Ópera de Arame, o mais charmoso e cultural ponto turístico de Curitiba

Um dos maiores deslumbres para os turistas que visitam Curitiba é a Ópera de Arame, local que recebe espetáculos de todos os tipos, mas não é um teatro tradicional. Fomos lá – minha Nayla e eu – levados pelo nosso guia top Walmir Santos, que nos deu uma excelente acolhida.

Educado, gentil e extremamente simpático, Walmir assessora o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, deputado federal pelo PSD, integrante do núcleo duro e influente do governador Ratinho Júnior (PSD), filho do apresentador de TV e comunicador Ratinho.

Na visita à Ópera, é possível ter uma visão ampla do projeto. Ela é toda feita com estruturas metálicas tubulares e com teto transparente. A capacidade de público do local é de aproximadamente 1,5 mil pessoas. A Ópera de Arame fica ao lado do Parque das Pedreiras, que abriga também a Pedreira Paulo Leminski.

Foi inaugurada em 1992 e é cercado por um lago com aproximadamente 400 metros de extensão.

Sua estrutura é feita de tubos de aço, o que dá a impressão de que o teatro foi construído com uma estrutura de arame. Por isso esse nome.

O teatro foi construído em apenas 75 dias. Em meados de 2006, foi realizada uma reforma para manutenção e melhorias na segurança.

A cobertura tem policarbonato transparente e vidro, isso proporciona leveza e permite a visualização externa. A passarela que conecta a rua à entrada principal da Ópera de Arame é vazada, o que dá uma sensação muito legal (ou talvez um pouco assustadora, se você tem medo de altura) quando se chega no atrativo.

O local é típico de Curitiba, com lagos, cascatas e muito verde, obrigatório para ser incluído no roteiro. A Pedreira frequentemente recebe shows nacionais e internacionais, estando no circuito do showbiz nacional.

Além do teatro, o complexo das Pedreiras conta ainda com o Espaço Cultural Paulo Leminski, uma área verde com jardins, trilhas e lagos artificiais que são utilizados para caminhadas, piqueniques e outras atividades ao ar livre.

O ambiente fica mais aconchegante e romântico com uma boa música ao vivo enquanto se toma um bom vinho num excelente restaurante no local. A Prefeitura criou o projeto Vale da Música, um palco volante que se desloca sobre as águas do lago em torno da Ópera. Há diversos estilos, como MPB, clássicos do rock, blue, jazz, choro, dentre outros.

Além de desfrutar da música, ainda é possível fazer um tour pela Ópera, conhecendo um pouco mais da história do local e visitando áreas que não são abertas ao público, se chega no atrativo.

Ao longo do trajeto, é possível apreciar a bela paisagem do lago e da pedreira. O local já recebeu diversos espetáculos de música, teatro, dança e outras apresentações artísticas.

Muitos artistas nacionais já se apresentaram no local, como Tom Jobim, Chico Buarque, Rita Lee e também internacionais, como Andrea Bocelli, Elton John, Katy Perry, entre outros.

Atualmente, a Ópera de Arame é gerenciada pela Fundação Cultural de Curitiba e é considerada um dos principais patrimônios turísticos e culturais da cidade.

Depois de pronunciar em alto e bom tom que não precisa de cargo político para trabalhar por Cabrobó, Dr. Lucas, vice-prefeito do município, contou um episódio que frustra o eleitor da região. O fato é que recursos da Codevasf para asfaltamento de diversas ruas foram rejeitados pelo prefeito Galego de Nanai, que preferiu punir a população de Cabrobó para não favorecer politicamente Dr. Lucas e Miguel Coelho, candidatos, na época, a deputado federal e ao governo do Estado, respectivamente.

A emenda do senador Fernando Bezerra Coelho foi disponibilizada e, por falta de adesão, foi cancelada. O recurso foi empenhado em 28/06/2022, mas foi cancelado em 30/09/2022. De acordo com o ex-superintendente da Codevasf, Aurivalter Cordeiro, o prefeito não quis que a obra fosse realizada dizendo se tratar de uma obra eleitoreira. “Passada a eleição, ele se mostrou interessado e, inclusive, foi na Codevasf de Petrolina, mas já era tarde, pois o empenho já havia sido cancelado”, relatou. As informações são do blog do Ricardo Banana.

De acordo com Dr. Lucas, ele teria conseguido esse investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão através de emenda parlamentar do então senador Fernando Bezerra Coelho para obras de asfaltamento que contemplaria cerca de 15 ruas no município. No entanto, para travar a carreira política do vice-prefeito, Galego de Nanai não aderiu ao projeto, o que resultou em prejuízos aos munícipes de Cabrobó.

“Foi lamentável a gente ter perdido o asfalto. As emendas retornaram e não puderam ser mais usadas para este fim. Perdemos naquele momento a oportunidade de dar mais asfalto para Cabrobó”, lamentou o vice-prefeito.

Ainda de acordo com Dr. Lucas, o superintendente da época, Aurivalter Cordeiro, declarou que as justificativas do prefeito não foram plausíveis para a negativa das emendas. “Por ele ter recusado a emenda, acabamos perdendo este recurso, mas tenho certeza que teremos a chance de trazer mais projetos para Cabrobó”, contou.

Durante o contato da reportagem do Blog do Banana com o ex-superintendente, foram confirmadas as informações declaradas por Dr. Lucas.

O Governo Municipal de Araripina lamentou o falecimento do ex-prefeito Dr. Pedro Alves Batista, ocorrido na manhã deste sábado (8). Nascido em 22 de março de 1929, Batista teve uma trajetória significativa de contribuição ao município.

Dr. Pedro, além de exercer um mandato de seis anos como prefeito, a partir de 1976, também se dedicou à medicina, atuando como diretor médico do Hospital Regional Fernando Bezerra, em Ouricuri-PE, e do Hospital Santa Maria, em Araripina-PE – sendo também fundador da Casa de Saúde São José.

Mesmo em idade avançada, Dr. Pedro continuou a exercer a medicina até recentemente, sempre dedicado ao cuidado com a saúde dos cidadãos de Araripina e da região.

O prefeito Raimundo Pimentel decretou três dias de luto oficial no município. Durante esse período, as bandeiras na prefeitura serão hasteadas a meio-mastro em sua memória. “Estendemos nossas mais sinceras condolências à sua esposa, Mary Muniz de Farias Batista, aos seus filhos Eduardo, Lana Mara, Pedro Henrique e Leonardo, e a todos os parentes e amigos que, neste momento, sofrem com a perda de um grande cidadão de Araripina”, destaca o gestor.

Por conta das fortes chuvas registradas nas últimas 24h no Grande Recife, a Compesa acionou, na noite desta sexta-feira (7), o Protocolo de Segurança de Abastecimento de Água em áreas de morro e em pontos considerados de risco pela Defesa Civil dos municípios, o que suspende o fornecimento de água em áreas do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Camaragibe.

A decisão foi embasada no alerta vigente da Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC) e com a previsão de chuvas moderadas a fortes nesta noite.

Segundo a companhia, a retomada da distribuição de água acontecerá com a diminuição da chuva, mediante a avaliação técnica das redes de abastecimento pelas equipes de manutenção da Compesa, que aponte não haver risco para a operação dos sistemas. A normalização do fornecimento ocorrerá de acordo com o calendário de cada área.

Confira as localidades afetadas:

Recife

Água Fria, Alto José Bonifácio, Alto José do Pinho, Alto Santa Terezinha, Apipucos, Beberibe, Bomba do Hemetério, Brejo da Guabiraba, Brejo de Beberibe, Cajueiro, Casa Amarela, Córrego do Jenipapo, Dois Irmãos, Dois Unidos, Fundão, Guabiraba, Linha do Tiro, Macaxeira, Mangabeira, Morro da Conceição, Nova Descoberta, Passarinho, Ponto de Parada, Porto da Madeira, Sitio dos Pintos, Sítio São Braz, Várzea (UR-7) e Vasco da Gama.

Jaboatão dos Guararapes

Alto Santa Rosa, Alto do Vento, Alto Jardim Quitandinha, Carlos Pinto, Dois Carneiros, Monte Verde, Nossa Senhora dos Prazeres, Rua São Paulo, Três Carneiros, UR’S (01,02,03,04,05,06,10,11 e 12), Vila Rica, Cavaleiro, Pacheco (Alto do Rodo, Venezuela e Moçambique), Curado I, Curado IV (parte alta) e Curado V.

Olinda

Alto da Bondade 2 (parte alta), Alto da Manguba, Córrego da Bondade (Rua Gibraltar), Passarinho e Alto Sol Nascente.

Paulista

Arthur Lundgren I e II e Vila Torres Galvão Alto e Baixo.

Abreu e Lima

Alto da Bela Vista

Camaragibe

Rosa Selvagem Jardim Teresópolis, Alto das Carmelitas, Sítio das Mesquitas, Areinha, Sítio Fontainha e Tabatinga.

Por Marcelo Tognozzi*

Há exatos 30 anos o Brasil foi às urnas para escolher entre a república ou a monarquia, parlamentarismo ou presidencialismo. Foi o 2º plebiscito em 3 décadas. O 1º, em janeiro de 1963, devolveu ao ex-presidente João Goulart o poder ao qual teria direito pela Constituição. Goulart era vice de Jânio Quadros, aquele que renunciou em 25 de agosto de 1961, 7 meses depois da posse. O vice tinha de assumir, mas os militares não gostavam dele.

Tancredo Neves e outras raposas, fizeram às pressas uma emenda constitucional criando o parlamentarismo. Durou 17 meses e 3 primeiros-ministros. A campanha pela volta do presidencialismo foi duríssima e Jango recuperou o poder para perdê-lo pouco mais de um ano depois com o golpe militar de 1964. Este parlamentarismo meia boca, de ocasião, não encontrou sustentação política possível.

Até então o Brasil só conhecera o parlamentarismo monárquico, no qual D. Pedro 2º exercia o poder moderador. Derrubado pelo golpe militar de 1889, o sistema deu lugar à República com três poderes, tal como conhecemos hoje. No plebiscito de 1993, foi perdida a oportunidade de evoluirmos para um sistema no qual a responsabilidade do Congresso deixaria de ser difusa. A Constituição determinou o plebiscito 5 anos depois da sua promulgação. E assim foi feito.

O clima político era delicado depois do impeachment do presidente Collor, com o governo Itamar ainda no início. Mais uma vez o presidencialismo venceu. O senador Pedro Simon, parlamentarista convicto, desabafou diante da derrota:

“Parece mentira, mas o povo brasileiro vai ficar marcado na história por, nas duas únicas vezes em que foi chamado a opinar, ter dito ‘não’ ao parlamentarismo. Agora voltaremos assistir à essência do sistema presidencialista. As pessoas vão dizer que ‘Lula e o PT vão salvar o Brasil’, que ‘Maluf é o centro e esta é a hora do centro’ e que ‘Brizola é um homem que já tem conteúdo e condições’. Voltaremos ao velho filme: as pessoas serão as salvadoras. Foi assim com Getúlio, Juscelino, Jânio e Tancredo. Por mais competentes que sejam, as pessoas estão sujeitas a fatalidades, tais como a renúncia, o impeachment e até a morte. Os salvadores da pátria e os santos milagrosos não existem”.

Nos últimos 30 anos o Brasil evoluiu para um Congresso cada vez mais forte, seja empurrado pelo Supremo, ao condenar o financiamento privado das campanhas políticas, seja pelo orçamento impositivo obrigando o Executivo a liberar emendas de parlamentares, sejam eles fiéis ou infiéis.

Os partidos políticos saíram das crises do mensalão, petrolão e da Lava Jato mais fortes. Hoje deliberam quantos bilhões terão nos fundos partidário e eleitoral. Não devem mais favores. Diferentemente disso: agora são credores dos que deles dependem, como o Executivo e boa parte dos agentes econômicos.

Neste contexto, surge o presidente da Câmara Arthur Lira para mostrar que o Brasil vive um parlamentarismo white label a corroer cotidianamente um presidencialismo decadente. Digam o que quiserem de Arthur Lira, só não digam que ele não gosta de deter e exercer o poder. Um presidente da Câmara eleito com 464 votos é um primeiro-ministro capaz de rivalizar com o presidente da República.

O Brasil está maduro para o parlamentarismo. O Lula 3.0 se comporta muito mais como chefe de Estado do que como chefe de governo. Tem buscado uma maior inserção internacional, enquanto o Congresso tem legislado cada vez mais sobre políticas públicas e temas sensíveis ao cidadão.

O melhor exemplo é a reforma tributária, que já tramitava no governo Bolsonaro e foi concluída agora depois de mais de 30 anos de discussão. Ao mesmo tempo em que obrigou o governo a beber água nas mãos do Centrão, Arthur Lira mostrou o tamanho do poder do Congresso. Quando Bolsonaro foi pedir a Lira que adiasse a votação, ganhou um sonoro não. O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas apoiou a reforma e também se desentendeu com o ex-presidente, que acabou falando sozinho.

Lula já disse que o PT e a esquerda não têm votos no Congresso e que é preciso negociar com quem os tem. A aprovação da reforma tributária não foi uma vitória exclusiva do governo, assim como a volta do voto de qualidade no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), embora nos dois temas o ministro Fernando Haddad tenha desempenhado papel relevante. Mas sem os votos do Centrão, nada teria acontecido.

O Executivo pagou bilhões em emendas para os deputados. Irá fazer uma reforma ministerial dando espaço para o Centrão em nome da governabilidade. Mas precisa transparência. O problema de um parlamentarismo white label é a falta de luz sobre os donos do poder dentro do Congresso. Não se pode imaginar que Arthur Lira seja o único, porque não há congresso no mundo onde alguém ande sozinho. Como seria se o Congresso governasse com um primeiro-ministro e os partidos tivessem de explicar a troca de votos por dinheiro?

Os deputados, representantes do povo, vêm desde o impeachment de Dilma mostrando seu poder. No governo Bolsonaro, o então presidente da Câmara Rodrigo Maia roubou o protagonismo ao impor um auxílio emergencial maior do que aquele oferecido pelo Planalto durante a pandemia. Era uma época na qual os jornais registravam diariamente chororôs de ministros – e até do próprio presidente – pelo excesso de poder do presidente da Câmara. Maia saiu e Arthur Lira entrou aglutinando ainda mais poder.

A evolução natural será trocarmos o parlamentarismo white label por um parlamentarismo de fato e de direito. Na França é assim e o presidente Emmanuel Macron não deixa de ter poder e protagonismo. Em Portugal, idem. Um presidente eleito não será jamais uma rainha da Inglaterra, a menos que deseje. Ao mesmo tempo, governo com primeiro-ministro eficiente preserva o sistema e, caso não o seja, irá cantar em outra freguesia sem os traumas dos impeachments ou patos mancos.

Se o modelo de presidencialismo fosse o melhor dos mundos, todos os países do G7 o adotariam e não só os Estados Unidos. No caso do Brasil, significa trocar a responsabilidade de um único cidadão pela responsabilidade coletiva dos partidos no Congresso, cuja sobrevivência política passará a depender muito mais da eficiência do que da esperteza e da capacidade de pressão. Ou seja: terão de mostrar serviço.

Há 60 anos o Brasil perdeu o bonde do parlamentarismo porque fez dele uma muleta. No plebiscito de 1993 o que pesou foi o tumulto político provocado pelo impeachment. Hoje, com a independência financeira dos partidos, o ímpeto de governar é cada vez maior. Chegar a um entendimento e dar um passo adiante será a evolução natural na divisão de poder entre o chefe de estado e o chefe do governo. Uma metamorfose inevitável.

*Jornalista

Na passagem por Curitiba, a capital ecológica do País, visitar o Jardim Botânico é passar por um dos maiores cartões postais da cidade. Trata-se do ponto turístico mais visitado.

Sua principal atração, a estufa de 458 m², abriga exemplares vegetais naturais e ornamentais da flora da Mata Atlântica, que cobre a Serra do Mar e a planície litorânea do Paraná. A construção de ferro e 3.800 peças de vidro, em espaço aberto, impressiona as levas anuais de turistas, desde a sua chegada pelos portões principais, da Rua Engº Ostoja Reguski.

A estufa se sobressai na paisagem, de dia, para quem chega à cidade, pela BR-277. Mais ainda à noite, quando iluminada a cores para marcar campanhas significativas, como o Maio Amarelo (conscientização sobre reduzir acidentes de trânsito), Agosto Azul (saúde física e mental masculina) ou Outubro Rosa (alerta sobre prevenção de câncer de mama e de útero)

Antecedendo as icônicas três abóbadas, os jardins ao estilo francês, em canteiros geométricos – com o traçado da bandeira de Curitiba, replicado seis vezes -, bem cuidados, com plantas renovadas a cada estação, e chafarizes, compõem o melhor cenário para fotos que correm o Brasil e o mundo.

Na convergência das alamedas, ao centro do terreno, uma fonte com a réplica da estátua “Amor Materno”, homenagem da colônia polonesa às mães paranaenses. Seu autor: João Zaco Paraná.

O Jardim Botânico não é um Parque, conforme é considerado popularmente. Pelas suas características de Unidade de Conservação, é bastante especial: deve estimular a contemplação dos visitantes; contribuir na conservação da natureza, para a educação ambiental, na formação de espaços representativos da flora, em especial da regional, e ainda oferecer uma alternativa de lazer para a população.

É bem frequentada, pelos curitibanos, sua pista de caminhada, que circunda lagos, com carpas, e também segue o traçado das alamedas. Muitos usuários fazem uma parada obrigatória em equipamentos apropriados para alongamentos e exercícios, ao lado do bosque.

Aliás, mais de 40% (66.000 m²) da área total do Botânico correspondem a este Bosque de Preservação Permanente, onde estão as nascentes formadoras dos lagos e por onde passa o rio Cajuru, pertencente à bacia do Rio Belém; e estão presentes muitas araucárias, cedro rosa. Há também juvevê e tarumã, nomes que inspiraram o batismo de dois bairros da cidade.  

Mais à frente, o Salão de Exposições é uma área disponível para divulgação dos mais diversos trabalhos artísticos, artesanais e também científicos, quando correlacionados ao meio ambiente.

Um sistema que agoniza à espera de respostas

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

A governadora Raquel Lyra (PSDB) não deu, até o momento, nenhuma sinalização de como pretende desatar um dos principais nós da segurança pública de Pernambuco – o sistema prisional.

De acordo com dados do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPC), Pernambuco figura entra os cinco piores do Brasil com uma relação de 13,96 presos para cada policial penal, praticamente metade da média nacional e representando apenas 36% do recomendado pelo CNPCP.

No Estado, atualmente, são 31.230 PPL (Pessoas Privadas de Liberdade), segundo levantamento do Sindicato dos Policiais Penais (SINPOLPEN), para apenas 999 policiais no exercício da atividade fim de custódia.

E o mais grave diante desse cenário é que embora haja uma vacância de 2.547 cargos vagos, há pessoas aptas a assumirem parte dessas vagas à espera de uma sinalização do Governo de Pernambuco para assumir. São os 1.354 aprovados no último concurso da Polícia Penal, com curso de formação já concluído, mas que até o momento só escutam um silêncio perturbador do Executivo Estadual.

Diante da falta de resposta do Governo, na última terça-feira (4), inclusive, o Sindicato da Polícia Penal de Pernambuco, junto com a comissão dos aprovados no curso de formação da APPE, entregou ao Ministério Público do Estado um pedido de apoio para a nomeação de todos os aprovados do curso de formação.

“Estamos sempre em busca da nomeação de todos os aprovados, pois a segurança das unidades prisionais assim como de toda a sociedade, dependem do real controle das unidades pelos Policiais Penais e para isso precisamos de efetivo além de aliviar a sobre carga de trabalho”, revelou a presidente do SINPOLPEN, Márcia Silva.

Esperança – Espera-se que a governadora Raquel possa reservar um espaço em seu plano para reduzir os índices de violência no Estado, guardado a sete chaves, que deve substituir o Pacto pela vida, uma das principais marcas da gestão dos 16 anos do PSB, para o sistema prisional. E o principal, que ele contemple como ponto de partida, além da ampliação no número de investimento por preso, apenas R$1.279,27, o segundo menor investimento do Brasil, a convocação dos 1.354 policiais penais aprovados.

Aplausos – A Câmara do Recife aprovou, na última segunda-feira (3), um voto de aplausos e congratulações aos aprovados no último concurso da Polícia Penal de Pernambuco e ao Sindicato da Polícia Penal do Estado (SINPOLPEN-PE). O ato se deu em reconhecimento a uma ação solidária de doação de sangue promovida entre os dias 7 e 9 de junho pelos aprovados. O requerimento, de autoria da vereadora Liana Cirne (PT), reconhece a iniciativa como uma medida de protesto, realizada pela categoria em prol do cronograma de nomeação de aprovados no último concurso público para preenchimento de cargos da Polícia Penal.

Surpresa – Parece piada, mas a governadora revelou ter recebido com surpresa a deflagração do Estado de Greve, anunciada pelo Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintepe), na última quarta-feira (5). Na visão da tucana, os profissionais da educação deveriam se mostrar conformados com a aprovação do PLC 712/2023 que excluiu mais 52 mil profissionais de qualquer reajuste neste ano.

Pressão – A Comissão dos aprovados no último concurso da Secretaria de Educação de Pernambuco tem pressionado a governadora para que ela convoque os cerca de 7 mil aprovados no cadastro reserva do certame. A justificativa para a convocação imediata após a nomeação, em maio, dos 2,9 mil aprovados, se dá em razão da rede estadual contar com quase 27 mil contratos temporários, vagas que pela legislação, deveriam ser preenchidas por concursados.

Em defesa de Tarcísio – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comentou, ontem, o atrito registrado em vídeo durante reunião do PL, realizada na quinta-feira, envolvendo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a ala bolsonarista da legenda. “O governador Tarcísio não mereceu o que foi feito. Aquilo ali não representa o sentimento da política e merecia uma reprimenda por parte da direção do PL, porque ele foi lá para contribuir, como contribuiu na bancada do Republicanos, como contribuiu na bancada paulista e na reunião do Colégio de Líderes. Com a força que tem a representatividade do cargo de governador do estado de São Paulo”, disse.

CURTAS

MAIS CHUVAS – A Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), emitiu um novo alerta de chuvas para a Mata Sul de Pernambuco para hoje e amanhã. A chuvas devem continuar com intensidade que varia de fraca, moderada e forte em algumas áreas específicas do estado.

DESABAMENTO – Até o fechamento desta coluna, O número de mortes por causa do desabamento do prédio de quatro andares, na manhã desta sexta-feira (7), no Conjunto Beira-Mar, no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, subiu para seis. O Corpo de Bombeiros trabalha em três frentes de atuação no momento. Ainda existem sete pessoas para serem retiradas dos escombros.

Perguntar não ofende: Quando Raquel dará sinais de que irá resolver os problemas do Estado?