Provas ligam Michelle Bolsonaro à suspeita de caixa 2

As infiltrações no teto, os móveis terrivelmente deteriorados e o piso de jacarandá esburacado e sem manutenção são só a face aparente de uma fase do Palácio da Alvorada que, embora não tenha nada de áurea ou épica, a história não poderá jamais esquecer.

Para além dos já conhecidos estragos deixados para trás, nos quatro anos em que esteve à disposição de Jair e Michelle Bolsonaro, o prédio projetado por Oscar Niemeyer para ser a principal residência da Presidência da República do Brasil foi lugar de confusões barulhentas, assédio moral a funcionários e de transações financeiras pouco usuais que vão ao encontro das suspeitas de caixa 2, reveladas há duas semanas pela coluna e que, neste momento, estão sob investigação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. As informações são de reportagem especial do colunista Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, do Metrópoles.

Relatos de quem viveu o cotidiano do palácio nos últimos anos, documentos e outros registros inéditos, como gravações e mensagens de WhatsApp, revelam segredos do período em que a residência oficial foi ocupada pelos Bolsonaro e escancaram a diferença abissal entre o discurso público do ex-casal presidencial e o comportamento adotado longe dos holofotes, por detrás das vidraças do Alvorada.

Para esta reportagem, ao longo das últimas semanas entrevistamos vários funcionários do palácio, incluindo militares. Alguns aceitaram gravar depoimentos, desde que não tivessem suas identidades reveladas. Outros concordaram apenas em contar o que viram, sem registro em vídeo.

De cima a baixo na hierarquia do Alvorada, do restrito staff que servia à família até, literalmente, a turma que cuida dos gramados onde passeiam as emas, há histórias ilustrativas de um lado do poder que destoa – e destoa bastante – daquele que é exibido costumeiramente ao distinto público.

Histórias como as do pastor evangélico amigo de Michelle presenteado com o cargo de administrador do palácio que esculhambava os subordinados e ameaçava até suspender o lanche de quem ousasse questioná-lo — tudo, segundo ele próprio disse em uma reunião gravada às escondidas, com aval da então primeira-dama.

Há mais. Michelle, com alguma frequência, protagonizava brigas colossais com Carlos e Jair Renan, os filhos 02 e 04 de Jair Bolsonaro. Numa dessas confusões, na frente dos empregados, o 04 precisou ser contido pelo pescoço por um segurança.

Bolsonaro, em um dia de fúria, arrombou a adega do palácio – sim, o então presidente da República pôs abaixo, com o pé, a porta do cômodo onde fica guardado o estoque de vinhos da residência oficial.

Já nos estertores do governo, funcionários da confiança de Bolsonaro e de Michelle levaram embora caixas e mais caixas de picanha, camarão e bacalhau comprados com dinheiro público que estavam armazenadas na câmara frigorífica anexa à cozinha.

Ainda nos últimos dias de 2022, moedas jogadas por turistas no espelho d’água que enfeita a entrada do Alvorada foram “pescadas” e carregadas pelo “síndico” do palácio, também com autorização de Michelle – supostamente para serem doadas a uma igreja.

Alguns dos episódios, ainda que relevantes, são quase pitorescos. Mas há outros graves – ou gravíssimos. Os funcionários relatam como se dava o fluxo de dinheiro – dinheiro vivo – entre o Palácio do Planalto e o Alvorada para bancar despesas privadas da primeira-dama e de seus parentes.

Com regularidade, várias vezes por mês, a equipe encarregada de auxiliar Michelle recebia a incumbência de passar no Planalto para pegar os recursos, em espécie, na sala do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Cid, o agora notório ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Cid, que após a reportagem publicada aqui no último dia 20 tornou-se o pivô da queda do comandante do Exército, é investigado, entre outras coisas, pela suspeita de gerenciar o caixa 2 palaciano com verbas que tinham como origem, inclusive, saques feitos na boca do caixa com cartões corporativos do governo.

Mensagens obtidas com exclusividade pela coluna mostram que bastava um pedido de Michelle para que Cid autorizasse os assessores da primeira-dama a retirarem o dinheiro, no Planalto, com algum dos militares que integravam seu time na ajudância de ordens do então presidente da República. Também era ele quem providenciava depósitos, igualmente em dinheiro vivo, na conta pessoal da mulher de Jair Bolsonaro.

Há evidências, ainda, de que Michelle, primeira-dama do Brasil até 31 de dezembro passado, recebia com regularidade, no Alvorada, envelopes de dinheiro enviados por Rosimary Cardoso Cordeiro, amiga íntima que no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro viu seu salário de assessora no gabinete de um senador governista ser quase triplicado.

Os indícios, que poderão ser esquadrinhados minuciosamente na investigação em curso no STF, apontam para mais uma “rachadinha” no ex-clã presidencial.

Áudios e outros registros aos quais a coluna teve acesso comprovam que assessores de Michelle no Palácio da Alvorada tinham por tarefa pegar com Rosi – seja no prédio dela, no Riacho Fundo, região administrativa do DF, seja em um ponto de encontro entre o Planalto e o Congresso Nacional — os envelopes recheados de notas de reais.

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Oito deputados de PE querem semipresidencialismo

Oito dos 25 deputados pernambucanos que integram a bancada na Câmara dos Deputados assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o semipresidencialismo no País. De iniciativa do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), obteve, ontem, o quórum de assinaturas necessário para começar a tramitar na Câmara.

Assinaram o requerimento 179 parlamentares, quando seriam necessárias apenas 171 assinaturas para começar a tramitar. Da bancada federal do Estado assinaram Augusto Coutinho (Republicanos), Eduardo da Fonte (PP), Fernando Filho (UB), Fernando Monteiro (PP), Fernando Rodolfo (PL), Lula da Fonte (PP), Mendonça Filho (UB) e Pastor Eurico (PL).

Embora o texto já ultrapasse a exigência de 171 signatários para começar a tramitar, o autor diz que só protocolará a proposta com ao menos 300 assinaturas, de forma a demonstrar apoio ao tema. O semipresidencialismo é um modelo alternativo ao presidencialismo que vigora no País.

Os exemplos mais famosos de países semipresidencialistas são Portugal e França. Se aprovado, um presidente da República eleito pelo voto direto dividiria poderes com um primeiro-ministro. O modelo proposto por Hauly dá ao presidente a prerrogativa de nomear o primeiro-ministro, mas, por outro lado, empodera a Câmara, dando aos parlamentares mais atribuições para definir o plano de governo e o Orçamento.

O presidente mantém as prerrogativas de nomear ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de tribunais superiores, além de chefes de missão diplomática, presidente e diretores do Banco Central (BC), o procurador-geral da República e o advogado-geral da União. Enquanto República, o Brasil já adotou o modelo parlamentarista entre setembro de 1961 a janeiro de 1963. O sistema, adotado como resolução da crise provocada pela renúncia à Presidência de Jânio Quadros, foi descontinuado após um referendo com ampla rejeição ao modelo.

Um novo referendo sobre o modelo de governo foi realizado em 1993, no qual o parlamentarismo voltou a ser rejeitado. O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Casa, é um dos signatários da proposta. O partido de Motta conta com o maior número de adeptos à medida, somando 35 assinaturas, seguido pelo PL, com 33 apoios, e pelo União Brasil, com 28.

PT NÃO ASSINA – O PT ficou ausente da lista de signatários, mas há adesões do “núcleo duro” da base de sustentação ao governo, como sete assinaturas do PDT e duas do PSB, sigla do ex-presidente Geraldo Alckmin. Além disso, PCdoB e PV, legendas federadas ao PT, registram um apoio cada. Os petistas se recusaram a assinar para não constranger o presidente Lula, adepto do presidencialismo e que tem projeto para disputar a reeleição em 2026. Na prática, os signatários da proposta querem instituir o sistema parlamentarista.

Motta fala em longo prazo – Um dos signatários da proposta do semipresidencialismo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defende a adoção do modelo parlamentarista no Brasil com uma implementação a ser feita a longo prazo. “A discussão sobre o parlamentarismo deve existir no Congresso, mas não para 2026. A discussão se faz necessária por um período, até para que a população entenda. Já temos esse modelo em vários países, na Europa. O Brasil não tem condições de discutir isso agora, mas a longo prazo”, afirmou.

PSB quer mais espaços Hoje com dois ministérios – Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), comandado pelo também vice-presidente, Geraldo Alckmin; e o do Empreendedorismo, com Márcio França – o PSB está na expectativa de conquistar mais espaço e poder na reforma ministerial. Dentro do partido, a reclamação é antiga de que o espaço é minúsculo. O PSB começou 2023 chefiando outras duas pastas, além da de Alckmin: a do Ministério da Justiça, com agora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que era filiado ao PSB; e a de Portos e Aeroportos, que antes de ser do Republicanos estava com França.

Alckmin esvaziado – Cresce a possibilidade de Geraldo Alckmin ficar apenas na vice-presidência e deixar o MDIC. Um dos cálculos é que o cargo pode ser dado ao ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Reservadamente, parlamentares do PSB dizem ser mais um esvaziamento do partido. “Um absurdo por tudo que o PSB fez antes mesmo do presidente Lula ser eleito. Nós fomos decisivos na vitória de Lula. Caso o PT ouse fazer isso [retirar o PSB da Esplanada], defendo que deixemos todos os espaços no Governo Federal e fiquemos independentes”, disse um socialista graúdo. A insatisfação de partidos mais alinhados historicamente ao governo Lula se agrava diante das cobranças de partidos do Centrão para ocuparem mais espaço – uma conta difícil de fechar.

Pedro prioriza isenção do IR – O novo líder do PSB na Câmara dos Deputados, Pedro Campos, irmão do prefeito do Recife, João Campos, disse que sua bancada vai estar ao lado do governo nas pautas importantes do País. “Nós temos a expectativa de que a reforma do Imposto de Renda chegue à Câmara neste ano, para que a gente possa aumentar a isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil”, disse. Sobre seu trabalho na condução da bancada de 15 deputados, afirmou que quer estimular o trabalho dos deputados, que é muito plural. “O primeiro ponto que a gente vai potencializar são os mandatos que atuam na área de educação, da agricultura familiar e na área das pessoas com deficiência, como é o meu caso e do deputado Duarte Jr. (PSB-MA). Além disso, esse vai ser um ano importante para o Brasil,” afirmou.

CURTAS

RAQUEL NO MDB – Diferente do presidente estadual do MDB, Raul Henry, o ex-prefeito de Lagoa Grande, Vilmar Cappellaro, disse que vai atuar para, no caso da incorporação do PSDB ao MDB, a governadora Raquel Lyra ingresse na legenda “Caso se confirme a incorporação, a chegada da governadora será muito bem-vinda”, destacou.

SALGUEIRO 1 – Numa entrevista coletiva, ontem, o prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro (PRD), apresentou o rombo financeiro da herança maldita deixada pelo ex-prefeito Marcones Sá (PSB). “São R$ 19,5 milhões em restos a pagar e mais de R$ 5 milhões em débitos não reconhecidos”, afirmou.

SALGUEIRO 2 – Entre as dívidas listadas pelo prefeito salgueirense não reconhecidas estão empréstimos consignados a servidores descontados em folha, mas não repassados ao banco. “Isso é apropriação indevida. O servidor pagou e o seu empréstimo e o município não fez a transferência às instituições financeiras. Isso é crime”, acrescentou Fabinho.

Perguntar não ofende: Incorporação ou fusão ao MDB, qual será o destino do PSDB?

Jaboatão dos Guararapes - IPTU 2025

Mesmo com a redução das chuvas na Região Metropolitana do Recife (RMR), a Compesa anunciou que o fornecimento de água nas áreas de morro seguirá suspenso até esta sexta-feira (7). A decisão foi tomada como medida de segurança, já que o solo encharcado ainda apresenta risco de deslizamentos. Durante esta quinta-feira (6), equipes da companhia realizaram vistorias em diversos pontos da RMR, mas o abastecimento não foi retomado. Novas inspeções serão feitas antes da reativação dos sistemas.

A suspensão do serviço foi adotada após a ativação do Protocolo de Segurança de Abastecimento de Água em Áreas de Morro, acionado quando o volume de chuvas ultrapassa 100 mm em 24 horas. O protocolo busca evitar que a pressão das tubulações comprometa a estabilidade do solo em locais de risco. Cidades como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Goiana e Camaragibe permanecem com o fornecimento interrompido em bairros situados em encostas e regiões vulneráveis.

Inicialmente, a Compesa cogitou retomar o abastecimento já nesta quinta-feira, mas alertas das Defesas Civis municipais indicaram a necessidade de prorrogar a suspensão. “A segurança da população é prioridade. O retorno será feito gradualmente e de acordo com o calendário de cada área”, informou a companhia em nota.

A empresa pede compreensão aos moradores e orienta o uso racional da água. A regularização do serviço ocorrerá de forma progressiva, conforme as condições climáticas e estruturais permitirem. A lista completa das localidades com abastecimento interrompido pode ser conferida nos canais oficiais da Compesa.

Conheça Petrolina

Por Adelmo Lucena
Do Diario de Pernambuco

Pernambucanos continuam enfrentando os efeitos das fortes chuvas que atingiram o estado nesta quarta-feira (5). São 61 pessoas desalojadas em Jaboatão do Guararapes, 83 desabrigadas na cidade de Olinda, 34 desabrigados em Igarassu, 3 desabrigados em Camaragibe e 120 pessoas desalojadas em Paulista.

Além disso, 75 residências localizadas em Itapissuma foram atingidas pelas chuvas, porém os moradores não precisaram ser retirados de suas casas.

Os dados foram divulgados pela Secretaria Executiva de Defesa Civil de Pernambuco (SEPDEC) e levam em conta as pessoas afetadas entre quarta-feira e a tarde desta quinta-feira (6).

Nas demais regiões não foram registradas ocorrências junto à Central de Monitoramento da Defesa Civil do Estado. As equipes de engenharia realizaram mapeamento das áreas de risco com o uso de drones, para identificação de áreas vulneráveis.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE), até o final da tarde desta quinta-feira foram resgatados 322 adultos, 39 crianças e três animais.

Sete mortes foram registradas desde quarta, sendo cinco no Recife, uma em Camaragibe e uma na cidade de Paulista. Há registros de mortes por deslizamento, choque elétrico e afogamento.

Em caso de emergência, acione os canais oficiais de atendimento: 193 (Corpo de Bombeiros) e 199 (Defesa Civil).

Ipojuca No Grau

A Prefeitura de Itapissuma anunciou, nesta quinta-feira (6), um plano emergencial para conter os impactos das fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana do Recife nos últimos dias. O objetivo é tranquilizar a população e atuar diretamente nas áreas mais afetadas, monitorando os pontos de alagamento e oferecendo suporte às famílias prejudicadas. A Defesa Civil e outros órgãos municipais estão mobilizados para garantir a segurança dos moradores.

O secretário de comunicação, Ragner Marcos, destacou que a campanha busca conscientizar a população sobre medidas preventivas, como o descarte correto de resíduos para evitar o entupimento de bueiros e canais. O prefeito Junior de Irmã Têca, que esteve em vários pontos críticos da cidade, reforçou o compromisso da gestão em prestar assistência às famílias atingidas. “Itapissuma nunca enfrentou um evento climático dessa magnitude. Estamos mobilizados junto às secretarias de obras, segurança, assistência social e defesa civil para garantir que ninguém fique desamparado”, afirmou.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), há previsão de chuvas intensas, com acumulados entre 50 e 100 mm/dia e ventos que podem chegar a 100 km/h. O alerta também menciona risco de alagamentos, queda de árvores e descargas elétricas. Na quarta-feira (5), Itapissuma registrou 122,96 mm de chuva, sendo uma das cinco cidades mais atingidas na região.

A prefeitura reforça que qualquer situação de risco deve ser comunicada à Defesa Civil do município, que segue em prontidão para atender ocorrências. Além das ações emergenciais, o plano prevê medidas de longo prazo para minimizar os impactos das chuvas e melhorar a infraestrutura urbana, garantindo maior segurança para a população.

Caruaru - IPTU 2025

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, por unanimidade, a legalidade da candidatura de Diego Cabral (Republicanos) para a Prefeitura de Camaragibe. Com sete votos a zero, a Corte rejeitou o pedido de inelegibilidade apresentado pela coligação União e Trabalho, liderada pelo ex-candidato Jorge Alexandre (Podemos). A decisão reafirma a vitória de Cabral nas eleições de 2024, consolidando seu mandato à frente do município.

No julgamento realizado nesta quinta-feira (6), em Brasília, o pleno do TSE analisou um recurso contra o registro de candidatura de Diego Cabral, sob a alegação de que ele não teria se afastado do cargo de secretário de Serviços Públicos dentro do prazo legal. O relator do caso, ministro Floriano de Azevedo Marques, afastou as acusações e reiterou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que já havia validado a candidatura. A documentação apresentada comprova que Cabral se desligou formalmente do cargo antes do período eleitoral, cumprindo todas as exigências legais.

Com a decisão definitiva, Diego Cabral segue no comando da Prefeitura de Camaragibe após vencer as eleições com 41.968 votos (45,39%), superando Jorge Alexandre, que obteve 33.372 votos (36,09%). O prefeito celebrou o resultado e criticou a insistência do adversário em questionar sua candidatura. “A decisão do TSE confirma que minha campanha foi limpa e dentro da legalidade. A vontade do povo foi soberana e agora é hora de seguir trabalhando para transformar Camaragibe”, declarou.

Diego Cabral reforçou seu compromisso com a gestão municipal e descartou qualquer impacto político com a disputa judicial encerrada. “Essa foi mais uma tentativa frustrada de desestabilizar um governo eleito democraticamente. Agora, seguimos focados no desenvolvimento de Camaragibe, garantindo entregas e melhorias para a população”, afirmou o prefeito.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Por Anthony Santana
Do Blog da Folha

Durante reunião do diretório nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o atual presidente da sigla, Carlos Siqueira, lançou o nome do prefeito do Recife, João Campos (PSB) como candidato à Presidência nacional do partido. A reunião teve a finalidade de debater o cenário nacional e elaborar o calendário dos congressos municipais e estaduais.

Participaram da reunião o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o governador da Paraíba, João Azevedo, o do Espírito Santo, Renato Casagrande e o ministro do Empreendedorismo, Márcio França. João Campos participou de forma online. O presidente Carlos Siqueira reafirmou sua confiança na liderança de João Campos em publicação nas redes sociais.

“Lancei a candidatura do prefeito João Campos à presidência nacional do PSB. Com sua trajetória e compromisso com os ideais socialistas, tenho certeza de que João representa a renovação e o fortalecimento do nosso partido”, escreveu o dirigente.

Belo Jardim - Construção do CAEE

A Prefeitura de Serra Talhada, por meio da Fundação Cultural, realizou ontem (5) uma oficina voltada para a orientação dos blocos carnavalescos sobre a elaboração de projetos e planos de trabalho. A iniciativa tem como objetivo facilitar a captação de recursos através do edital da Fundação, que oferecerá patrocínios para as agremiações, garantindo apoio financeiro e incentivando a organização do carnaval de rua no município.

A prefeita Márcia Conrado ressaltou a importância do investimento na cultura popular e na valorização das tradições carnavalescas. “Nosso compromisso é fortalecer a cultura local, apoiando os blocos de rua e garantindo que o carnaval de Serra Talhada continue sendo um grande evento para todos. Estamos trabalhando para que as agremiações possam realizar suas programações com qualidade e segurança”, destacou.

Os blocos contemplados pelo edital serão distribuídos em cinco categorias: Tradicional e Multicultural I, II, III e IV, com patrocínios que variam entre R$ 1.800 e R$ 15.000. Para ser classificado como Tradicional, o bloco precisa garantir pelo menos 50% de atividades musicais que enalteçam o carnaval pernambucano, como orquestras de frevo e marchinhas. Já os blocos Multiculturais contemplam uma programação diversificada, com diferentes estilos musicais.

O presidente da Fundação Cultural de Serra Talhada, Josenildo André, destacou a importância do edital para a organização da festa. “Estamos oferecendo um suporte essencial para que os blocos possam estruturar seus projetos e captar recursos. Além disso, reforçamos o compromisso de um carnaval responsável, proibindo músicas que incentivem qualquer forma de violência contra a mulher”, afirmou.

O Banco do Brasil (BB) vai devolver R$ 20,6 milhões a clientes que pagaram cobranças indevidas ao longo dos últimos anos. A devolução será feita em até 12 meses e deverá ser corrigida pela inflação. A decisão faz parte de um acordo firmado entre o BB e o Banco Central (BC), que identificou irregularidades em tarifas cobradas indevidamente.

O banco também pagou uma multa e se comprometeu a não repetir essas práticas no futuro. A notícia foi antecipada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Globo. Para garantir o cumprimento do acordo, o BB deverá apresentar relatórios de auditoria interna e contratar uma empresa independente para acompanhar o processo. Caso não consiga devolver todo o dinheiro no prazo de 12 meses, terá que pagar o valor restante ao Banco Central. As informações são do Jornal O Globo.

O banco e oito responsáveis ainda concordaram em pagar R$ 4,62 milhões ao BC como parte do acordo, sendo R$ 3,75 milhões pagos pelo próprio Banco do Brasil.

O que aconteceu?

O BB cobrou de forma irregular dois tipos de valores:

Tarifas de segunda via de cartão: O banco cobrou valores indevidos para emissão de segunda via de cartões de débito e crédito em três situações: quando o cartão não era usado, quando o cartão foi bloqueado por suspeita de falsificação e em casos de extravio. Essa cobrança afetou mais de 1,5 milhão de clientes entre 2013 e 2024, totalizando R$ 14,1 milhões.
Taxa de juros para MEIs: O BB aplicou juros acima do limite legal de 8% ao mês no cheque especial de Microempreendedores Individuais (MEIs) entre 2020 e 2022. Isso impactou mais de 15 mil clientes e gerou cobranças indevidas de R$ 6,5 milhões.

Em nota, o Banco do Brasil afirmou que a assinatura do Termo de Compromisso com o Banco Central faz parte de um procedimento “proativo” para reforçar seu compromisso com um atendimento de excelência aos clientes. A instituição também destacou que todas as questões envolvidas já foram solucionadas e ressaltou sua liderança no ranking do Bacen entre os maiores bancos do país há dez trimestres consecutivos, sendo a instituição com o menor número de reclamações entre os grandes bancos.

— O Banco do Brasil confirma a celebração do Termo de Compromisso junto ao Bacen, procedimento proativo adotado pelo BB que reafirma seu compromisso com o atendimento de excelência a seus clientes, e informa que as questões já foram devidamente solucionadas. O BB destaca que detém a melhor posição no ranking Bacen entre as maiores instituições financeiras do país há dez trimestres consecutivos, sendo, portanto, o banco menos reclamado dentre todos os grandes bancos — diz o BB em nota.

Como será feita a devolução?
Os clientes que tiverem dados bancários atualizados receberão o estorno diretamente na fatura do cartão ou em conta corrente. Se não for possível o reembolso automático, o BB tentará entrar em contato com os clientes.

Além disso, os valores serão corrigidos pela inflação (IPCA) desde a data da cobrança até o momento da devolução. Caso algum cliente tenha recebido um estorno sem essa correção, o BB deverá pagar a diferença.

Por Blog da Folha

Os deputados estaduais Luciano Duque (Solidariedade) e Débora Almeida (PSDB) apresentaram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para garantir a continuidade do repasse de recursos públicos a organizações da sociedade civil, como hospitais filantrópicos, APAEs e asilos, mesmo em anos eleitorais.

Atualmente, a legislação impede a liberação desses recursos durante o período eleitoral, o que, segundo os parlamentares, pode comprometer o funcionamento dessas entidades e prejudicar milhares de pernambucanos que dependem dos serviços oferecidos. A PEC nº 023/2025 altera a Constituição do Estado de Pernambuco para permitir a execução dos repasses, desde que não envolvam distribuição gratuita de bens e valores.

“A assistência social e a saúde não podem parar por causa do calendário eleitoral. Nossa proposta garante que entidades essenciais continuem recebendo os recursos necessários para manter seus serviços à população”, afirmou Luciano Duque, que disse que a PEC já tem o apoio da maioria da Casa.

“A gente se angustiava muito com os relatos, em época de período eleitoral, que não poderia haver repasse. Isso é penoso para as entidades que fazem atendimentos à população. Elas não fazem política, o fim delas é servir”, completou

A deputada Débora Almeida ressaltou a importância da medida para a continuidade dos serviços prestados por instituições filantrópicas:

“O objetivo da PEC é que nos momentos que devido as eleições não podiam existir o direcionamento de emendas possamos continuar fazendo esse trabalho para entidades filantrópicas e que fazem comprovados trabalhos para a população, como por exemplo Hospital do Câncer, Santa Casa de Misericórdia, NACC, entre outras, que ajudam o nosso povo e garantem um atendimento de qualidade para as pessoas que mais precisam”, disse.

Segundo a deputada, a proposta busca impedir a interrupção de serviços essenciais.

“A ideia é que essas entidades não sejam penalizadas e possam continuar garantindo à população o atendimento que realizam”.

O texto da PEC também proíbe a recusa injustificada dos repasses, garantindo que a execução orçamentária ocorra sem interferências políticas. Caso aprovada, a medida entrará em vigor no exercício financeiro seguinte à sua publicação. A proposta passará por três comissões: Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ); Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação (CFOT); e Comissão de Administração Pública (CAP).

Por se tratar de uma emenda à Constituição Estadual, após tramitação nas comissões, a votação em Plenário exigirá quórum qualificado de 3/5 dos deputados, com votação nominal. A previsão é que a PEC comece a tramitar assim que as comissões retornarem, entrando na primeira pauta do ano.

Após um primeiro leilão sem compradores, o Edifício Holiday, localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, terá um novo certame no próximo dia 20 de fevereiro. O leilão será realizado de forma on-line, às 11h, sob condução do leiloeiro Luciano Rodrigues, da Lance Certo Leilões. O lance inicial mínimo foi fixado em R$ 21.438.616,05. O prédio, que foi completamente desocupado em 2019 por risco estrutural e de incêndio, conta com 476 apartamentos distribuídos em 17 andares, além de 17 lojas comerciais e boxes.

De acordo com Luciano Rodrigues, o leilão representa a melhor alternativa para os antigos condôminos que comprovem a propriedade ou posse legítima, além de ser uma solução para os impactos que a atual situação do edifício tem causado aos vizinhos e transeuntes. O valor arrecadado será depositado em conta judicial para posterior rateio entre os proprietários habilitados. Conforme determinações do Plano Diretor do Recife, não será permitida a demolição integral da estrutura, e o novo proprietário deverá seguir as diretrizes para intervenção no local.

Os interessados em participar do leilão devem se cadastrar no site da Lance Certo Leilões (www.lancecertoleiloes.com.br) com pelo menos dois dias de antecedência. O pregão ocorrerá exclusivamente on-line, com lances recebidos em tempo real. Luciano Rodrigues, responsável pelo certame, tem 27 anos de experiência no setor e já conduziu leilões de imóveis em diversos estados do Nordeste.

Uma operação de fiscalização da Compesa identificou quatro ligações clandestinas em estabelecimentos comerciais de Petrolina, no Sertão do São Francisco. No bairro Nova Petrolina, um empreendimento foi flagrado desviando água tratada, com duas casas anexas ao negócio também abastecidas de forma irregular. Já no Centro da cidade, um depósito de uma fábrica de gelo também foi identificado como ponto de furto de água.

De acordo com a Companhia, as ligações clandestinas retiradas na operação representavam um consumo mensal de 300 m³, o equivalente ao abastecimento de 30 residências, gerando um prejuízo estimado de R$ 120 mil por ano. A ação foi conduzida pela Coordenação de Segurança Patrimonial da Compesa, com apoio da gerência da Unidade de Negócio de Petrolina. Os responsáveis pelos desvios foram notificados e os casos foram encaminhados à Polícia Civil para investigação, uma vez que o furto de água é crime previsto no Código Penal Brasileiro.

A Compesa reforça que a população pode denunciar ligações clandestinas de forma anônima pelo telefone 0800 081 0195. O nome do denunciante será mantido em sigilo, e as informações ajudam a reduzir prejuízos e garantir o abastecimento regular à população.

O presidente do PSDB e ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, foi um dos alvos de busca e apreensão da Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quinta-feira (6). Segundo a investigação, os alvos teriam desviado recursos da saúde entre os anos de 2012 e 2018.

A operação cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO) e um em Brasília (DF). Os mandados foram expedidos pela 11ª Vara Federal, que também determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões de bens dos investigados. O trabalho da PF e CGU contou com apoio da Receita Federal.

Conforme a investigação, os desvios foram feitos por meio de contratos entre o Governo do Estado e organizações sociais. À época, Marconi Perillo era governador de Goiás.

Essas instituições subcontratavam outras empresas ligadas a políticos e administradores das próprias organizações. Com isso, parte dos recursos voltava para os próprios políticos , prática ilegal, segundo a legislação.

A investigação da PF e a CGU identificou que além de peculato, os investigados cometeram crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais. Ao todo, as penas dos crimes somadas podem ultrapassar 40 anos de detenção.

Em nota, a defesa de Marconi Perillo repudiou a operação e afirmou ser perseguido pela atual gestão do Estado, que tem Ronaldo Caiado (União) à frente. “Eu repudio veementemente a inclusão do meu nome nessa ‘operação’! Estão criando uma cortina de fumaça para não irem atrás de minhas denúncias e investigarem quem deveria ser investigado hoje em Goiás”, afirmou em trecho da nota.

Do Valor Econômico.