Beto é muito querido

“Caro Magno Martins,

Li a sua postagem a respeito da homenagem que ocorrerá no município de Arcoverde. Você fez referência a Beto da Oara, o qual também irá receber. Beto, sem dúvida nenhuma, é merecedor desta homenagem. Um homem de várias qualidades: íntegro, de palavra, trabalhador, de visão futuras e tantas outras.

Gostaria de fazer um registro para você. Meu avô materno, João Serafim de Souza Ferraz, mais conhecido como João Boiadeiro, nasceu e vivenciou sua querida Floresta até os seus últimos dias.

Ele foi por diversas vezes o presidente do Grêmio 3 de Julho, agremiação bem conhecida do referido município.

Beto e sua orquestra tocou pela primeira vez em Floresta, na ocasião quando vovô era presidente, e a partir daí foram diversas festas animadas pela Oara.

Apesar da diferença de idade entre João Boiadeiro e Beto (aproximadamente 28 anos), construíram uma amizade bastante fraterna, e que durou até a sua morte.

No enterro de vovô, em 1987, “do nada”, já no cemitério do município, começamos a ouvir o toque de músicas instrumentais. Havia uns cinco músicos, onde um deles era justamente Beto.

Não havia entendido nada, naquele momento. Um fato bastante inusitado e, sem dúvida, apesar da tristeza que acometia toda nossa família, conseguiu proporcionar uma sensação, de certa forma, de alegria, nostalgia…João Boiadeiro era uma pessoa muito animada e festeira.

Gostava de abrir os bailes dançando logo que a orquestra iniciava o trabalho. Tempos depois, tive a oportunidade de conversar com Beto em uma dessas festas que tanto a Oara animou.

Perguntei a ele sobre aquele dia do sepultamento de vovô. Como ele foi tocar justamente naquele momento. Ele respondeu dizendo que era muito amigo dele, e que tinha um respeito enorme. Também disse que João Boiadeiro, numa das conversas que tiveram, havia lhe feito um pedido, que, quando viesse a falecer, gostaria que fosse um momento alegre.

Sempre gostou de uma farra, dançar, ou seja, viver a vida! Por essas e outras, temos um carinho enorme por Beto da Oara. Homem de palavra!

Quando estiver com ele no evento, pergunte por esse fato. Acredito que irá lhe contar.

Parabéns, e um forte abraço! Mande um abraço fraterno para essa pessoa tão querida.

Bernardo Ferraz Leal
Presidente Diretório Municipal Cidadania
Floresta/PE

Deputados recém-eleitos para a legislatura que começa na quarta-feira, 1.º, foram beneficiados com gabinetes reservados especialmente para eles pela gestão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), candidato a novo mandato à frente da Casa. Embora não tenha participado do sorteio feito pela Câmara para outros 116 deputados, em dezembro, um grupo de novatos foi premiado com espaços melhores, alguns com vista para a Esplanada dos Ministérios.

Lula da Fonte, eleito para seu primeiro mandato por Pernambuco, conseguiu o gabinete 626. Fica ao lado do espaço ocupado por seu pai, Dudu da Fonte, o 628. Ao Estadão, o deputado disse ter participado do sorteio. A reportagem assistiu ao vídeo do sorteio, que durou uma hora e meia, e o nome dele não foi mencionado. O gabinete que Lula da Fonte ganhou nem estava disponível na sessão. Questionado sobre se havia tido sorte ao ficar ao lado do pai, ele respondeu: “É”.

Quatro andares abaixo, o deputado Neto Carletto, da Bahia, vai se instalar no gabinete do tio, Ronaldo Carletto. Na porta, há um adesivo da campanha do sobrinho. Os quatro deputados citados integram o PP, partido de Lira.

Líder do Centrão, o presidente da Câmara tem distribuído benesses a seus pares desde o fim do ano passado. Como mostrou o Estadão, o objetivo de Lira é se tornar o candidato mais bem votado da história da Câmara para ter maior poder de barganha nas negociações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lira já aumentou os auxílios combustível e moradia, além de ter reajustado o salário dos deputados em mais de R$ 7 mil a partir de abril. O total de desembolso para os cofres públicos chega a R$ 70 milhões por ano.

Na quinta-feira passada, o deputado eleito Max Lemos (PROS-RJ), um dos premiados com o novo gabinete, anunciou apoio à candidatura de Lira. Em uma rede social, Lemos afirmou que o presidente da Câmara “sempre se mostrou um líder disposto a ouvir todos os parlamentares”. Ex-deputado estadual no Rio, Lemos definiu Lira como “o presidente do Parlamento que trabalhou para unir a classe de políticos, sempre em defesa do crescimento do Brasil”.

Na distribuição dos gabinetes, dez foram retirados das prioridades e do sorteio. Deste total, o Estadão identificou oito já ocupados por aliados de Lira – sete dos quais com vista para os prédios do Congresso e da Esplanada. Dois ainda estão sob “reserva técnica”. Todos ficam no Anexo 4, o prédio de dez andares, conhecido como Serra Pelada, que abriga 432 dos 513 gabinetes. Os espaços ali são melhores do que os do Anexo 3. Têm banheiros privativos, acesso direto à garagem e medem de 43 a 47,5 metros quadrados. Os outros possuem 37,7 m² e não dispõem de banheiros.

Demissão

A justificativa para a retirada dos gabinetes do sorteio foi a de “problemas técnicos”, com parecer do setor de engenharia da Câmara. A decisão, tomada no início de dezembro, causou problemas internos e levou à saída da diretora do Departamento de Apoio Parlamentar (Deap), Simone Sarkis. Ao não concordar com a manobra usada para remover os gabinetes do sorteio e alegar que o número de espaços disponíveis era insuficiente para atender todos os deputados, Sarkis foi pressionada por superiores a pedir demissão.

O Boletim Administrativo da Câmara registrou que a analista legislativa foi dispensada “a pedido” em 19 de dezembro. O sorteio foi feito três dias depois, já com uma substituta no comando do departamento. Na ocasião, Fabiana Mircia Silva Amaral afirmou que havia 116 gabinetes livres, sem mencionar aqueles que haviam ficado de fora. O Estadão procurou Sarkis, mas não a localizou.

Além de Lula da Fonte, Neto Carletto e Max Lemos, não entraram no sorteio os deputados Guilherme Uchôa (PSB-PE), Dal Barreto (União Brasil-BA), Paulo Litro (PSD-PR), Diego Coronel (PSD-BA) e Rafael Prudente (MDB-DF). Diego é filho do senador Ângelo Coronel (PSD-BA) e Rafael, do ex-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal Leonardo Prudente, flagrado pela Operação Caixa de Pandora, em 2009, guardando maços de dinheiro nos bolsos e na meia.

Disputa

A distribuição dos gabinetes ocorre sempre antes da posse, com base em regras da própria Câmara, e é alvo de muita disputa. Deputados chegam a fazer permuta dos espaços para garantir os melhores ambientes, prática que é permitida.

Os escritórios parlamentares têm mobílias padronizadas pela Câmara, que podem ser alteradas com parecer técnico e autorização da Primeira-Secretaria da Casa. As reformas devem ser custeadas pelos próprios deputados, que precisam assinar um termo se comprometendo a devolver os espaços como foram recebidos. Não é raro deputados venderem móveis sob medida, como sofás, cadeiras e mesas, quando não conseguem se reeleger.

Quem não é reeleito precisa devolver o espaço e a credencial de estacionamento até 30 de janeiro. Os deputados que renovam o mandato podem permanecer em seus gabinetes, mesmo que ocupados por suplentes. O restante é dividido, primeiramente, por prioridade. Depois, por sorteio.

Na tentativa de justificar uma pretensa prioridade na escolha dos gabinetes, deputados chegaram a alegar, recentemente, “doenças” como sudorese excessiva e problema de joelho. A preferência, porém, começa com ex-presidentes da Casa e continua com deputados com dificuldades de locomoção ou necessidades especiais, com idade igual ou superior a 60 anos e mulheres. Depois, titulares ou suplentes eleitos que tiveram mandato na legislatura vigente por período igual ou superior a um ano. Na sequência vêm ex-congressistas que tenham exercido mandato como titulares.

Cônjuge, pai, filho ou irmão de titular não reeleito na legislatura vigente também estão nessa lista. Caso haja empate em cada critério, o deputado mais idoso tem a preferência. Os oito premiados não tiveram mandatos na última legislatura e, por isso, não entraram na ordem de prioridade.

Desconhecimento

Paulo Litro disse que não tinha informação sobre como havia conseguido seu gabinete nem sabe onde ele fica. “Eu sou novato aqui, não conheço muito como funciona”, afirmou. “Na segunda-feira é que vou atrás disso, me informar certinho.”

Guilherme Uchôa Júnior contou, por sua vez, que ficará no quarto andar, mas disse não ter decorado o número do gabinete. “Sei que fui sorteado, mas quem trata disso para mim é um funcionário. Ele disse para mim que foi feito um sorteio”, declarou. “Eu tenho pouca relação ainda com Brasília”, disse.

Rafael Prudente admitiu ter pedido o gabinete 260 à Mesa Diretora da Câmara. O local era ocupado por Celina Leão (PP-DF), atual governadora em exercício do Distrito Federal. “Eu mandei um ofício, perguntando sobre a possibilidade de permanecer com o gabinete dela, visto que eu estava na presidência da Câmara Legislativa”, relatou Prudente. “Depois, recebi aquele documento oficial que saiu da Mesa Diretora, designando os gabinetes para os deputados. Acabou que me foi designado o 260.”

Após a publicação da reportagem, a Câmara enviou uma nota na qual admite que “alguns imóveis não entraram no sorteio”. Justificou o fato, porém, com o argumento de que “estavam em reforma ou necessitavam de inspeção técnica”.

De acordo com o texto, “a Câmara dos Deputados estabelece procedimentos próprios e transparentes para a distribuição de gabinetes. Também é praxe que os deputados possam, em comum acordo, efetuar a troca, sem prejuízo ou privilégios”. A nota nega, ainda, qualquer vinculação entre a distribuição dos gabinetes e a eleição para a presidência da Câmara.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou um pedido de liminar que tentava impedir a posse da deputada estadual eleita Chiara Biondini (PP), de 20 anos. A idade mínima para assumir cargo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais é 21 anos. Com a decisão, publicada nesta quinta-feira, a jovem poderá ser empossada na próxima quarta-feira.

Eleita a parlamentar mais jovem do Brasil, Chiara é filha do deputado federal reeleito Eros Biondini (PL) e foi votada por 34.126 eleitores. Ela foi acionada no TSE pelo seu suplente, Heleno do Hospital (PP), que recebeu 33.101 votos. Chiara faz aniversário em 22 de fevereiro. As informações são do O Globo.

Heleno alegou que Chiara “não detém a condição de elegibilidade constitucional, visto que na data da posse ordinária dos parlamentares da ALEMG, em 01/02/2023, ainda não terá 21 anos, idade que só alcançada em 22/02/2023”.

Na decisão, Moraes argumentou que o regimento interno da Assembleia Legislativa de MG admite que a posse dos deputados estaduais pode ocorrer em até 30 dias depois da primeira reunião preparatória, que tem previsão para acontecer a partir do dia 1º de fevereiro.

“O lapso temporal definido na Constituição Estadual para a realização das reuniões preparatórias, as quais representam o início da legislatura, não se confunde, necessariamente, com o prazo para a posse, revelando-se viável à Casa Legislativa estabelecer critérios e deliberar sobre a possibilidade de que parlamentares sejam empossados posteriormente”, escreveu Moraes.

O advogado de Chiara, Reinaldo Belli, comentou a decisão por meio de nota. “A Decisão do Eminente Ministro Presidente do TSE confirma a jurisprudência do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, fixada tanto em abstrato em resolução de consulta, quanto em processo individual no registro de candidatura da Deputada Estadual Eleita Chiara Biondini, que aliás já transitou em julgado. A Decisão, pois, demonstra o quanto o cidadão pode confiar na justiça eleitoral, dada a sua fidelidade aos princípios da Segurança Jurídica e do Estado Democrático de Direito”, diz o texto.

Sob protestos da ministra Marina Silva (Meio Ambiente), a Marinha planeja afundar o casco do porta-aviões São Paulo no mar brasileiro. O chamado afundamento controlado vai ser feito por uma série de explosões para abrir rasgos no casco, o que levaria ao oceano também as mais de nove toneladas de amianto presentes na embarcação.

A decisão ainda não foi formalizada, segundo relatos feitos à Folha de S. Paulo. Mas integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam ser a alternativa viável diante do avançado grau de degradação da embarcação de 266 metros de comprimento.

No dia 13 de janeiro, quando foi submetido a uma inspeção técnica, o porta-aviões navegava, sob reboque, a 20 milhas náuticas do Porto de Suape, em Pernambuco.

A inspeção constatou um novo rasgo na embarcação, aumento do nível de alagamento e corrosão em comparação à vistoria realizada quatro meses antes.

“Pode ser constatado o aumento crítico da degradação da segurança do casco, quer seja pela perda das condições de flutuabilidade, quer seja pela perda irreversível da estabilidade mínima em avaria para navegação em mar aberto, além do aumento da extensão da avaria do casco”, alerta.

Militares envolvidos no caso afirmam que não há muitas opções para o descarte do porta-aviões, abandonado pela empresa responsável, e o naufrágio é a única alternativa para dar fim a uma controvérsia de proporções internacionais que se estende desde agosto.

A proposta de afundamento fez as discussões sobre o porta-aviões chegarem ao primeiro escalão do governo. A seus pares, Marina Silva tem manifestado preocupação com os danos ambientais.

O principal problema, segundo auxiliares da ministra, está na presença do amianto, produto tóxico que causa câncer e outras doenças graves. O inventário feito antes da partida do navio, em 2022, contabilizou o material a bordo.

Marina chegou a procurar o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para expor essa preocupação. Mas a decisão cabe, exclusivamente, à Marinha. E o governo não estaria disposto a abrir um novo foco de tensão com as Forças Armadas em meio às investigações dos responsáveis pelas invasões das sedes dos Três Poderes, ocorridas no dia 8 de janeiro.

Na década de 1990, segundo a Marinha, 55 toneladas de amianto foram retiradas da embarcação. Mas o produto ainda está presente nas paredes do porta-aviões —a substância era usada como isolante térmico e acústico, para evitar que a tripulação convivesse com o barulho das decolagens das aeronaves.

O governo tem pressa para tomar uma decisão. Segundo relatório ao qual a Folha teve acesso, em setembro de 2022 já se observava uma degradação das condições de segurança da navegação.

Em janeiro, no entanto, foi observada “uma alteração do trim [alinhamento da embarcação em relação ao espelho d’água] e uma banda para bombordo, o que poderia aumentar os riscos de uma diminuição da reserva de flutuabilidade do navio”. A perícia aponta para o ritmo de entrada de água no porta-aviões e alerta para o risco de colapso estrutural em, no máximo, quatro semanas.

Segundo a perícia, de agosto de 2022 até agora, houve entrada de 2.787 litros de água. O limite para navegação em segurança é de 3.530,7 litros.

“É possível afirmar que se pode garantir a segurança da navegação até que se chegue ao limite ora estabelecido de embarque de mais 743 m³ de água, prevista para acontecer, nas melhores hipóteses, em, no máximo, quatro semanas”, adverte.

A perícia também destaca que, em outubro, dez compartimentos estavam comprometidos por algum tipo de alagamento. Hoje, são 23. O documento, por fim, conclui “a impossibilidade de salvamento do casco nesta situação”.

O porta-aviões São Paulo era o maior navio de guerra brasileiro, com 31 mil toneladas e capacidade para até 40 aeronaves. Seu armamento era composto por três lançadores duplos de mísseis e metralhadoras de grosso calibre.

Inutilizado há décadas, o navio passou por um desmanche na França. O casco voltou ao Brasil e foi colocado à venda pela Marinha Brasileira para um processo de reciclagem verde.

O porta-aviões foi vendido pela Marinha ao estaleiro turco Sök Denizcilik and Ticaret Limited, especializado em desmanche de navios. O veículo deixou o Brasil no dia 4 de agosto, em viagem que gerou protestos pelo mundo e foi monitorada em tempo real pelo Greenpeace.

A Marinha diz que, após a decisão de desmobilizar o porta-aviões, optou pela venda do casco para “desmanche verde”, um processo de reciclagem segura para o qual o estaleiro turco Sök é credenciado e certificado.

Mas, diante de denúncias sobre a exportação ilegal de amianto, o governo turco revogou autorização para entrada da embarcação no dia 26 de agosto, quando o navio se aproximava do Estreito de Gilbraltar, em viagem feita com o auxílio de um rebocador.

A decisão atendeu a denúncias de organizações como o Greenpeace e a ONG Shipbreaking Platform, que protestavam contra o recebimento do navio.

Análises feitas pela ONG Shipbreaking em um porta-aviões gêmeo ao São Paulo identificou 760 toneladas de amianto na embarcação. Diante disso, a organização passou a questionar se, de fato, o casco enviado pelo Brasil teria as 10 toneladas da substância tóxica como previsto no inventário.

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) suspendeu a licença de exportação e determinou o retorno do navio ao Brasil.

Zilan Costa e Silva, advogado da MSK (empresa aliada à turca na compra da embarcação), disse à Folha no sábado passado (21) que as compradoras decidiram renunciar do bem em favor da União, alegando que não têm mais condições financeiras de apoiar o navio, que deixou o Brasil no dia 4 de agosto de 2022 para uma viagem de 30 dias que se arrasta até hoje.

“Vivemos uma situação imprevisível”, disse. “A empresa tomou todos os cuidados, contratou o maior rebocador do mundo, fez previsão de viagem de 30 dias… E o rebocador ficou conectado ao navio todo esse tempo.”

Ele reclama que a empresa não obteve autorização nem para levar o navio para outro país nem para atracar no Brasil. “Isso é uma pena de morte”, compara, dizendo que as perdas financeiras nesse processo ainda estão sendo calculadas.

Desde setembro, com a volta do porta-aviões, diversos portos da costa brasileira conseguiram decisões judiciais para impedir que o casco pudesse se fundear em suas imediações.

A justificativa apresentada era que a embarcação tem dimensões enormes e poderia inviabilizar a rotina portuária. Por mais de quatro meses, o casco foi rebocado por navios turcos à procura de um destino, passando da costa carioca à pernambucana, sem sucesso.

O governo brasileiro planeja entrar na Justiça contra o estaleiro, alegando inclusive danos à imagem do Brasil no exterior.

A partir de 1º de fevereiro, será mais barato andar de ônibus no Recife e em São Paulo do que em Petrolina. Com o reajuste autorizado pelo prefeito Simão Durando e pela Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla), os petrolinenses pagarão na área urbana R$ 5,00 – e R$ 15,50 para se deslocar até Izacolândia. Na prática, a tarifa de transporte coletivo em Petrolina será uma das mais caras do País.

“Os petrolinenses precisam ter acesso à tabela de custos e de composição de preços apresentada à Prefeitura e à Ammpla. É preciso também avaliar onde é possível atuar de forma estratégica para reduzir as pressões, especialmente em tributos e taxas municipais. A impressão que fica é que faltou transparência e debate público e que a fatura sobrou, novamente, para população”, comentou, há pouco, o deputado federal eleito Lucas Ramos (PSB) em suas redes sociais.

A Câmara dos Deputados encerrou a 56ª Legislatura com um recorde na presença de seus parlamentares, tanto titulares quanto suplentes nas sessões plenárias, de participação obrigatória. Entre os 598 nomes que, entre 2019 e 2022, em algum momento assumiram a função de deputado, 437 alcançaram mais de 90% de assiduidade. Mesmo entre os demais, todos com exceção de um estiveram com mais de 50% de presença.

Em média, a 56ª legislatura alcançou uma taxa de assiduidade de 92,16%, conforme os dados do Radar do Congresso, ferramenta gratuita desenvolvida pelo Congresso em Foco com detalhes de cada parlamentar do Congresso Nacional, e abastecido diretamente com informações da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara. Ao todo, 366 deputados marcaram presença acima da média.

Por causa da pandemia

Uma maior ou menor assiduidade, porém, não é necessariamente sinônimo de maior ou menor atuação. Presenças em comissões, atividades realizadas na base ou demais tarefas realizadas fora do plenário não substituem o registro nas sessões, e não servem como justificativa para ausência. Isso afetou principalmente presidentes de partidos, como Luciano Bivar (União-PE) e Paulinho da Força (Solidariedade-SP); ou deputados que exerceram função de liderança como Altineu Cortês (PL-RJ) ou Igor Timo (Podemos-MG), que ficaram abaixo da média.

A principal causa da elevada taxa de presença da última legislatura foi a pandemia. Com o isolamento social, o parlamento adotou a modalidade virtual para as sessões plenárias, desobrigando o retorno dos deputados de suas bases. Mesmo após a fase mais intensa, a Câmara passou a adotar as sessões semipresenciais, em que parlamentares podem registrar presença e ir embora do plenário, votando por meio de aplicativo de celular.

Clique aqui para ver a lista de assiduidade na íntegra.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou neste sábado que não há uma previsão de retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil. Ele está nos Estados Unidos desde o dia 31 de dezembro, após um longo período de reclusão no Palácio da Alvorada em razão da derrota nas eleições presidenciais.

— Não tem previsão, ele que sabe. Pode ser amanhã, pode ser daqui a seis meses, pode não voltar nunca, não sei. Ele está desopilando. Você nunca tirou férias, não?

Flávio participou neste sábado de evento em que o PP e o Republicanos oficializaram o apoio à candidatura do ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado. As informações são do O Globo.

Questionado se o presidente está sozinho, o senador afirmou não ter conhecimento das pessoas que estão com o pai, mas que “com certeza são pessoas próximas a ele”.

Flávio disse ainda que não há nenhum temor acerca do retorno de Bolsonaro ao Brasil e possíveis responsabilizações judiciais. Bolsonaro é alvo de uma série de inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive acerca dos constantes questionamentos sobre a confiabilidade do sistema eleitoral.

— Não tem temor nenhum. Ele não tem nenhuma responsabilidade sobre o que aconteceu no Brasil. Se ele estivesse sentado na cadeira de presidente poderia falar que ele facilitou alguma coisa ….

Sobre os inquéritos, o senador afirma que a equipe jurídica não identificou “nada” que implique “juridicamente” o ex-presidente e que não cabe ao poder judiciário “fazer um julgamento político”.

— Os advogados estão olhando tecnicamente, o retorno que tem é que não há nada juridicamente que implique o presidente Bolsonaro. Agora, o poder judiciário não é lugar de fazer julgamento político.

Flávio ainda afirmou que Bolsonaro está “tranquilo” em relação aos inquéritos.

— O presidente está com muita tranquilidade, porque sabe que ainda que force muito uma barra, não tem como vincular Bolsonaro a nenhum ato criminoso — afirmou, completando: — O presidente está muito tranquilo, acompanhando à distância as coisas que estão acontecendo no Brasil, absolutamente com a consciência tranquila de que deu o seu melhor pelo Brasil

Sobre a saúde do ex-presidente, Flávio afirmou que “está bem” e que houve um “contratempo”. O senador, no entanto, não soube dizer se uma nova cirurgia será necessária.

— A saúde dele está bem, ele teve um contratempo há poucos dias — afirmou, completando: — Eu não sei dizer se ele vai precisar fazer uma nova cirurgia, mas acredito  até que sim, porque pelo que aconteceu lá, tem algum problema no intestino de novo que talvez seja necessário uma cirurgia para reparar pelo menos por algum tempo sem precisar de intervenção. 

Bolsonaro precisou ser internado em um hospital nos Estados Unidos após sentir fortes dores abdominais. O cirurgião Antonio Luiz Macedo, que acompanha Bolsonaro desde que ele foi alvo de uma facada durante ato da campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG), levantou a possibilidade de uma nova cirurgia.

Com mais de 30 anos de filiação ao PSB, o deputado não reeleito Gonzaga Patriota garantiu, há pouco, ao blog, que não abandonará a legenda. “Mesmo não sendo bem olhado por este grande partido de Miguel Arraes, Eduardo Campos e tantos outros grandes socialistas, prejudicado nas últimas eleições por não ter colocado um número maior de candidatos em Pernambuco, pretendo ficar até o fim da minha vida pública no PSB, depois dos anos 2040”, afirma Patriota.

A pedido do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Jair Bolsonaro entrou na campanha para a eleição de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado. O ex-presidente tem ligado para aliados para pedir que votem no candidato do partido e contra o PT.

Segundo informações do O Antagonista, Costa Neto acionou Bolsonaro para tentar virar votos de antigos aliados como Romário (PL-RJ) e Wellington Fagundes (PL-MT), que devem votar em Pacheco. Até a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro postou mensagens em suas redes sociais ao lado de Marinho.

Preocupados com o favoritismo de Pacheco, correligionários de Marinho têm usado as redes sociais para tentar desqualificar o adversário com posts como “PT está fechado com Pacheco” e “Pacheco é Lula”. Uma das postagens pede que senadores não aceitem o “encabrestamento do STF” nem a transformação do Brasil numa “fazenda comunista”.

Para quem mora às margens do Rio São Francisco deveria ser algo natural ter água nas torneiras, já que o Rio está ali tão próximo. Mas nem sempre é assim. As cidades que margeiam o Velho Chico sempre sofrem com problemas de abastecimento de água.

Neste sábado (28), mais uma vez, os moradores de Belém do São Francisco estão sem água nas torneiras e, de novo, a culpa é do sistema antigo da Compesa que sempre dá problema. Como a companhia não dispõe de equipamentos reservas, a população fica desabastecida.

Sobre o caso, um morador entrou em contato com a redação do Blog do Didi Galvão e ressaltou sua indignação. “Agora foi a bomba que queimou. Compesa, estamos há dois dias sem água, amanhã já são três dias. Essa bomba está vindo do Recife. Como que pode não ter uma bomba reserva? É uma vergonha não ter um equipamento reserva.”

“Eu acho que a população também deveria se manifestar, porque se daqui para segunda-feira não chegar água, eu mesmo vou ver se pego um carro de som e convoco o povo pra perto da Compesa. Ou então que a Compesa suspenda os boletos do povo, por que se não tem água, vamos pagar pelo quê?” – indagou o morador.