conivente com a censura e o absolutismo que contaminou o Poder Judiciário.

Um Brasil que surpreende a todos nós, que apanhamos da polícia nas ruas lutando pelo direito de pensar, falar e votar. No fim de tudo, sobreviveu firme e forte a máxima do manda quem pode e obedece quem tem juízo. Exatamente como há 201 anos.

*Jornalista

Por Roberta Soares*

A empresa de ônibus Vera Cruz vai deixar o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP). A empresa entregou todas as linhas que operava ao governo de Pernambuco no último dia 22/7 e aguarda, apenas, a efetivação do ato pelo Estado.

As linhas que ainda estavam sendo operadas pela empresa serão repassadas a outras operadoras do sistema, como Borborema, Empresa Metropolitana e São Judas Tadeu.

Por nota, a Vera Cruz questionou a informação de que teria sofrido uma nova sanção pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), com a transferência de mais 14 linhas nos próximos dias.

“A Vera Cruz informa que, diferentemente do que foi veiculado anteriormente na imprensa, a empresa não sofreu, sob qualquer hipótese, nenhuma sanção administrativa, tendo feito a entrega das linhas por livre e espontânea vontade. A empresa reitera também que será respeitado o cronograma de atividades, ainda a ser acordado com o CTM”, informou a Vera Cruz à Coluna Mobilidade.

Decisão de sair do sistema seria irrevogável

A empresa enviou, ainda, a carta protocolada no CTM no dia 23/7 e que comprova a efetivação da devolução das linhas. No documento, que tem como referência a desistência da operação de todas as linhas de transporte sob permissão da Vera Cruz, a operadora voltou a usar os mesmos argumentos que apresentou em abril, quando pediu para transferir e permutar parte da operação.

A empresa alega que a operação vem sendo deficitária sob o ponto de vista econômico-financeiro há anos, o que tem provocado “severos prejuízos” que comprometem a manutenção dos serviços regulares de transportes.

E segue afirmando que a decisão não tem volta. “Entendemos não ter mais sentido operar todas as nossas linhas de transporte por ser economicamente inviável. Assim, manifestamos formalmente a nossa desistência definitiva e encerramento das atividades operacionais, em caráter irrevogável, de forma amigável, a partir do dia 23 de julho”.

14 linhas da Vera Cruz passarão para Borborema e Metropolitana. Outras 12 já tinham sido transferidas

As linhas de ônibus da Vera Cruz serão transferidas para outras operadoras do sistema. Em abril, a Vera Cruz teve 12 linhas transferidas para outras operadoras depois de pedir ao governo de Pernambuco – gestor do sistema de ônibus na RMR – para devolver e transferir parte de sua operação.

Agora, serão outras 14 linhas de ônibus que terão a operação transferida para a Borborema e a Metropolitana, já consultadas oficialmente pelo CTM. Cada uma assumirá sete linhas. As duas já teriam confirmado o interesse e as condições operacionais para assumir a nova rede. 

Linhas a serem transferidas para a Empresa Borborema:

124 – VILA DO SESI/TI TANCREDO NEVES

125 – CÓRREGO DA GAMELEIRA/TI TANCREDO NEVES

151 – JARDIM JORDÃO/TI AEROPORTO

152 – JORDÃO BAIXO/TI AEROPORTO

153 – JORDÃO ALTO/TI AEROPORTO

154 – JORDÃO (BACURAU)

155 – JORDÃO BAIXO/BOA VIAGEM

Linhas a serem transferidas para a Empresa Metropolitana:

126 – UR-03/TI TANCREDO NEVES

131 – UR-02 (BACURAU)

132 – UR-02 (IBURA)/TI TANCREDO NEVES

134 – LAGOA ENCANTADA/TI TANCREDO NEVES

141- JARDIM MONTE VERDE/TI TANCREDO NEVES

143 – UR-06/TI TANCREDO NEVES

168 – TI TANCREDO NEVES (CDE. B. VISTA)

*Jornalista do Jornal do Commercio

Se Raquel agisse como Lula…

Embora no campo contrário ao de Lula em 2026, quando tentará a reeleição no palanque oposto, a governadora Raquel Lyra (PSDB) não tem do que reclamar do chefe da nação. Saiu ontem de Brasília com mais de R$ 1,5 bilhão que serão revertidos em obras do Novo Pac Seleções. O lançamento do programa ocorreu no Palácio do Planalto.

No seu bojo, 36 obras e projetos nas áreas de abastecimento de água urbana, esgotamento sanitário, mobilidade urbana e drenagem, que vão beneficiar 26 municípios pernambucanos. Nesta nova fase do PAC, as novas modalidades executadas pelo Ministério das Cidades somam R$ 41,7 bilhões em investimentos. As obras no Estado totalizam R$ 1,5 bilhão.

“Completando 50 viagens hoje a Brasília, a gente volta para Pernambuco com mais de R$ 1 bilhão em obras incluídas no PAC Seleções do governo federal. Os anúncios de hoje (ontem) dialogam com o futuro que queremos para Pernambuco, proporcionando mais desenvolvimento e melhor qualidade de vida para todos”, disse a governadora.

E completou: “Agradeço em nome do povo nordestino e do nosso Estado ao presidente Lula e ao seu governo, pelo trabalho que tem sido feito, garantindo recursos para obras que serão inauguradas até o fim de 2026. Na área da mobilidade urbana, Pernambuco foi contemplado com R$ 397,7 milhões em investimentos. Na Região Metropolitana do Recife, serão concluídas as obras dos Corredores de BRT Norte-Sul e Leste-Oeste.

A governadora bem que poderia tratar os prefeitos no campo oposto ao dela no Estado seguindo o exemplo de Lula. Longe disso! Age com o fígado, persegue, maltrata e exige até a volta de servidores estaduais à disposição dos municípios, como fez com quatro secretários do prefeito do Recife, João Campos (PSB), além de uma dezena de prefeitos pelo Interior.

A pequenez da governadora – Em Garanhuns, no ano passado, a governadora deu o exemplo exato da sua “amplitude e magnitude”. Excluiu o prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), da organização e execução do Festival de Inverno, há mais de 30 anos promovido pelo Estado em parceria com o município. Sivaldo só soube da data do evento pela mídia e não teve voz ativa sequer na escolha da grade dos artistas. Isso teve consequências: para se vingar ainda mais do socialista, criou este ano um festival para concorrer com o de Garanhuns.

Trabalho conjunto – Para o presidente Lula, os investimentos do Novo PAC Seleções tratam dos interesses de cada cidadão. “Esse lançamento é uma convocatória para que possamos trabalhar juntos. Esse é o último PAC Seleções que vamos fazer. No início do nosso governo, reunimos todos os governadores do País para que colocassem no papel todas as obras que eram prioridade em seu estado. E assim temos feito, atendendo aos anseios de cada região”, disse.

Barragens no Agreste – Na área hídrica, Lula contemplou a barragem de São Bento do Una, no Agreste Central, que terá o investimento de R$ 161 milhões financiado pelo Governo Federal. Também foram repassados investimentos para Sistemas de Abastecimento de Água em Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, todos os 27 estados serão atendidos nesse PAC Seleções, gerando 773 mil novos empregos de maneira direta e indireta ao longo das obras.

Tratamento de esgotos – Serão realizadas, ainda, obras de requalificação e ampliação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto de municípios como Belo Jardim, Bezerros e Caruaru. “Quando a gente fala do PAC, as pessoas perguntam o que vai mudar. O PAC vai evitar que as pessoas fiquem embaixo d’água, vai tirar as comunidades do convívio com esgoto a céu aberto, além de levar água para quem precisa”, acrescentou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Incrível como Lula promove Bolsonaro! – O presidente Lula reclamou que os governadores de oposição não vão aos eventos que ele convida por conta de uma visão “negativista” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala foi durante o anúncio de R$ 41,7 bilhões para obras do PAC em 707 cidades. “Alguns [governadores] não têm comparecido. Possivelmente ainda pela imagem negativista de um presidente da República que só viajava para o Estado que ele gostava, só viajava para atender amigos e não dava importância para aqueles que pensassem diferente dele. É uma coisa absurda”, afirmou. Impressionante, um político tão experiente e marqueteiro como Lula dedicar grande parte da sua agenda pública para ficar dando ressonância a Bolsonaro!

CURTAS

ARARIPINA – Em Araripina, principal colégio eleitoral do Araripe, quem faz a sua convenção, hoje, a partir das 9 horas, na Câmara de Vereadores, é o pré-candidato do PDT a prefeito, Evilásio Mateus, que entra no páreo depois de uma briga interna dentro da legenda com o prefeito Raimundo Pimentel.

JABOATÃO – Já o prefeito de Jaboatão e candidato à reeleição pelo PL, Mano Medeiros, também faz sua convenção hoje na Faculdade Guararapes a partir das 10 horas. A expectativa é que aproximadamente cinco mil pessoas atendam a convocação do prefeito para a festa democrática.

ARCOVERDE – Em Arcoverde, a ex-prefeita Madalena Britto, pré-candidata do PSB, e o ex-prefeito Zeca Cavalcanti, pré-candidato do Podemos, farão suas convenções no mesmo dia: 4 de agosto. A da socialista no espaço Fest Mix, a partir das 15 horas, e a de Zeca, no mesmo horário, no Esporte.

Perguntar não ofende: Qual a nota que os prefeitos do PSB em Pernambuco dão ao tratamento dado pela governadora?

A pré-candidata do Partido Liberal, Izabel Urquiza, convocou hoje os olindenses filiados ao PL a participarem da convenção no dia 1º de agosto, que homologará seu nome para disputar a prefeitura de Olinda. O evento será realizado no Clube Atlântico, a partir das 19h, e contará com a presença de todas as lideranças do partido.

O Ministério do Esporte fez uma postagem racista nesta sexta-feira (26) ao citar o barco da delegação do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris.

A conta oficial do ministério na rede social X postou a imagem de um chimpanzé dirigindo um barco com a mensagem: “Todo mundo aguardando o nosso barco”, com a bandeira do Brasil fechando a frase. As informações são do G1.

O conteúdo foi retirado do ar logo depois, mas ficou publicado tempo suficiente para que prints circulassem pela web. Com a repercussão negativa, o ministério divulgou uma nota para lamentar a postagem e admitiu que foi racista

“O Ministério do Esporte reconhece e lamenta profundamente o erro cometido ao publicar uma imagem inadequada em nossas redes sociais na data de hoje, antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas. A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva”, disse a pasta.

O ministério afirmou ainda que a imagem é incompatível com os valores que defende. “Entendemos que a imagem carrega conotações racistas históricas e perpetua estereótipos prejudiciais. O Ministério do Esporte reconhece que essa publicação foi um erro grave e incompatível com os valores que defendemos. Lamentamos profundamente por qualquer ofensa causada e estamos empenhados em garantir que algo semelhante não ocorra novamente”, continuou a nota oficial.

O texto não informa, porém, se o responsável pela postagem foi demitido.

Confira a nota na íntegra

O Ministério do Esporte reconhece e lamenta profundamente o erro cometido ao publicar uma imagem inadequada em nossas redes sociais na data de hoje, antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas. A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva.

Entendemos que a imagem carrega conotações racistas históricas e perpetua estereótipos prejudiciais. O Ministério do Esporte reconhece que essa publicação foi um erro grave e incompatível com os valores que defendemos. Lamentamos profundamente por qualquer ofensa causada e estamos empenhados em garantir que algo semelhante não ocorra novamente.

Reafirmamos nosso compromisso inabalável no combate ao racismo e a qualquer forma de preconceito. O Ministério está implementando medidas rigorosas para garantir que nossa comunicação institucional seja sempre guiada por princípios de respeito, inclusão e diversidade. Estamos revisando nossos processos internos e oferecendo treinamento contínuo a nossa equipe para garantir que todas as nossas comunicações futuras reflitam nosso compromisso com a justiça social e a igualdade.

Em Arcoverde, o pré-candidato do Podemos à Prefeitura, Zeca Cavalcanti, recebeu, há pouco, mais uma adesão de um vereador ligado ao prefeito Wellington Maciel (MDB), que desistiu da reeleição: Everaldo Lira, do PP. Ontem, o vereador Luciano Pacheco, eleito pelo MDB e principal aliado de Wellington, fez uma grande festa de adesão a Zeca. O que se diz em Arcoverde é que a próxima adesão será a do próprio Wellington.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta sexta-feira (26), ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A denúncia ocorreu porque, no ano passado, Nikolas chamou Lula de “ladrão que deveria estar na prisão”.

A investigação foi aberta a partir de uma representação feita pelo próprio Lula ao Ministério da Justiça. A Polícia Federal (PF) solicitou ao STF, então, a abertura de um inquérito, o que foi autorizado pelo ministro Luiz Fux, relator do caso. As investigações são do O GLOBO.

Em junho, a PF concluiu a investigação e apontou que Nikolas cometeu injúria contra Lula, mas deixou de indiciar o deputado por se tratar de um “crime de menor potencial ofensivo”.

A declaração de Nikolas ocorreu em novembro do ano passado, durante evento realizado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), mas sem relação com a entidade. Na fala, ele mencionou um suposto apoio a Lula da ativista ambiental Greta Thunberg e do ator Leonardo Di Caprio.

“Isso se encaixa perfeitamente com Greta e Leonardo Di Caprio, por exemplo, que apoiaram o nosso presidente socialista, chamado Lula, um ladrão que deveria estar na prisão”, disse.

Para o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, a declaração não deve ser protegida pela imunidade parlamentar, porque não tinha relação com o mandato.

“Não havia, no contexto da referência depreciativa feita pelo denunciado ao presidente da República, nenhuma possível correlação com o exercício do mandato parlamentar. O que se evidenciou foi a clara intenção de macular a honra da vítima”, escreveu Chateaubriand Filho.

Proposta de acordo

Ao oferecer a denúncia, a PGR solicitou que seja designada uma audiência para negociação de um acordo de transação penal, quando o acusado aceita cumprir certas medidas, em troca do arquivamento do processo. Caso não haja acordo, a denúncia tramita normalmente.

O crime de injúria prevê pena de um a seis meses de detenção (quando não há regime fechado) ou multa. A PGR, no entanto, solicitou que sejam aplicados três agravantes de pena, pelo crime ter sido cometido contra o presidente da República, contra pessoa maior de 60 anos e por ter sido divulgado em redes sociais.

Deputado alegou ‘livre manifestação’

Em depoimento, em maio, Nikolas afirmou que estava “exercendo a livre manifestação do seu mandato” e que “a intenção não foi ofender, apenas se manifestar dentro dos direitos garantidos por sua imunidade parlamentar.

O parlamentar ainda acrescentou não se arrepender das palavras proferidas e que defende sua imunidade parlamentar. Também pontuou que “não pode se arrepender de um direito baseado na Constituição”.

Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista do cantor e compositor Silvio Brito ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!

O Governo de Pernambuco divulgou edital para requalificação da PE-060, principal via de acesso ao Litoral Sul do Estado. O processo licitatório para contratação de empresa para execução das obras de requalificação da rodovia foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (26). Com investimento de quase R$ 75 milhões em recursos estaduais, a iniciativa irá beneficiar mais de 400 mil pessoas que moram nos municípios que serão contemplados pela requalificação da estrada.

“A recuperação da malha rodoviária de Pernambuco é um compromisso da nossa gestão. Em 18 meses de Governo, alcançamos a marca de 800 quilômetros de estradas requalificadas. Temos obras em todas as partes do Estado, do Litoral ao Sertão. Para isso, já investimos R$ 1,5 bilhão, garantindo o escoamento da produção e a melhoria na trafegabilidade“, afirmou a governadora Raquel Lyra.

Os serviços serão realizados no trecho de 85 quilômetros, com início na entrada da BR-101, no município de Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, seguindo até a divisa com Alagoas. A obra contempla os serviços de drenagem, para evitar pontos de alagamento na via, além de pavimentação, sinalização horizontal, vertical e turística.

A restauração da PE-060 é importante para o desenvolvimento econômico de Pernambuco, pois ela também se conecta com o Porto de Suape e faz parte da rota turística das praias mais procuradas do Litoral Sul. “A recuperação dessa importante rodovia estadual vai proporcionar uma melhor trafegabilidade aos moradores de todos os municípios que margeiam a via, assim como os turistas de várias partes do Brasil e do exterior que chegam para conhecer as belezas naturais do nosso Estado”, disse o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra.