Polícia Civil decreta greve no carnaval

Recebidos por um auxiliar do segundo escalão do Governo Raquel, policiais civis saíram insatisfeitos do encontro e resolveram entrar greve no carnaval, já a partir da meia noite da sexta-feira gorda. A paralisação será por tempo indeterminado.

“Que governo ruim de política. Meu Deus do céu. Primeira vez na vida que eu faço greve para ter início uma negociação. Nem diálogo, nada. Meu Deus do céu! Rapaz, esse povo é muito ruim. Meu Deus do céu. Eu não sei nem explicar. Que povo ruim de política. Ave Maria!”, comentou, indignado, o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros.

Pelas redes sociais, o presidente da Adeppe, delegado Diogo Victor, afirmou que diante da não evolução da mesa de negociação com o Governo do Estado, os delegados reduzam suas metas, entrando, desta forma, em regime de operação padrão.

” Saímos de uma reunião agora, onde nada foi evoluído.  Em que não tivemos uma data para início de uma mesa de negociação. Diante disso, peço que reduzam pela metade suas metas para que o Governo se sensibilize que estamos diante de uma guerra contra o crime organizado no Estado”, recomendou.

O ministro Alexandre Padilha (PT-SP), da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, minimizou, hoje, os atritos do governo Lula com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) sobre o controle do orçamento federal.

Padilha afirmou que Planalto e Congresso foi uma dupla bem-sucedida em 2023 e vai continuar assim em 2024. “Quem apostar em briga, rompimento, falta de parceria governo federal executivo e congresso nacional vai errar de novo”, disse em Santo Antônio de Posse (SP), durante entrega de moradias do Minha Casa, Minha Vida.

A afirmação vai de encontro às declarações de Lira. Ontem, ao discursar na abertura do ano legislativo, o presidente da Câmara disse que o orçamento é de todos os brasileiros, não só do Executivo, e não pode ficar engessado por “burocracia técnica” e por quem não foi eleito.

O mal-estar entre Executivo e Legislativo teve consequências nesta terça. Uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes partidários da Câmara dos Deputados foi cancelada. Interlocutores das partes disseram ao portal G1 que não havia clima para a discussão da pauta econômica.

“O presidente está muito tranquilo, é muito experiente. Já governou o país outras vezes e eu já fui ministro da articulação política outras vezes. Não tem marinheiro de primeira viagem. Ano passado também faziam críticas parecidas e a dupla (Executivo e Congresso) fez muitos gols”, disse o ministro.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Após a realização de Assembleia Geral, na noite de hoje, metroviários decidiram pela implementação do Estado de Greve. A definição se a categoria vai paralisar o sistema no Galo da Madrugada e nos demais dias de carnaval, porém, ocorrerá amanhã, após uma reunião entre a direção do Sindmetro-PE com a Superintendente da CBTU, Marcela Campos. Na ocasião, serão apresentadas as ações de segurança implementadas pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para o período de carnaval.

“A categoria define o Estado de Greve e com isso estamos vigilantes e iremos nos reunir com a Superintendente nesta quarta com a intenção de resolver o Plano de Segurança e que ele atenda não só à população pernambucana, mas também à integridade física de todos os trabalhadores e trabalhadoras do Metrô que estarão a serviço desse transporte tão importante e essencial para a movimentação das pessoas nessa época do ano”, afirmou o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Enquanto a caminhada rumo ao Palácio do Campos das Princesas, onde vai ocorrer Assembleia Geral que pode deflagrar uma greve na Polícia Civil em pleno Carnaval, passa pela Avenida Conde da Boa Vista, o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, manda um recado para a governadora Raquel Lyra. Confira o vídeo com o registro.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Na iminência de deflagrar, logo mais, o primeiro movimento paredista da gestão Raquel Lyra, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco reúne, neste momento, centenas de servidores em uma caminhada rumo ao Palácio ao som de “se não valorizar, a polícia vai parar”.

Ao chegar no local, caso não haja acordo com o Governo, será realizada uma assembleia geral que pode deflagrar, já na madrugada da quinta, uma greve por tempo indeterminado, o que pode deixar o Carnaval deste ano ainda mais inseguro.

Membros do Conselho Regional de Odontologia (CRO-PE) reuniram-se, hoje, com o presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), Valdecir Pascoal, para tratar sobre a precariedade nas formas de contratação dos profissionais da odontologia por alguns municípios pernambucanos.

Segundo o vice-presidente do CRO-PE, João Godoy, a fiscalização apurou diversas denúncias quanto à não realização de concursos públicos por parte desses municípios. Além disso, o conselho também entregou um documento contestando os valores ofertados aos cirurgiões-dentistas pelo Governo do Estado, em edital publicado no último dia 3 de fevereiro.

Na oportunidade, o presidente Valdecir Pascoal ficou de encaminhar toda a documentação à auditoria para as devidas providências do TCE-PE. O encontro também contou com a presença do superintendente do CRO, Igor Morais; da procuradora jurídica, Maristela Dantas; e da presidente da Comissão de Valorização Profissional, Libânia Marques.

O segundo dia de volta aos trabalhos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi de novas críticas à governadora Raquel Lyra. O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) citou a fala de ontem do presidente Artur Lira, na abertura dos trabalhos da Câmara dos Deputados. Lira ressaltou o papel importante e independente do Poder Legislativo em um claro recado ao presidente Lula e a fala foi usada por Feitosa como uma luva para este momento em que o Governo de Pernambuco trava uma briga com a Alepe, Prefeituras e Tribunal de Contas do Estado.

“Artur Lira disse: ‘Fundamental também é lembrar que nossa Constituição garante ao poder legislativo o direito de discutir, modificar, emendar, para somente aí aprovar peça orçamentária oriunda do poder executivo’. Essa fala só reforça o quanto a chefe ou um chefe do poder tem que dar esse exemplo e aqui temos um fato histórico lamentável. Pela primeira vez, um Governo de Pernambuco entra na Justiça contra o Poder Legislativo “, falou Feitosa na tribuna do Plenário.

Raquel Lyra esteve na abertura dos trabalhos legislativos, na última quinta-feira, discursou no Plenário e não deu uma palavra aos deputados sobre a ação judicial que moveu no STF contra a Alepe. No dia seguinte, o prefeito João Campos entrou com uma ação no TCE contra a decisão da governadora de convocar a devolução de servidores estaduais comprometendo o secretariado da gestão municipal.

“Pernambuco é um estado onde a governadora briga com todo mundo. Uma atitude que gera insegurança jurídica, política e econômica afugentando investimentos no estado por parte de empresas o que vai acarretar em falta de geração de emprego e renda. Tudo isso associado a triste realidade de termos o 2o maior ICMS do país! A história do nosso país mostra que gestores que se comportaram de forma intransigente e irresponsável como Raquel Lyra terminaram com um triste fim. A exemplo de Fernando Collor e Dilma Rousseff que sofreram impeachment”, disparou Feitosa. A fala do parlamentar terminou com um conselho seguido de um apelo: “Raquel Lyra, há tempo de mudar”.

Está em análise, no Ministério Público de Pernambuco e no Tribunal de Contas do Estado, uma denúncia contra um contrato milionário firmado entre a Fundarpe e uma empresa de produção de eventos que teria ligação direta com o médio clero do Governo do Estado, a DuPorto Produções, cujo CNPJ corresponde a um depósito de bebidas.

Além do claro indício de se tratar de uma empresa “laranja”, a DuPorto Produções terminou levando a melhor, mesmo diante de um contrato que desprezou a prática da economicidade, pretendida em processos desse tipo. Clique aqui e confira a petição.

A autora do processo contra a Fundarpe, a João Maria e Eventos, vencedora inicial do certame, desclassificada posteriormente por um erro na tabela, que terminou sem o direito de fazer qualquer retificação para correção, apesar de ter a proposta mais vantajosa, de valor global orçado em R$ 7.198.000,00 (Sete milhões cento e noventa e oito mil reais), foi preterida no lugar da DuPorto Produções. Assim como ela, também acionou a justiça a Talentos Promecc, que mesmo estando de acordo as exigências, e tendo enviado o e-mail diligenciado em tempo hábil, foi também desclassificada do processo para favorecimento a DuPorto.

Segunda colocada na licitação, a proposta apresentada pela eleita pela Fudarpe foi no valor R$ 8.765.000,00 (oito milhões setecentos e sessenta e cinco mil reais), ou seja, R$1,5 milhão a mais em relação ao valor proposto pela João Maria e Eventos.

E o que é ainda mais grave, além de tudo exposto é que, mesmo ainda sem contrato assinado e respeitados os prazos para os concorrentes se manifestarem dentro do processo legal, a empresa DuPorto Produções iniciou imediatamente a prestação de serviços, em menos de 24 horas após o pregão, o que mais uma vez deixa escancarado o esquema de cartas marcadas na atual gestão estadual.

Em sua petição aos órgãos competentes, além de solicitar a anulação da decisão do Pregoeiro que declarou inabilitada a empresa João e Maria Eventos Ltda, pede também a anulação da decisão do Pregoeiro que declarou habilitada e vencedora do certame a empresa Du Porto Agência de Publicidade Ltda, requerendo, desta forma, o retorno a fase de análise da proposta de preço e habilitação da Empresa João e Maria Eventos Ltda.

Do Blog da Folha

O Pleno do Tribunal de Contas do Estado julga, amanhã, a medida cautelar do conselheiro Eduardo Porto, favorável ao recurso do prefeito do Recife, João Campos (PSB), contra a decisão da governadora Raquel Lyra (PSDB).

A sugestão foi do conselheiro Rodrigo Novaes e seguida pelos demais membros do colegiado. Após a decisão do Pleno, ainda caberá recurso. Seriam três conselheiros a julgarem a medida, hoje. Mas, com o adiamento, seis conselheiros terão a tarefa amanhã.

O confronto aberto entre Legislativo e Executivo sobre o controle do orçamento federal – agravado por discursos ontem – levou ao cancelamento de uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes partidários da Câmara dos Deputados hoje.

O encontro estava previsto para as 16h30, mas passou a constar como “cancelado” na agenda de Haddad no fim da manhã. Uma reunião similar entre Haddad com líderes no Senado seguia marcada.

Ao portal G1, interlocutores ligados ao governo e à Câmara afirmaram que, após as falas de Lira, não haveria “clima” para o debate da pauta econômica nesta terça.

Segundo líderes, também pesou contra o encontro a falta de um convite para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Na segunda, ao discursar na abertura do ano legislativo, Arthur Lira enviou recados ao governo ao dizer que o Orçamento é de todos os brasileiros, não só do Executivo, e não pode ficar engessado por “burocracia técnica” e por quem não foi eleito.

O presidente da Câmara também disse que os parlamentares “não foram eleitos para serem carimbadores” das propostas do Executivo e que o Orçamento da União deve ser construído em contribuição com o Legislativo. 

A crítica se dá em meio a um embate entre Executivo e Congresso em relação às emendas parlamentares.

O governo federal vetou, tanto na Lei de Diretrizes Orçamentárias quanto no Orçamento, trechos aprovados por parlamentares que ampliariam os recursos destinados pelo Congresso a suas bases eleitorais, além de acelerarem o pagamento por parte do Executivo. “O Orçamento da União pertence a todos e todas e não apenas ao Executivo. Se assim fosse, a constituição não determinaria a necessária participação do poder Legislativo em sua confecção e final aprovação”, afirmou Lira na segunda.