PF prende três suspeitos de ajudar presos que fugiram em Mossoró

A Polícia Federal prendeu três suspeitos de ajudar os detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As informações são da Agência Brasil.

Um dos suspeitos foi detido quando chegava em casa, em Mossoró. Segundo a polícia, o homem estaria vindo de uma cidade vizinha, que fica no Ceará.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, uma pessoa foi presa em flagrante na posse de drogas, armas e munições; outra foi alvo de mandado de prisão temporária (pedido pela PF); e uma terceira prisão ocorreu em função de mandado em aberto. No total, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, Quixeré (CE) e Aquiraz (CE).

Os agentes encontraram com os suspeitos armas, celulares drogas e um carro, que foram apreendidos. 

“Em uma das residências alvo das buscas (em Aquiraz), havia drogas, armamentos e munições. Houve uma prisão em flagrante. Foram apreendidos ainda telefones celulares e um veículo que, supostamente, teria sido utilizado no auxílio aos criminosos para fornecimento de armamento a ser empregado na fuga”, diz nota do ministério.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento escaparam do presídio há nove dias. Eles foram os primeiros detentos a fugirem de uma penitenciária de segurança máxima no país. Desde então, cerca de 500 policiais federais, rodoviários federais e estaduais estão em busca dos fugitivos. Mais 100 homens da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) irão apoiar a operação. 

Investigações mostram que os dois presos usaram ferramentas encontradas, como um alicate, dentro do presídio para escapar. A unidade estava passando por uma reforma interna e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos. 

As autoridades acreditam que os detentos continuam na região próxima à penitenciária.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Com menos de seis meses à frente do ministério de Portos e Aeroportos, o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos) tem trabalhado arduamente para levar para Pernambuco obras e investimentos importantes para o desenvolvimento do Estado. Entre uma série de ações programadas pela pasta, que acontecem ainda neste primeiro semestre, está o anúncio, no próximo dia 1º de março, de um investimento da ordem de mais de R$ 100 milhões no aeroporto de Caruaru.

“Estamos trabalhando muito ao lado do presidente Lula (PT) para levar ações, obras e investimentos para o nosso Estado e o aeroporto de Caruaru está entre elas. Não tem sentido cidades como Campina Grande, na Paraíba, e Mossoró, no Rio Grande do Norte, terem excelentes aeroportos e Caruaru, que representa uma região com mais de 26 cidades, não ser contemplada com o fortalecimento da aviação”, comenta o ministro, em entrevista exclusiva à Folha.

Segundo Silvio Costa Filho, será viabilizado junto a Infraero a oportunidade do aeroporto de Caruaru contemplar voos que irão fomentar, além do turismo de negócios e de lazer, o de transporte de cargas, que é muito forte na região. “Estamos trabalhando para que tenhamos voos de Caruaru-São Paulo, Caruaru-Rio de Janeiro e Caruaru-Brasília”, adianta o ministro, que oficializará, no próximo dia 1º, em Caruaru, ao lado da governadora Raquel Lyra (PSDB) e do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), o plano de reestruturação do aeroporto.

Ainda no compasso dos investimentos para o Estado, o ministro garante também outros anúncios importantes, a exemplo do aporte de quase R$ 2 bilhões para Suape, através de R$ 1,7 bilhão da Maesk, além de mais de R$ 200 milhões na dragagem do Porto pernambucano.

“Estou muito confiante nos investimentos que estão programados no PAC, com a construção de 10 mil casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, além de obras fundamentais para o escoamento da produção e desenvolvimento do turismo regional, como a duplicação da BR-423, que liga São Caetano a Garanhuns e a duplicação de São Caetano a Arcoverde, a duplicação BR-232, a BR-104, a construção das adutoras, entre outros investimentos que estão sendo capitaneados pelo Governo Lula, como a transnordestina”, elenca o ministro.

E os investimentos não devem parar por aí. Segundo o ministro, ele deve vir a Pernambuco, no próximo mês, para junto com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), e membros da bancada pernambucana em Brasília, anunciar novos investimentos no Estado.

Já falei muito de amor. O amor é divino. É o maior mandamento e aconselhamento de Deus. Está no livro de Coríntios: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor”.

Mas o amor se perpetua na música. Renato Russo, a quem faço hoje um tributo no Sextou, cantou o amor como ninguém. Foi profundo e filosófico na canção Monte Castelo: “Ainda que eu falasse a língua do homens/ E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria/ É só o amor, é só o amor”.

O amor, segundo o filósofo do amor, o roqueiro Renato Russo, conhece o que é verdade. O amor é bom, não quer o mal/ Não sente inveja ou se envaidece/ O amor é o fogo que arde sem se ver/ É ferida que dói e não se sente/ É um contentamento descontente/ É dor que desatina sem doer”.

Que lindo e profundo! Ele escreveu e cantou também que a diferença do amor e do ódio, é que pelo ódio a gente mata, e pelo amor a gente morre. E advertiu: “Mas tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar”.

O mais belo de Renato Russo, entretanto, eu deixei para o final. Está no refrão da música País e filhos: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na verdade não há”.

Quando se aprende a amar, segundo Russo, o mundo passa a ser seu. “Nunca chore diante das pessoas que não entendem o significado de suas lágrimas, porque amar é uma arte, mas nem todo mundo é artista”, disse, com muita sabedoria poética.

Shakespeare tinha razão, a razão de Renato Russo: “O amor não se vê com os olhos, mas com o coração”.

Magistrado ou político?

Embora tenha feito um discurso, ontem, na posse como ministro do Supremo Tribunal Federal, de que limitará sua ação como magistrado e não como ator político, Flávio Dino, que passa a substituir Rosa Weber na corte máxima da justiça brasileira, precisa mostrar na prática que não será novo Alexandre de Moraes.

Nem também um novo Gilmar Mendes. Tanto o carequinha quanto o decano adoram um holofote e dão pitacos em tudo, da mesma forma como Dino agiu como ministro da Justiça. O novo ministro Flávio Dino vai herdar um acervo de 340 processos em tramitação, entre ações e recursos.

Um dos casos que passarão às mãos do novo ministro envolve as conclusões finais da CPI da Covid do Senado e tem como um dos alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi acusado pelo colegiado de incitação ao crime porque teria estimulado a população a se aglomerar, não usar máscara e não se vacinar. À época, a Advocacia-Geral da União rebateu as conclusões da comissão.

As ações e os recursos que inicialmente vão ficar sob a relatoria do futuro ministro eram da ministra Rosa Weber, que se aposentou em outubro. Esse procedimento segue as regras internas do tribunal. O conjunto de processos conta com 105 recursos e 235 ações. Deste total, a maior parte dos procedimentos trata de temas de Direito Administrativo. Também fazem parte do conjunto 43 ações constitucionais – aquelas que discutem a validade de leis diante da Constituição.

Sem elementos – O novo ministro será o relator de um dos pedidos preliminares de apuração enviados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a partir das conclusões do relatório final da CPI da Covid, do Senado. Nesse procedimento, um dos alvos é o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de ministros e outros agentes públicos da gestão anterior. Quando o pedido foi apresentado ao Supremo, a Advocacia-Geral da União (AGU) – em documento assinado pelo ex-ministro Bruno Bianco – defendeu que não havia elementos mínimos de crime.

Risco de prisão – O que ouvi, ao longo desta semana, em Brasília, é que o ex-presidente Bolsonaro será preso e que o termômetro do timing da sua prisão passa pelo ato do próximo domingo, em São Paulo, organizado pelo ex-presidente. Dentre outros crimes, Bolsonaro é acusado de liderar uma “organização criminosa” que teria atuado em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, visando obter vantagens políticas.

Silêncio na Federal – Ontem, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou em silêncio no depoimento à Polícia Federal, que apura informações relacionadas às suspeitas de que uma organização criminosa trabalhava para promover um golpe de Estado no país, em 2022, ano eleitoral. Além dele, outras 22 pessoas foram ouvidas ao mesmo tempo, em Brasília e outras partes do país. As oitivas foram realizadas ao mesmo tempo, em salas separadas, a fim de evitar que os investigados combinassem versões.

Empresa suspeita – A empresa responsável por obras de manutenção no presídio federal de Mossoró (RN), que registrou as duas primeiras fugas da história em uma prisão do tipo, tem contrato com a Penitenciária Federal de Brasília. Apontada por suposto esquema de “laranjas”, a R7 Facilities, agora alvo de investigação, tem contrato assinado com a União de mais de R$ 2 milhões (R$ 2.088.591,60) para atender “as necessidades da penitenciária” na prestação de serviços continuados de apoio técnico e administrativo. O acordo tem vigência até 9 de março deste ano.

Impeachment na manifestação – O impeachment de Lula foi incluído na pauta da manifestação de Jair Bolsonaro no próximo domingo, na Avenida Paulista. Além do esclarecimento que o ex-presidente fará ao povo brasileiro, será defendido o impeachment de Lula pelas falas sobre Israel. A intenção de aliados de Bolsonaro é inflar a população a favor do pedido de impeachment, que deverá ser protocolado até o fim desta semana, e tentar criar pressão popular para Arthur Lira não engavetar a proposta, segundo um deputado bolsonarista.

CURTAS

SAÚDE PARA O PP – Uma fonte soprou, ontem, ao blog, em Brasília, que a governadora Raquel Lyra (PSDB) vai manter o PP em sua base entregando a Secretaria de Saúde como cota do partido, liderado pelo deputado Dudu da Fonte, e não a pasta de Turismo, conforme foi especulado neste espaço.

ADIAMENTO – Depois que o PSol, parte da federação com a Rede Sustentabilidade, reafirmou compromisso com a pré-candidata do partido à Prefeitura do Recife, Dani Portela, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já avalia em adiar a ida para o Recife, no próximo dia 2, para dar o start da pré-candidatura do deputado Túlio Gadelha (Rede).

SERRITA – Sônia Martins, atual vice-prefeita do município de Serrita, decidiu trocar o MDB pelo Solidariedade, de Marília Arraes, a fim de disputar às próximas eleições como candidata a prefeita com o apoio dela, Marília. A filiação acontece no próximo dia 1º de março.

Perguntar não ofende: Flávio Dino vai resistir aos holofotes?