Pacheco afirma que Valdemar Costa Neto mira apenas ‘fundo eleitoral’ e ‘ilude’ adeptos

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, hoje, que Valdemar Costa Neto, presidente do PL, utiliza-se da política com foco exclusivo para “ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral” e ainda “iludir” seus seguidores por defender publicamente impeachment de ministro do Supremo, mas, no privado, não assumir seu posicionamento quando é instado a tratar do tema.

O senador respondeu a ataques desferidos por Costa Neto em relação à operação da Polícia Federal que envolve o deputado federal Alexandre Ramagem, deflagrada nesta quinta-feira. Pacheco ainda afirmou que Costa Neto é incapaz de organizar “minimamente” a oposição para aprovar, por exemplo, a limitação de decisões democráticas do STF.

“Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF. E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema”, afirmou, em nota, Rodrigo Pacheco.

O senador afirmou ainda que entre as suas prerrogativas, como presidente do Congresso Nacional, sempre figurou a de defender a atuação parlamentar de todos os congressistas, desde que esteja em consonância com a Constituição Federal e com o regramento do Congresso.

Por Cláudio Soares*

É lamentável que os pacientes em Tratamento Fora de Domicílio(TFD) estejam sendo transportados em ônibus escolares e desconfortáveis pela Prefeitura de São José Do Egito. Isso pode impactar negativamente o bem-estar dos pacientes, que são pessoas vulneráveis. Seria importante que a comunidade e o Ministério Público busquem melhorias nesse serviço e combatam esse transtorno. A denúncia foi elaborada pelo vereador Vicente de Vevéi

O TFD foi instituído pela Portaria SAS Nº 55/1999 e consiste em assegurar o encaminhamento do paciente atendido na rede pública, conveniada ou contratada do SUS para tratamento médico a ser prestado em outra localidade, quando esgotados todos os meios de atendimento no local.

A qualidade e o conforto dos ônibus utilizados para transportar pacientes pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD) são essenciais para garantir o bem-estar durante o trajeto. Isso contribui para uma experiência mais adequada, especialmente considerando as condições de saúde dos pacientes.

É preocupante que a Prefeitura utilize ônibus desconfortáveis, duros e sem ar-condicionado para transportar esses pacientes. Essas condições desumanas impactam negativamente o bem-estar dos pacientes, especialmente aqueles com necessidades de saúde especiais. É relevante buscar formas de sensibilizar as autoridades sobre a importância de oferecer condições mais adequadas e humanizadas para o transporte dessas pessoas.

*Advogado e jornalista

A partir da próxima segunda-feira, o Frente a Frente, programa político que ancoro pela Rede Nordeste de Rádio, das 18 às 19 horas, de segunda à sexta-feira, volta a ter a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife, como cabeça de rede no lugar da 102,1 FM, que ainda retransmite hoje e amanhã.

A Rádio Folha integra o sistema de comunicação do Grupo EQM, do meu amigo, o empresário Eduardo Monteiro, diretor-presidente da Folha de Pernambuco, jornal que voltei a atuar, há mais de um ano, diretamente de Brasília, com matérias e entrevistas exclusivas no plano nacional.

A Eduardo, o meu abraço fraterno e agradecimento por mais essa parceria de sucesso, não tenho a menor dúvida!

Na última terça-feira, a Prefeitura de Brejo da Madre de Deus deu um passo significativo na área da saúde, com o início das cirurgias faciais no novo Bloco Cirúrgico do Hospital José Carlos de Santana. Com esta nova conquista, agora existe a possibilidade de realizar cirurgias faciais que abrangem uma variedade de procedimentos, desde a retirada de sinais, tumores até intervenções em lesões de pele. O foco inicial está em pequenas cirurgias e, em particular, nas que envolvem a cirurgia buco maxilo.

Profissionais capacitados e dedicados estão à frente dessas intervenções, assegurando que os pacientes recebam cuidados com qualidade e segurança. O prefeito do município, Roberto Asfora, expressou sua satisfação ao falar sobre o bloco cirúrgico, destacando a importância e a alegria em iniciar cirurgias tão necessárias no município. “Esse avanço representa um compromisso firme com a saúde do nosso Brejo da Madre de Deus, proporcionando acesso a procedimentos essenciais em nossa cidade. Esta conquista é resultado de um trabalho conjunto e dedicado, visando o bem-estar e a qualidade de vida dos nossos munícipes”, destacou o prefeito.

Em entrevista gravada para o Frente a Frente, há pouco, o presidente da Compesa, Alex Campos, negou que a estatal venha a ser leiloada e, consequentemente, privatizada, conforme o Jornal do Commercio trouxe em manchete na sua edição desta quinta-feira.

“Reafirmo que não há intenção nem projeto do Estado de privatizar a Compesa. Tomei um susto com a manchete do JC. A Compesa não irá à leilão. O que existe, na verdade, é um estudo de concessão dos serviços de distribuição e de saneamento”, afirmou.

A entrevista vai ao ar às 18 horas pela Rede Nordeste de Rádio, que retransmite o Frente para 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia. Se você quer ouvir pela internet, clique no link acima do Frente a Frente ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

A Prefeitura de Araripina inicia o ano reforçando o seu compromisso em desenvolver a economia local através do apoio à participação de microempresas, empresas de pequeno porte, agricultores familiares, produtores rurais pessoa física, microempreendedores individuais e sociedades cooperativas de consumo nas contratações públicas de bens, serviços e obras do município.

Para promover o desenvolvimento da economia da cidade, o prefeito Raimundo Pimentel sancionou, há dois anos, o Decreto nº 008 de 09/02/2022 que tem transformado positivamente a relação comercial entre as empresas locais e as mais diversas secretarias e órgãos vinculados à administração municipal. O objetivo principal deste Decreto Lei é fomentar as microempresas e empresas de pequeno porte ao facilitar o acesso aos mercados e promover uma maior competitividade frente às empresas de grande porte.

Na prática, isto significa que, nos processos licitatórios para aquisição de bens, serviços e obras, deve ser concedido tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, agricultor familiar, produtor rural pessoa física, microempreendedor individual – MEI e sociedades cooperativas de consumo sediadas na cidade.

No ano passado, por exemplo, dos 190 contratos assinados pela sede da Prefeitura de Araripina, 50 deles foram formalizados com empresas locais dos mais diversos segmentos como prestação de serviços de abastecimento de caminhão pipa, serviços de saúde como exames, fisioterapia, aquisição de gêneros alimentícios, material de construção, material gráfico, material de expediente entre outros. Outras secretarias como Saúde, Educação e Desenvolvimento Social e Habitação, também priorizaram a contração de empresas locais.

De acordo com o prefeito Raimundo Pimentel, além do pagamento rigorosamente em dia dos salários de todos os servidores públicos desde o início da sua gestão que favorece diretamente o setor de comércio e serviços, a contratação de empresas locais também causa um efeito positivo na economia local.

São grandes exemplos desta política pública, a formalização dos motoristas do transporte escolar em Micro Empreendedores Individuais (MEIs), a compra dos produtos oriundos da agricultura familiar para inserção na alimentação escolar da rede municipal e, mais recentemente, o apoio a um grupo de 50 costureiras que estão confeccionando o fardamento dos mais de 13 mil alunos das escolas municipais.

“Por conta dos calotes da péssima gestão que nos antecedeu, os empresários da cidade não acreditavam mais que era um bom negócio fornecer produtos e serviços para a prefeitura. Aos poucos fomos imprimindo nossa marca de honestidade, pagando rigorosamente em dia, e dando apoio às micro e pequenas empresas, aos agricultores e agricultoras e associações e aos profissionais liberais. Passados sete anos, podemos comemorar estes resultados como uma resposta dos empreendedores de Araripina que encontram na prefeitura um grande parceiro para desenvolver seus negócios”, afirmou Pimentel.

Por Ângelo Castelo Branco*

O advento do mundo digital, e também das tecnologias de informação instantânea disponibilizadas pelas redes sociais, afetaram drasticamente o modelo secular do jornalismo.

A fuga da propaganda para o mundo digital causou danos econômicos irreparáveis nas empresas jornalísticas e no segmento das agências de publicidade. A tecnologia digital substituiu o papel e mudou o conceito no processo de oferta da informação.

A adaptação à nova realidade global de produção e entrega de notícias tornou-se um enorme desafio para a maioria dos jornais impressos. Sobretudo para os periódicos de regiões economicamente vulneráveis onde sumiram as verbas de propaganda que mantinham o equilíbrio da despesa operacional.

Parte do dinheiro de propaganda migrou para a mídia digital e essa fuga empobreceu e quebrou a grande maioria dos jornais regionais. Isso explica porque muitas empresas foram obrigadas a dispensar profissionais de peso. As adaptações ao novo ciclo das tecnologias da informação estão em curso.

Os grandes jornais investiram em assinaturas de versões digitais e muitos cancelaram suas edições impressas eliminando assim os gastos com o processo industrial mecânico. O sumiço dos jornais impressos traz vantagens ambientais na medida em que dispensa o papel fabricado a partir do sacrifício de árvores (as grandes empresas fabricantes de papel mantêm áreas de replantio).

O jornal digital elimina também os custos de logística na distribuição aos pontos de venda e na entrega de assinaturas. A edição digital flexibiliza o número de páginas que pode ser alterado a cada dia sem problemas técnicos de encadernação.

Esse cenário, que há poucos anos mais se ajustaria a uma ficção científica, causou alguns desconfortos a leitores. Muitos reagem à leitura de jornais em telinhas de celulares ou notebooks. Não se adaptam. Preferem o velho e bom jornal no papel que depois de lido pode ser usado para embrulhar peixes e sapatos velhos como dizia um pensador espanhol. 

Em maior ou menor escala a mídia eletrônica igualmente se depara com novos desafios. A TV viu escoar pelo ralo o seu poderoso trunfo de ofertar imagens em edições eletivas de telejornalismo ou em inserções extraordinárias. Atualmente qualquer imagem de fato relevante de qualquer parte do mundo chega na palma da mão das pessoas em menos de 45 segundos após a primeira postagem. Sem repórter e sem diretor de edição.

Essa Instantaneidade ao alcance de todos subtraiu as chances do “furo”, antigo sonho de consumo de jornais e repórteres que vendiam milhares de exemplares a mais nas bancas quando estampavam uma informação com exclusividade na frente dos concorrentes. Hoje em dia, salvo as colunas e artigos de opinião, cem por cento das notícias veiculadas em jornais já são consumidas muito antes pelas telinhas de celulares.

De mais a mais resta-nos avaliar, em pesquisa acadêmica, qual o real tamanho atual do universo de leitores de jornais e de telespectadores de telejornais, sua faixa etária e sua posição socioeconômica. As observações informais parecem dizer que a população abaixo dos 50 anos raramente leu um jornal nos últimos anos.

O mundo mudou. De novo. Felizmente a minha geração convive com impactos e inaugura caminhos desde que nasceu.

*Advogado e jornalista

O parlamentar Charles Lustosa, após a posse de Couro de Zuca Preto como presidente interino da Câmara de Vereadores de Santa Terezinha, ontem, a seu contragosto, pediu afastamento temporário da casa legislativa e se esquivou de ter trocado as fechaduras da sede daquele poder, terceirizando a culpa para o vereador Carlos Policial.

Há dias – após o afastamento judicial de vereadores integrantes da mesa diretora – a Câmara Municipal de Santa Terezinha vivia um impasse acerca da presidência interina. Diante da situação, a assessoria jurídica do Legislativo formalizou parecer tratando sobre como se dariam os próximos passos, indicando que, conforme o Regimento Interno, o presidente interino seria Couro de Zuca Preto, por ser o parlamentar mais velho em exercício.

Como tornou-se público, o vereador Charles Lustosa não se conformou com o posicionamento da assessoria jurídica e, à revelia dos demais legisladores, trocou as fechaduras da Câmara Municipal, ficando somente ele com acesso, impedindo a entrada de funcionários, da população e dos demais vereadores. Lustosa, ao invés de ter buscado os meios legais para requerer o direito alegado, tentou usurpar o poder.

Diante da situação, uma funcionária da Câmara registrou boletim de ocorrência, onde afirma que, em conversa com o chaveiro, este indicou que o vereador Charles Lustosa foi quem solicitou o serviço. Fato corroborado por áudio vazado, onde demonstrou uma conversa entre o Charles e um advogado integrante do escritório que assessora a Câmara. Na conversa, Charles admite que as chaves estariam com ele.

Várias atitudes foram tomadas diante deste fato inédito e que mostra um claro destempero do parlamentar. O caso causou revolta na cidade, pois contribuiu para prejudicar os trabalhos da Câmara – até mesmo para velar o corpo de um ex-vereador no plenário da casa, na última segunda (22), foi preciso solicitar ao vereador o acesso à casa do povo.

Na sucessão dos fatos, ontem, o vereador Couro de Zuca Preto assumiu a presidência, conforme indicação da assessoria jurídica. 

Diante da grande repercussão negativa, inclusive noticiada por vários blogs, da atitude tomada pelo vereador Charles Lustosa, para além das medidas judiciais tomadas, o parlamentar pediu afastamento de 30 dias da Câmara alegando problemas de saúde.

Em sua nota explicando o afastamento, no sentido de se esquivar de complicações jurídicas e políticas da atitude tomada, por fechar o parlamento municipal, passou a dizer que quem trocou as fechaduras da Câmara Municipal de Santa Terezinha foi o vereador Carlos Policial, e não ele. Charles Lustosa, conforme veiculado pelo Blog do Pereira, disse que “com relação as trocas das chaves, não foi a minha pessoa que realizou a troca, foi o colega vereador Carlinhos Policial”.

Essas atitudes acabam por macular a figura de Charles como testemunha no processo em desfavor dos vereadores afastados, uma vez que se mostrou cada vez mais como pessoa diretamente interessada no afastamento de parlamentares da Câmara de Santa Terezinha. Talvez por isso ele tenha terceirizado a culpa para o vereador Carlinhos Policial.

Será que Carlinhos assume esse B.O. para responder judicialmente?

Toda essa celeuma causada nos últimos dias pelo vereador Charles Lustosa teve ainda outro episódio desconhecido pela população e imprensa. Dessa vez o parlamentar tentou tumultuar até mesmo determinação do judiciário que envolve os vereadores afastados pelas operações Conluio 1 e 2.

Charles Lustosa, mesmo sabendo da medida cautelar em que Neguinho de Danda e os demais vereadores afastados devem guardar distância de 200 metros dos parlamentares em exercício no mandato, foi até a porta da residência dos Martins em atitude provocativa na tentativa de desestabilizar familiares e o vereador presidente afastado. Um claro desprezo e afronta às determinações judiciais.

Imediatamente após tal investida, o vereador afastado Neguinho de Danda compareceu à delegacia e registrou boletim de ocorrência em desfavor de Lustosa.

Este é mais um capítulo que vem atestando a saga nada democrática da tentativa de escalada ao poder que tanto obceca o parlamentar terezinhense Charles Lustosa.

Jornal do Commercio

O governo de Pernambuco vai realizar, no mês de abril, uma consulta pública para discutir a concessão da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) à iniciativa privada. A consulta é um instrumento que incentiva a população a participar da discussão sobre os rumos da Compesa. Após a consulta, a expectativa é que o leilão de concessão aconteça em dezembro deste ano, reunindo empresas privadas interessadas em operar parte dos serviços da Compesa. 

A governadora Raquel Lyra e o presidente da Compesa Alex Campos têm reforçado que a Compesa não será privatizada. A companhia continua sendo pública e apenas uma parte dos serviços será concedida à iniciativa privada: a distribuição de água e a coleta e tratamento de esgoto. 

Com a aprovação do Novo Marco do Saneamento Básico, em 2020, as companhias de água e saneamento vão precisar fazer pesados investimentos em infraestrutura para garantir a universalização do acesso até 2033.

No caso da Compesa, a estimativa é de que os recursos necessários cheguem a R$ 20 bilhões. Atualmente, a companhia mantém uma PPP em andamento junto com a BRK, mas a área atendida é a Região Metropolitana do Recife, além do município de Goiana. O Estado conta com 184 municípios para serem atendidos com infraestrutura de água e esgoto.   

INTERESSE DA INICIATIVA PRIVADA 

Em entrevista recente à RádioJornal, o presidente da Compesa comentou que a hipótese de privatização está descartada, porque a própria iniciativa privada não teria interesse no pacote completo de serviços realizados pela Compesa. 

A companhia é responsável pela produção, pelo tratamento e pela distribuição da água em Pernambuco. Isso inclui todo o percurso da água desde a captação nos mananciais e o barramento, além de atravessar as adutoras ao longo do Estado até chegar às estações de tratamento e depois distribuí-la para a casa das pessoas, indústrias, comércio e outros. Hoje a companhia atende uma população de 7,6 milhões de pessoas.

“Pernambuco tem o pior balanço hídrico do Brasil, isso quer dizer que há pouca disponibilidade de água nos nossos reservatórios e isso faz com que em razão do número de pernambucanos, a gente tenha o pior balanço do Brasil. Nós temos a pior situação de racionamento do País. Tudo isso quer dizer que produzir água em Pernambuco é uma operação muito onerosa economicamente e que não atrai a iniciativa privada”, afirmou na entrevista.  

BNDES VAI APRESENTAR A MODELAGEM

Para garantir um modelo eficiente, a gestão Raquel Lyra pagou R$ 16,5 milhões ao BNDES para fazer um estudo de concessão administrativa da empresa. 

O BNDES está na fase inicial dos estudos para desenvolver o estudo apresentado como “Projeto de desestatização, mediante participação privada, na prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, bem como serviços de gestão operacional, em todos os 185 municípios do Estado de Pernambuco, atendendo cerca de 9,7 milhões de pessoas”.

Buscas feitas em computadores e celulares da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ainda em outubro do ano passado, levaram a Polícia Federal a indícios suficientes para embasar as buscas de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin.

Naquele momento, segundo investigadores que acompanham o inquérito, a PF recolheu dados dos telefones funcionais de servidores e de computadores da agência. Essas informações apontam Ramagem como o responsável por autorizar a espionagem ilegal de autoridades.

Os dados também indicam que o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (União-RJ) estaria entre as autoridades espionadas ilegalmente.

As buscas em outubro levaram também à prisão de dois servidores que, por terem conhecimento do suposto esquema, coagiram colegas para evitar uma possível demissão: Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky.

Na operação, a PF também recuperou os acessos ilegais no First Mile – sistema israelense comprado pela gestão Michel Temer e usado pelo governo Jair Bolsonaro – da localização de autoridades, sem aval da Justiça.

Segundo investigadores, havia uma espécie de “sistema paralelo” na Abin na gestão de Ramagem – em que parte da estrutura da agência era usada para fazer dossiês e monitorar pessoas e desafetos políticos de forma ilegal.

Segundo as investigações, a “necessidade” de monitorar essas pessoas era criada sem qualquer lastro técnico e sem autorização judicial.