João e Pedro Campos participam do adeus a José Patriota em Afogados da Ingazeira

Na noite passada, o corpo do ex-prefeito e deputado estadual José Patriota chegou a Afogados da Ingazeira em meio a uma carreata de veículos que aguardavam o carro funerário na entrada da cidade. A chegada foi marcada por aplausos e comoção, enquanto o corpo era levado ao Centro Desportivo Municipal Lúcio Luiz de Almeida, onde teve início o velório.

Uma grande quantidade de pessoas compareceu para prestar as últimas homenagens, incluindo a viúva, Madalena Patriota, e os filhos do deputado. O velório seguirá até as 16h de hoje, quando o corpo será conduzido ao cemitério Parque da Saudade para o sepultamento.

Entre os presentes para se despedir de José Patriota estão o prefeito do Recife, João Campos, e seu irmão, o deputado federal Pedro Campos. A relação de José Patriota com a família Campos foi marcada por uma longa trajetória de fidelidade, especialmente com o ex-governador Eduardo Campos e, mais recentemente, com João.

Com informações do blog do Nill Júnior.

A candidata à Prefeitura de Olinda, Mirella Almeida (PSD), apresentou nas redes sociais propostas que elaborou para a área da educação.

Dentre as ações, a abertura de 600 novas vagas de creche e a implantação do programa Saúde nas Escolas. Também estão presentes nas propostas a criação de um Centro de Atendimento Multidisciplinar para Crianças Atípicas, além da capacitação da comunidade em educação antirracista.

A postulante afirmou que pretende construir novas escolas em tempo integral, além de seguir nomeando educadores concursados.

“Temos propostas totalmente de acordo com o objetivo de fazer a cidade seguir crescendo no IDEB, tendo mais escolas em tempo integral, novas unidades de ensino e valorizando ainda mais os professores. Com muito trabalho, vamos garantir mais conquistas para o futuro dos estudantes”, comentou a candidata.

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (18) mostra Ricardo Nunes (MDB) com 24%, Guilherme Boulos (PSOL) com 23% e Pablo Marçal (PRTB) com 20%, em um empate técnico triplo na liderança da disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A pesquisa é a primeira desde que Marçal levou uma cadeirada de Datena durante o debate da TV Cultura, na noite de domingo (25).

Os números indicam que o empate técnico triplo na liderança entre os três candidatos continua. Em relação à pesquisa anterior, Marçal oscilou 3 pontos para baixo (dentro da margem de erro) e Boulos, dois pontos para cima. Nunes manteve o mesmo número.

Veja os números:

  • Ricardo Nunes (MDB): 24% (eram 24% na pesquisa do dia 11 de setembro)
  • Guilherme Boulos (PSOL): 23% (eram 21%)
  • Pablo Marçal (PRTB): 20% (eram 23%)
  • José Luiz Datena (PSDB): 10% (eram 8%)
  • Tabata Amaral (PSB): 7% (eram 8%)
  • Marina Helena (Novo): 2% (eram 2%)
  • Bebeto Haddad (Democracia Cristã): 0% (era 1%)
  • João Pimenta (PCO): 0% (era 0%)
  • Ricardo Senese (Unidade Popular): 0% (era 0%)
  • Altino Prazeres (PSTU): não pontuou (era 0%)
  • Indecisos: (eram 5%)
  • Branco/nulo/não vai votar: (eram 8%)

A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo SP-00281/2024. O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre 15 e 17 de setembro. O nível de confiança é de 95%.

Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, a pesquisa mostra uma reversão da tendência de crescimento de Marçal, que nas três pesquisas anteriores havia registrado oscilações positivas (foi de 11% em junho, para 13% em julho, 19% em agosto, 23% em 11 de setembro e 20% agora).

Datena reverteu a tendência de queda registrada nas últimas duas pesquisas (tinha 18% em junho, oscilou para 19% em julho e desde então, para baixo – 12% em agosto e 8% em setembro).

Segundo turno

Num eventual segundo turno, Nunes (MDB) venceria tanto Boulos quanto Marçal. Numa disputa entre Boulos e Marçal, a pesquisa indica que o empate técnico entre os dois permanece.

Nunes x Boulos

Nunes oscilou 2 pontos para baixo (dentro da margem de erro) e Boulos, 2 pontos para cima.

  • Nunes (MDB): 46% (era 48%)
  • Boulos (PSOL): 35% (era 33%)
  • Nulo, branco ou não votaria em nenhum: 13% (era 13%)
  • Indecisos: 6% (era 6%)

Nunes x Marçal

Nunes e Marçal oscilaram 3 para baixo cada um, e os que declararam que votariam nulo, branco ou em nenhum, 5 pontos para cima.

  • Nunes (MDB): 47% (era 50%)
  • Marçal (PRTB): 27% (era 30%)
  • Nulo, branco ou não votaria em nenhum: 20% (era 15%)
  • Indecisos: 6% (era 5%)

Boulos x Marçal

Boulos oscilou 2 pontos para cima e Marçal, 3 pontos para baixo.

  • Boulos (PSOL): 42% (era 40%)
  • Marçal (PRTB): 36% (era 39%)
  • Nulo, branco ou não votaria em nenhum: 17% (era 17%)
  • Indecisos: 5% (era 5%)

Espontânea

Na pesquisa espontânea (em que os nomes dos candidatos não são apresentadas aos entrevistados) os números são os seguintes:

  • Boulos (PSOL): 15%
  • Marçal (PRTB): 14%
  • Nunes (MDB): 12%
  • Outros: 6%
  • Indecisos: 49%
  • Branco, nulo ou não vai votar: 4%

Conhecimento e rejeição

Desde a pesquisa anterior, as rejeições de Nunes e Boulos oscilaram para baixo (dentro da margem de erro) 3 e 2 pontos respectivamente. A de Marçal oscilou para cima 4 pontos.

Veja os números:

Nunes (MDB)

  • Conhece e votaria: 50% (era 51%)
  • Conhece e não votaria (rejeição): 37% (era 34%)
  • Não conhece: 10% (era 13%)
  • Não sabe, não respondeu: 3% (era 2%)

Boulos (PSOL)

  • Conhece e votaria: 37% (era 35%)
  • Conhece e não votaria: 46% (era 48%)
  • Não conhece: 15% (era 15%)
  • Não sabe, não respondeu: 2% (era 2%)

Marçal (PRTB)

  • Conhece e votaria: 36% (era 34%)
  • Conhece e não votaria: 41% (era 45%)
  • Não conhece: 21% (era 19%)
  • Não sabe, não respondeu: 2% (era 1%)

O candidato à Prefeitura de Trindade, Zé Capacete (PSD), prometeu restabelecer o salário base dos professores do município, incluindo a implementação do reajuste de 28%, que está em atraso.

Ele ressaltou que a valorização dos professores é fundamental para o futuro da cidade. “Se a gente não valorizar o professor, ele não vai vestir a camisa”, declarou. Assista:

Levantamento do Instituto Quaest divulgado nesta quarta (18) mostra que, a 18 dias das eleições, o prefeito do Recife e candidato à reeleição, João Campos (PSB), cresceu nas intenções de voto do eleitorado e chegou a 77%. A pesquisa também mostra um bom resultado nas respostas obtidas de forma espontânea, ou seja, sem que os nomes dos candidatos sejam apresentados. Nessa modalidade, o prefeito passou de 57% para 63%, confirmando a liderança absoluta na corrida eleitoral.

Os adversários do prefeito aparecem abaixo dos dois dígitos. No levantamento feito de forma estimulada, Gilson Machado (PL) tem 8%, Daniel Coelho (PSD), 4%, Dani Portela (PSOL), 2%, Tecio Teles (Novo), 1%, e Ludmila Outtes (UP), 0%. Simone Fontana (PSTU) e Victor Assis (PCO) não foram citados. Brancos e nulos chegam a 6%, e indecisos, a 2%. Já na pesquisa espontânea, Gilson tem 5%, Daniel, 2%, Dani e Tecio, 1%, e Simone, 0%. Brancos e nulos foram 4%, e os indecisos, 24%.

A pesquisa ainda mostrou, assim como no levantamento anterior, divulgado na semana passada, que Daniel, Dani e Gilson seguem com os maiores índices de rejeição desta campanha eleitoral. O primeiro, apoiado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), ampliou esse indicador negativo de 47% para 52%. Em seguida, vêm Dani, com 34%, e Gilson, com 31%. Na outra ponta da lista, aparece o prefeito João Campos, que contará com o voto de 87% das pessoas que o conhecem e tem apenas 12% de rejeição.

A pesquisa foi realizada com 900 pessoas entre 15 e 17 de setembro e tem margem de erro de três pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o nº PE-09154/2024.

Meu último encontro com Patriota

Há 50 dias, tive meu último encontro com o deputado e conterrâneo pajeuzeiro José Patriota (PSB), que Deus levou, ontem, aos 63 anos. Quis o destino que fosse casual, mas ficou guardado na memória, na alma e no coração como uma despedida. Eu estava na loja de conveniência do posto Cruzeiro, em Arcoverde, parada obrigatória para quem vai ou vem do Sertão.

Patriota chegou de mansinho, com ar cansado, vindo do Recife em direção a Afogados da Ingazeira, na companhia do seu motorista. Calçava tênis e exibia uma meia preta até o joelho. Sentou-se ao meu lado, na mesma mesa em que estava o advogado Roberto Morais, também pajeuzeiro de Ingazeira. De supetão, desabafou: “Estou numa luta desigual contra o câncer e pela vida, só Deus sabe o que estou passando, um sofrimento terrível”.

Naquela manhã cinzenta, de ar rarefeito, Patriota fez algumas revelações. Contou que havia “fugido” de um hospital na semana passada por não aguentar mais ser furado e tratado de forma desumana. A fuga, segundo ele, foi do ambiente do hospital para uma suíte num hotel próximo ao Riomar, levando parte da equipe de médicos e enfermeiros que o assistia, para continuar o seu tratamento numa área mais confortável, para que ele tivesse controle da situação.

A cada revelação, um choro incontido, lágrimas discretamente contidas. Estava extremamente emocionado, mas resiliente. Lamentava ter sido “escolhido” por algo que não sabia a razão de estar pagando um preço tão caro. Ao mesmo tempo, lembro bem, destacou alguns personagens solidários com a sua causa, entre eles o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que, segundo ele, ligava todos os dias para saber de notícias.

João, segundo Patriota, chegou a oferecê-lo tratamento nos Estados Unidos, tão envolvido emocionalmente estava com o drama enfrentado pelo amigo, que conheceu ainda garoto, através do seu pai, o ex-governador Eduardo Campos. Outro personagem citado foi o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB).

Porto, segundo as palavras de Patriota, não lhe deixou faltar absolutamente nada em todas as fases do tratamento. José Patriota ainda falou de política, de eleições e, sobretudo, do trabalho parlamentar que vinha desenvolvendo, com destaque para a pauta municipalista, temática que abraçou e se apaixonou desde quando governou sua cidade do coração por dois mandatos. Do coração, literalmente, porque ele nasceu em Tabira.

Ao final do encontro, olho no olho, regado a café e sucos (ele chegou a comer um sanduíche), no qual observei cada detalhe das suas reações emocionais, pedi para registrar uma foto ao seu lado. Patriota me pediu desculpas, preferiu não fazer e comentou: “Estou na fase do isolamento, não estou recebendo ninguém nem me expondo a qualquer ambiente público”.

Aceitei as ponderações, Patriota me deu um forte aperto de mão, agradeceu pelas minhas palavras de aposta e fé na sua recuperação, e assim se despediu referindo-se ao novo tratamento com uma vacina ao custo de R$ 20 mil a unidade: “Estou esperando um milagre, só um milagre me salva”.

Éramos revolucionários – José Patriota foi meu contemporâneo em Afogados da Ingazeira no início da década de 80, anos dourados para uns, para nós, entretanto, de muita luta. O conheci militando no movimento sindical da Fetape, a Federação dos Trabalhadores de Pernambuco, eu já na condição de correspondente do Diário de Pernambuco. Cobri todas as manifestações dos camponeses, inclusive ameaças de saque às feiras livres. Éramos revolucionários e não sabíamos. Ele, conscientizando os trabalhadores rurais para o despertar da luta pelos seus direitos, eu relatando tudo em matérias expressas que contrariavam o regime, sempre omisso na assistência ao campo.

Meu canal ao bispo vermelho – Naquela época, centenas de camponeses, com chapéu de palha na cabeça e enxada nas mãos, enchiam as ruas de Afogados da Ingazeira em protestos organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores. Certo dia, um forte boato se espalhou pela região de que os agricultores, revoltosos, iriam saquear a feira livre, cansados de esperar pelas promessas do Governo. José Patriota me conduziu até o Palácio Episcopal, sede do bispado da região, para uma entrevista com Dom Francisco Mesquita, que à direita o chamava de bispo vermelho.

Saquear não é pecado nem crime – Após falar na Rádio Pajeú, num programa da igreja ao meio-dia, tranquilizando a população de que não haveria saque, mesmo achando que os camponeses tinham todo direito, em razão da omissão do Governo, Dom Francisco me recebeu ao lado de Patriota e deu uma entrevista bombástica, que o DP publicou na íntegra, ocupando uma página inteira, na qual afirmou que saquear não era crime. “Crime é morrer de fome. O trabalhador está no seu pleno direito”, disse ele. Lembro muito bem até hoje.

Agitos em Brasília – O sindicalismo fez escola no Pajeú para José Patriota. Mais tarde, já em Brasília, nos anos 90, atuando no Congresso Nacional como repórter do Correio Braziliense, me deparo com o revolucionário conterrâneo numa grande manifestação promovida pela Contag – a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – na Esplanada dos Ministérios. Para mim, não foi surpresa alguma ele já ter alcançado um outro estágio e patamar da sua jornada de militante sindical – o movimento irmanado dos trabalhadores rurais de todo o País.

Um páreo duro – Do ex-governador Eduardo Campos, de quem José Patriota se aproximou pelas mãos do avô dele, o ex-governador Miguel Arraes, já ouvi testemunhos do apreço e admiração que tinha por ele. “Nunca dei uma missão a Patriota para não ser exitosamente cumprida”, me disse, certa vez, quando estávamos pousando em Afogados da Ingazeira para uma agenda do aliado já prefeito. Eduardo tinha tamanha afinidade com Patriota que ousava em provocá-lo com uma brincadeira, de que iria promover um concurso de beleza entre ele e Guilherme Uchôa, ex-presidente da Alepe. “Um páreo duro”, reagia o bem-humorado Patriota, isso na frente de Uchoa, que morria de rir.

CURTAS

DESPEDIDA – Afogados da Ingazeira vai parar hoje, literalmente, para prestar as últimas homenagens ao seu filho mais ilustre, o ex-deputado e ex-prefeito do município José Patriota, que perdeu a sua luta, ontem, contra o câncer.

GESTO – O velório começou ontem à noite no Ginásio de Esportes e deve se prolongar até às 17 horas, horário marcado para o sepultamento do cemitério da cidade. Prefeitos de toda região do Pajeú estarão presentes. Em respeito à memória do ex-deputado, todos os candidatos a prefeito da região cancelaram suas agendas de campanha.

COBERTURA– Desde o horário da confirmação da morte de Patriota, na manhã de ontem, num hospital do Recife, a Rádio Pajeú, sob a coordenação do seu diretor de jornalismo, Nill Júnior, faz uma programação especial em homenagem ao ex-deputado, que se constituiu, sem dúvida, na maior liderança política do município.

Perguntar não ofende: Quem vai, afinal, assumir a cadeira de Patriota na Alepe: o primeiro suplente, vereador Davi Muniz, hoje filiado ao PSD, ou Júnior Matuto, segundo suplente mantido no PSB?