Coluna do sabadão

Por enquanto, ‘Juntos pela Segurança’ é só retórica

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Quando uma teoria não é colocada em prática, ela tende a nunca passar de teoria, por mais bem elaborada que ela seja. Essa é a leitura que se faz após cinco meses do lançamento oficial do substituto do ‘Pacto pela Vida’, o ‘Juntos pela Segurança’. A meta do novo Plano de Segurança do Estado de Pernambuco é, pelas palavras da própria governadora, reduzir em 30% os números da violência em Pernambuco até 2026.

“O Juntos pela Segurança anuncia diversas ações de fortalecimento das operações policiais, de trabalho e repressão qualificada e prevenção social. A redução de 30% da criminalidade até o ano de 2026 indica que vamos ficar na média do índice de criminalidade violenta letal do País inteiro”, disse Raquel Lyra (PSDB) ao lançar o plano, em novembro do ano passado, após quase um ano do início de sua construção.

A julgar pelo aumento absurdo nos indicativos da violência no Estado, o programa até então não passa de uma bela teoria criada pelo Governo. Isto porque, na prática, é evidente a sua falta de efetividade. Só nos primeiros meses deste ano, foram quase mil mortes em Pernambuco, que registrou um total de 989 vidas ceifadas, 10% a mais do que o mensurado no mesmo período do ano passado.

Os números não mentem. Só no mês passado, foram 324 mortes violentas intencionais, alta de 4,5% em relação ao mês de fevereiro. Há menos de dois meses de completar o primeiro ano e meio de gestão, não há como fazer vista grossa para uma situação que, pelas estatísticas mensais da própria Secretaria de Defesa Social, só piora.

As medidas efetivas deveriam ir muito além do anúncio de concursos públicos na área da Segurança, que não resolvem de maneira imediata o problema da violência no Estado. Elas devem passar, sobretudo, pela valorização dos profissionais que atuam nas forças policiais do Estado, há mais de um ano sem qualquer reajuste salarial, e o pior, que têm suas demandas constantemente ignoradas pelo Governo.

Deve piorar – Já que o problema da segurança pública passa, principalmente, pela valorização das suas forças de segurança, a situação deve piorar muito. Sem abrir um diálogo de fato com as categorias, as propostas de negociação para qualquer reajuste que chegam por parte do Executivo Estadual são constantemente rechaçadas. Exemplo recente ocorreu na última semana, quando delegados da Polícia de Pernambuco decidiram rejeitar, em sua totalidade, a proposta de negociação feita pelo Governo. O resultado disso, já posto em prática, é o fim da realização das operações de repressão qualificada e a não adesão ao Juntos pela Segurança.

Feitosa ironiza governadora – “Enquanto a gente está aqui, e ela está lá, botando a bandeira de Pernambuco e divulgando a tapioca, as mulheres pernambucanas choram por mais de 364 mortes violentas no estado de Pernambuco no mês de março”, afirmou o deputado Alberto Feitosa (PL), no começo da semana, durante reunião na Alepe. A fala se deu após tomar conhecimento de que a governadora havia lançado, nos Estados Unidos, o programa Cientista Arretado, que contará com investimento da ordem de R$ 10 milhões.

Fim das faixas dos PMs – Outro grande imbróglio na área, que coloca um fim em uma injustiça que vem há sete anos sendo cometida, é o fim das faixas salariais dos policiais e bombeiros militares. Após ter sido aprovado pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça, a análise do projeto enviado pelo Governo, que propõe extinguir as faixas até 2026, volta a ser apreciada, desta vez, na Comissão de Finanças, o que deve ocorrer na próxima quarta-feira. O principal embate entre Alepe e Governo gira em torno do real impacto financeiro da proposta nas finanças do Estado, o que tornaria impossível o fim delas de imediato, conforme defende a maioria dos membros da Comissão.

Firme na luta – Desde que o projeto foi apresentado pelo Poder Executivo, há pouco mais de um mês, o presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco, Luiz Torres, defende que a extinção das faixas salariais e a correção salarial ocorram ainda neste ano. “Os policiais e bombeiros militares perderam o poder de compra. Para sobreviver, nossos companheiros se veem em escalas exaustivas de trabalho para complementar a sua renda. Por isso a ACS/PE vai continuar na luta, na promoção da dignidade e melhores condições de trabalho para nossa tropa”, frisou o presidente da ACS, Luiz Torres, durante encontro na Comissão de Finanças.

Grupo de Trabalho e Neoenergia – Em audiência pública para discutir sobre as constantes interrupções de energia em Pernambuco nos últimos meses, realizada, esta semana, na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Alepe, foi anunciada a criação de um Grupo de Trabalho. A finalidade, segundo o presidente do colegiado, Mário Ricardo (Republicanos), é acompanhar os casos relatados durante a audiência e analisar o contrato de concessão com a Neoenergia.

CURTAS

REGRAS – O Instituto dos Magistrados do Nordeste (IMN) está com as inscrições abertas para quem quer se aprofundar nas novas regras definidas pelo TSE para as eleições deste ano. Ministrado por especialistas na área, o curso é online e acontece entre os dias 16 e 20 de abril, das 19h às 22h. Informações pelos telefones (81) 3877-6523 // (81) 9.9211-0602 (WhatsApp), no site do IMN, ou pelo e-mail: [email protected].

GESTO – O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Ricardo Paes Barreto, fez um gesto simples, mas que expressa toda sua gratidão aos funcionários da Prefeitura do Recife que o ajudaram nos cinco dias em que esteve interinamente como prefeito da cidade, enquanto João Campos cumpria agenda no exterior. Enviou a cada servidor um cartão agradecendo a ajuda e atenção durante o período.

INÉDITO – Ricardo Paes Barreto foi o primeiro presidente de Tribunal de Justiça a comandar a prefeitura de uma capital. No Recife, a situação ocorreu por força da legislação eleitoral, que cria restrições para candidatos na eleição de outubro, por isso, nem a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, nem o presidente da Câmara do Recife, Romerinho Jatobá, puderam assumir na ausência de João Campos.

Perguntar não ofende: O Juntos pela Segurança vai alcançar sua meta até 2026?

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Ontem, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) testemunhou um momento marcante de reconhecimento ao professor Marcos Galindo, figura proeminente na área acadêmica, especialmente no campo da Ciência da Informação. Em uma demonstração de apreço por sua destacada carreira e significativa contribuição à comunidade acadêmica e à sociedade pernambucana, ele foi agraciado com Voto de Aplauso proposto pelo deputado estadual Henrique Queiroz Filho (PP). A cerimônia contou com a presença da deputada federal Iza Arruda (MDB).

“É com imensa satisfação que estamos reunidos aqui, nesta tarde, homenagear e reconhecer o trabalho brilhante do professor Marcos Galindo, homenageado através do Voto de Aplauso que propus nesta Casa de Joaquim Nabuco e que foi aprovado pela integralidade de meus pares”, declarou o parlamentar. O deputado Queiroz Filho ressaltou, também, a importância deste gesto como um estímulo para que Galindo continue sua trajetória de sucesso, honrando as melhores tradições educadoras de Pernambuco e inspirando futuras gerações de pesquisadores e educadores.

Paulista - No ZAP

Jornal do Commercio

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aprovou, de forma inédita, uma resolução que institui ação afirmativa de gênero para a eleição de integrantes do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE) na classe juiz de Direito, titulares e substitutos.

Isso significa que o TJPE, obrigatoriamente, indicará um homem e uma mulher ou até mesmo duas mulheres para essas posições no TRE. Segundo o tribunal, os editais a partir de agora admitirão inscrições só de juízas ou mistas, alternadamente. A aprovação da resolução aconteceu na sessão do Tribunal Pleno do dia 22 de abril, realizada no Palácio da Justiça, no Recife.

Segundo o tribunal, a resolução tem o objetivo de incentivar uma maior participação feminina nas instituições de Justiça, além de dar igualdade de oportunidades a lideranças femininas em todos os níveis de tomada de decisões no Judiciário estadual.

A decisão também vai ajudar o TJPE a atingir um dos critérios de pontuação para a conquista do Prêmio CNJ de Qualidade, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é o estabelecimento de um percentual paritário de magistrados e magistradas indicados para compor as cortes eleitorais.

Indicações para o TRE

Constitucionalmente, os Tribunais de Justiça são os responsáveis por indicar quatro dos sete integrantes dos Tribunais Eleitorais, sendo dois desembargadores e dois juízes de Direito. É sobre esta última classe que começará a vigorar o rodízio entre homens e mulheres.

Segundo o Tribunal de Justiça, a resolução partiu de iniciativa do presidente do tribunal, Ricardo Paes Barreto, que considerou a aprovação como um “momento histórico” para o Judiciário estadual.

Os dois últimos desembargadores titulares eleitos pelo TJPE para o TRE-PE na classe juiz de Direito foram Frederico Thompson e Karina Aragão, em março de 2023. O mandato deles é de dois anos. As próximas eleições ocorrerão por volta de 45 dias antes do fim dos biênios do juiz Frederico Thompson e da juíza Karina Aragão.

Posteriormente a Frederico e Karina, foram eleitos como desembargadores substitutos na classe juiz de Direito José Ronemberg Travassos Silva e Valéria Rúbia Silva Duarte.

Ação afirmativa para desembargadores

Questionado se também há ações afirmativas de gênero para as indicações a desembargadores do TRE-PE, o Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que não, mas justificou.

“Atualmente só há duas desembargadoras no TJPE, quantidade ainda insuficiente à implantação dessa política afirmativa. Mas, o TJPE, a partir deste ano, fará promoções por merecimento com listas só de juízas e mistas, alternadamente, até que seja atingido o percentual mínimo de 40% de desembargadoras mulheres, conforme dispõe a Resolução nº 525, de 27/09/2023, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, afirma nota do TJPR.

“Mais adiante, será possível implementar essa política também para a eleição de membros(as) do TRE-PE da classe desembargador(a)”, completa o comunicado.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

As equipes responsáveis pelas obras de renovação da malha viária de Maranguape II estão intensificando as ações. Hoje, os trabalhadores concentraram esforços na aplicação de uma nova camada de asfalto na Rua 95. A via tem 680 metros de extensão e faz conexão com a Avenida A, um dos principais corredores da localidade. A obra integra o Programa Acelera Paulista (PAP). Além da Rua 95, o pacote de obras inclui a Rua 52, a própria Avenida A e as avenidas B e E. O serviço está sendo acompanhado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura.

Ipojuca - Minha rua top

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Ao que tudo indica, enfim, deve vir uma notícia boa, nos próximos dias, para parte dos 864 aprovados da Polícia Penal, que aguardam a nomeação, há quase um ano, após a conclusão do curso de formação. Pelo que apuramos, uma nova leva de nomeações está prestes a ser publicada e deve acontecer, no máximo, dentro de duas semanas.

O número, pelo que se sabe, não deve atingir o total dos que aguardam o chamado, que hoje é de 864, portanto, ainda deve ser insuficiente diante do déficit que existe no sistema, que conta com apenas 1.897 policiais penais para dar conta de mais de 28 mil presos nas unidades prisionais do Estado.

Contudo, ao menos demonstra que o Governo começa a ceder à pressão da sociedade, que vê no aumento do efetivo de policiais dentro do sistema penitenciário do Estado um passo importante para acabar com a figura dos chaveiros e, por tabela, reduzir a violência do lado de fora dos muros promovida de dentro das unidades.

Além disso, atesta para os aprovados do certame que esperam há quase um ano, que não foi à toa o investimento de R$ 12 milhões feitos pela gestão passada em suas formações e que há uma luz no fim do túnel para os que ainda devem aguardar até o fim do mandato da governadora para serem nomeados.

Caruaru - Geracao de emprego

O deputado federal Coronel Meira (PL) lamentou, hoje, a exoneração de todo o quadro técnico do ProRural, mas não deseja se posicionar a respeito do fato. Segundo o parlamentar, ele manterá sua posição em favor do diálogo antes de tomar posições que possam prejudicar o estado de Pernambuco e a população.

Meira, como é de conhecimento de todos, tem como sua principal base eleitoral os Policiais e Bombeiros militares. De acordo com o parlamentar, ele sempre estará ao lado da tropa, e se posicionou a favor do diálogo com a governadora, com relação ao projeto sobre o fim das faixas salariais. Mas, diante da derrota na comissão de Legislação, Constituição e Justiça da Alepe, que aprovou o fim das faixas salariais para 2025, a governadora exonerou o diretor geral do ProRural e mais 11 servidores do programa.

O trabalho realizado pelo ex-diretor Mychel Ferraz e pelos técnicos, todos exonerados por retaliação política, obteve destaque com o apoio do deputado. Conseguiram aportar para o Estado 50 milhões de dólares junto ao Banco Mundial, além de emendas parlamentares da bancada de Pernambuco, que iriam alavancar o Programa e executar o projeto Águas de Pernambuco, que previa levar água para a agricultura familiar e escolas de todo o interior pernambucano.

Camaragibe Agora é Led

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

A falta de diálogo entre o Executivo e o Legislativo no Estado não acontece de hoje e, talvez, seja algo que tende a ser recorrente até o fim do mandato da governadora Raquel Lyra (PSDB), em 2026. Infelizmente, pois a ausência de conversa entre o parlamento, categorias e o Executivo só tende a reverberar no povo. Os números da violência estão aí para comprovar, com 989 mortes só nos primeiros três meses deste ano.

O silencio do Executivo Estadual dominou praticamente todos os discursos de quem usou o direito de fala na sessão na Comissão de Finanças, que reprovou o substitutivo da deputada Gleide Ângelo (PSB) ao projeto de lei do Governo que extingue, até 2026, as faixas salariais dos policiais e bombeiros militares. A exceção, obviamente, ficou para os deputados aliados da governadora, que votam de acordo com a determinação da tucana e chefe do Executivo, leiam-se os deputados Luciano Duque (SD), Henrique Queiroz (PP), João de Nadegi (PV), Socorro Pimentel (UB) e a deputada Débora Almeida (PSDB).

E terminou ganhando ainda mais peso após a deputada Socorro Pimentel, relatora do parecer contrário ao substitutivo que previa antecipar para 2025 o fim das faixas, deixar clara a sua insatisfação com a duração da discussão. É que, apesar do regime de urgência que previa a tramitação, que seria de 45 dias, o projeto de autoria do Executivo Estadual chegou, hoje, ao seu 56º dia de discussão.

“Eu acho que esse tempo todo em que esse projeto tramita na Casa deveria servir de reflexão para esse Governo, que em um ano e quatro meses envia propostas para esta Assembleia sem discutir com ninguém. Ela precisa entender que para governar um Estado com lideranças políticas como existem em Pernambuco, não se faz empurrando as coisas goela abaixo”, afirmou o deputado Sileno Guedes (PSB).

“Se estamos há 56 dias discutindo, passando mais de uma vez por comissões, é porque a marca desse Governo é a da falta de diálogo, de tratar as coisas com seriedade. Ao invés de fazer o debate com a categoria, que será impactada até 2027, prefere, toda vez que tem uma reunião, fazer um vídeo para postar em suas redes para defender aquilo que ela não tem coragem de defender junto à categoria. Isso só mostra o modo que ela vem tratando todas as categorias. Vivemos isso o ano passado, com os professores, que terminaram saindo derrotados”, apontou Rodrigo Farias.

Para Rodrigo, além da falta de diálogo, falta prioridades na gestão Raquel. “Será que a prioridade do Governo Raquel é pagar R$80 milhões para desapropriar o prédio do Americano Batista que nem projeto existe para saber o que será feito? Ou R$40 milhões para uma consultoria de um hospital de São Paulo saber o que todo mundo já sabe o que precisa ser feito na saúde em Pernambuco? Ou é salvar vidas?”, questionou o deputado.

O deputado Abimael Santos foi mais além, pediu para a governadora fazer uma reflexão do salário do PM atualmente em Pernambuco, que é o pior do Brasil, de R$ 3.419, enquanto no Paraná, é de R$ 8.212.

“Quando a senhora sair do Palácio, olhe para esse policial que está aí para defendê-la, e lembre-se que é no seu governo que a senhora tem a oportunidade de subir o ranking de salários”, direcionou o discurso à governadora, lembrando o fato que apesar de todos os defeitos, o ex-governador Paulo Câmara sabia conversar com o parlamento e com as categorias. “Talvez com o passar do tempo, ela vai se encontrar”, espera.

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Durante a discussão do relatório da deputada Socorro Pimentel (UB), concluída há pouco, na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco, com rejeição do substitutivo de autoria da deputada Gleide Ângelo (PSB), que previa antecipar de 2026 para 2025 o fim das faixas salariais da PM, a política terminou falando mais alto do que as necessidades da tropa.

A justificativa usada pela relatora, embora rechaçada pelos parlamentares contrários à rejeição do substitutivo, além do tempo de tramitação do projeto, que se estendeu por 56 dias na Casa, foi a de ser criada pelo Governo Paulo Câmara, em 2017, em uma semana o projeto foi votado e aprovado na época sem qualquer problema. Além disso, Socorro Pimentel ponderou que o texto proposto traria aumento de despesa estimada pelo Executivo Estadual para o próximo ano.

“As medidas apresentadas possuem potencial para aumento das despesas públicas, na medida que antecipa seus efeitos financeiros de 1º de junho 2026 para 2025, o que inviabiliza sua aprovação. Pois, segundo o parágrafo terceiro do artigo 19 da Constituição Estadual, não será permitida aumento de despesas nos projetos de iniciativa do governador”, justificou em seu parecer.

Para o deputado Sileno Guedes (PSB), apesar da relatora insistir em olhar no retrovisor e se reportar ao ano de 2017, a situação naquele momento era muito diferente de agora. Porque se aprovou em pouco mais de uma semana um projeto que nasceu dentro do comando da corporação.

“A diferença de hoje é que nada é discutido, compartilhado, ninguém é chamado para nada. O processo está sendo discutido em 56 dias e em nenhum momento o governo teve a sensibilidade de promover uma discussão sobre o tema. Ainda embutiu a questão do aumento salarial que não atende e ficará muito longe ao final da necessidade do reajuste necessário. Veio tudo junto, o governo não faz o diálogo. Ele sabe usar o Diário Oficial para colocar para dentro ou para fora de acordo com seus interesses”, comentou o parlamentar.

Ele acrescentou, se reportando diretamente à governadora Raquel Lyra (PSDB), embora ela não estivesse presente, de que a política se faz na época da eleição e que ganha quem o povo quiser votar. “O fato que a ausência do diálogo, a arrogância, a prepotência, a birra política, no fim, vai ser prejudicada uma categoria que tem um papel importantíssimo na sociedade. Reflexo o que estamos vivenciando, a falta de cuidado, de estímulo, de transparência, de um governo que vira as costas para os seus maiores problemas, a começar pela segurança pública”, desabafou.

O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), defensor incansável da categoria que integra, lamentou todas as vezes que alguém da base do governo tem que se reportar ao passado para justificar a falta de iniciativa para se resolver um problema que a própria governadora se comprometeu em fazer, e não da forma como foi apresentada, escalonada até 2026.

“Esse é o governo que tem que voltar ao passado para se manter e justificar. Da mesma forma a incapacidade de negociação. Gostemos ou não, no passado, justiça seja feita, tínhamos negociação com Paulo Câmara. A consequência disso se reflete nos números, com Raquel com 62% de rejeição no Recife e levando com ela todo mundo que cola com ela, seja na capital ou nos demais municípios. Gente que tinha tudo como franco favorito, mas que se abraçou com uma âncora e tá indo para o fundo”, lamenta o deputado.

Feitosa ainda usou de sua fala para comentar sobre o tratamento dado pelo famoso cachorro da governadora, que ganha as redes da tucana com mimos e acolhimento, enquanto a tropa sofre com o seu descaso.

“Ela dá mais atenção para Magno, que não é o Martins, do que a tropa, que perde a cada dia o seu poder de compra e o seu ânimo para defender a população, inclusive a própria governadora. O resultado disso são os índices de violência, infelizmente, cada dia maiores, que colocam Pernambuco em segundo lugar no ranking da violência e como o Estado que paga o pior salário de policial do Brasil”, complementou.

Embora tenha sido um banho de água fria a rejeição do substitutivo de Gleide Ângelo, a maioria dos deputados que votaram contrários ao parecer da relatora na Comissão de Finanças, ainda tem a esperança de uma reviravolta nesse projeto polêmico na próxima terça-feira. Será quando o projeto irá à votação no plenário, onde terá que ser aprovado por 25 dos 49 nobres deputados.

Vitória Reconstrução da Praça

A construção civil de todo o país acaba de receber um novo estímulo para a construção de novos habitacionais populares. É que a Receita Federal publicou, no Diário Oficial da União da última quinta-feira, a instrução normativa RFB Nº 2179, que finalmente regulamenta o Regime Especial de Tributação (RET) de 1% para empreendimentos do Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. O benefício era aguardado pelas principais entidades do setor, como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A Lei 14.620/23, de 13 de julho de 2023, que instituiu o novo Minha Casa, Minha Vida, garantiu a tributação de 1% para projetos residenciais de interesse social para a Faixa 1. No entanto, o benefício ainda não era utilizado pelas incorporadoras, já que existia a pendência da regulamentação por parte da Receita. Em dezembro último, o Congresso aprovou os recursos para o RET no Orçamento de 2024.

Especializado em Negócios Imobiliários, o advogado Amadeu Mendonça, sócio do Tizei Mendonça Advogados Associados, explica as vantagens da unificação de impostos para os imóveis subsidiados pelo governo. “Em regra, o RET é de 4% para as incorporações normais, só que a promulgação da lei garantiu essa benesse de 1% para os imóveis do Faixa 1 do Minha Casa. Embora houvesse previsão legal, os incorporadores estavam receosos em aplicar a alíquota de 1% e sofrer uma autuação da Receita Federal. Agora, este cenário muda”, comenta.

A regulamentação do RET de 1% é importante para ampliar a produção de empreendimentos na Faixa 1 do MCMV, reduzindo o custo final dos imóveis, além de contribuir para o aumento da geração de empregos e renda no país, assim como reduzir o déficit habitacional. “O RET é calculado sobre o valor total do faturamento, diferentemente do lucro presumido e do lucro real, que é sobre um percentual específico. Ainda assim, vale muito a pena para as incorporadoras”, reforça Amadeu Mendonça.

Os imóveis de habitação urbana do Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida são destinados a famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640 e são subsidiados com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) ou Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). No caso da habitação rural, são destinados a famílias com renda bruta anual de até R$ 31.680.

Com apenas 15 anos de idade, Antônia Ribeiro começou a escrever seu primeiro Romance Policial, no auge da pandemia. Fruto dessa inusitada situação mundial, “Irreversível” passou por algumas fases até chegar ao livro por completo. Desde criança, ela tinha gosto pela leitura que, cada vez mais, ganhou espaço para a realização de algo concreto.

Como vários outros leitores da geração Z, passou pela fase das fanfics, por onde teve contato com outros diversos escritores(as) amadores e também teve influência do caso Bonny & Clyde (famoso casal de ladrões dos Estados Unidos) como inspiração para sua obra.

Além das fontes, no meio do processo Antônia apagou quase metade do trabalho feito para reescrevê-lo. “Foi muito frustrante ter que apagar tudo de uma vez, mas aprendi que faz parte do processo de um escritor escrever e reescrever até que tudo esteja muito bem-feito”, relatou.

Por mais que seja o primeiro livro da recém autora, ela já recebeu elogios sobre sua história adentrar no psicológico dos personagens e por abranger temas como egoísmo, avareza e amor cego. “Tudo isso misturado com um bom romance entre os personagens principais e ambientes onde não costumamos pisar, como cassinos ou viagens para uma ilha paradisíaca!”, comenta a autora.

O lançamento será realizado na Livraria Jaqueira do Recife Antigo, no dia 19 de maio, a partir das 16h. Será realizado também o serviço de Coffee Break e autógrafos na data do evento.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Com quatro votos a favor e quatro contrários ao relatório da deputada Socorro Pimentel (UB), coube a deputada Débora Almeida, aliada de primeira hora da governadora Raquel Lyra (PSDB), aprovar o parecer pela derrubada do substituto do projeto de autoria do Executivo que propõe extinguir as faixas salariais dos Policiais Militares e Bombeiros até 2026. Com isso, o texto chega ao plenário da Alepe, na próxima semana, onde terá que ser validado por maioria absoluta do parlamento.

Durante a reunião da Comissão de Finanças na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Joel da Harpa questionou a falta de diálogo com o Governo de Estado. O parlamentar afirma que, para o bem, a gestão estaria sendo devagar, e muito mais rápida para fazer o mal.

Para Joel, o governo atual está fazendo pior do que o anterior. Paulo Câmara, o qual, antes de sair, deu um aumento de 20%. “Já Raquel Lyra manda um projeto com uma casca de banana que é um pseudo aumento. Fica difícil defender”, afirma o parlamentar.

O deputado afirma que, no ano passado, disse a governadora que queria ajudar e participar do debate para a construção de uma proposta que realmente atendesse a categoria. “Ela não quis. Nem ouve os deputados, nem associações, ela não está ouvindo ninguém”, lamenta.

O substitutivo não atende o que a categoria merece, mas pelo menos foi negociado com as entidades e que minimiza a dor da categoria. “A verdade é que são os policiais que estão sofrendo e precisam da nossa atenção. A Casa, mais uma vez, pode fazer o mínimo de justiça aprovando o substitutivo. Senão, a briga será no plenário que é soberano”, diz.

“Disse desde a primeira reunião que nunca aprovei o projeto das faixas salariais e desde 2017 venho lutando para acabar com elas. Sou classista, sou pela tropa e sempre serei. Estou deputado, mas sou policial e para sempre serei”, afirma.

Na contagem regressiva para o maior evento de comunicação do ano, a festa dos 18 anos deste blog, estão faltando apenas 23 dias. Tudo está sendo preparado com muito carinho. Será no dia 23 de maio, a partir das 20 horas, no Mirante do Paço, no Paço Alfândega, no charmoso e boêmio bairro do Recife.

A animação ficará por conta da Super Oara, uma das melhores orquestras do País, do meu amigo Beto, hoje sob o comando do filho Elaque. Vários artistas vão homenagear o blog, cantando seus principais sucessos, como os forrozeiros Alcymar Monteiro, Josildo Sá, Irah Caldeira, João Lacerda, Daniel Bueno, Novinho da Paraíba, Cristina Amaral, Fabiana, a Pimentinha do Nordeste, e Walquiria Mendes.

Para deixar o dance mais eletrizante ainda, três ícones do frevo: André Rio, Almir Rouche e J. Michiles. O bufê também já está reservado e confirmado: Fiordes, de Mariana Lucena, um dos mais concorridos, que está preparando belas surpresas para os convidados.

A festa é de adesão. Se você ainda não adquiriu o seu ingresso, entre em contato agora pelo telefone e WhatsApp: (81) 9.8222-4888.