Carros velhinhos: os que mais se valorizaram
No curso natural de variação de preços de carros seminovos e usados, sabe-se que, em tese, os modelos mais antigos sempre apontam uma depreciação menor. Em suma: os carros mais velhos perdem menos valor. Com a alta dos 0km desde o início da pandemia, em que a consequência imediata foi a valorização nas cotações dos usados, essa lógica, de certa forma, se manteve. Hoje, você pode verificar não quem perdeu mais preço, mas aquele que mais ganhou.
Por isso, a Mobiauto fez um curioso levantamento, que mostra o ano-modelo 2003 (carros fabricados em 2002) como o campeão de valorização. Tomando-se como base a imensa lista de anúncios da plataforma do site, com centenas de milhares de modelos à venda, a equipe de Estatísticas apurou que, dos carros 2001 a 2022, adotando-se o recorte de “preços médios de junho a agosto de 2021” versus o mesmo período de 2022, a média geral de valorização foi de 9,87%.
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“Quando você apura a média dos anúncios de carros ano-modelo 2003, por exemplo, o valor atual é de R$ 19.428,79. E isso corresponde a um crescimento de 16,65% de um ano para cá, o que torna esses carros com 19 anos de uso como os campeões da valorização”, explica Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto – um dos três maiores marketplaces de carros usados do país.
Os técnicos da empresa também apuraram outro dado interessante. Recentemente, o Sindipeças divulgou que a idade média da frota nacional é de 10 anos (carros 2012). “De acordo com nossa pesquisa, os modelos 2012 tiveram um reajuste de 9,77%, percentual muito próximo à média geral de 9,87% de toda a pesquisa. Isso significa que estamos sintonizados com todos os estratos do mercado de usados, servindo, de fato, como uma grande fonte de tendências de alterações no comportamento de preços de carros de todos os anos”, reforça Castro Jr.
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Valorização média de motos sobe – No Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil, empresa especializada em pesquisa de preços de veículos novos e usados, os valores cobrados pelas motocicletas 0km tiveram aumento médio de 1,67% em setembro ante o 0,56% apontado em agosto. Os modelos seminovos (até 3 anos de uso) valorizaram 1,93% (alta de 0,4%) e as usadas (de 4 a 10 anos) registraram alta de 2,21%, em média. No entanto, o aumento médio mensal se manteve em 1,02% para as 0km, 1,41% para seminovas e 2,32% para usadas.
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As mais buscadas – Estudo da Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, mostra quais as motos novas e usadas mais buscadas na plataforma em setembro. A Honda lidera o ranking de usadas mais pesquisadas com os modelos Cb 600f Hornet e PCX, respectivamente nos primeiro e terceiro lugares. A segunda posição agora é ocupada pelo modelo G 310 GS, da BMW, que ganhou quatro posições em setembro, conforme o levantamento do Webmotors Autoinsights. Com relação aos modelos 0k, a Yamaha é a marca mais buscada na plataforma, com os modelos XTZ 250 Lander e Fazer FZ25 ABS nas primeira e terceira posições, respectivamente. A CG 160 Fan, da Honda, se firma pelo terceiro mês consecutivo na segunda colocação.
Investimentos da BMW Motorrad – A marca da BMW para o segmento comercial de motocicletas de alto desempenho está otimista. Tanto que anunciaram um investimento no Brasil de R$ 50 milhões na fábrica de Manaus (AM) – por sinal, a primeira da empresa fora da Alemanha. O investimento (até 2025) será na produção e logística, principalmente, para, assim, aumentar 25% a capacidade produtiva. A capacidade de produção, assim, será aumentada de 15 mil unidades/ano para 19 mil unidades/ano.
Cai preço do seguro – Boa notícia: o custo do seguro dos carros mais vendidos no Brasil em setembro teve queda tanto para o perfil masculino (-6,4%), quanto para o perfil feminino (-7,9%), segundo levantamento da Minuto Seguros. O Kwid Intense, por exemplo, apresentou a maior queda do mês no perfil masculino, mas não tanto no perfil feminino. A variação mais expressiva para o perfil masculino ocorre em Recife, onde o modelo atingiu o valor de R$ 3.233,87 (-40,1%), enquanto a maior variação para o perfil feminino se dá em Goiânia, onde chegou a R$ 3.668,44 (-12,7%). Em média, a proteção do modelo para clientes de perfil masculino é R$ 3.885,47 (-22,1%). e, feminino, R$ 3.221,90 (-2,9%). O Novo HB20 Sense apresenta variações moderadas, a maior delas em Recife, para os dois perfis. Na capital pernambucana, o veículo atinge o valor de R$ 4.086,27 (-10,2%) no perfil masculino e R$ 3.644,65 (-10,6%) no feminino. Quanto às médias dos valores do seguro para o veículo, os preços estão listados abaixo: masculino: R$ 3.661,77 (-3,1%) e feminino: R$ 3.350,55 (-1,4%). A cidade com os menores preços médios dentre os dez modelos analisados é Brasília, onde o valor é de R$ 3.557,41 (-2,1%) para o perfil masculino e R$ 2.750,74 (-1,5%) para o perfil feminino.
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Hilux SRX Limited por R$ 337.990 – A Toyota apresentou aos consumidores brasileiros, na última quinta-feira (20), a nova versão da picape Hilux, que é líder do segmento das médias: a SRX Limited, já à venda nas concessionárias da marca por R$ 337.990. Ele herda as mesmas características da configuração topo de linha SRX. O design mantém os faróis dianteiros, grade e para-choques da irmã mais chique. Internamente, o conjunto de áudio foi totalmente integrado ao painel de instrumentos. Mas o grande diferencial, segundo engenheiros da empresa japonesa, está na inclusão de itens de conforto e vários acessórios
Retrovisor externo – Além dos itens já conhecidos de sua versão base (SRX), como o indicador de direção e o rebatimento elétrico acionado por meio de um botão, a Limited possui o rebatimento automático após o travamento e destravamento do veículo via alarme, trazendo ainda mais conforto e praticidade.
Capota rígida – Do tipo esteira manual com trava, que facilita o manuseio para abertura e fechamento. Prática, transforma o compartimento traseiro em porta-malas, garantindo segurança no transporte de cargas.
Tampa traseira – Na nova versão, o compartimento recebe assistência de abertura e fechamento e trava elétrica, acionada remotamente. A adição desses itens facilita a utilização da carga no dia a dia, tornando o manuseio mais prático e suave.
Motor e transmissão – Traz o motor diesel 2.8L 16V, que gera 204cv de potência e torque de 50,9 kgfm a 2800 rpm e é acoplado a uma transmissão automática sequencial de seis velocidades. Pelos dados do Inmetro, o modelo apresenta dados de 10,1km/l no percurso urbano e 11,3km/l no rodoviário.
Segurança – O pacote incorpora o sistema de monitor de visão 360º, que vai agregado no modo de exibição do display como suporte ao motorista na identificação de movimentos ao redor de todo o veículo. Para tanto, combina uma câmera frontal, uma em cada lateral e uma traseira, totalizando quatro dispositivos para abranger todos os ângulos do veículo. O sistema atua como um auxiliar de visibilidade das áreas de pontos cego, com imagens nítidas e linhas de suporte na tela que ajudam a delimitar a distância entre obstáculos.
A nova versão também conta com o sistema de segurança ativa, o Toyota Safety Sense, que detecta pedestres e ciclistas, por meio do sistema de pré-colisão frontal. E ainda tem controle de cruzeiro adaptativo e sistema de alerta de mudança de faixa com condução assistida. É importante observar que esses sistemas são projetados para auxiliar o motorista e não para substituí-lo.
Preços
Com a chegada da versão SRX Limited, os preços da linha Hilux ficam assim:
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Novo BMW Série 3 – E a linha 2023 do Série 3, o sedã premium mais vendido do país, começa a ser vendido em três versões: 320i GP, Sport GP e M Sport. Preço? A partir de R$307.950. Produzido em Araquari, no interior de Santa Catarina, ele ganha painel do BMW iX (com cockpit profissional e uma tela curvada) e fica ainda mais conectado. Externamente, detalhe para a dianteira, cujos faróis e duplo rim característico da marca foram redesenhados. Os para-choques também ganharam novos desenhos. Mas o que chama atenção é o interior. O BMW Live Cockpit Professional tem duas telas, com 12,3” (painel de instrumentos) e 14,9” (multimídia), que exibem as informações de maneira atraente e intuitiva.
Sobre a conectividade, o Série 3 oferece serviços como chamada de emergência inteligente, aviso de manutenção por telemetria, navegação com informação de trânsito em tempo real, Concierge 24h, portais de notícias e clima e aplicativos. E há serviços remotos que podem ser acionados a partir do app My BMW, como trancar e destrancar as portas, buzinar, localizar o veículo e enviar destinos direto ao sistema de navegação. Ainda é possível utilizar aplicativos de smartphones com a preparação para Apple CarPlay e Android Auto. O motor não muda: é turbo 2.0 e 184cv e 30,0kgfm de torque. A tração, como segue a tradição de ser traseira e o câmbio é automático de oito marchas.
Nordeste: gasolina está a R$ 5,22 – O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que o litro da gasolina na região Nordeste fechou a primeira quinzena de outubro a R$ 5,22 – valor 2,40% mais barato que o registrado em setembro. Já o etanol apresentou queda de 9,75% e fechou o período a R$ 4,17 na região. O diesel comum foi comercializado a R$ 6,87 e o S-10, a R$ 6,91, com recuo de 2,80% e 2,92%, respectivamente, no comparativo com o mês anterior. Alagoas foi o estado que apresentou a maior redução do país para o preço do etanol, de 15,75%, se comparado a setembro. Já o Rio Grande do Norte registrou o maior aumento no preço da gasolina, que passou de R$ 5,17 para R$ 5,35.
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Elétricos: o quanto o preço vai cair? O segmento dos veículos elétricos é o que mais cresce atualmente no mundo. Apenas no primeiro semestre de 2022 houve um incremento de 75% no volume global de vendas, comparado com o mesmo período do ano passado. A maior oferta de modelos, grandes investimentos em infraestrutura de recarga e leis de emissões mais rígidas são alguns dos fatores.
Outra razão importante é que a diferença de preço dos EVs em relação aos carros tradicionais a combustão também vem caindo, muito por conta da redução dos custos das baterias que alimentam os elétricos. Estudos de mercado apontam que o custo médio do kwh das baterias caiu quase pela metade nos últimos cinco anos e deve reduzir mais 30% até meados da década, com o desenvolvimento de novos compostos químicos e a produção em maior escala.
A GM projeta que a nova geração de baterias, com a tecnologia Ultium, tenha um custo 40% inferior à da linha de produtos concebida anteriormente. A empresa já trabalha numa composição ainda mais avançada, que permitirá que seus EVs tenham um custo total de propriedade compatível com automóveis a combustão, considerando porte e equipamentos semelhantes. A expectativa é que isso ocorra já a partir da segunda metade desta década, incluindo modelos compactos, pensados também para a América do Sul.
A longevidade das baterias e os planos extensos de garantia também estão trazendo tranquilidade para os consumidores e confiabilidade para o mercado de carros usados, que tem demonstrado a mesma receptividade dos veículos mais sofisticados, assim como acontece com o segmento de financiamento e de seguros.
Outra característica dessas baterias de nova geração é a maior densidade energética. Mais eficientes, elas são capazes de armazenar uma quantidade maior de energia sem que seja necessário ampliar seu tamanho.
Um exemplo pode ser visto nos futuros elétricos da Chevrolet anunciados para o mercado brasileiro, como o Blazer EV que já faz parte da geração de elétricos da GM equipada com a tecnologia Ultium. O SUV premium tem autonomia estimada de 530 km com carga máxima, mais do que suficiente para viagens interestaduais, como de São Paulo ao Rio de Janeiro. No meio do caminho é possível fazer uma recarga ultrarrápida em eletropostos. Aí bastam 10 minutos para somar 130 km de autonomia. Tudo com performance de um verdadeiro esportivo, já que os 564 cv de potência do modelo são capazes de levá-lo da imobilidade aos 100 km/h em apenas 4 segundos.
Verdade ou mentira? – Além da viabilidade em relação ao custo e autonomia, ainda existem muitos mitos em relação aos carros elétricos, que estão sendo esclarecidos através de campanhas educativas e por uma quantidade crescente de depoimentos por parte dos consumidores de suas experiências com os EVs, os únicos realmente zero emissão.
“Uma dúvida que consumidores têm é se um carro elétrico pode dar choque quando passa por uma enchente, o que não acontece, já que esses automóveis contam com tecnologias de proteção e isolamento, capazes de cortar a energia caso detectem uma situação de risco”, lembra Luiz Gustavo Moraes, gerente de regulamentações da GM América do Sul.
Outra: a ausência de ruído do motor dos EVs seria um ponto negativo para aqueles motoristas mais apaixonados por automóveis. Seria?
“Na verdade, os veículos elétricos chegam a ser 10 vezes mais silenciosos que um a combustão, que os tornam mais confortáveis para os condutores, pois podem apreciar melhor uma música e conversar sem precisar aumentar o tom da voz. São também melhores para todos ao redor, devido ao fato de contribuírem para a redução da poluição sonora nas cidades”, completa Moraes.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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