Petrobras assina aditivo de compra de gás de estatal da Bolívia

Da Agência Brasil

A Petrobras informou que celebrou novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), estatal boliviana que atua na área de exploração, produção e venda de petróleo e derivados. 

Segundo a companhia brasileira, o contrato foi assinado após o cumprimento de trâmites internos de governança. O aditivo altera o perfil de entregas do volume total de gás contratado pela Petrobras, em função da disponibilidade de gás para exportação pela YPFB.

Volume máximo

O contrato prevê a manutenção do volume máximo de 20 milhões de m³ por dia, com maior flexibilização dos compromissos firmes de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da oferta.  

Segundo a Petrobras informou na noite dessa sexta-feira (15), os termos garantem “o fornecimento em equilíbrio contratual para as empresas e a possibilidade de venda adicional de gás pela YPFB para outros importadores brasileiros. Além disso, [há] maior segurança e previsibilidade de suprimento de gás ao mercado atendido pela Petrobras”.

Da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, neste sábado (16), da assinatura do contrato de início de obras do empreendimento Copa do Povo, em Itaquera, zona leste paulistana.

As moradias serão destinadas a famílias sem teto que, em 2014, participaram da ocupação que ficou conhecida como Copa do Povo. As residências serão construídas por meio do programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores sem teto (MTST).

Ao discursar, Lula defendeu a importância da luta feita pelo movimento social. “O que vocês estão conquistando hoje não é mérito do governo Lula, não é mérito do Boulos, é mérito da coragem que vocês tiveram”, enfatizou ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), liderança do MTST à época do movimento de ocupação.

Ao longo dos anos, a ocupação sofreu tentativas judiciais de reintegração de posse, e a desapropriação do terreno foi reivindicação de diversas manifestações. Em abril deste ano, o MTST chegou a acampar em frente à prefeitura de São Paulo para pedir agilidade nesse e em outros processos.

Inicialmente, serão construídas 650 moradias. O governo federal investirá R$ 453 milhões no empreendimento, sendo que  R$ 33 milhões foram usados para adquirir o terreno. De acordo com Lula, também serão feitos aportes do governo estadual e da prefeitura de São Paulo.

O projeto prevê a construção de prédios de 12 andares, com elevadores e apartamentos de 68 metros quadrados com varanda.

Além do termo assinado hoje, há previsão de construção de mais 2 mil moradias no local, atendendo a todas as famílias que participam da ocupação.

O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, disse que até 2024 devem ser contratadas 28 mil unidades habitacionais a partir de convênios do Minha Casa, Minha Vida com movimentos sociais. No evento, ele elogiou a qualidade das residências feitas dessa forma. “As unidades habitacionais que são construídas por vocês são as melhores do Minha Casa, Minha Vida que existem. As casas são maiores, têm melhores equipamentos”, destacou.

Também participaram da cerimônia os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do Meio Ambiente, Marina Silva.

Nesse sábado (16), a cidade de Caruaru testemunhou uma série de eventos significativos que refletem a parceria ativa entre a governadora Raquel Lyra e o prefeito Rodrigo Pinheiro, visando o avanço e a melhoria na qualidade de vida dos caruaruenses. 

Pela manhã, a governadora Raquel Lyra esteve no município, ao lado de toda a sua equipe e do prefeito Rodrigo Pinheiro, para acompanhar os testes de operação da primeira etapa da Adutora do Agreste. Essa iniciativa estratégica promete fortalecer o abastecimento hídrico na região, um passo crucial para enfrentar desafios históricos relacionados à seca.

Logo após, em uma cerimônia emocionante no bairro Jardim Boa Vista, Raquel entregou as chaves de imóveis no Conjunto Residencial Xique Xique 3. Já no período da tarde, foi realizada a entrega de títulos de propriedade a famílias da Vila Popular, por meio do Programa Morar Bem PE. Esse passo não apenas reconhece o direito de propriedade, mas também fortalece o tecido social ao proporcionar segurança e estabilidade para as comunidades locais.

Além disso, o prefeito Rodrigo Pinheiro e a governadora Raquel Lyra também anunciaram mais um grande investimento para a rede educacional da Capital do Agreste, que é a construção de uma escola municipal no loteamento Xique-Xique. A nova unidade beneficiará cerca de 1.300 alunos matriculados do Pré 1 do ensino infantil até o 9⁰ ano do fundamental, oferecendo uma infraestrutura educacional completa – marca já registrada dos atuais governos municipal e estadual.

“Essa é uma parceria que vem desde 2017, quando Raquel ainda era prefeita e eu o vice. Agora, Raquel como governadora e eu prefeito, não poderia ser diferente. É um compromisso firmado para o progresso de Caruaru. Essas ações não só promovem o desenvolvimento infraestrutural, mas também tangenciam áreas cruciais como habitação e acesso à água, demonstrando um esforço coletivo para elevar a qualidade de vida dos cidadãos caruaruenses”, disso o prefeito Rodrigo Pinheiro.

Em agenda no Agreste do Estado neste sábado (16), a governadora Raquel Lyra assinou a ordem de serviço de mais um trecho da Adutora do Agreste, que vai de Caruaru a Gravatá, beneficiando também o município de Bezerros. Ao todo, são 28 km de extensão do novo trecho. Ao lado da vice-governadora Priscila Krause, a gestora também acompanhou, em Caruaru, a operação que começou no início desta semana levando água da Transposição do Rio São Francisco para Caruaru, através da Adutora. 

Com a chegada da água em Caruaru, a meta é que entre o fim deste mês e o início de janeiro o município já receba 100 litros de água por segundo, vindos do São Francisco, ajudando a tirar os bairros Santa Rosa, Indianópolis e Inocoop do rodízio e melhorando a vida de 30 mil pessoas. As ações do Governo do Estado para garantir segurança hídrica aos pernambucanos vão além da Capital do Agreste e chegarão a milhares de famílias de outros municípios.

“Buscamos a parceria com o governo federal para atrair recursos e construir as parcerias necessárias, colocando como uma das prioridades a Adutora do Agreste. Celebramos hoje essa conquista da água do São Francisco mudando para melhor a vida dos moradores do Agreste, além da garantia da ordem de serviço para a continuidade da chegada da água em outras cidades”, destacou a governadora Raquel Lyra.

A primeira vez que a água da Transposição chegou a Caruaru foi no domingo passado (10), quando um volume de 50 litros de água por segundo percorreu o Estado para desembocar na Estação de Tratamento de Água (ETA) Petrópolis. A iniciativa faz parte da fase de testes do novo trecho da Adutora do Agreste que vai atender, inicialmente, seis municípios, abastecendo Caruaru pela primeira vez e reforçando o abastecimento de Pesqueira, Alagoinha, Sanharó, Belo Jardim e Tacaimbó, cidades que já recebem água dessa adutora por meio da integração com a Adutora do Moxotó, em Sertânia, no Sertão. Em um segundo momento, São Caetano e São Bento do Una também serão beneficiados.

Essa obra, juntamente com a conclusão da Adutora do Alto Capibaribe e da Adutora do Serro Azul, somam três sistemas de grande porte que modificarão a realidade do Agreste quando estiverem em pleno funcionamento. A região tem menor disponibilidade hídrica per capita do país.

O primeiro a operar será o Sistema Adutor do Agreste. Em sua primeira etapa, a obra tem valor total de R$ 2 bilhões e beneficiará 23 cidades e 1 milhão de pessoas, que passarão a ter água de qualidade na torneira. A Adutora de Serro Azul está 90% concluída e levará água da barragem de Serro Azul, em Palmares, por 58 quilômetros até a interligação com a Adutora do Agreste, entre os municípios de Caruaru e Bezerros. O valor do investimento é de R$ 222 milhões, beneficiando cerca de 1 milhão de pessoas. Já a Adutora do Alto Capibaribe, implantada em Santa Cruz do Capibaribe, tem um investimento de R$ 92 milhões e já conta com 90% do projeto executado.

“Em parceria, estamos levando ainda mais cidadania ao povo que merece e precisa. O final de 2023 ficará marcado por uma grande entrega de mais acesso à água aos caruaruenses”, disse o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro.

A notícia de que as obras da PE-45, estrada que liga Vitória de Santo Antão à Escada, foram retomadas pelo governo do Estado foi bastante comemorada pelo deputado Joaquim Lira. O parlamentar tem sido uma voz constante em defesa da recuperação da rodovia, que hoje é uma das principais vias de ligação ao Porto de Suape, conectando as BRs 232 e 101.

Foram mais de duas décadas de espera pela revitalização da rodovia, que também é bastante utilizada para o escoamento de produtos agrícolas e turismo local, já que a mesma dá acesso ao litoral sul de Pernambuco.

No ano passado, parte da rodovia chegou a ser revitalizada, mas apenas em um pequeno trecho próximo à Vitória. A retomada faz parte de um grande programa de revitalização de rodovias anunciado pelo governo estadual, com apoio da Assembleia Legislativa.

“O estado da PE-45 é calamitoso. Além de por em risco a vida de todos, dificulta o acesso à serviços essenciais da população e prejudica o desenvolvimento de parte importante de Pernambuco, tão próximo ao litoral. A conclusão dessa obra será um divisor de águas, de modo que fico bastante feliz em contribuir como deputado de meu Estado nesse processo de mudança. Nosso agradecimento aos colegas parlamentares pela sensibilidade e um aplauso à governadora Raquel Lyra, por entender e atender a necessidades tão urgentes como a da reforma da PE-45,” destacou Joaquim Lira. 

Em levantamento recente, segundo o governo do Estado, 70% da malha rodoviária estadual – com 7 mil quilômetros – precisa de reparos ou completa revitalização. 

Por meio de um vídeo compartilhado nas suas redes sociais, o ex-secretário de Indústria, Comércio e Micoempresas de Caruaru, Rivaldo Soares, mostrou a dificuldade enfrentada pelas pessoas que precisam acessar as estradas de Correntes, município pernambucano que faz divisa com Alagoas.

Confira:

Por unanimidade de votos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou os mandatos de Paulo Henrique Franceschini (Republicanos) e Clodoaldo Guilherme (PSB), eleitos prefeito e vice-prefeito em Analândia (SP), respectivamente, por cometerem abuso de poder político em 2020. A Corte declarou ambos inelegíveis por oito anos e determinou a realização de novas eleições no município.

O Plenário tomou a decisão nesta quinta-feira (14) ao acolher recurso do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e reformar acórdão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que havia mantido os políticos nos cargos.

O diretório do PSDB de Analândia (SP) propôs Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra Jairo Aparecido Mascia, então prefeito da cidade, Paulo Henrique Franceschini, candidato eleito prefeito, e Clodoaldo Guilherme, eleito vice-prefeito na chapa. O partido alegou que os três praticaram abuso de poder político na instalação ilegal de barreiras físicas sanitárias na cidade, no dia das eleições, para impedir a votação de eleitores da zona rural. Na decisão desta quinta, o TSE também declarou a inelegibilidade de Jairo Mascia.

Segundo o relator do recurso, ministro Floriano de Azevedo Marques, houve realmente a prática de abuso de poder político no caso. De acordo com dados do Portal do TSE, aproximadamente 20% da população do município residia, em 2020, na área rural. “Conforme demonstrado, foi este o eleitorado prejudicado pelo voto, a partir da principal entrada da cidade [com a imposição das barreiras físicas]”, destacou o ministro.

“No presente caso, os referidos dados numéricos, pequena diferença de votos entre os candidatos e o alto percentual de abstenção, foram, por si só, mesmo não sendo um quesito essencial, capazes também de reforçar a gravidade das condutas sobre o viés quantitativo, pois repercutiram na normalidade do pleito”, afirmou o relator.

Em 2020, Analândia teve a maior abstenção de eleitores (23,84%), contra 13,24% em 2016 e 14,17% em 2012. “Em 2020, Analândia teve quase o dobro de abstenção da média histórica dos últimos pleitos”, ressaltou o ministro Floriano de Azevedo Marques.

Além da instalação, por decreto municipal, de barreiras sanitárias, o processo traz trechos de conversas de grupo no WhatsApp, com a participação de parentes dos candidatos e apoiadores da campanha, indicando que o intuito das barreiras seria o de impedir a votação de eleitores residentes na área rural.

Para o ministro Floriano de Azevedo Marques, a mera instalação de barreiras físicas no dia da eleição, determinada por decreto municipal, “já caracteriza fato suficiente para configurar ato abusivo”.

O prefeito de Paulista, Yves Ribeiro, referendou sua entrada no PT em ato político ocorrido na manhã deste sábado (16), numa escola situada no bairro do Janga. O evento contou com a presença de lideranças dos partidos que compõem a federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV, como o senador Humberto Costa, o deputado federal Carlos Veras, o prefeito de Itapissuma Zé de Irmã Têca, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, entre outros.

Yves Ribeiro afirmou que sua trajetória política e de vida é semelhante à do presidente Lula, pois ambos foram operários de fábrica e sempre militaram nas causas populares. “Tanto eu como Lula sempre trabalhamos ouvindo o povo e lutando em favor dos menos favorecidos”, disse.

Humberto Costa deu as boas vindas ao novo filiado afirmando que ele é um exemplo de liderança política a ser seguido e que realizará ainda mais. “Se Yves já fez muito por Paulista até agora, imagine o que vai fazer estando ao lado do presidente Lula e de todos esses companheiros da nossa federação“, afirmou o senador.

Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios por conta da queda do FPM, o prefeito de Paulista, Yves Ribeiro, pagou, nesta sexta-feira (15), a segunda parcela do 13° salário dos servidores municipais.

A medida beneficia efetivos, comissionados, contratados, aposentados e pensionistas. O gestor também conseguiu pagar em dia os vencimentos de novembro. 

Por Márcio de Freitas

Nem sempre se escolhe a melhor forma de liturgia para transmitir conteúdo político. A sabatina conjunta para o Supremo Tribunal Federal e Procuradoria-Geral da República desta semana diminuiu os riscos de tropeços ou embaraços ao novo ministro do STF, Flávio Dino, e ao agora procurador-geral da República, Paulo Gonet. Foi uma inovação procedimental: os dois foram questionados sobre seus conhecimentos jurídicos e temas polêmicos na mesma sessão, pela primeira vez na história. Um divórcio entre liturgia política dos Poderes e o peso de futuros cargos a serem preenchidos.

Num só dia, no mesmo plenário, com menos tempo para perguntas e respostas aos dois homens públicos, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado reduziu significativamente o processo de questionamento sobre o preparo dos postulantes. O engessamento do rito quase só permitia microdanos, com a diminuição de oportunidades à oposição em criar eventuais problemas aos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o jogo de quem está no poder.

O conteúdo das respostas de Dino e Gonet mostraram que eles não precisavam de blindagem tão reforçada. A subtração da forma não criou  proteção integral a nenhum dos nomes: perguntas atinentes e capciosas foram feitas. Saíram-se bem com couraça resistente, demonstração de preparo técnico e traquejo político.

Nada se agregou politicamente: os votos contrários se mantiveram apesar dos abraços fraternais registrados em alegres pixels pelos fotógrafos de plantão. Civilidade não significa adesão, mas alimenta certo estranhamento nos mundos de redes sociais que não admitem confraternizações com os adversários, nem as natalinas, muito menos as sibilinas. Foram 31 votos contra, número que pode ser poderoso para criar problemas futuros se estiverem realmente unidos contra o governo atual.

A escolha da forma tisna a história centenária do Senado Federal. O precedente pode parecer pequeno, mas a conta dos ritos não respeitados é cumulativa. Alimenta a ociosidade nos processos políticos do Congresso, que antes eram respeitados e se tornam adornos em fotografias antigas. Os novos ritos demandam, primeiro, certa aceitação. Com o tempo, vão inoculando indiferença, chegando à calcificação com a conivência prevalecendo sempre pela força da maioria. A reação colateral sempre poderá chegar quando as coisas mudarem… e elas sempre mudam em política, como diz a máxima das nuvens de Minas Gerais.

Os novos ritos precisam de maturação para se consolidarem como procedimentos estabelecidos. Circunstâncias hoje postas podem deixar de coexistir no futuro. Tanto o Senado como a Câmara têm sido promotores de muitas inovações nas gestões recentes, sobre brechas regimentais ou com base em acordos políticos. Há força centrípeta nas duas direções para alcançar intentos que outros comandantes das Casas não conseguiram no passado. Muito disso é baseado nas eleições às Mesas Diretoras que chegaram a maiorias expressivas e impositivas de poder majoritário, sem que o governo tenha se mexido ou metido de fato, principalmente depois do advento das emendas impositivas e orçamentos secretíssimos.

Os precedentes foram registrados e são fatos postos, diante da expansão cada vez maior da área de influência do Legislativo no comando do país. De fato, há nuances fortes de parlamentarismo em determinadas áreas. Basta ver que o Congresso atual reivindica mais abertamente a nomeação de ministros ao Executivo, obrigatoriamente saídos das bancadas de deputados ou senadores. Votam e fiscalizam o Orçamento que esses ministros administram, e mantém estreita relação com a permanência deles no governo – conseguindo que fiquem ou não nos cargos com base na avaliação do próprio parlamento (que pode reprová-los votando contra o governo), e não mais do chefe do Executivo.

É peculiar, no Brasil, que o presidencialismo de coalizão tenha sido convertido, sem nenhuma liturgia, num parlamentarismo de interesses partidários diretos. A emenda pix virou a grife dessa época sem tantas liturgias ao poder.

*Sócio-diretor e analista político da FSB Comunicação, foi secretário especial de Comunicação da Presidência da República, de 2016 a 2018, e trabalha há 25 anos em Brasília, como jornalista e consultor.