Republicanos confirma pré-candidatura de Pedro Pilota à Prefeitura de Itaíba

O Republicanos de Pernambuco reforçou seu time para as eleições deste ano. Foi oficializada neste sábado (23) a filiação ao partido do atual Secretário de Saúde de Itaíba, Pedro Pilota, pré-candidato à prefeitura do município. O ato contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do presidente do Republicanos em Pernambuco, Samuel Andrade, e de lideranças da região. 

“Muito bom poder formalizar minha filiação ao Republicanos ao lado de grandes lideranças do partido. Sigo motivado e inspirado a dar continuidade às transformações na cidade implementadas pela prefeita Regina nos últimos anos”, afirmou Pedro Pilota. 

O prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, esteve neste domingo (24) no distrito de Nascente para assinar a ordem de serviço de uma obra de grande impacto para a comunidade: a pavimentação de 10 ruas no bairro João da Mata. Serão quase 8.000 metros quadrados de área pavimentada, com um investimento de mais de R$ 1 milhão de recursos do município.

O evento contou com a presença do vice-prefeito Evilásio Mateus, dos vereadores Aurismar Pinho, Evandro Delmondes e Kalígia Mateus, do suplente Leonardo Pereira, além do representante responsável pela obra, secretários municipais e a população do distrito.

Em seu discurso, o prefeito Raimundo Pimentel destacou a importância da obra para o desenvolvimento de Nascente. “Essa obra, que sempre foi um sonho dos moradores da João da Mata, vai melhorar a qualidade de vida de todos. As ruas pavimentadas vão facilitar o acesso às casas, trazer mais segurança e conforto para as famílias, além de valorizar os imóveis”, afirmou.

Pimentel também ressaltou o compromisso da gestão municipal com o desenvolvimento dos distritos de Araripina. “Estamos trabalhando para levar investimentos a todos os cantos do município. Hoje, temos obras em todos os seis distritos de Araripina. Nascente é praticamente uma cidade dentro de Araripina; é um distrito importante e merece atenção especial. Esta obra é apenas o começo de muitas outras que virão”, disse o prefeito.

O escritor, jornalista, cineasta e crítico de artes Ipojuca Pontes produz nesta oportunidade uma leitura histórica da Revista NORDESTE, desde seus primeiros passos quando conversou com o fundador da publicação em Copacabana, no Rio de Janeiro, como incentivo ao Projeto Editorial brasileiro neste ano de 2024, comemorando 18 anos de circulação ininterrupta.

Ipojuca Pontes faz um mergulho na história citando a tradição da Paraíba desde o século passado de produzir revistas de conteúdo qualificado.

Ele lembra ainda que em 2004 presenteou o visionário Walter Santos com o livro “ A História do The New York Times” como leitura e estímulo ao novo desafio. Para ele, a Maioridade da NORDESTE lhe faz com padrão e nível com o que há de mais qualificado no mercado editorial brasileiro. 

Leiamos seu texto na íntegra:

Ipojuca Pontes     

A Paraíba tem seu histórico no que tange a publicação de revistas.  De fato, já no início do século passado, entre 1921 e 1926, pontificou entre nós a revista Era Nova, o magazine que conquistou as exigências da emergente classe média cabocla – e isso antes mesmo de despontar no Rio de Janeiro, em 1928, O Cruzeiro, revista criada pelo paraibano Assis Chateaubriand e, de imediato, considerada “a “maior e melhor da América Latina”. 

A nossa Era Nova, fruto do esforço de empreendedores nativos, tinha o jornalista Severino de Lucena como diretor e, no cargo de editor-chefe, a figura de Sinésio Guimarães .  

Inicialmente publicada em Bananeiras, a revista tornou-se quinzenal ao se transferir para a futura João Pessoa, atraindo assinantes e leitores pelo rigor da informação e a marcante qualidade gráfica.

Em pouco tempo, a Era Nova passou a circular em várias cidades do Estado, como João Pessoa, abrindo pontos de venda em Campina Grande e no Recife. Sua editoria ativa se voltou para publicação de reportagens regionais ao tempo em que explorou espaços dedicados a notícias em geral, colunas sobre moda e comentários literários, contos e poesia.   

Por sua vez, a revista mantinha articulistas de prestígio, tais como José Américo de Almeida,  Mathias Freire, Augusto dos Anjos, Carlos Dias Fernandes, Celso Mariz, Américo Falcão e, no mundo feminino, entre outras colaboradoras, Eudésia Vieira e Palmyra Wanderley.

Duas décadas depois do desaparecimento de Era Nova, o jornalista Adalberto Viana criou a Nacionalidade, revista que tinha Waldemar Duarte, colaborador de A União, como Secretário de Redação.   

Nacionalidade, publicada em datas incertas, pretendia cobrir todo território do Norte/Nordeste, procurando se firmar na venda de espaços para empresas públicas e governamentais. A revista de Viana durou apenas dois anos.

O maior revisteiro da Paraíba foi, sem dúvida, o desenhista Josélio Gondim que, saindo da Paraíba, se fez attendant lord de Assis Chateaubriand, dono da cadeia dos Diários Associados. Audacioso, logo na primeira empreitada Josélio procurou editar em São Paulo a revista “Tudo”, cópia da poderosa “Time” norte-americana, razão pela qual foi processado e obrigado a repassar a empresa adiante.

Em seguida, Josélio tentou abrir em Brasília e no Recife as revistas “O Espelho” e “O Sol” – mas, fato previsível, ambas desapareceram na luz escura do vazio.

Numa quarta empreitada, depois da tentativa de fundar em João Pessoa o jornal “O Estado da Paraíba”, Josélio Publicou, afinal, “A Carta”, revista criada para circular no Nordeste e na qual aglutinava, pagando bem, jornalistas de prestígio, entre eles, Martinho Moreira Franco e Djacir Andrade.

“A Carta”, bem estruturada, era distribuída em João Pessoa, Campina Grande, Recife e Natal, áreas em que procurava captar anúncios. 

De início, “A Carta” saiu-se bem, mas depois de certo tempo, os governadores de Pernambuco e da Paraíba, por acharem os anúncios cada vez mais caros, cortaram-no pela raiz. Josélio ainda tentou negociar com  Roberto Magalhães, governador de Pernambuco, mas a emenda saiu pior que o soneto. 

Em 2004, jantando no Rio de Janeiro com Walter Santos, jornalista então editando com êxito o Portal WSCOM, narrei para ele o histórico da Paraíba no ramo da publicação de revistas. Na ocasião, afirmei ao amigo que sua empresa tinha tudo para empreender a edição de uma revista em âmbito regional, área em que a Paraíba sempre manteve certa tradição.     

Resultado: em 2006, o WSCOM lançou a revista NORDESTE que, agora, atinge sua maioridade e completa 18 anos de existência. E tal como no caso da Era Nova, a revista NORDESTE se impôs aos padrões de exigência e gosto dos leitores regionais, sem deixar de citar Portugal e cidades do Sul e Sudeste do Brasil. Acreditem, não é pouca coisa!    

 A revista NORDESTE que tenho em mãos, de número 203, na dimensão da “Veja”, ressalta em sua matéria de capa “O saldo de um ano de superações“ em que aponta com propriedade as iniciativas governamentais da região para reduzir o impacto negativo da secas. 

Mas a revista NORDESTE não fica só no trato da ação governamental. 

Ela também informa sobre a atuação da livre empresa nos vários campos como da Saúde e sobre a perspectiva de se criar na região um ambiente propício ao desenvolvimento a partir da óbvia exploração dos pequenos negócios. 

Parabéns, Walter Santos. Aquela conversa de 2004 rendeu bons frutos!

NOTA ESPECIAL

Ah, ia esquecendo o papel fundamental, conforme lembra WS, da leitura de “A História do New York Time”, livro básico sobre a sedimentação do jornalismo norte-americano que eu próprio tive o prazer de presentear ao fundador da WSCOM – e que sobre ele exerceu forte influência na sua carreira de jornalista e empresário. 

Aleluia!

Da Agência Brasil

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, decretou, neste sábado (23), situação de emergência em alguns municípios por conta das fortes chuvas que atingiram a região sul do estado desde a noite de sexta-feira (22). Até a noite de ontem (23), havia a confirmação de quatro mortes em consequência da chuva.

Segundo o Decreto nº 501-S, publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado, fica decretada a situação de emergência nos municípios de Alegre, Alfredo Chaves, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Guaçuí, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta.

Casagrande fez um sobrevoo na região e visitou o município de Mimoso do Sul, uma das cidades mais atingidas pelas águas, conforme informou o governo, acrescentando que “desde o início das chuvas, o governo do estado atua na coordenação dos trabalhos de resposta ao desastre no resgate de vítimas e no atendimento das pessoas atingidas”.

Em Mimoso do Sul, o governador foi recebido pelo prefeito Peter Costa, e uma comitiva percorreu vias e falou com moradores da cidade. Casagrande retornou a Vitória, capital do estado, onde concedeu uma entrevista coletiva no quartel do Corpo de Bombeiros.

“Vimos em Mimoso do Sul uma situação caótica, porque a cidade está sem comunicação devido à falta de energia que precisou ser cortada. Infelizmente, já temos quatro óbitos confirmados e ainda pessoas desaparecidas. Nosso esforço é para que a gente possa retomar os serviços essenciais, além de resgatar as pessoas nas áreas alagadas e dar alimentação aos atingidos em todas as cidades. Toda a equipe de governo está envolvida neste trabalho de assistência”, afirmou o governador, segundo nota publicada pelo governo estadual na noite de ontem.

O ato “pró-democracia” convocado pelo PT e pelas esquerdas para este sábado (23) em Salvador (BA) teve um público de pouco mais de 1.000 pessoas – e em muitos momentos a presença de apenas cerca de 800 manifestantes. O Poder360 fez fotos de alta resolução, com drone, e contou um a um os presentes no horário de maior concentração (às 16h55) e chegou a um público de 1.042.

A mobilização foi realizada no largo do Pelourinho, no centro histórico da capital baiana. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), estava presente. Apesar de terem confirmado presença, não foram ao ato o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner. As informações são do Poder360.

Houve atos semelhantes em várias cidades pelo Brasil e no exterior, mas o de Salvador era para ser o que concentraria maior público. A expectativa do comando petista era de algo próximo a 10.000 pessoas. Só que a adesão dos militantes foi modesta –apesar de o PT governar a Bahia há 17 anos. No 2º turno das eleições de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 70,73% dos votos válidos em Salvador (contra 29,27% de Jair Bolsonaro, do PL).

As manifestações deste sábado começaram a ser planejadas dias depois do ato de 25 de fevereiro organizado por Bolsonaro na av. Paulista, em São Paulo. O chamamento foi divulgado em massa nos canais de comunicação do PT, como o Telegram e o site oficial da sigla. Gleisi também fez convocações em suas redes sociais.

No ato de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, estiveram presentes cerca de 300 mil a 350 mil pessoas, estimou o Poder360 com base em fotos aéreas. Apesar de a esquerda ter desejado dar uma resposta aos bolsonaristas e também colocando seus apoiadores na rua, as manifestações do sábado em São Paulo e em outras cidades tiveram bem menos público.

A área do largo do Pelourinho ocupada pelos manifestantes é de aproximadamente 1.400 m², de acordo com as medidas do Google Earth. Considera-se que até 6 pessoas caibam em 1 m². Dessa forma, até 8.400 poderiam estar lá em caso de lotação.

Para fazer a estimativa de 818 a 1.042 presentes, o Poder360 fez várias fotos aéreas com drone de 16h13 às 16h55. Como eram poucas pessoas, foi possível contar uma a uma, pois as imagens foram registradas com alta resolução e analisadas numa tela de 27 polegadas de um computador iMac na Redação do Poder360.

O número contabilizado foi de 818 pessoas às 16h13 e subiu para 1.042 às 16h55. Pode haver alguma variação porque é sempre possível alguém ficar embaixo de marquises de uma das edificações locais ou sob guarda-sóis.

O deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa serão transferidos para a penitenciária federal de Brasília neste domingo (24).

Os três foram presos preventivamente pela Polícia Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os irmãos Brazão são suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes e o delegado, de obstrução de justiça. As informações são da CNN.

O deputado, o conselheiro e o delegado foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. A transferência para a penitenciária federal de Brasília deve ser realizada em uma aeronave da Polícia Federal na tarde deste domingo.

Prisão e apreensões

Conforme apuração da CNN, os investigadores da PF também trouxeram malotes para o prédio. A condução dos suspeitos foi feita por um veículo da Polícia Federal e por uma viatura da Polícia Civil, que seria do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro (IMLAP).

Veículos com materiais apreendidos também já chegaram à sede da polícia. Além dos três mandados de prisão, a PF também cumpre 12 mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Operação Murder Inc., como foi chamada, é formada pela Polícia Federal, Procuradoria Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

A defesa de Domingos Brazão, preso na manhã de hoje por suspeita de ser mandante do assassinato de Marielle Franco, afirmou que o conselheiro não conhecia a vereadora.

Segundo Ubiratan Guedes, ele não conversou com Domingos após a prisão, mas teve contato com ele nas últimas semanas por causa de “boatos que estavam correndo” sobre o caso. Ele falou com jornalistas do lado de fora da sede da Polícia Federal, na manhã de hoje. As informações são do UOL.

“Tenho certeza que ele é inocente. Não procede a imputação. Ele não tem ligação com a Marielle, não conhecia”, disse.

Domingos e Chiquinho Brazão foram presos na manhã de hoje por suspeita de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, também foi preso por suspeita de envolvimento com o crime.

Os nomes dos três foram citados na delação premiada de Ronnie Lessa. O ex-PM, preso por ser executor de Marielle, afirmou que Rivaldo chegou a “garantir” aos outros suspeitos que a autoria do crime não seria descoberta.

Os três foram encaminhados para a sede da Polícia Federal e serão levados a Brasília ainda hoje. A expectativa é de que eles sejam levados para três presídios federais diferentes.

Após a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), na manhã deste domingo (24), o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, vai apresentar à executiva do partido um pedido de expulsão e cancelamento da filiação do parlamentar.

O deputado foi preso por suspeita de atuar como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. As informações são da CNN.

Além de Chiquinho, o atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão, e o ex-chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, também foram presos.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Uma operação conjunta formada pela Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriu as prisões, neste domingo.

A cúpula das Forças Armadas e integrantes do governo avaliam que a nova prisão do tenente-coronel Mauro Cid reforça as responsabilizações individuais na investigação sobre a trama golpista, afastando a instituição como agente da ruptura. Há também entre militares a leitura de que a tendência é que esta detenção dure por um período menor na comparação com a anterior, quando ele deixou a cadeia em setembro do ano passado, após quase quatro meses.

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi preso na sexta-feira por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado entendeu que Cid descumpriu medidas cautelares impostas a ele como condição para ficar em liberdade e agiu para obstruir a Justiça, atrapalhando investigações sobre as quais se comprometeu a colaborar.

Para militares do Alto Comando e integrantes do primeiro escalão do governo, a prisão reforça a responsabilização individual de Mauro Cid, afastando o “CNPJ” das Forças Armadas das suspeitas sobre ruptura institucional. Eles têm ressaltado que as investigações avançam para deixar claro que as ações partiram de indivíduos, e não da instituição. Outra avaliação é que tanto a prisão quanto os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, nos quais confirmam o envolvimento de Bolsonaro na trama golpista, ajudaram a imagem das Forças.

No mesmo dia em que Mauro Cid voltou à prisão, o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja da Silva, em sua casa para um jantar. O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, também estava presente junto com almirantes. No jantar, que segundo presentes teve clima informal e descontraído, foi tratado sobre o lançamento do Submarino Tonelero, que ocorrerá na próxima quarta-feira em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Janja será madrinha de batismo do novo submarino, uma tradição da Força.

A nova prisão ocorreu depois da divulgação, pela revista “Veja”, de áudios em que Cid critica a conduta da Polícia Federal e de Moraes em seu acordo de delação premiada, firmado em setembro do ano passado. Nas gravações, o militar afirma ter sido pressionado a falar sobre fatos que, segundo ele, “não teriam acontecido” ou dos quais “não teria conhecimento”.

Cid foi intimado a esclarecer as declarações em audiência na tarde de ontem no STF. Diante de um juiz auxiliar de Moraes, recuou do que havia dito nos áudios, reiterou o teor da sua delação premiada e negou ter sido coagido a falar. “Nunca houve induzimento às respostas. Nenhum membro da PF o coagiu a falar algo que não teria acontecido”, disse o militar, segundo transcrição de seu depoimento, que durou cerca de 30 minutos.

Como mostrou O GLOBO, o comandante do Exército, Tomás Paiva, já decidiu vetar a promoção de Mauro Cid à patente de coronel — ele poderia entrar na próxima lista, por tempo de serviço. Cid, no entanto, deve manter seu cargo e salário bruto atual, de R$ 27 mil. A remuneração só será suspensa se o tenente-coronel for condenado na Justiça.

Antes de ser preso nesta sexta-feira (22), o tenente-coronel Mauro Cid fez uma série de lamentos pessoais durante o depoimento que prestou por uma hora e meia no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que engordou, está sensível, e que os amigos passaram a tratá-lo como “leproso”.

No depoimento, o militar reclamou da situação financeira que enfrenta atualmente em comparação com outros envolvidos na investigação.

“Milionários”

Questionado sobre o que ele quis dizer em um dos áudios vazados, no qual ele diz “que todos se deram bem e ficaram milionários”, Cid afirmou que se referia a Bolsonaro — que ganhou transferências via Pix de apoiadores — e aos generais envolvidos na investigação, que agora estão na reserva.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro deixou claro que perdeu tudo e que a carreira está desabando. Ele afirmou que não é político, não é militar e gostaria de ter a vida de volta. Mauro Cid ainda afirmou que está enclausurado e que engordou cerca de 10 quilos.

O oficial, no depoimento, disse que está sofrendo uma exposição midiática muito grande — o que prejudica suas relações — e que os amigos parecem tratá-lo como “leproso” e querem distância para não se prejudicarem.

Mauro Cid afirmou que os áudios foram um desabafo e negou que tenha sido coagido. Sobre ter dito que os policiais tinham uma “narrativa pronta”, o militar explicou que isso se referia à “linha de investigação”, que era diversa de sua “versão dos fatos”.