Gilson Machado recebe medalha de mérito da Marinha

Em reconhecimento ao trabalho desempenhado à frente do Ministério do Turismo, Gilson Machado Neto foi condecorado, ontem, pelas mãos do ministro do Superior Tribunal Militar, Almirante Viveiros, através de entrega da Medalha de Honra ao Mérito da Marinha.

Vale salientar, que um dos grandes trabalhos de Gilson foi o reforço à vocação dos cruzeiros marítimos e várias ações de estímulo ao turismo Náutico, através de capacitações e incentivos para equipes ligadas às atividades do setor. 

O evento contou ainda com a presença de autoridades como o atual ministro do Turismo, Carlos Brito, Vanessa Mendonça, ex- secretária de Turismo do Distrito Federal, Hercy Aires, ex-chefe de gabinete do Ministério do Turismo e atual secretário do Governo do estado do Tocantins, e Wendell Petrotelli, comandante adido militar da Marinha do Brasil em Portugal e ex-Capitão do Portos de Maceió. 

Sobre a cerimônia e medalha, extremamente agradecido e honrado Gilson destacou a relevância do momento. “O turismo náutico em todas as suas práticas é extremamente relevante para a economia nacional e para as diversas cadeias de serviços agregadas a ele. Quem tem a oportunidade de conhecer as belezas das águas do nosso país se encanta e eu, como apaixonado por esse segmento do turismo, bem como por tantas atividades de lazer, que marcam até mesmo a história da minha família, me sinto honrado em receber essa medalha, pois vai além do que realizei em meu trabalho, mas é um pouco do Gilson Machado em sua rotina pessoal também”, destacou o ex-ministro.

Outro destaque do trabalho de Gilson como ministro do Turismo, com apoio da Marinha, foi a criação de uma nova categoria profissional que deu espaço e legalizou pessoas que trabalhavam como pilotos de jangadas, barcos e veleiros em diversos passeios turísticos, à exemplo das visitas às piscinas naturais, tão famosas em diversas regiões do país.

Esses profissionais passaram a ser reconhecidos como condutores náuticos. A criação dessa categoria beneficiou esses trabalhadores com crédito de cidadania, financiamento bancário e diversos pontos que facilitam investimento, capacitação, especialização, treinamentos, modernização e melhorias para as suas atividades fins.

O presidente eleito Lula (PT) sabe que pode vir a ser obrigado a apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para bancar o valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil. Prefere, porém, uma outra saída: a edição de uma medida provisória ou o remanejamento de verbas do Orçamento.

A decisão, contudo, só será tomada após conversas com líderes políticos em Brasília nesta semana.

Segundo interlocutores do presidente eleito, Lula foi informado que, por uma questão de segurança jurídica, o melhor caminho pode ser a aprovação de uma PEC para obter uma “licença” para gastar quase R$ 200 bilhões fora da regra do teto dos gastos públicos.

Esse montante, dizem esses interlocutores, poderia bancar o Auxílio Brasil no valor de R$ 600; o reajuste real do salário-mínimo (acima da inflação); e a recomposição de programas como o Farmácia Popular.

Politicamente, porém, o presidente eleito prefere não ter de entrar numa negociação política antes mesmo de tomar posse, a não ser que, nas conversas que terá em Brasília, sinta que o clima é tranquilo para aprovação da PEC sem entrar em barganhas.

Isso porque a aprovação de PECs exige negociação maior por parte do governo. Uma proposta de emenda à Constituição deve ser submetida a dois turnos de votação na Câmara dos Deputados e a mais dois turnos no Senado. Além disso, nas quatro votações, a PEC precisa do apoio mínimo de três quintos dos parlamentares (308 dos 513 deputados; 49 dos 81 senadores).

Medidas provisórias, por outro lado, já têm força de lei assim que publicadas. Precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional em até 120 dias para se tornar leis em definitivo. Para ser aprovada, basta a MP ter maioria de votos entre os parlamentares presentes à sessão (desde que estejam na sessão ao menos 257 deputados).

Educação pode ficar com Ceará

Muito se especula sobre a composição do Ministério do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas sem nenhuma definição ainda, nem sequer em relação à equipe econômica. Uma fonte com trânsito no núcleo duro da equipe de transição revelou, ontem, que a governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), está em alta cotação para o Ministério da Educação.

Ela é a primeira e até agora única mulher a assumir o cargo máximo no seu Estado, sendo considerada a principal liderança que levou o Ceará a ocupar a posição de melhor educação pública do Brasil. O Ceará tem 87 escolas públicas entre as 100 melhores do Brasil nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021 divulgado oficialmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Também se destaca em relação ao desempenho dos anos finais, do 6º ao 9º ano. Das 10 escolas com as melhores notas, oito são cearenses. Foi a governadora que iniciou todo esse processo há mais de 20 anos, a partir da cidade de Sobral, sua terra natal. Tem muita gente disputando a posição de chefe do MEC, a exemplo de Simone Tebet, Gabriel Chalita e Aloizio Mercadante.

Lula, entretanto, já decidiu que não vai correr risco algum, pois colocará, segundo essa fonte, exatamente a profissional de maior sucesso em todo o Brasil em educação. Izolda Cela, na verdade, é campeã nacional em educação pública.

Em lados opostos – De férias em Gramado, a governadora eleita Raquel Lyra teve encontro com o governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mas não falou nas redes sociais de pauta política na conversa. O fato, entretanto, é que Leite já deu diversas entrevistas defendendo que o partido faça oposição ao futuro Governo Lula, posição divergente de Raquel, que já disse que quer construir pontes com o Governo petista.

Frente contra Raquel – O deputado estadual eleito José Patriota (PSB) reassumiu, ontem, a presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), que deveria ser de fato comandada por um prefeito no exercício do seu mandato, como se deu no passado. E o que já circula nos bastidores é que ele, mesmo na Assembleia, quer continuar dando as cartas na Amupe. Seu projeto, segundo uma fonte, seria ser reeleito e criar uma frente municipalista para falar grosso diante da governadora eleita Raquel Lyra (PSDB).

Alinhamento ao Governo – Mas reza a tradição política, desde a era Eduardo Campos, que o governador exerce forte influência na eleição da direção da Amupe. Foi assim com Jarbas Vasconcelos, Eduardo e Paulo Câmara. Com Raquel, certamente não será diferente, até porque a maioria dos prefeitos filiados à entidade apoiou, no segundo turno, a governadora eleita. Soube que o nome da preferência de Raquel seria o da prefeita de Igarassu, Elcione Barbosa, então eleita pelo PTB.

A escolha de Guilherme – Ao anunciar, ontem, que estará participando da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a Cop27, no Egito, na condição de presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), entidade que reassumiu, o empresário Guilherme Coelho, que disputou o Senado na chapa de Raquel, sinalizou que está fora da equipe de transição da governadora eleita.

PSB na base – Se depender do deputado estadual eleito Franz Hacker, a bancada do seu partido, o PSB, integrará a base de apoio da governadora eleita Raquel Lyra na Assembleia Legislativa. “Já conversei com a maioria dos 14 deputados socialistas e vejo um horizonte bastante amplo de alinhamento ao futuro governo”, disse em entrevista, ontem, ao Frente a Frente.

CURTAS

BARRAGENS – Oito barragens do Agreste chegaram ao nível máximo de acumulação e sangraram durante as chuvas do fim de semana. São elas: Jacques e Pau Ferro (Canhotinho), Mundaú, Cajueiro e Inhumas (Garanhuns), Tabocas Piaça (Belo Jardim), Santana 2 (Brejo da Madre de Deus) e Prata (Bonito). Algumas pela segunda vez este ano, como é o caso do Prata e Cajueiro.

EMERGÊNCIA – Bezerros e Canhotinho, no Agreste, e Parnamirim, no Sertão, decretaram situação de emergência após registro de fortes chuvas durante o fim de semana. De acordo com a Defesa Civil, 172 pessoas estão desabrigadas e 279 desalojadas.

Perguntar não ofende: Quando, enfim, Raquel vai anunciar sua equipe de transição?