A aeronave VC2 (Embraer 190) da Presidência da República pousou no Recife às 5h35 desta quinta-feira (2), trazendo 32 brasileiros e familiares vindos da Cisjordânia. Nesta escala, seis deles desembarcaram e o voo seguiu para Brasília, com os demais 26 repatriados, com o pouso previsto para 8h15 da manhã.
A aeronave presidencial decolou de Amã na tarde desta quarta-feira (1º), com destino ao Brasil. Esta nova repatriação ocorreu após a atuação do Ministério das Relações Exteriores, por meio do Escritório de Representação do Brasil na cidade palestina de Ramala, e das embaixadas em Amã, na Jordânia, e Tel Aviv, em Israel.
O Itamaraty providenciou veículos e garantiu a passagem dos brasileiros que viviam na Cisjordânia por postos de fronteira administrados por Israel e Jordânia, na ponte Allenby/Rei Hussein, além de seu traslado, em segurança, a partir de diferentes pontos na Cisjordânia até o aeroporto de Amã.
A aeronave presidencial que chegou há pouco ao Brasil aguardava, no Cairo (Egito), a repatriação dos brasileiros que ainda deixarão a Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores informou que este avião será substituído por outro de igual porte, à espera dos brasileiros que aguardam deixar Gaza pela passagem de Rafah, no Egito.
Desde 10 de outubro, 1.445 pessoas deixaram Israel e a Cisjordânia em nove voos da Força Aérea Brasileira (FAB), pela Operação Voltando em Paz.
Depois que a governadora Raquel Lyra fez um vídeo comendo tapioca, dizendo que se pudesse comia a “branquinha” pela manhã, à tarde e à noite, o jornalista Magno Martins só se refere a ex-prefeita de Caruaru como “Raquel Tapioca “. Pode até ser que Sua Excelência goste do apelido e o incorpore, para parecer popular.
Ao ler neste blog que o poeta Sebastião Dias estará amanhã no “Sextou” falando do seu lado musical, com destaque para “Canção da Floresta”, na qual dá seu grito poético em favor da Amazônia, o cantor Alcymar Monteiro me enviou a própria melodia por ele interpretada. Veja!
Hoje, 2 de novembro, o mundo celebra a morte e a vida, através da tradição do “Dia de Finados” instituído pela igreja. Os primeiros registros de orações pelos cristãos falecidos datam do século 1, quando era costume visitar túmulos de mártires.
No ano 732, o papa Gregório III autorizou os padres a realizarem missas em memória dos falecidos. A partir do século 15, o feriado se espalhou pelo mundo e a data permite reverenciar aqueles que já partiram para a eternidade.
Os cemitérios são os locais onde as homenagens póstumas são prestadas. A palavra cemitério, do latim cometeriam ou cemitério, origem é oriunda do grego koimetérion, que designava um dormitório, ou seja, lugar para dormir. Tal conceituação significa para os cristãos que os mortos dormem e que acordarão na ressurreição.
Dessa forma, as palavras latinas cemeterium ou coemiterium, que expressam enterramento, definitivo, não se relacionam com o cemitério. Com o passar dos anos, os cemitérios sofreram modificações profundas em sua organização. No período da antiguidade greco-romana, os túmulos eram individuais. Eram localizados em pontos distantes das cidades (normalmente, ficavam na beira das estradas).
Na Idade Média, o cemitério existiu vinculado à igreja, com os túmulos coletivos. Não haviam inscrições indicando os nomes nem localização exata do corpo. Os cemitérios medievais eram um espaço de socialização, visto que lá ocorriam festas, danças, namoros e feiras
Apesar da Igreja tentar evitar esse tipo de comportamento da população no interior do cemitério, essas práticas continuaram existindo até o século XIX, quando questões higiênicas forçaram o afastamento dos cemitérios da vida cotidiana, de forma que estes foram transferidos para longe da cidade.
Já na contemporaneidade, existe a crescente valorização dos cemitérios no estilo de parques e de jardins. Há, também, o surgimento dos cemitérios verticais, criados de forma discreta, não sendo ainda um modelo majoritário. Percebe-se a ausência de monumentos funerários, com poucas referências ao morto, constando apenas seu nome e ano de nascimento e falecimento
O cemitério caracteriza-se como um lugar de memória, uma vez que os símbolos em seu interior expressam a cultura, as crenças e os valores existentes no passado de vários grupos, destacando, assim, a memória coletiva.
A memória individual está extremamente vinculada à memória coletiva, de forma que uma pessoa, ao lembrar o seu ente querido falecido, irá evocar uma série de pensamentos e sentimentos valorizados pela coletividade.
Visitar o cemitério no “Dia dos Mortos” e em outras datas significa lembrar a morte, mas a morte nunca é lembrada, nunca é celebrada. A visita ao cemitério é responsável por desenvolver a lembrança, e tudo que é lembrado se mantém vivo no meio social.
Portanto, a memória mantém o morto vivo e faz a vida ser comemorada, exaltando a ideia de continuidade. É como já disse o poeta: “Em cada lágrima, uma saudade; em cada sorriso, uma memória”.
Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
Mesmo sem mandato – ia para o 11º não fosse a deslealdade do PSB com ele na disputa proporcional – o ex-deputado federal Gonzaga Patriota continua trabalhando em Brasília com a mesma intensidade, na condição de decano da bancada. Esta semana, ele esteve com o relator-geral do Orçamento Geral da União, Luiz Carlos Motta (PL-SP), para tentar assegurar R$ 10 milhões no OGU de 2024 para construção da Adutora de Jutaí.
Trata-se de um projeto para levar água de Lagoa Grande, na beira do Rio São Francisco, ao distrito de Jutaí, com uma população em torno de seis mil habitantes. A obra está orçada em R$ 40 milhões. O complemento – cerca de R$ 30 milhões – viriam através de uma emenda de bancada, cujo pedido Patriota encaminhou ao coordenador Augusto Coutinho (Republicanos).
Patriota pediu também mais R$ 10 milhões em emendas ao relator-adjunto do OGU, Marcelo Castro (MDB-PI). “Quase na beira do Rio São Francisco, a comunidade de Jutaí padece de vários males porque não tem água, água em abundância para beber e para alimentar os projetos de irrigação na região”, disse o ex-parlamentar.
Ainda na condição de um político que trabalha em defesa de todos os segmentos na sociedade, Gonzaga Patriota encaminhou ofício ao presidente Lula pleiteando o aumento do número de servidores da Polícia Rodoviária Federal para 18 mil. Propôs convocar 1.455 policiais rodoviários federais que foram aprovados no concurso de 2021.
“Há uma necessidade urgente em ampliar o pessoal que trabalha cuidando das nossas estradas e vigiando o trânsito em todo o País”, disse Patriota, que conhece como ninguém o setor porque como deputado, durante 10 mandatos, representou a categoria na Câmara dos Deputados.
No quadro dos jingles que marcaram campanhas políticas históricas no Brasil, o professor e cientista político Paulo Kramer fez um mergulho, ontem, no Frente a Frente, no que imortalizou Eurico Gaspar Dutra nas eleições presidenciais de 45 com a temática do marmiteiro. Muito interessante! Vale a pena recordar!
Em tudo que já foi noticiado sobre o desejo da governadora Raquel Lyra (PSDB) em ter na sua base mais um partido, no caso o PDT, legenda de esquerda, vamos aos fatos reais: ela esteve com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ministro da Previdência, numa passagem por Brasília.
Fez juras de amor, mas em nenhum momento se comprometeu em assinar a ficha de filiação da legenda trabalhista. A conversa teve apenas um objetivo: a eleição no Recife. Raquel quer tirar o PDT de João Campos, cuja vice, Isabela de Roldão, é filiada ao partido. Suas pretensões vão mais além.
Ela quer filiar ao PDT o deputado federal Túlio Gadelha, eleito na federação PSol-Rede, para apoiá-lo na disputa pela Prefeitura do Recife. Só esqueceu de um detalhe: quem se elege em eleição proporcional, não pode mudar de partido. Gadelha deve fidelidade à federação e se sair, perde o mandato.
Mas trazendo o PDT para junto de si, Raquel mata três coelhos com uma só cajadada: subtrai mais um partido da coligação de João Campos, como fez recentemente com o PSD, tira o controle do partido em Pernambuco das mãos de José Queiroz, inimigo figadal, e, por tabela, dá um bofete no prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro.
Ela odeia Pinheiro e diz que apoia sua reeleição da boca para fora. Com o PDT sob seu controle, ela costura fácil uma candidatura de perfil de esquerda contra a reeleição de Pinheiro, com o suposto apoio do presidente Lula, já que o PDT é uma legenda que compartilha o Governo Lula, ocupando o Ministério da Previdência Social. Raquel só esqueceu de combinar com os gregos.
Lupi tem lealdade canina ao grupo de Zé Queiroz, e fala todos os dias com Wolney Queiroz, seu secretário-executivo na Previdência. A esta altura do campeonato, as chances de Raquel Tapioca roubar o controle do PDT das mãos dos Queiroz são bem próximas a zero.
O bestinha – O que apurei em Brasília é que Raquel chegou até o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, numa triangulação articulada silenciosamente pelo presidente Lula. O petista só enxerga a sua reeleição em 2026. E quer, a todo custo, todas as forças de Pernambuco em seu palanque, de João Campos a Raquel Lyra. Bestinha, hein?
A rasteira de Lula – O prefeito do Recife, João Campos, que abra os olhos: está bem próximo de sofrer uma tremenda decepção do presidente Lula, de quem esperava lealdade canina para sua reeleição e, dois anos depois, seu apoio para sair candidato a governador contra Raquel Lyra. Lula nunca leu um livro, mas ninguém entende mais do que ele dos ensinamentos de Maquiavel na obra O Príncipe.
Suspeito de corrupção na Petrobras – A Petrobras nomeou Luís Fernando Nery como gerente executivo de Comunicação interino. Ele havia ocupado o mesmo cargo de 2015 a 2016, como titular, sendo o responsável por administrar o milionário orçamento de publicidade da estatal, mas foi demitido em 2019 por suspeita de corrupção. Na época, um processo administrativo interno apontou desvios em verbas para propaganda e eventos. A nomeação foi feita em 1º de outubro, segundo informações publicadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Poder360. Com o título de interino, a gestão Petrobras consegue driblar as regras de compliance da empresa.
Nome de confiança do PT – Nery foi indicado em abril pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para comandar a Gerência Executiva de Comunicação como titular. Na ocasião, porém, o Comitê de Conformidade da estatal barrou a volta do executivo por causa das irregularidades no passado. Luiz Fernando Nery é ligado a Wilson Santarosa, que comandou a Gerência de Comunicação da Petrobras de 2003 a 2015, ou seja, durante os dois mandatos iniciais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o primeiro de Dilma Rousseff (PT). É um nome de confiança do PT e possui boa relação com a FUP (Federação Única dos Petroleiros).
Usando o nome de Lula em vão – Integrante da equipe do ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha, o petista pernambucano Mozart Sales sonha acordado em ser o vice na chapa do prefeito do Recife, João Campos, na disputa pela reeleição no ano que vem. Já diz aos quatros cantos do Palácio do Planalto que é o nome que vai sair do colete do presidente Lula. O tempo dirá!
CURTAS
BANCADA NEGRA 1 – A Câmara dos Deputados aprovou, ontem, a criação da bancada negra da Casa. O grupo terá direito a espaço de fala e de voto nas reuniões de líderes. A bancada será composta pelos deputados que fizeram a auto declaração racial no formulário do registro de candidatura da eleição.
BANCADA NEGRA 2 – O grupo terá um coordenador-geral e três vices coordenadores. Em 2023, o número de candidatos autodeclarados pretos e pardos representa 26% da composição da Câmara. A bancada negra também terá espaço de fala em plenário, por cinco minutos semanalmente, para os comunicados da liderança.
Perguntar não ofende: Lula está com João Campos ou com Raquel Lyra?