Tabela do IR acumula defasagem de 31,3% no governo Bolsonaro

Com a disparada da inflação, a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) chegou a 31,3% só no governo de Jair Bolsonaro, de acordo com cálculos realizados pelo Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) a pedido do G1. O estudo leva em conta a inflação medida pelo IPCA no acumulado de janeiro de 2019 até junho deste ano.

A última correção da tabela foi realizada em 2015 e o aumento da defasagem tem aumentado a tributação dos mais pobres e obrigado a cada ano um número maior de brasileiros a pagar imposto de renda.

O levantamento da Unafisco mostra também que, de 1996 a junho de 2022, a defasagem acumulada da tabela do IR das pessoas físicas é de 147,4%. No começo do ano, estava em 134,5%.

A atualização da tabela foi uma promessa da campanha de 2018 de Bolsonaro, mas não foi cumprida. O então candidato defendeu também isenção para quem ganha até 5 salários mínimos. A mudança no IR agora virou promessa para 2023. Nesta semana, o presidente disse que a correção para o próximo ano já foi acertada com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não foram antecipados detalhes.

Corrigindo a tabela apenas pela defasagem acumulada desde 2019, a faixa de isenção passaria dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.500,44. Se houvesse correção de toda a defasagem acumulada, a isenção seria aplicada a quem ganha até R$ 4.710,49 mensais. (Veja mais abaixo simulação dos auditores que mostra como ficaria a tabela com as correções integral e parcial).

Procurado pelo g1, o Ministério da Economia informou que não vai se manifestar sobre a defasagem e atualização da tabela do Imposto de Renda.

Aumento da carga tributária e ‘arrecadação indevida’

Na prática, a não correção da tabela representa um aumento da carga tributária para a população. Isso porque a defasagem faz com que muitos contribuintes deixem de ser isentos ou passem a pagar uma alíquota maior em relação ao ano anterior, uma vez que reajustes salariais (ainda que abaixo da inflação) podem fazer com que a pessoa entre em outra faixa de renda da tabela.

“É um aumento brutal da carga tributária para a classe média e para os pobres e um descumprimento da promessa de campanha de não ter aumento de imposto”, afirma o presidente da Unafisco Nacional, Mauro Silva.

“Para que nunca tivesse ocorrido aumento de imposto de renda na gestão Bolsonaro, desde o primeiro mês de governo deveria ter sido reajustado a tabela pela inflação do ano anterior (2018) e assim sucessivamente nos anos seguintes. Isso pode ser feito por meio de medida provisória”, afirmam os auditores no estudo.

O número de declarações recebidas neste ano pela Receita Federal subiu para 36,3 milhões, um novo recorde histórico, superando o total do ano passado em 2,154 milhões, o que representa um aumento anual de 6,3%.

Número de isentos aumentaria em mais de 5 milhões com correção

O número de contribuintes isentos do Imposto de Renda ao menos triplicaria se a tabela da base de cálculo fosse corrigida integralmente pela inflação acumulada nos últimos anos, de acordo com as estimativas dos auditores.

Segundo a Unafisco, o número de isentos passaria de 7,6 milhões para 13,1 milhões (5,5 milhões a mais) com uma correção da defasagem acumulada na gestão Bolsonaro, podendo chegar a 23,8 milhões (16,2 milhões a mais) com um ajuste integral da tabela, de 147,4%.

Impacto fiscal da perda de arrecadação

Apesar do impacto de uma correção da tabela nas contas públicas, a avaliação dos auditores é que se trata de uma questão de justiça tributária, uma vez que se trataria de uma arrecadação indevida.

“Cada 1% de inflação não recuperada na tabela equivale a R$ 2 bilhões a mais de arrecadação indevida”, diz Silva.

O levantamento da Unafisco mostra que uma correção parcial de 31,3% da tabela do IR faria a arrecadação federal com o imposto cair para R$ 250 bilhões, o que representaria um impacto fiscal da ordem de R$ 63 bilhões para o governo federal.

Em junho do ano passado, o governo enviou uma proposta de correção parcial da tabela para o Congresso como parte da reforma tributária. A proposta chegou a ser aprovada pela Câmara dos Deputados, mas segue paralisada no Senado. Pouco se avançou também nas discussões sobre a revisão e simplificação do sistema tributário brasileiro.

O Brasil é um dos poucos países, atualmente, que não taxam a distribuição de lucros e dividendos para pessoas físicas, que vigorou até 1995 e foi extinta. Analistas avaliam que, ao taxar pouco a renda e o patrimônio, e muito o consumo — na comparação com outros países —, o sistema tributário brasileiro penaliza a parcela mais pobre da população e beneficia os muito ricos.

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Se as eleições para prefeito de Santa Cruz do Capibaribe fossem hoje, o prefeito Fábio Aragão (PSD) seria reeleito com folga. Segundo pesquisa do Instituto Opinião, em parceria com este blog, Aragão teria 62% dos votos. Em segundo lugar aparece Alessandra Vieira (UB), com 12,8%, seguida de Valmir Ribeiro (PP), com 4,5%. Brancos e nulos somam 6,3% e indecisos chegam a 14,4%. Quando o nome de Valmir é substituído por Robson Ferreira, do mesmo partido, o PP, este aparece com 4%, o prefeito com 64,3% e Alessandra com 13,5%.

Na espontânea, modelo pelo qual os entrevistados são forçados a lembrar o nome do seu candidato sem o disco contendo todos os pré-candidatos, Fábio Aragão também lidera com 52%, Alessandra aparece com 6,5%, Robson tem 2% e Valmir 0,3%. Neste cenário, brancos e nulos são 4,8% e os indecisos sobem para 33,9%. No quesito rejeição, Alessandra lidera. Entre os entrevistados, 38% disseram que não votariam nela de jeito nenhum.

Ela é seguida por Robson Ferreira, que tem 10% dos eleitores entrevistados que não votariam nele de jeito nenhum. Em seguida aparecem Valmir, também com 10%, e Fábio Aragão é o menos rejeitado. Dos que se manifestaram, apenas 5,5% disseram que não votariam nele de jeito nenhum.

No confronto direto do prefeito com Alessandra, ele venceria com 70% dos votos contra 14,5% da adversária. Já se o adversário fosse Valmir, a vantagem de Aragão aumentaria mais – 74,3% contra 5,3%. Por fim, se o adversário do prefeito viesse a ser diretamente Robson, Aragão teria 71,5% dos votos e o adversário 6,5%.

Estratificando a pesquisa, os maiores percentuais do prefeito se encontram entre os eleitores jovens, na faixa etária de 16 a 24 anos (81,3%), entre os eleitores com grau de instrução médio (69,8%) e entre os eleitores com renda familiar de até dois salários (64,6%). Por sexo, 67,6% dos seus eleitores são homens e 57,1% dos seus eleitores são mulheres.

Já Alessandra, que aparece em segundo, mas bem distante, tem seus melhores percentuais entre os eleitores acima de 60 anos (21,2%), entre os eleitores com grau de instrução até a 9ª série (15,9%) e entre os eleitores com renda familiar entre dois e cinco salários (15%). Por sexo, 14,6% dos seus eleitores são mulheres e 10,6% são homens.

O levantamento foi a campo entre os dias 26 e 27 de abril, sendo aplicados 400 questionários. A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. A pesquisa está registrada sob o protocolo PE-03493/2024.

AVALIAÇÃO DE GESTÃO

O Instituto Opinião também avaliou o grau de satisfação da população de Santa Cruz do Capibaribe em relação aos três níveis de poder – federal, estadual e municipal. O prefeito bate de longe em popularidade tanto Lula quanto Raquel. Ele tem quase 80% de aprovação, exatamente 79,8%. Já Lula tem apenas 44,3% e Raquel menos ainda – 39%.

Paulista - No ZAP

Qual outro hospital já embolsou R$ 60 milhões?

Em primeira mão, antecipei, ontem, depois de já ter revelado uma liberação anterior de R$ 43 milhões, a assinatura de um convênio no valor de R$ 17 milhões para a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Garanhuns, de propriedade da família do marido da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), com quem Raquel Lyra governa o Estado a quatro mãos.

Com este valor, via convênio com a Secretaria estadual de Saúde para ampliação do número de leitos de UTI adulto e pediátrico da unidade hospitalar, Jorge Branco, esposo de Priscila, um dos herdeiros de José Tinoco, dono da Casa de Saúde, contabiliza R$ 60 milhões em repasses dos cofres estaduais em menos de um ano e meio de gestão da tucana.

Não se trata apenas de um privilégio, mas de um escândalo se olhado sobre o viés do abandono de hospitais públicos, como o Regional de Garanhuns, onde falta de tudo, e de uma dezena de unidades de saúde conveniadas ao Sassepe, igualmente ao prestigiado Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que não recebem o dinheiro devido do Estado para o atendimento de pacientes servidores estaduais pelo plano Sassepe.

Um médico, dono de hospital, me revelou que o Estado deve a ele uma bolada: R$ 15 milhões. Com um agravante: diferente do tratamento vip dado ao hospital da família do marido de Priscila, ele não recebe sequer nem uma satisfação quanto a uma proposta de pagamento dividida. São dois pesos e duas medidas. Pelo visto, um bom negócio em Pernambuco é ser amigo do rei.

Aliás, da rainha. Da rainha única, não; das duas rainhas, que parecem governar o Estado como comadres. A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas públicas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. Isso é constitucional.

Só Raquel não enxerga assim, porque faz um governo de comadres com a sua vice Priscila Krause.

Oposição reage – Um passarinho soprou, ontem, ao meu ouvido, que a oposição vai encaminhar um pedido de informações à governadora Raquel Lyra sobre o tratamento privilegiado que o hospital da família do marido da vice-governadora Priscila Krause está recebendo. Os deputados oposicionistas são como a justiça brasileira: tardam, mas não falham. Isso já era para ter sido feito desde o momento que revelei neste espaço os primeiros R$ 43 milhões repassados ao hospital da família Tinoco.

Aragão sem adversário – Santa Cruz do Capibaribe, principal centro têxtil do Agreste pernambucano, tende a ter uma eleição bem diferente das últimas, extremamente acirradas. Conforme pesquisa do Opinião, postada acima com exclusividade por este blog, o prefeito Fábio Aragão (PSD) nada de braçada. Se a eleição fosse hoje, ele teria 62% dos votos, Alessandra Vieira (UB) 12,8% e Valmir Ribeiro (PP) 6,3%. Na espontânea, ele tem 52% e Alessandra 6,5%.

Gestão bem avaliada – Também pudera: a aprovação do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe bate os 80%. Ele bate de longe Lula e Raquel em popularidade, que, aliás, andam muito mal em avaliação na chamada capital da sulanca. Enquanto o petista detém uma desaprovação de 47,3% ante uma aprovação de 44,3%, Raquel é desaprovada por 44% e aprovada por 39%. Por enquanto, quem está em perfeita sintonia com o povo é Fábio Aragão.

Na pressão por aumento – No segundo Dia do Trabalho do terceiro mandato de Lula (PT), comemorado ontem no 1 de maio, servidores do Executivo federal intensificaram as cobranças por reajuste salarial ainda em 2024. Em abril, para aplacar os movimentos grevistas, o governo assinou o reajuste nos benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-saúde e assistência pré-escolar) a partir de maio, com pagamento retroativo em junho. Mais de 83% das entidades representativas dos servidores públicos federais concordaram com a assinatura do acordo.

Henry no pincel – Depois de mais de um mês de levar o MDB para o palanque da reeleição de João Campos (PSB) no Recife, o presidente estadual da legenda, Raul Henry, foi retaliado pela governadora Raquel Lyra, que passou a caneta vermelha no presidente da Junta Comercial, Gabriel Cavalcanti, unha e carne com o dirigente emedebista. O aliado estava no cargo desde março do ano passado. A tucana partiu para o tudo ou nada, mas pode perder a disputa com a Alepe pelo projeto das faixas salariais em votação no plenário da Casa na próxima terça-feira.

CURTAS

SEM PRESTÍGIO – Integrantes do Palácio do Planalto procuraram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após Lula preterir um candidato apoiado pelo deputado para uma vaga no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Na terça-feira passada, Lula decidiu nomear o advogado mineiro Antonio Fabrício de Matos Gonçalves como ministro do TST. Com a decisão, o petista preteriu o alagoano Adriano Avelino, nome apoiado por Lira para a vaga.

SUSPENSÃO 1– O Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação na Justiça na qual pede a suspensão de todos os acordos feitos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com entidades que cobram mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento dos aposentados e que o órgão federal seja condenado a indenizar cada segurado que sofreu desconto indevido — sem autorização por escrito — em suas aposentadorias.

SUSPENSÃO 2 – Dados obtidos com exclusividade pelo site Metrópoles mostram que existem hoje 29 associações autorizadas pelo INSS a praticar “desconto de mensalidade associativa” nos benefícios de aposentadoria e pensão, por meio de acordos de cooperação técnica. No início do ano passado, eram 21 entidades aptas a aplicar a contribuição em troca de supostos serviços oferecidos aos associados, como assistência em saúde.

Perguntar não ofende: Quem vai dançar na próxima canetada da governadora?

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Logo mais, exatamente à meia-noite, este blog traz pesquisa exclusiva do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), sobre a sucessão municipal em Santa Cruz do Capibaribe, maior polo têxtil do Estado. Aos que moram lá e estão de olho no processo eleitoral, vale a pena dormir mais tarde hoje.

Ipojuca - Minha rua top

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, vem ao Recife nesta quinta-feira (2), para – ao lado do prefeito João Campos, visitar as obras do Hospital da Criança, que iniciaram em janeiro deste ano e têm previsão de conclusão ainda neste ano.

Com o investimento de R$ 116 milhões em recursos advindos do Ministério da Saúde e da Prefeitura do Recife, a unidade de saúde terá capacidade para ofertar, por mês, 8.860 procedimentos, entre consultas, exames e cirurgias de pequeno porte.

Caruaru - Geracao de emprego

Nesta quarta-feira (1º), as centrais sindicais celebraram o Dia do Trabalhador, em São Paulo, contando com a presença do presidente Lula e de seus principais aliados. No entanto, pelo que mostram as imagens compartilhadas nas redes sociais, parece que o público não se engajou para participar do evento.

As imagens compartilhadas e divulgadas por emissoras de televisão mostram que o público ficou concentrado em uma área de aproximadamente 2.500 m², no estacionamento da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo. 

O Poder360 entrou em contato com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), uma das organizadoras do evento, para perguntar se havia uma estimativa do público presente ao ato. A CUT respondeu, por meio de sua assessoria, que não realizou uma contagem.

Apesar de não haver uma estimativa, Lula queixou-se do ato esvaziado. Durante seu discurso, o presidente cobrou o ministro Márcio Macêdo e disse que o evento havia sido “mal convocado” e que não foi feito o “esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”.

Confira o vídeo abaixo compartilhado pela Folha de São Paulo:

Camaragibe Agora é Led

Por Guilherme Waltenberg*

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu votos para o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), durante evento em comemoração ao Dia do Trabalho, realizado nesta quarta-feira (1º), em São Paulo. O ato contou com dinheiro da Petrobras, empresa estatal com ações listadas na bolsa – o que pode configurar crime eleitoral. O atual mandatário do país disse que quem votou nele “tem que votar no Boulos”.

O principal adversário de Boulos nas eleições de 2024 é o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Ele disse que sua campanha vai ingressar na Justiça contra a fala do presidente, assim como o pré-candidato a prefeito e deputado federal, Kim Kataguiri (União Brasil-SP).

Lula e o deputado federal por São Paulo e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) dividiram palco no evento com as centrais sindicais na Arena Neo Química, estádio do Corinthians, na zona leste da capital paulista.

Confira a fala completa de Lula:

“Só queria dizer para vocês o seguinte: esse rapaz, esse jovem, ele está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual, ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Está enfrentando 3 adversários. Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1996, em 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”.

O ato das centrais sindicais foi patrocinado pela Petrobras, empresa estatal com ações listadas na bolsa. O Poder360 apurou que o desembolso com o evento das centrais foi de aproximadamente R$ 3 milhões. No ano passado, a estatal também bancou o evento no Dia do Trabalho.

O Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria) também patrocinou o ato do 1º de Maio, mas não informou o valor do seu patrocínio nem comentou a fala de Lula depois de ser procurado pela reportagem deste jornal digital. Informou via assessoria de imprensa que não apoia eventos político-partidários.

“O Conselho Nacional do Sesi não apoia eventos políticos partidários. O evento que o Conselho do Sesi apoiou foi o Ato do 1º de Maio unificado das centrais sindicais do país. Evento destinado a celebrar a luta e a organização dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse em nota.

Ações na Justiça

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que vai entrar na Justiça porque “não há outro caminho“. “A equipe de campanha vai ingressar com ação judicial. Ficou muito claro o desrespeito à lei eleitoral. Pediu votos claramente. Não há outro caminho“, disse a jornalistas em São Paulo.

Kim Kataguiri disse em nota que Lula fez um “pedido explícito” de votos a Boulos e pediu punição à chapa do deputado federal. “A representação foi encaminhada à Procuradoria da Primeira Zona Eleitoral. O objetivo é que o Ministério Público tome medidas para investigar e, se necessário, punir a campanha antecipada“, disse em nota.

“É um absurdo fazer campanha eleitoral fora do tempo permitido, porque isso desrespeita as regras da disputa e prejudica a todos. O pleito precisa ser justo, com igualdade para todos os candidatos“, afirmou Kim.

Lei eleitoral

O Poder360 falou com 4 advogados sobre o caso. Eles concordaram que se trata de uma afronta à lei eleitoral, mas ponderaram que atos como os de hoje dificilmente recebem punições maiores que multas. Quase todos preferiram falar em off, sem revelar seus nomes.

O advogado especializado em legislação de eleições e ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Admar Gonzaga diz que a legislação é clara sobre o tema. Sua incidência pode levar, no limite, à perda do registro da candidatura. O mais comum é haver uma multa.

“O candidato não pode colocar outdoor e não pode, por óbvio, usar um palanque patrocinado por uma empresa, que é impedida de fazer doações para campanha eleitoral, para fazer uma manifestação pedindo votos. É uma conduta grave”, disse ao Poder360. Ele foi advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Admar foi ministro do TSE de 2017 a 2019. Ao avaliar o caso, disse que a jurisprudência do TSE tem sido no sentido de punir ações como essa.

“Algumas decisões que vemos, estão fazendo com que pessoas tenham uma percepção de impunidade, que a lei é para alcançar os outros. É um objeto claro de ação de investigação de cunho eleitoral que pode culminar no impedimento do candidato beneficiado”, disse.

*Jornalista de O Poder360

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Do portal Comando Policial

A governadora Raquel Lyra acaba de divulgar em suas redes sociais a criação do Festival Pernambuco Meu País, que deverá acontecer entre julho e agosto. O evento acontecerá em 7 cidades do estado e fica claro que trata-se de uma manobra para tentar enfraquecer o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).

Num vídeo divulgado há pouco, a governadora disse que o festival acontecerá durante o inverno e que as cidades de Caruaru, Buíque, Bezerros, Gravatá, Arcoverde, Triunfo e Taquaritinga do Norte serão contempladas pelo evento.

Cabe lembrar que ano passado, Raquel Lyra e seu governo foram responsáveis pelo fiasco do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Ainda no ano passado, num evento político em Arcoverde, Raquel anunciou o Festival de Inverno de Pernambuco (FIP), mas sua decisão não foi bem avaliada e ela acabou recuando. 

O investimento do Governo do Estado de Pernambuco para o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG 2023) foi tão aquém do esperado que enfraqueceu todos os polos do maior evento multicultural da América Latina, a exemplo do Polo Mestre Dominguinhos, sendo considerada a pior edição dos últimos 10 anos.

Com a decisão de não fazer o FIG compartilhado com a Prefeitura de Garanhuns neste ano e criar um festival na mesma época do FIG, mostra que o interesse da atual mandatária é de fato enfraquecer o evento garanhuense.

Prova disso é que a governadora inclui na rota do Festival Pernambucano Meu País a cidade de Caruaru que, sequer, vai ter respirado após sair de um dos maiores eventos juninos do país. 

O Comando Policial fez uma análise no edital que já foi lançado pela Secretaria de Cultura do estado e observou que o evento anunciado por Raquel terá muita semelhança com o FIG. 

O Festival Pernambuco Meu País terá propostas de: Artes Circenses, Artes Visuais, Audiovisual, Cultura Popular, Dança, Gastronomia, entre outros.

Fica claro que a cada dia que passa, a governadora de Pernambuco esquece que comanda um Estado e não apenas seus interesses.

Vitória Reconstrução da Praça

Por Gonzaga Patriota*

Martin Luther King Jr. disse: ”Todo trabalho que eleva a humanidade, tem dignidade e importância e deve ser realizado com meticulosa excelência”. Primeiro de maio é celebrado o Dia do Trabalho, uma data para lembrar a importância do trabalhador para construção da sociedade.

Feliz o nosso dia. Dia do Trabalhador. Que cada desafio enfrentado nos fortaleça ainda mais, como equipe e como amigos.

*Ex-deputado federal

Nesta quarta-feira (1º), foi realizado no Foyer, da OAB-PE, o chá da tarde mais Mulheres no Poder – Troféu Brites Albuquerque. O evento foi organizado pelo Comitê de Políticas Públicas do grupo Mulheres do Brasil Recife, em parceria com a OAB-PE e a AMUPE. 

O momento faz alusão ao projeto Pula pra 50, do grupo Mulheres do Brasil, que visa incentivar a maior participação feminina na política. A edição deste ano foi a segunda e homenageou a diretoria executiva da AMUPE e as prefeitas já reeleitas que não concorrerão ao pleito eleitoral deste ano.

São elas: Isabel Hacker, Adriana Paes, Célia Sales, Ana Célia, Mariana Medeiros, Maria das Graças Carrazzone, Judite Botafogo, Nadegi Queiroz, Adriana Assunção e Elcione Ramos. 

“A ação teve por objetivo reconhecer a importante contribuição dessas mulheres na política do nosso Estado e promover o encontro de diversas mulheres, agentes políticas, representantes da OAB, do judiciário, do Grupo Mulheres do Brasil, advogadas e membras da sociedade civil em geral, para diálogos sobre a importância da representativa feminina nos espaços de poder”, pontuou a instituição.

Em sua viagem internacional para a Europa, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se reuniu com a parlamentar alemã Beatrix von Storch, que é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, que foi ministro das Finanças na Alemanha Nazista. Os dois estiveram juntos no parlamento alemão e trocaram afagos.

Nas redes sociais, Beatrix compartilhou um registro ao lado de Eduardo, a quem chamou de “amigo”. “Um amigo visitando o Parlamento alemão. Nós, patriotas, nos unimos pela democracia, liberdade e a regra da lei”, escreveu a deputada.

O filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também teceu elogios à política conservadora, referindo-se a ela enquanto “excelente deputada” e ainda mencionou o ditador fascista alemão, Adolf Hitler, na legenda.

“Reuni-me no Bundestag, o Congresso alemão, em Berlin com a excelente Deputada Beatrix von Storch e seu marido Sven. Os tempos estranhos atuais no Brasil lembram o incêndio do Congresso alemão em 1933, que foi a desculpa usada por HtL!€r para perseguir seus opositores”, escreveu.

Neste encontro, Eduardo Bolsonaro aproveitou para presentear Beatrix von Storch com os “vinhos Bolsonaro”, marca que leva o nome de seu pai. Fundada em novembro de 2023, a linha de vinhos Bolsonaro “il mito” foi fundada pelo empresário Abílio Flávio Brasileiro, apoiador do ex-presidente, e tem Eduardo Bolsonaro como um de seus sócios.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (1º) as empresas que tinham a folha de pagamentos desonerada pelo governo e disse que não haverá desoneração “para ricos” em seu governo.

O tema foi o motivo da última tensão entre governo e Congresso, quando o governo conseguiu derrubar no STF (Supremo Tribunal Federal) com decisão de Cristiano Zanin, ex-advogado do petista, a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia aprovada pelo Congresso. As informações são do Poder360.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha, quando o trabalhador ganha, mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar um emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantia para quem está trabalhando, eu quero dizer: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos, e sim para favorecer aqueles que trabalham e que vivem de salário”, declarou durante ato organizado por centrais sindicais em comemoração ao 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho, na Zona Leste de São Paulo, capital.

O fim da desoneração da folha salarial dos 17 setores dá ao governo federal uma arrecadação de até R$ 15,8 bilhões de abril a dezembro.

A decisão de Zanin onera as empresas dos setores de imediato. As companhias começaram a rodar as folhas de salário de abril e terão que calcular e pagar pela nova regra, decidida na quinta-feira (25). A mudança abrupta deverá provocar demissões em maio.

A desoneração custou R$ 148,4 bilhões desde o início da política, em 2012. Sob o governo Dilma Rousseff (PT), até 56 setores foram beneficiados. O ex-presidente Michel Temer (MDB) diminuiu o número para os atuais 17.

Depois de criticar o governo pela decisão de judicializar o tema da desoneração, presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), protocolou na noite de sexta-feira (26) um recurso para que o STF revogue a decisão do ministro Cristiano Zanin que suspendeu a desoneração aos municípios e aos 17 setores da economia.

O STF tinha até 6 de maio para analisar o caso no plenário virtual. No entanto, Luiz Fux pediu vista (mais tempo para a análise). Até o momento, há 5 votos para manter a decisão de Zanin. Entretanto, como foi um ato monocrático, a medida já vale. Se referendada pelos demais ministros, terá efeito até que a Corte julgue o ato definitivamente.

ATO COM CENTRAIS SINDICAIS

O presidente Lula participou nesta quarta-feira (1º) de ato unificado com centrais sindicais, realizado no estacionamento da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo. O ato celebra o 1º de maio, data do Dia Internacional do Trabalho.

Além de Lula, ministros de Estado também marcaram presença. Eis a lista de autoridades presentes:

  • Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais;
  • André Fufuca, ministro do Esporte;
  • Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial;
  • Cida Gonçalves, ministra das Mulheres;
  • Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente;
  • Guilherme Boulos (Psol-SP), deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo;
  • Juruna, secretário-geral da Força Sindical;
  • Luiz Marinho, ministro do Trabalho;
  • Márcio Macêdo, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência;
  • Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social);
  • Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário;
  • Ricardo Patah, presidente da UGT; e
  • Sérgio Nobre, presidente da CUT.

No evento, os dirigentes sindicais criticaram o Banco Central e pediram para que, nas próximas eleições, os trabalhadores votassem por congressistas menos conservadores. As centrais sindicais atribuem as dificuldades do governo de cumprir suas promessas à presença do Centrão no Congresso Nacional.

O evento foi organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e Intersindical Central da Classe Trabalhadora.