Chapa do PSB é machista
A vontade de uma maior participação feminina em mandatos foi um sentimento captado pelas pesquisas do PSB. Nesse sentido, o candidato ao Governo, Danilo Cabral, já fez vários discursos sobre equidade de gênero na composição de uma eventual gestão, citando sempre as candidaturas de Tereza Leitão ao Senado e Luciana Santos para vice. No entanto, quando o assunto é a Câmara Federal, o empoderamento é total para os homens.
O PSB só colocou onze candidatos a deputado federal na ata de sua convenção partidária. São quatro candidatos à reeleição (Felipe Carreras, Gonzaga Patriota, Milton Coelho e Tadeu Alencar), outros dois oriundos da Alepe (Eriberto Medeiros e Lucas Ramos) e o segundo príncipe herdeiro de Eduardo Campos, Pedro Campos. Todos são as prioridades dos socialistas.
Leia maisComo a legislação manda cumprir uma cota de gênero de 30% dos candidatos sendo mulheres, a chapa inscreveu quatro nomes de figuras relativamente desconhecidas da classe política. Certamente apenas para cumprir a regra, e não para incentivar a participação feminina na política.
Duas delas já disputaram mandatos em outras ocasiões, saindo com votações ínfimas. São os casos de Fabíola Maciel, que teve apenas 547 votos para vereadora do Recife em 2020, e da economista Miriam Cunha, que concorreu a deputada federal em 2018, obtendo 2.024 votos. Os outros nomes femininos são a Professora Maria José de Sena, ex-reitora da UFRPE, e Tereza Raquel, secretária do segmento da Mulher no PSB do Recife.
Nomes estritamente metropolitanos, com pouquíssima densidade eleitoral para disputar um cargo que precise de, pelo menos, 50 mil votos. Há de se ressaltar que não é possível chamar essas candidaturas de olímpicas e muito menos de laranjas, algo que só caberia à Justiça Eleitoral, num eventual processo. O TRE condenou algumas chapas que utilizaram desse artifício em 2020, mas é um processo demorado.
O juízo de valor que se faz é quanto ao uso distorcido da cota de gênero. O que não é exclusividade deste partido, mas se choca com o discurso propagado pela majoritária. Se inscrevem nomes apenas para cumprir a cota legal. No melhor estilo “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.
Reviravolta nos Estados – O presidente Jair Bolsonaro já bate Lula, hoje, nas pesquisas, em três das cinco regiões do País. No Norte, tem 39% contra 36% do petista, no Centro Oeste ganha de 43% a 31% e no Sul de 45% a 32%. Lula só está na liderança no Nordeste – 56% a 25%. Já no Sudeste há um empate técnico – 37% para Lula e 35% para Bolsonaro. Pelo jeito, cantar de galo antes do abrir as urnas pode representar uma surpresa desagradável para o ex-presidiário.
Zeca ganha na justiça – Vitimado pela direção do União Brasil, quando teve sua candidatura a deputado estadual registrada, de última hora, como candidato a federal, o ex-prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti, recorreu à justiça. Seu direito é sagrado e deve sair vitorioso, porque na ata lida ao final da convenção que homologou as candidaturas do partido, há dez dias, seu nome aparece na lista como estadual e não federal. E o que vale, diante dos olhos dos magistrados, é a ata oficial.
Pobreza 1 – Uma pesquisa aponta que a pobreza atingiu 19,8 milhões de brasileiros que vivem em regiões metropolitanas em 2021. O estudo leva em consideração pessoas que têm renda mensal per capita de aproximadamente R$ 465. Esse é o maior índice registrado desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
Pobreza 2 – Os dados constam na 9ª edição do Boletim Desigualdade nas Metrópoles, produzido pelo Observatório das Metrópoles, em parceria com a PUC do Rio Grande do Sul e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). O estudo é feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Crescimento generalizado – Desde 2014, a taxa de pobreza nas metrópoles teve um salto de 16% para 23,7%, o que representa a entrada de 7,3 milhões de brasileiros na linha da pobreza. Em relação à extrema pobreza, a taxa passou de 2,7% para 6,3%, representando um aumento de 2,1 para 5,2 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza. Ao longo dos sete anos analisados, o percentual da população em situação de pobreza aumentou em todas as grandes cidades.
CURTAS
RECIFE 1 – As que tiveram maiores índices foram Manaus (41,8%), São Luís (40,1%), Recife (39,7%), João Pessoa (39,2%) e Macapá (38,3%). Já as regiões metropolitanas em que se registraram as menores taxas foram São Paulo (17,8%), Distrito Federal (15,1%), Curitiba (13,1%), Porto Alegre (11,4%) e Florianópolis (9,9%).
RECIFE 2 – As cidades que registraram maior índice de população em extrema pobreza foram Recife (13%), Salvador (12,2%), Manaus (11,1), João Pessoa (10,7%), e São Luís (10,1%), enquanto Belo Horizonte (3,5%), Porto Alegre (3,4%), Curitiba (2,5%), Vale do Rio Cuiabá (2,4%) e Florianópolis (1,3%) tiveram os menores.
Perguntar não ofende: Em 16 anos, o que o PSB fez para reduzir a pobreza em Pernambuco?
Leia menos